Foi por isso que eu te pedi um maior desenvolvimento da sua ideia (pois eu já desconfiava do seu blefe intrínseco - ainda que não intencional). Tão logo tenta-se desenvolver uma linha de defesa mais consistente, inconsistências logo começam a aparecer.
Implicitamente, acho que o que você quer fazer (mesmo que só ao nível da mera sugestão) é algo um tanto quanto perigoso: uma espécie vaga de desconstrucionismo plástico e sempre revisionista que relativiza toda e qualquer tentativa de definição mais "consolidada". Do tipo "que fascismo o quê! Por que não um fascismo de esquerda, ou o que o valha??? Libertem-se de vossas delimitações interpretativas!" - Não! Há, sim, inimigos de verdade e eles são amplamente reconhecíveis.
Nomes como "fascismo" ou "liberalismo" não são apenas um vago e sempre insuficiente "X" que se revela em "multidimensões" conforme olhamos para os fenômenos de diferentes formas, contextos situacionais e pontos de vista. Inimigos políticos existem, sim, "na realidade" e eles devem ser não só reconhecidos como tais como também veementemente combatidos. Aqui nós discordamos.