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[SIZE="4"][COLOR="Red"]Samurai Shodow (Samurai Spirits/ Supiritsu)[/COLOR][/SIZE]
SNK
Lançamento: 1993
Plataformas: Neo Geo, Arcade, Neo geo CD,Sega CD, Game Gear , Game Boy SNES, Mega Drive,PS1(coletânea)
[COLOR="red"][SIZE="2"]Intro[/SIZE][/COLOR]
Em 93 Os "fighting" bombavam as casas de jogos e era a principal fonte de renda dos donos das casas de fliperama. Isso talvez se devesse muito ao fato de que os consoles domésticos mais populares da época não apresentavam versões dos jogos de arcade ou quando apresentavam não era versões tão fidedignas assim.Havia algumas exceções como a série SFII, que tinha no SNES e no SMD versões bastante satisfatórias. Destacavam-se no arcade títulos como SF II Champion Edition, Fatal Fury II, Art Of Figthing e Mortal Kombat. Esse era o "quarteto fantástico" dos jogos de luta mano a mano ou 1 a 1, como queiram.
Foi então que a SNK teve uma de suas melhores idéias: Por que não criar um game desse gênero, que é febre, em que os lutadores portam armas brancas? A idéia não é tão inovadora assim, posto que já existiam no mercado experiências similares, mas era extremamente pertinente. Pertinente porque foi desenvolvida pelos mestres da SNK que estavam prestes a conceber mais uma obra prima com personagens cativantes, bom enredo, ótima aclimatação, jogabilidade vibrante, gráficos colossais e parte sonora simplesmente perfeita.
Além disso, tudo, o jogo se inspira em personagens célebres e fatos históricos (mais ou menos como Word Heroes) e inova, colocando animais adestrados à disposição dos jogadores e "up´s" durante as partidas, como recuperação de life e intens que acumulam pontos. A ambientação é nota 10. Assim como AOF lembra os filmes estilo "pipocão" de Kickboxing, SS remete imediatemente aos clássicos filmes de Samurai e de artes marciais de época, como por exemplo, "os Sete Samurais" (recomendo).
Faltava só mais uma coisa: Dado o sucesso de MK na época, porque não terminar também de forma trágica algumas lutas, posto que estamos falando de armas de corte?
Pronto! Esta feita a receita para a divisão "galápagos team" de a SNK criar um jogaço no literal sentido da palavra. Jogo que marcou época.
[COLOR="red"][SIZE="2"]
Sinopse:[/SIZE][/COLOR]
O lugar é o Japão da era Edo (Xogunato de Tokugawa) no ano de 1788. O sacerdote Shiro Tokisada Amakusa deflagra uma rebelião cristã na cidade de Nagasaki. A rebelião é sufocada e Amakusa é executado. Antes de sua execução, Amakusa faz um pacto com o demônio Ambrosia (que não é nada doce). Amakusa teria sua vida de volta futuramente, e em troca ajudaria o demônio a ser libertado de seu selo e tocar o terror mundo afora.
Usando o corpo de Shinzo Hattori (filho de Hanzo Hattori) ele renasce e promete vingança a todos.
Quando se apossa do corpo de Shinzo, Amakusa consegue roubar a pedra Palenke, item sagrado do povo de Green Hell na América do Sul. A pedra tem imenso poder que lhe permitirá libertar Ambrosia. Porém, enquanto coloca em processo seu plano, Amakusa promove um verdadeiro caos no Japão e em outras partes do mundo, o que atrai vários guerreiros oriundos destas além, é claro, dos guerreiros do Japão. Cada um destes terá seu interesse em derrotar Amakusa.
Os doze guerreiros
[COLOR="red"][SIZE="2"][/SIZE][/COLOR]Personagens:
Apesar do título do jogo, há uma pouca quantidade de samurais, o que não impede que hajam personagens variados e marcantes:
[COLOR="Blue"]Haohmaru[/COLOR]: Ronin errante, que sempre está à procura de bons desafios para aprimorar sua técnica. Possui tremenda força física e grande habilidade como espadachim.É inspirado no famosíssimo heroi japonês Myamoto Musashi que criou o estilo de luta com duas espadas (Niten Ichi Ryu), escreveu o tratado sobre esgrima "livro dos 5 aneis" e foi perito também em caligrafia e desenho.
O cenário de Haohmaru é a ilha Ganryu durante o dia, local que tem muito a ver com a história de musashi, como veremos adiante. Haohmaru é o personagem principal e mais equilibrado, o "Ryu" do jogo, portanto é geralmente o preferido dos gamers. Era considerado "apelão", pois, sem muita dificuldade, dava pra controlar os oponentes médios, fossem da CPU ou humanos, só na espada média e forte. Mas havia quem soubesse evitar isso. Aliás, sempre há... heheheh.
[COLOR="blue"]Ukyo Tashibana[/COLOR]: Samurai adepto do "batojutusu"(arte do desembanhar da espada) é o principal rival de Haohmaru até o aparecimento de Genjuro Kibagami em SS II. Sofre de tuberculose ( o que só ficará evidenciado também em SSII)e é o queridinho das mulheres.Foi inspirado em Sasaki Kojirō,principal rival de Musashi. Inclusive o golpe "tsubami-gaeshi" (aquele em que Ukyo salta e em um movimento com a espada solta um passaro de fogo) tem no nome uma homenagem ao estilo de luta de Kojiro,que seria relativo a "cortar andorinhas em pleno vôo".
Seu cenário é o mesmo de Haohmaru, porém à noite. Uma clara referência à derradeira batalha entre Musashi e Kojiro. Nesta batalha, na mesma ilha Ganruy, Musashi marcou o duelo mas chegou horas atrasado (daí a diferença entre noite e dia), o que teria deixado Kojiro ansioso e irritado, colaborando para a sua derrota.
Ukyo, que seria o equivalente ao "Ken" no jogo, não tem nenhuma semelhança com Haohmaru em sua jogabilidade.É um personagem lento e defensivo, mas de golpes precisos e bem rápidos.
[COLOR="blue"]Hanzo Hattori: [/COLOR]Outro lutador também inspirado em um personagem real, neste caso homônimo. O verdadeiro Hanzo foi o mestre do clã ninja Iga, que servia o Xogunato de Tokugawa. No jogo ele também é o líder do clã Iga, e teve seu filho Shinzo dominado pelo demônio Amakusa e deve lutar para livrá-lo deste domínio.Como não poderia deixar de ser, é um homem introspectivo e misterioso.Seu cenário é um dos mais belos e tristes que já vi no gênero. Trata-se de um cemitério na província de Yamagata. O barulho do vento e céu avermelhado e a aridez do local dão um clima denso ao cenário. Hanzo é um dos personagens preferidos, sobretudo para jogar contra.É rápido, bem ágil e seus golpes causam bastante dano. É especialista em técnicas ninja ilusionista, podendo criar a ilusão de multiplicação e desaparecer deixando tocos de árvores no lugar para iludir.Durante o período dos shogunatos e dos feudos, os ninjas penetravam nos castelo para cometer assassinatos.Como os castelos eram guardados por exímios espadachins, os ninjas desenvolveram técnicas "stealth" de assassinato e truques de ilusão, pois levariam desvantagem em um combate mano a mano. Com Hanzo e Galford também é assim.É preferível lutar de longe e usando as técnicas do que ir para um corpo a corpo. Hanzo era (é) o meu personagem preferido por sinal.
[COLOR="blue"]Nakoruru:[/COLOR] Uma das personagens mais populares da série e do próprio gênero.É uma Ainu, povo que habitava o norte do Japão, mais precisamente Hokkaido e que tinha um avanço tecnológico e social inferior ao restante do país. Ou seja, são tipo os índios. Em virtude disso, é um povo muito ligado à natureza, e Nakoruru é uma defensora dela. Ela conta coma águia adestrada, chamada Mamahaha. Existe ainda o seu "alterego" chamado Rera, que aparece quando ela é selecionada na cor de roupa alternativa. A princípio , em SS só difere o sorriso no momento da vitória e a cor da pele, mais adiante nas outras seqüências, Rera se mostra a parte agressiva de Nakoruru. Nakoruru é uma personagem bastante veloz, com força e resistência reduzida. Tem ataques curtos, portanto deve-se explorar sua velocidade. Excelente para o modo versus, desde que tenha o cuidado de não ser alvejada por golpes fatais.
Seu cenário é a frente do que parece ser sua casa em Hokkaido.Neva e tem muitos animais em volta.
[COLOR="blue"]Jubei Yagiu:[/COLOR] Mais um inspirado em personagens reais. Desta vez a inspiração é Yagyū Jūbei Mitsuyoshi, lendário samurai que serviu o clã Tokugawa e é freqüentemente retratado em ficção.A história de Jubei é quase a mesma. Porém neste jogo ele abandonou o posto de agente do Imperador para levar uma vida tranquila, mas acaba entrando em ação para investigar o caso do demônio Amakusa. Jubei possui uma suposta vantagem técnica e uma desvantagem física. Luta com duas espadas de maneira magnífica, porém é caolho. Tem golpes muito bem aplicados e de longo alcance. Luta em frente à sua casa, localizada em um bambuzal em Kochi.
[COLOR="blue"]Kyoshiro Senryo:[/COLOR] Ator e dançarino de Kabuki, Kyoshiro é uma celebridade. O artista percorre o Japão para mostrar a sua arte mortal que mescla a luta com o Kabuki .Kyoshiro luta de maneira teatral o tempo todo, quando fala, salta, golpeia e até quando é golpeado ou morre. Luta/dança maquiado, vestido a caráter e utilizando leques e sua lança cortante. Seu cenário é em Tókio (que na época se chamava Edo) em meio um típico palco de teatro Kabuki. É um personagem bastante lento , mas com vários golpes especiais relativamente eficientes.
[COLOR="blue"]Gen-an Shiranui [/COLOR]Integrante do obscuro clã Shiranui, ele é um feiticeiro corcunda e de pele verde que porta uma garra à lá Fred Kruger e ataca com golpes sujos e gás venenoso. Entra na briga pela sua ânsia em fazer o mal e obter poder. É um personagem bem rápido e ágil, com golpes de longo alcance e certeiros. É outro apelão que também era muito utilizado no modo VS. Seu jeitão de monstro sanguinário atraia a molecada que adorava jogar com ele. Seu cenário é a sua "residência" na ilha Onigami, Japão. É uma caverna subterrânea com um "altar" cheio de caveiras e apetrechos ao fundo.
[COLOR="blue"]Galford[/COLOR]: É quase um clone do Hanzo pois tem os mesmos golpes, exceto os especiais.Outras diferenças: Galford é norte-americano, não luta mascarado e luta acompanhada de sua cadela adestrada Poppy.É um marinheiro que acabou indo parar no Japão e aprendeu o Iga Ninja com a esposa de Hanzo. Galford tem, como já foi dito, as mesmas características de jogabilidade básicas de Hanzo, o que difere é que ele tem alguns golpes especiais com Poppy. Isso faz dele o jogador com mais golpes no jogo. Seu cenário é porto de San Francisco, em frente ao navio japonês Azumi Pacific, de onde provavelmente seu oponente acaba de desembarcar.O efeito de pôr do sol, a agitação do porto e os marinheiros se engalfinhando para apostar e ver a briga e os barris de maças cortados fazem do cenário um dos melhores do jogo. Há uma gafe histórica nesse ponto: Em 1788 San Francisco era ainda um mero presídio, chamado de Yerba Buena. San Francisco só foi elevada à categoria de cidade e batizada com esse nome em 1846, durante a febre do ouro.
[COLOR="blue"]Earthquake: [/COLOR]O maior personagem do jogo.De tão grande é impossível de ser arremessado (!) . É um ladrão caçador de tesouros que tem sua própria gangue e está interessado em saquear tudo o que puder em meio ao estrago que Amakusa promove. Aprendeu o básico da arte ninja com a mesma mestra de Galford. Luta em uma planície deserta, no Texas,EUA. E ai outra gafe histórica: Poderia até existir aquela planície deserta, mas a região onde é o atual estado do Texas pertencia ao México.
Não é necessário dizer que é bem lento, mas para o seu tamanho (ocupa a tela total verticalmente) até que é um pouco ágil. Apesar da vantagem de não poder ser arremessado e do alcance de sua arma (uma foice amarrada a uma corrente) é um alvo fácil. O pessoal se divertia mesmo era quando ele agarrava o oponente e soltava um pum na cara do coitado, e com direito a carinha de alívio do gordão.
[COLOR="blue"]Charlotte:[/COLOR] Inspirada em uma heroína francesa de um mangá famoso no Japão, Charlotte é a representante européia do primeiro SS.Uma bela esgrimista, que manipula um florete mortal utilizando a técnica de ataque "três pontos".
É uma nobre francesa que aprecia a liberdade e a justiça (liberté,fraternité et egalité e blá-blá-blá). Descobre que o terror que Amakusa anda botando também ameaça a França, e parte para lutar também. Seu cenário, um dos mais legais é no castelo de Versailles, em sua terra natal.Iria participar da revolução francesa a favor dos plebeus, apesar de ser nobre, um ano depois. É uma oponente rápida e uma das mais "apelonas" do jogo, dado que é muito difícil interceptar seu ataque forte aéreo. Juntamente com Haohmaru, Hanzo e Gen-an era uma das preferidas da galera, principalmente no VS.
[COLOR="blue"]Tam Tam:[/COLOR] É um herói nativo da região de Green Hell. Pelo mapa pode-se deduzir que esse local fica onde é a atual Venezuela. Na época a região fazia parte do vice reino de Nova Granada, pertencente à Espanha. A aldeia teve seu tesouro, a pedra Palenke roubado por Amakusa. A pedra Palenke possui poder de cura, mas se mal utilizada possui poder destrutivo também. Tam Tam parte para o Japão (como eu não sei, deve ser de canoa.rs*) para tentar recuperá-la . É um personagem lento com golpes de longo alcance. Pouco utilizado. Seu cenário é em frente a uma cachoeira com adereços de deuses e ídolos de sua aldeia,no Green Hell. Juntamente com Hanzo e Charlotte, tem um dos finais mais legais do jogo.
[COLOR="blue"]Wan Fu: [/COLOR] Imperador da China. Wan Fu deseja recrutar novos guerreiros para seu exército, e ir atrás do responsável pelas catástrofes que estão acontecendo em seu país. É um personagem lento e que oferece muito o contra-atraque em seus golpes, porém os golpes dados com seu facão causam bastante estrago. O ponto forte de Wan Fu era o cenário. Lutava em um templo, em Sei an (Xi´an, onde se encontram os guerreiros de terracota) com muitas cores, assustadoras estátuas de divindades ao fundo, luzes de velas e uma tempestade torrencial ao fundo. A trilha sonora do cenário também era fantástica, com os trovôes ao fundo e tambores militares chineses, tanto que permaneceu intacta em SS II. Com certeza o melhor cenário do jogo.Dizem no jogo que ele queria unificar a China, mas aí vai outra gafe, pois a China já havia sido unificada a "apenas" cerca de 1100 anos antes, pela dinastia Qin.
[COLOR="blue"]Shiro Tokisada Amakusa[/COLOR]:Sobre quem é Amakusa, ver sinopse. No jogo, Amakusa é o último e único chefe do jogo. É mais um inspirado na vida real, pois esse cara realmente existiu, porém bem diferente do Amakusa de SS. Na época muitos acharam que era uma mulher, pelo aspecto e voz afeminado, mas na realidade é um homem.Não é selecionável, pelo menos no arcade, sua arma é a Pedra Palenke roubada de Green Hell. Seu cenário é em um templo na cidade de Nagazaki. No primeiro round há uma pedra ao fundo em formato de ovo e a atmosfera é calma. Se Amakusa perde o Round, evoca a força da Palenke e abre a pedra-ovo, de onde começa a emergir Ambrosia para tocar o terror. Se vencido , Amakusa vai acompanhado de Ambrosia para a casa do chapéu. Amakusa é muito veloz e muito rápido (o que é comum aos chefes) . Bastante traiçoeiro e tem golpes que podem ser fatais.
[COLOR="blue"]Kuroko:[/COLOR] Uma das grandes inovações do jogo: O juiz. O que era muito comuns nas mais tradicionais competições de artes marciais foi trazido para o jogo. Ele se veste todo de preto, o que também é comum aos figurantes e suportes do Kabuki, e porta em cada uma das mãos uma bandeira, sendo uma branca e outra vermelha.A vermelha representa o lutador que começa à (nossa) esquerda, ou o controle 1 e a branca o da direita, controle 2 ou geralmente o CPU. Quando um lutador acerta um golpe ou tira energia do adversário, ele levanta a respectiva bandeira. Ao final do combate ele saúda o vencedor.Também aparece carregando corpos de lutadores mortos em combate e aparece nas fases de bônus, como espectador e juiz. Apesar de não lutar, é um personagem que chama bastante a ataenção. Em SSII Kuroko é mais participativo, sendo inclusive lutador secreto (ladrão e apelão como o cão).
[COLOR="Red"][SIZE="2"]Gráficos: [/SIZE][/COLOR]
Um dos tantos pontos altos do jogo. A potência dos quase 100 mega contidos no jogo proporcionam cenários incrivelmente belos com destaque para as cores, geralmente as chamadas cores "quentes" (vermelho, amarelo, laranja) sempre muito vivas e vibrantes.
Cada locação é um espetáculo a parte. A maioria é localizada no Japão em meio a bambuzais, campos nevados, praias pedregosas, cemitérios ou seja, cenários típicos dos filmes de Samurai, com destaque para o bambuzal de Jubei e o cemitério de Hanzo.Isso fora os cenários "estrangeiros", que também são riquíssimos em detalhes, com destaque para os EUA de Galford, a França de Charlotte e a China de Wan-Fu. Em alguns cenários,como no de Galford e Kyoshiro, há muitos elementos em movimento e em outros há interação com o cenário, como no de Jubei onde se corta os bambus e no de Charlotte, onde se derruba os candelabros e castiçais.Isso que mostra a potência da placa do NEO.
Os sprites dos lutadores são perfeitos. Não tão grandes como em AOF, mesmo com o zoom, mas são muito bem feitos e detalhados.Existem pouquíssimos defeitos. Me lembro que por exemplo, quando Haohmaru ficava parado com zoom out (de longe) sua espada parecia estar quebrada (devido à pixelização, talvez) , o que levou muitos a acharem que aquilo era mais um efeito especial do jogo...hehe.
Falando em zoom, aqui ele é ainda mais sincronizado do que em AOF, e mais abrangente.Outros detalhes como as fontes das palavras que apreciam escritas na tela, estilizadas como se fossem kanji e o mapa envelhecido que aparecia antes dos confrontos com a inscrição "since 1788" encantavam.O gráfico de SS era da mais alta qualidade, o que o tornava um jogo muito belo para se apreciar.
Era um dos melhores jogos para ver os outros jogando, até por que fatalmente quando vc joga perde alguns detalhes do gráfico,graças à concentração na partida.E o melhor: Seu gráfico, pelo menos na minha opinião, não envelheceu, mesmo sendo 2D. Impressionante é que em SS II o galápagos team melhoraria ainda mais o que já parecia prefeito.
O cenário de Wan Fu: Que trilha!
[COLOR="red"][SIZE="2"]Áudio: [/SIZE][/COLOR]
Para mim o melhor entre todos os concorrentes da época. Os efeitos sonoros eram demais. Os barulhos de espadas se chocando eram muito reais. Os backgrounds dos cenários, com destaque para as rajadas de vento no cemitério e as ondas se chocando com as pedras da praia eram bem realistas.
E as vozes? Algo que costuma ser marca registrada em jogos do gênero não foi diferente em SS. Uma grande inovação foi à narração em japonês. Inesquecível aquele narrador falando "ippon!" , o nome dos lutadores e outras frases marcantes. A dublagem é fantástica, na minha opinião a melhor da série. Vozes como a de Jubei , Hanzo, Haohmaru, Charlotte,Galford e Nakoruru tem tudo a ver com a personalidade que os criadores quiseram atribuir aos personagens e são muito bem interpretadas. O "bakuenryu" de Hanzo,o "senpuhetsuzan" de Haohmaru o dramático ultimo suspiro de ambos são marcantes para mim.
E se não bastasse tudo isso, o jogo tem uma das melhores trilhas musicais da SNK e de todos os tempos. Enquanto em alguns cenários, como o de Jubei e Ukyo e Hanzo a música é mais discreta e às vezes conta somente com acordes que casam com o Back ground do cenário, em outros como o de Galford e Earthquake elas são vibrantes e condizentes com o local (no caso dos dois americanos o Rock rola solto). É incrível como cada música casa perfeitamente com seu cenário.
Além disso existem verdadeiras pérolas que para mim entram no rol das melhores músicas de figthing 2d de todos os tempos, como "Tiger King" do cenário de Wan Fu e "Foreing Girl" do cenário de Charlotte e também a do cenário de Nakoruru, que agora me foge o nome. São clássicos feitos com o maior capricho.
Seguem links das músicas citadas:
Wan Fu:
http://br.youtube.com/watch?v=vbagSfEVBEM&feature=related
Nakoruru:
http://br.youtube.com/watch?v=2Q5JshElSIk
Charlotte:
http://br.youtube.com/watch?v=U-JUX7oBqiY&feature=related
[COLOR="red"][SIZE="2"]Jogabilidade: [/SIZE][/COLOR]
Fighting 2D? É o que mais existia. Mas com armas? Com sangue? Com morte? Aí está o pulo do gato.
Quando a barra de energia ficava a 25% ou menos e o indicador que ficava entre as duas barras mudava de "ko" para "die" no último round de diputa, ficava bem claro para os incautos como o combate poderia terminar.
SS partia inicialmente do mesmo princípio de FF2: Dois botões de soco (nesse caso de arma) , sendo um mais forte e um mais fraco e dois de chute com o mesmo esquema. Quer algo mais? aperte dois botões! Em FF2 isso fazia mudar de plano ou arremessar o oponente para outro plano. Em SS isso produzia o golpe com arma ou o chute forte. O mesmo valia para os especiais, que executados com dois botões tinham mais força ou alcance. De resto, defender, andar, pular correr, era tudo igual.
Grande novidade era a barra de "pow". Ficava no canto inferior da tela e conforme o lutador ia apanhando ela ia enchendo. Quando totalmente cheia o lutador ficava na com a pela avermelhada e seus golpes causavam mais dano, podendo ás vezes levar o adversário a ficar tonto em um só golpe. Era um fator que equilibrava as lutas, já que quanto mais vc apanhasse mais ficava perigoso.
Outra revolução era nas conclusões dos combates: quando se finalizava o oponente com um golpe de espada, fatalmente ele ia "pra cidade dos pé junto". Geralmente quando se acertava esse ultimo golpe com o adversário no alto, ele era literamente cortado ao meio. Ao invés de vísceras e sangue, caia dinheiro (!), que valia pontos e o corpo desaparecia, ficando apenas a arma do falecido fincada no chão. Quando se acertava o oponente no solo, ele esguichava sangue do peito e tombava.Misteriosamente alguns personagens não eram cortados ao meio e estes eram Gen-an, Tam Tam , Kyishiro e Amakusa, mas todos "sangravam". Ao final da luta, enquanto o vencedor faz pose de vitória dois Kurokos aparecem ao fundo carregando o defunto enrolado em uma esteira de palha.Caso não haja morte, o perdedor apenas aprece desolado ao fundo.Essa sacada das mortes dava um clima particularmente denso e sombrio ao jogo, o que o fazia um jogo adulto, mais sério. Tudo a ver com a atmosfera samurai.
Outra boa sacada são as disputas com espada que ocorrem no meio do jogo, seja no início de alguns rounds, seja quando dois golpes com arma se chocam. Os lutadores ficam muito próximos, forçando arma contra arma.Aparece um aviso na tela para que o botão seja apertado rapidamente. Quanto mais rápido, mais chances de vencer essa disputa. Ao final, um dos dois perderá a arma, nenhum perderá ou os dois perderão. A arma pode ser recuperada depois, pois ela fica no cenário. Sem armas é possível fazer apenas os especiais que não carecem da mesma, e o botão de arma vira botão de soco.A desvantagem é que quando vc defende um golpe com arma desarmado é que o personagem perde energia, como se estivesse defendendo um golpe especial.Algo interessante é que era possível defender um golpe com arma com as mãos limpas.Se no exato momento do golpe com arma do oponente fosse dado um soco. Era um risco, mas se desse certo, o personagem agarrava (com as duas mão espalmadas) a arma do oponente imobilizando-o e arremessando o para longe, possibilitando a recuperação da arma.
Foi uma grande inovação o uso de animais. a cadela Poppi de Galford e a águia Mamahaha de Nakoruru além de atacarem tinham outras funções. Ambos, às vezes , podiam recolher itens no cenário e interceptar projéteis adversários. A interação deles com o jogo era bem ilustrada em dois momentos: quando Nakoruru perdia a espada e Mamahaha pousava em cima da mesma, para guardá-la (isso era legal:com um comando Nakoruru imitava um som de águia, chamando Mamahaha de volta á batalha) e quando Poppi chorava e uivava a morte de Galford (o que sempre sensibilizava a mina do fliperama em que eu jogava, deixando a guarda aberta pro xaveco...hehehe)
Mais uma inovação: Durante a luta, uns brucutus passavam correndo ao fundo do cenário e atiravam diversos itens como dinheiro (pontos), comida (energia) e bombas (#*@%*!). Já vi muitos serem salvos por um frango caído "do céu" ou morto por uma bomba.Dependendo do nível de dificuldade e do cenário, os caras arremessam os só frangos para o CPU e as bombas em cima da gente.Esse recurso incrementava muito a disputa, principalmente no modo VS.
Uma das poucas coisas que podem frustrar é que o jogo não tem combos "editáveis, como por exemplo dar um golpe normal e cancelar com um especial. Até é possível fazer, mas raramente dá certo e quando dá é só com alguns personagens.
Esse já era!
[SIZE="2"][COLOR="red"]O modo VS.[/COLOR][/SIZE]
Muito divertido. A jogabilidade era inventiva, descomplicada e fluente. Isso gerava grandes batalhas.Havia jogadores que só escolhiam Haohmaru e Charlotte, pelas apelações, mas alguns procuravam uma maneira diferente de jogar e apostavam em Hanzo, Galford ou Nakoruru.
Legal, além de jogar, era assistir as disputas.
Quando os dois estavam morrendo e caia um frango bem no meio lembrava o desenho do Pica Pau , que brigava com lobos e raposas por causa de comida...rs*
[SIZE="2"][COLOR="red"]Bônus: [/COLOR][/SIZE]
Característica clássica dos fighting 2D. SS não poderia ficar de fora. Trata-se de um desafio que testa atenção e agilidade. Em uma sala com vários Kurokos ao fundo, o jogador tinha que atingir com a arma bonecos de palha que surgiam e desapareciam de vários lados.Era necessario cortar um número determinado de bonecos em determinado limite de tempo. O Bônus aparecia de três em três confrontos e a dificuldade ia aumentando, pois começavam a aparecer mais bonecos de outras direções e cada vez mais rápido. Ao se fracassar no desafio o lutador ficava desolado. Caso obtivesse êxito era aplaudido pelos juízes.
[COLOR="red"][SIZE="2"]SS e eu.[/SIZE][/COLOR]
Em 1994 a gente não via a hora de começar a Copa.Enquanto aguardávamos por mais uma Copa em que o Brasil tinha tudo pra decepcionar (a história mostrou o contrário) gastávamos nossas últimas URV´s, que agora se chamavam "Real" nos fliperamas do bairro, depois do trampo e antes da escola. Já havíamos dominado SF II CE, MK, FF2 e AOF. Em um dia desses, enquanto eu jogávamos, alguém veio dizendo que no fliperama do centro tinha chegado um tal de "samurai sodom"(rs*) e que os caras lutavam com espada. O bônus era cortar bambu e no final da luta cortava a cabeça dos "hominhu" fora.
Fui aqui ao centro de Ribeirão ver o jogo. Meu Deus. Somente SFII e Final Figth me causaram tamanha impressão a primeira vista. Independente das mentiras do cara que viu samurai "sodom",era tudo maravilhoso, os gráficos, o som, os lutadores. A primeira luta que vi foi Gen-an VS Charlotte. No final ele deu uma garfada de baixo para cima que a partiu em duas. Fiquei louco!
Quando vi Haohmaru e Jubei travando o típico combate samurai em um bambuzal,com o primeiro jorrando sangue no final, quem perdeu a cabeça fui eu! E não só eu, aquela era a nova febre. Muitos como eu ficavam esperando locadoras, como a tal da City Games onde eu jogava AOF abrir para poder jogar, pois apenas elas tinham a inalcançável máquina de jogos chamada Neo Geo.
Eu curtia jogar contra, e para isso usava o muito o Hanzo e a Nakoruru, mas curtia muito jogar com o CPU também.
Ótimos tempos.Tenho a versão do PS1, que se arrasta mas é fiel em gráficos e jogabilidade.E sempre que posso jogo, como farei ao encerrar essa análise. É até legal jogar, porém como eu costumo dizer, jogar em casa é como comer sanduiche de pernil : Dá pra fazer em casa de boa e até melhor que o da rua, mas sem ter a rapaziada pra bater papo, sem sentar no boteco ou na calçada em frente ao estádio pra tomar uma ceva, não tem a mesma graça. Jogos como esse só são realmente emocionantes nas locadoras e principalmente nos flipers, e esse tempo já passou.
O verdadeiro duelo samurai.
Outras versões:
Fora a versão original e a de Neo, sempre um Ctrl+V do Arcade,existem outras. E as que eu joguei foram:
SNES: Ah, Takara! O que eu sei é que os caras da Takara são bons de mkt pra divulgar sua marca.Pedir pra fazer suas manhas de chefe em SS,FF2 e FFS justo na hora em que aparece a marca deles foi uma jogada e tanto. Nisso são bons. Quanto ao SS do Snes, é daqueles que engana na revista, pois o gráfico PARADO é até igual.O jogo jogado é outro papo, mas até que não é ruim, da à capacidade do SNES. Os lutadores andavam de um jeito pra terá e de outro pra frente (sim, eu sou chato a ponto de reparar isso) coisa que nenhum SF do Snes tem , por exemplo. Tem Zoom, que é até legalzinho. Morte? Só encenada, pois o cara faz a pose de jorrar sangue, mas não jorra. Não tem o corte ao meio. Os bônus são iguais e o som é esforçado. No total daria até um 6 pelo esforço. Ao lado de FFS é o melhor da takara para SNES.
Playstation. Tenho ela.Vem em um pack com SSII O gráfico e a jogabilidade são fiéis, como já disse. A princípio é tudo igual, mas o que pega no jogo é a lentidão do Loading e as músicas, que não tem nada a ver (como é comum a tudo da SNK que saiu para PS1). As músicas influenciam muito para quem veio do Arcade. Daria um 7,5.
Existem também versões para SMD , Game Boy, Game Gear, me parece que para 3do,PS2 e Wii, no virtual console.Alguém me tire estas dúvidas e acrescente alguma outra por favor.
estas não vou comentar pq não joguei. Xeretei a do mega no You tube outro dia. Achei similar a do Snes, mas já de cara achei duas ratas: Não tem zoom nem Earthquake.Mas normal, mesmo assim é trampo esforçado e parece bom.
[SIZE="2"][COLOR="red"]Espaço "ALEXFULL!"[/COLOR][/SIZE]
Dedico esse espaço àquelas verdadeiras onomatopéias para traduzir os nomes dos golpes geradas pela molecada que jogava nos fliperamas.Como vivíamos uma época de áudios limitados,caixas de som abafadas e mentes férteis, saíram interpretações clássicas como "alexfull" para o "Sonic boom" de Guile e "Taiguer Robocop" para o "Tiger Uppercut" de Sagat.
SS não ficava atrás, e aqui estão lances de "alexfull" da molecada do fliper:
"Daaaainavision!!!"= "Power gradation" , o anti aéreo de Charlotte.
"Samurai Sodom"= Samurai Shodown na cabeça de um cascateiro empolgado de plantão.
"Ô medusan!"= "Horetsuzan", o anti aéreo de Haomaru. As vezes era chamado, como todo anti aéreo semelhante ao Shouryuken de Ryu : "roiuguer" ou "hollywwod". O adversário pulava em cima e os caras em coro: "dá o Hollywwod!"
"Zen fu Medusan"= "Sen pu retsuzan",o ciclone de Haohmaru.
"Que homem imbecil!" ou ainda: " E ó: o menino é seu!"= A frase de vitória de Hanzo, cuja a qual não sei a tradução mas tenho certeza de que dificilmente é algo parecido com isso aí.
:-D
[SIZE="2"][COLOR="red"]Concluindo:[/COLOR][/SIZE]
[COLOR="Blue"]Fracos: [/COLOR]
Praticamente não os tem.
*O jogo não tem combos "editáveis", o que para hoje em dia é um pecado.
*Alguns problemas de gráfico em "zoom out" (afastado)
*O pecado está onde quase ninguém percebe: Na história. China dividida? San Francisco e Texas existindo em 1788? Ninjas participando de batalhas 'mano a mano" uma atrás da outra? Mas tudo bem, como eu disse, isso é de menos. Principalmente pra quem está acostumado aassistir filmes em que brasileiros falam castelhano e existem cataratas na Amazônia.
[COLOR="blue"]Fortes: [/COLOR]
Poderia falar que o forte do jogo é ele mesmo, pois beira a perfeição. Mas para especificar:
*Gráficos
*Som
*Jogabilidade
*Personagens
SS é talvez um dos melhores jogos de todos os tempos.Não apenas do seu gênero mas também no geral. Dá pra perceber como a SNK estava no auge de seu capricho e criatividade. Um jogo feito para ser belo, feito com o intuito de ser uma obra de arte, um épico. O intuito foi feliz, pois se conseguiu tal resultado.
É um marco e uma referência para outros Fighting que viriam e para todos os jogos de luta com armas subseqüentes. Quem jogou não esquece a combinação Grafico-Som-Jogabilidade de SS, que era algo muito legal. SS com toda justiça foi dos grandes do seu tempo. Foi um tempo que passou,como o tempo dos samurais, mas que inesquecível.
Minhas fontes foram o youtube, o wikipédia, o classicgaming (http://hg101.classicgaming.gamespy.com/samuraishodown/samuraishodown3.htm) e a caxola ;D
Grato pela paciência e atá a próxima.
