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Morre aos 91 anos o escritor norte-americano J.D. Salinger

rodcapella

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O escritor J.D. Salinger, autor de "O apanhador no campo de centeio", morreu nesta quarta-feira (27) aos 91 anos, confirmou ao G1 a agência literária do escritor, Harold Ober Associates.

De acordo com um comunicado enviado por e-mail pela agência, "Salinger morreu em paz" e de "causas naturais em sua casa em New Hampshire". "Apesar de ter quebrado sua bacia em maio, sua saúde estava excelente até uma recaída súbita depois do ano novo. Ele não estava com dores nem antes nem na hora de sua morte", segue a nota.

Ainda de acordo com a Harold Ober Associates e "preservando seu desejo de toda uma vida para proteger e defender sua privacidade, não haverá velório", e "a família pede respeito das pessoas por ele, sua obra e sua privacidade".

De acordo com a Associated Press citando informações do filho de Salinger, a morte foi por causas naturais. O escritor estava em sua casa em Cornish, New Hampshire, onde vivia em isolamento havia décadas.

O romance "O apanhador no campo de centeio" com seu imortal protagonista - o rebelde Holden Caulfield - foi lançado em 1951 durante o período da Guerra Fria. A história de alienação juvenil e perda da inocência foi adotada por adolescentes em todo o mundo e vende cerca de 250 mil cópias por ano. No total, já são mais de 60 milhões de exemplares em diversas línguas.

No Brasil, "O apanhador no campo de centeio", a coleção de contos "Nove histórias" (53) e o romance "Franny & Zooey" (61) são publicados pela Editora do Autor. Já "Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira & Seymour, uma apresentaçao", que reúne duas histórias do autor de 63, foi editada por aqui pela L&PM, Brasiliense e Companhia das Letras.


Continuação não-autorizada

Em junho do ano passado, Salinger voltou ao noticiário após processar o escritor sueco Fredrik Colting, que escreveu "60 Years Later: Coming through the Rye" ('60 anos depois: saindo dos campos de centeio', em tradução livre), uma continuação não-autorizada dos eventos narrados no original.

Em setembro, o juiz de uma corte de apelação dos EUA classificou o livro de Colting como "um trabalho bastante medíocre", e questionou se o livro prejudicaria o famoso escritor.

Na ocasião, Marcia Paul, advogada de Salinger, disse que seu cliente recusou ofertas do produtor de Hollywood Harvey Weinstein e do diretor Steven Spielberg para escrever uma sequência. "Salinger não deseja autorizar uma sequência ou uma variação", disse ela.

O autor, como de praxe desde a década de 80, não concedeu entrevistas sobre o episódio.

"Amo escrever", disse Salinger em 1974, em uma de suas raras concessões ao jornal "The New York Times". "Mas, só escrevo para mim mesmo e para o meu prazer".
Trajetória

Jerome David Salinger já tinha 32 anos de idade quando estreou em 1951, com "O Apanhador no Campo de Centeio", uma história de um adolescente rebelde e suas experiências quixotescas em Nova York, que elevou o escritor ao topo da cena literária. O romance causou polêmica pela liberdade com a qual o autor descrevia a sexualidade e a rebeldia adolescente.

Salinger não publica um trabalho literário com sua assinatura desde o conto "Hapworth 16, 1924" em junho de 1965. E não concede entrevistas desde 1980.

O autor, filho de um judeu importador de queijos kosher e de uma escocesa-irlandesa que se converteu ao judaísmo, cresceu em um apartamento da Park Avenue, em Manhattan, estudou durante três anos na Academia Militar de Valley Forge e em 1939, pouco antes de ser enviado à guerra, estudou contos na Universidade de Columbia.

Em relação a outros escritores, Salinger classificou Ernest Hemingway (1899-1961), que conheceu em Paris, e John Steinbeck (1902-1968) como de segunda categoria, mas expressou sua admiração por Herman Melville (1819-1891).

Em 1945, Salinger casou-se com uma médica francesa chamada Sylvia, de quem se divorciou e, em 1955, casou-se com Claire Douglas, união que também terminou em divórcio em 1967, quando se acentuou a reclusão do escritor em seu mundo privado e seu interesse pelo budismo zen.

Os primeiros contos de Salinger foram publicados em revistas como "Story", "Saturday Evening Post", "Esquire" e "The New Yorker" na década de 1940, e o primeiro romance "O apanhador no campo de centeio" transformou-se imediatamente em sucesso e lhe consagrou aos olhos da crítica internacional.

A fama, no entanto, provocou em Salinger a aversão à vida pública, a rejeição à entrevistas e à invasão de sua vida privada que se manteve até sua morte.

Em 1953, ele publicou uma coleção de contos "Nove Histórias"; em 1961 outro romance, "Franny & Zooey", e em 1963 uma coleção de pequenos romances "Raise high the roof beam, carpenters and Seymour: an introduction".

Durante os anos 80, o escritor esteve envolvido em uma prolongada batalha legal com o escritor Ian Hamilton que, para a publicação de uma biografia, usou material epistolar escrito por Salinger.

Uma década depois, a atenção midiática que tanto evitava voltou a pousar sobre o autor, devido à publicação de dois livros de memórias escritas por duas pessoas próximas a ele: sua ex-amante Joyce Maynard e sua filha Margaret Salinger.




Fonte: Globo.com




Infelizmente o mundo perdeu mais um brilhante escritor. O seu principal livro foi inspiração para diversas gerações e influenciou diversos acontecimentos importantes na história mundial


Que vá em paz, Salinger.
 

Don_Raphael

Bam-bam-bam
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Eu vi agora a pouco a notícia.
sei que os livros dele são um clássico, principalmente o apanhador... porém nunca cheguei a ler uma obra do autor... mas nunca é tarde para começar, pois a vida dele é finita mas a sua obra permanecerá viva.
 

rodcapella

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Don_Raphael;5812624 disse:
Eu vi agora a pouco a notícia.
sei que os livros dele são um clássico, principalmente o apanhador... porém nunca cheguei a ler uma obra do autor... mas nunca é tarde para começar, pois a vida dele é finita mas a sua obra permanecerá viva.

Falou bonito, kra.

E eu recomendo a leitura do Apanhador no Campo de Centeios, que é um clássico da literatura. É um daqueles livros que te faz refletir sobre muitas coisas na nossa vida. É um livro que pode mudar o modo de pensar de algumas pessoas sobre determinados temas.
 
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