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[retro-análise] Syphon Filter (Playstation)

Cosmão

Lenda da internet
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O fim da década de 90 nos reservou grandes surpresas no mundo dos videogames. O Playstation já estava consolidado, o Sega Saturn desfilava como um zumbi e o Nintendo 64... bom, o 64 sempre teve sua parcela fiel de público, mas, diferente do sucesso da rival Sony, a Nintendo satisfazia seus fãs basicamente com seus próprios jogos, ao invés de depender de thirds.

Para se ter uma pequena idéia do cenário na época, em 1999 o Nintendo 64 recebia Donkey Kong 64 e Pokémon Snap, dois jogos que fizeram um bom sucesso no console.

Syphon Filter foi lançado para Playstation no mesmo ano. Buscando um jogo baseado em operações secretas, o estúdio Eidetic (atualmente first party da Sony com o nome de Bend Studio) finalmente conseguiu um grande sucesso depois do fracasso de Bubsy 3D (sim, foram eles que criaram essa bomba também). Em Syphon Filter controlamos Gabriel Logan, um agente secreto treinado em operações especiais. Logan possui uma parceira, Lian Xing, que nesse primeiro game fica mais como coadjuvante e ajuda Gabe pelo comunicador, geralmente passando coordenadas sobre as missões. Ambos são enviados pela Agência atrás do rastro de um perigoso terrorista chamado Erich Rhoemer, que andaria desenvolvendo um arma biológica com grande potencial chamada Syphon Filter.

A trama do jogo é recheada de cutscenes mostrando o desenvolvimento dos dois agentes, as discussões entorno do paradeiro do terrorista e também as consequências que vão sendo causadas conforme o avanço do jogador.


De fato, Syphon Filter foi um jogo bastante elogiado na época pelo seu enredo, que mistura investigação e terrorismo biológico de um jeito bem interessante. Cada personagem embutido no jogo tem sua razão para estar ali, ou seja: todo um background foi criado para que o enredo não se perdesse ou ficasse sem sentido. Gabe Logan conversa o tempo todo através do comunicador, o que aumenta bastante a imersão do jogador com a história e com o gameplay também, além de familiarizá-lo com os personagens do jogo.


Sendo um jogo de ação com espionagem, é natural esperar uma boa dose de gameplay denso e inúmeras funções. De fato, Gabe pode rolar, se abaixar, mirar livremente pelo cenário 3D e até escalar algumas plataformas, no melhor estilo Tomb Raider de ser. Apesar de todas essas funções, o jogo foi bastante comparado à outro petardo que tinha saído um ano antes, Metal Gear Solid. John Garvin, diretor criativo do Bend Studio, numa entrevista ao blog Playstation para a seção "Behind The Classics", deu seu parecer sobre essa comparação:


"A idéia original de Syphon Filter nasceu de um produtor da 989 Studios, que tinha escrito uma sinopse de uma página e entitulado de Syphon Filter. Nada além disso era citado, nem personagens, nem história. Na verdade, somente uma idéia de que o jogo seria baseado na ação furtiva e contaria com armas e equipamentos desse tipo. Nossa meta era deixar o jogador se sentindo um super espião. Nosso designer naquela época era bastante influenciado pelo título Goldenye, do Nintendo 64, que pode te dar uma vaga idéia do que encontraria Syphon Filter."

Mesmo com a inevitável comparação, Syphon Filter fez um grande sucesso no console. A grande variedade de missões, atrelada aos montes de armas e equipamentos que até então não eram comum nos jogos, fizeram com que ele se tornasse rapidamente um clássico do console, gerando continuações e spin-offs futuramente.


Mas, nem tudo foram flores no desenvolvimento do jogo. "O desenvolvimento de Syphon Filter foi um terror. Primeiro, não tínhamos referencial algum no estilo de jogo que queríamos fazer. Os caras da Eidetic só tinham feito Bubsy 3D, o que, em termos de comparação, além de também ser um jogo em terceira pessoa, não tinha nada a ver com Syphon Filter. Não tínhamos a mínima noção de como colocar uma agente secreto num jogo propriamente de ação. De fato, esse primeiro Syphon Filter esteve muito perto de ser cancelado várias vezes, muito disso pela inexperiência do grupo. Foram muitos enredos descartados, personagens abolidos, linhas de códigos perdidas e etc. Demorou cerca de um ano até acertarmos a 'receita' do jogo final", completa Garvin.

No final tínhamos um sólido jogo que misturava furtividade com ação de uma forma que ainda não conhecíamos. Jogar Syphon Filter é diferente de jogar Metal Gear Solid. De fato, algumas missões do jogo da Eidetic requerem furtividade extrema, sem ser visto nem pelas sombras dos inimigos, tal qual a franquia da Konami. Mas, na maioria das vezes, se esconder e atirar em cabeças resolvem a maioria dos problemas. Para isso, Gabe conta com um arsenal invejável de armas e ferramentas. Pistolas 9mm, shotguns, metralhadoras, snipers e uma das armas mais icônicas da franquia: otaser. Queimar os inimigos de longe com o taser era uma das coisas mais divertidas de se fazer no jogo.


Apesar de hoje em dia muita gente sequer conseguir jogar Syphon Filter, a mecânica dele naquela época funcionava muito bem. Mesmo correr armado e atirando, enquanto rolava e tentava escapar dos tiros inimigos, era uma tarefa corriqueira no game. Comum também era ter que escalar caixas e muros, procurando por itens e caixas com os imprescindíveis coletes à prova de bala. Nem sempre tudo isso era intuitivo, então, parar e observar bem o cenário antes de prosseguir era crucial em alguns momentos. Gabe pode levar uma boa saraivada de tiros, mas, se estiver com um colete novo, ele aguentará bem mais facilmente o tranco, exceto quando passar por alguma área infestada de snipers.

A respeito do visual, Syphon Filter é um jogo bem competente pro Playstation. Claro, hoje é fácil você notar flickers em todo lugar, polígonos estourando. Ja a animação dos personagens é bem bacana, apesar de Gabe dar a impressão de que é lento até mesmo quando corre. Talvez até por isso, correr enquanto atira com Gabe dá um tom até cinematográfico ao jogo. Outro fator que é preciso citar são as cutscenes em CG. Não são da melhor qualidade, até porque não usaram atores para fazê-las: "Nossos personagens sequer tinham dedos, suas mãos eram simplesmente quadrados, isso inclusive nas cenas em CG. Não nos importávamos com isso, pois queríamos de alguma forma poder contar a história do jogo. Nosso lema era que filmes ruins eram pior do que não ter filmes", explica Garvin.


A música em Syphon Filter era outro ponto de destaque, apesar de pouco aparecer no game. Todas as composições são assinadas por Chuck Doud, que veio a trabalhar também com Blasto e PAIN, que saiu na Playstation Network. Mesmo aparecendo timidamente, é inevitável ouvir o tema de abertura e não reconhecer Syphon Filter de imediato. Ótimos efeitos sonoros e vozes também fazem parte do pacote. A voz icônica do personagem principal foi emprestada pelo ator John Chacon, o que acabou agregando muita personalidade ao Gabe Logan, até porque ele atuou na trilogia inteira do PSX.

Mesmo com tantas inovações nos dias atuais, com jogos cada vez mais próximos da realidade, é prazeroso você pegar um game do naipe de Syphon Filter e ver o quão brilhante foram as misturas que os produtores fizeram com a realidade a fantasia. "Muitos dos jogos atuais buscam inspiração nas cores escuras, monocromáticas, tudo em prol da realidade nos jogos. Mas, olhando pros games que joguei nessa década de 90, como Unreal, Turok 2 ou Raibow Six, nota-se que eles buscavam o realismo mas mantinham suas cores", conta Garvin.

De fato, Syphon Filter é um game bem agradável no que diz respeito à variedade, tanto de cores quanto de cenários e situações. Existem missões que vão desde mate todo mundo sem ser visto, até buscar provas, vasculhar por bombas escondidas e toda sorte de empecilhos. Buscar essa variedade de tons, seja in-game da forma de gameplay ou de maneira estética, contribuiu bastante para que o jogo se popularizasse.


Por fim, se você não conhece ou apenas ouviu falar de Syphon Filter, recomendo que tente jogar. Não é lá um jogo muito convidativo pros dias atuais, pois sua mecânica se encontra defasada se (injustamente) comparado aos jogos similares nos dias de hoje. Mas, se tirar um tempinho pra aprender suas minúscias, periga descobrir um dos melhores jogos de stealth action já feitos. E, como o próprio Garvin diz, muitas coisas que vieram depois de Syphon Filter, de alguma forma, foram inspiradas nele, estejam essas mecânicas envelhecidas ou não.

Resumão:
+ o jogo ainda oferece um ótimo desafio;
+ apesar de envelhecida, a mecânica do jogo é única;
+ variedade interessante de fases unida ao design genial das mesmas;
+ a história por si só é bem interessant
e;
- os gráficos podem incomodar bastante quem não está acostumado ou não jogou na época;
- os controles podem confundir bastante no início;


Final Score: 8

Link original: http://shugames.blogspot.com.br/2015/09/syphon-filter-playstation.html
 

João Ritzel

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Nunca terminei o primeiro,apenas o 2 e 3.

Vou pegar ele no Playstation classics.
 

Denrock

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Foi uma boa trilogia no PS1, eu tive o 3º jogo..... Mas os gráficos já achava meio ruins mesmo naquela época, pra mim Metal Gear lançado um ano antes tinha gráficos melhores que ele. E em 99 já tinha o Soul Reaver, tambem com gráficos bem melhores que ele. E acho que deveria ter tido um intervalo maior entre um e outro (foram 3 jogos em 3 anos seguidos) ,pra dar uma modificada maior nas mecanicas de jogo entre eles.

Vários anos mais tarde, em 2009 quando comprei meu PSP, um dos primeiros jogos que joguei nele, foi simplesmente o melhor jogo dessa franquia na minha opinião: Syphon Filter - Logans Shadow , esse sim acho um jogo fodástico.


syphon-filter-logans-shadow-20070827033101619.jpg

syphon-filter-logans-shadow-20070614041922425-000.jpg
 

Agent13

Bam-bam-bam
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Grande jogo do Ps1. Curto muito.
Conheci o jogo em um dos cds demos que vinha no Ps1. Era triste ver o "To Be Continue" ao término dela.
Sobre o Taser, era Legal fazer churrasco com os inimigos, principalmente quando você era novo no jogo:brbr

A OST desse jogo é muito boa!



Legal que dependendo a fase ela variava, quando vinha inimigos para te matar.
 

Agent13

Bam-bam-bam
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Engraçado que o PS2 tem uma trilogia também, devido ao Dark Mirror e Logan's Shadow terem sidos portados para ele.
 


edineilopes

Retrogamer
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Belo tópico.

Não sei porque, nunca dei muita atenção a esse game. Joguei pouco. Não me cativou na época.
 

Legiao-RJ

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Joguei muito o primeiro,o jogo veio em uma boa hora pra quem ainda estava na adrenalina de Metal Gear Solid,as fases desse jogo com stealth são sensacionais.

Ja o 2 e 3 dropei,tenho que dar uma noca chance para eles.
 

EliteFoxx

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Um dos meus jogos favoritos do PS1. Gostava bastante das missões do jogo, principalmente aquela que tem que seguir o Phagan no museu. Lembro que fiquei impressionado com o final da primeira missão quando o metrô explode.
Pena que abandonaram a série depois do Logan's Shadow.
 

Vigilante Master

Bam-bam-bam
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Tópicos assim é que diferenciam a pasta retro do restante.
Lembro que joguei na ordem decrescente , começando pelo 3 , 2 e o 1 por último.
Os jogos são os mesmos, mudando pouca coisa entre eles, o que é ótimo, pois o 1 já acertou em cheio.
Sem dúvidas, uma das melhores séries dos 32 bits.
 

onewaytrigger

Bam-bam-bam
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Série bem acima da média no PS1, infelizmente nunca cheguei longe no 1 pois tinha aquele "3in1" que capava as FMVs e sempre dava pau. Só terminei o 3, que aliás, que jogaço, se passava no Afeganistão, não lembro se saiu antes ou depois do Sep 11th.
 

Azz01

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Joguei demais o 1, na epoca troquei o pica pau racing original pelo syphoon pirata hahaha mas valeu a pena, o 2 e o 3 pra mim são tão bons quanto o 1

Aproveitando o topico pro pessoal que jogou a trilogia, aquela missão na floresta é em qual Syphon filter ?
 

Agent13

Bam-bam-bam
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Série bem acima da média no PS1, infelizmente nunca cheguei longe no 1 pois tinha aquele "3in1" que capava as FMVs e sempre dava pau. Só terminei o 3, que aliás, que jogaço, se passava no Afeganistão, não lembro se saiu antes ou depois do Sep 11th.
Lembro dessa fase. Foi uma surpresa ao vê-la, porque joguei ele meses depois do 11 de setembro e Afeganistão era citado.

Joguei demais o 1, na epoca troquei o pica pau racing original pelo syphoon pirata hahaha mas valeu a pena, o 2 e o 3 pra mim são tão bons quanto o 1

Aproveitando o topico pro pessoal que jogou a trilogia, aquela missão na floresta é em qual Syphon filter ?
Esta?

Se for, é do 3.
 

matroska

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O fim da década de 90 nos reservou grandes surpresas no mundo dos videogames. O Playstation já estava consolidado, o Sega Saturn desfilava como um zumbi e o Nintendo 64... bom, o 64 sempre teve sua parcela fiel de público, mas, diferente do sucesso da rival Sony, a Nintendo satisfazia seus fãs basicamente com seus próprios jogos, ao invés de depender de thirds.

Para se ter uma pequena idéia do cenário na época, em 1999 o Nintendo 64 recebia Donkey Kong 64 e Pokémon Snap, dois jogos que fizeram um bom sucesso no console.

Syphon Filter foi lançado para Playstation no mesmo ano. Buscando um jogo baseado em operações secretas, o estúdio Eidetic (atualmente first party da Sony com o nome de Bend Studio) finalmente conseguiu um grande sucesso depois do fracasso de Bubsy 3D (sim, foram eles que criaram essa bomba também). Em Syphon Filter controlamos Gabriel Logan, um agente secreto treinado em operações especiais. Logan possui uma parceira, Lian Xing, que nesse primeiro game fica mais como coadjuvante e ajuda Gabe pelo comunicador, geralmente passando coordenadas sobre as missões. Ambos são enviados pela Agência atrás do rastro de um perigoso terrorista chamado Erich Rhoemer, que andaria desenvolvendo um arma biológica com grande potencial chamada Syphon Filter.

A trama do jogo é recheada de cutscenes mostrando o desenvolvimento dos dois agentes, as discussões entorno do paradeiro do terrorista e também as consequências que vão sendo causadas conforme o avanço do jogador.


De fato, Syphon Filter foi um jogo bastante elogiado na época pelo seu enredo, que mistura investigação e terrorismo biológico de um jeito bem interessante. Cada personagem embutido no jogo tem sua razão para estar ali, ou seja: todo um background foi criado para que o enredo não se perdesse ou ficasse sem sentido. Gabe Logan conversa o tempo todo através do comunicador, o que aumenta bastante a imersão do jogador com a história e com o gameplay também, além de familiarizá-lo com os personagens do jogo.


Sendo um jogo de ação com espionagem, é natural esperar uma boa dose de gameplay denso e inúmeras funções. De fato, Gabe pode rolar, se abaixar, mirar livremente pelo cenário 3D e até escalar algumas plataformas, no melhor estilo Tomb Raider de ser. Apesar de todas essas funções, o jogo foi bastante comparado à outro petardo que tinha saído um ano antes, Metal Gear Solid. John Garvin, diretor criativo do Bend Studio, numa entrevista ao blog Playstation para a seção "Behind The Classics", deu seu parecer sobre essa comparação:


"A idéia original de Syphon Filter nasceu de um produtor da 989 Studios, que tinha escrito uma sinopse de uma página e entitulado de Syphon Filter. Nada além disso era citado, nem personagens, nem história. Na verdade, somente uma idéia de que o jogo seria baseado na ação furtiva e contaria com armas e equipamentos desse tipo. Nossa meta era deixar o jogador se sentindo um super espião. Nosso designer naquela época era bastante influenciado pelo título Goldenye, do Nintendo 64, que pode te dar uma vaga idéia do que encontraria Syphon Filter."

Mesmo com a inevitável comparação, Syphon Filter fez um grande sucesso no console. A grande variedade de missões, atrelada aos montes de armas e equipamentos que até então não eram comum nos jogos, fizeram com que ele se tornasse rapidamente um clássico do console, gerando continuações e spin-offs futuramente.


Mas, nem tudo foram flores no desenvolvimento do jogo. "O desenvolvimento de Syphon Filter foi um terror. Primeiro, não tínhamos referencial algum no estilo de jogo que queríamos fazer. Os caras da Eidetic só tinham feito Bubsy 3D, o que, em termos de comparação, além de também ser um jogo em terceira pessoa, não tinha nada a ver com Syphon Filter. Não tínhamos a mínima noção de como colocar uma agente secreto num jogo propriamente de ação. De fato, esse primeiro Syphon Filter esteve muito perto de ser cancelado várias vezes, muito disso pela inexperiência do grupo. Foram muitos enredos descartados, personagens abolidos, linhas de códigos perdidas e etc. Demorou cerca de um ano até acertarmos a 'receita' do jogo final", completa Garvin.

No final tínhamos um sólido jogo que misturava furtividade com ação de uma forma que ainda não conhecíamos. Jogar Syphon Filter é diferente de jogar Metal Gear Solid. De fato, algumas missões do jogo da Eidetic requerem furtividade extrema, sem ser visto nem pelas sombras dos inimigos, tal qual a franquia da Konami. Mas, na maioria das vezes, se esconder e atirar em cabeças resolvem a maioria dos problemas. Para isso, Gabe conta com um arsenal invejável de armas e ferramentas. Pistolas 9mm, shotguns, metralhadoras, snipers e uma das armas mais icônicas da franquia: otaser. Queimar os inimigos de longe com o taser era uma das coisas mais divertidas de se fazer no jogo.


Apesar de hoje em dia muita gente sequer conseguir jogar Syphon Filter, a mecânica dele naquela época funcionava muito bem. Mesmo correr armado e atirando, enquanto rolava e tentava escapar dos tiros inimigos, era uma tarefa corriqueira no game. Comum também era ter que escalar caixas e muros, procurando por itens e caixas com os imprescindíveis coletes à prova de bala. Nem sempre tudo isso era intuitivo, então, parar e observar bem o cenário antes de prosseguir era crucial em alguns momentos. Gabe pode levar uma boa saraivada de tiros, mas, se estiver com um colete novo, ele aguentará bem mais facilmente o tranco, exceto quando passar por alguma área infestada de snipers.

A respeito do visual, Syphon Filter é um jogo bem competente pro Playstation. Claro, hoje é fácil você notar flickers em todo lugar, polígonos estourando. Ja a animação dos personagens é bem bacana, apesar de Gabe dar a impressão de que é lento até mesmo quando corre. Talvez até por isso, correr enquanto atira com Gabe dá um tom até cinematográfico ao jogo. Outro fator que é preciso citar são as cutscenes em CG. Não são da melhor qualidade, até porque não usaram atores para fazê-las: "Nossos personagens sequer tinham dedos, suas mãos eram simplesmente quadrados, isso inclusive nas cenas em CG. Não nos importávamos com isso, pois queríamos de alguma forma poder contar a história do jogo. Nosso lema era que filmes ruins eram pior do que não ter filmes", explica Garvin.


A música em Syphon Filter era outro ponto de destaque, apesar de pouco aparecer no game. Todas as composições são assinadas por Chuck Doud, que veio a trabalhar também com Blasto e PAIN, que saiu na Playstation Network. Mesmo aparecendo timidamente, é inevitável ouvir o tema de abertura e não reconhecer Syphon Filter de imediato. Ótimos efeitos sonoros e vozes também fazem parte do pacote. A voz icônica do personagem principal foi emprestada pelo ator John Chacon, o que acabou agregando muita personalidade ao Gabe Logan, até porque ele atuou na trilogia inteira do PSX.

Mesmo com tantas inovações nos dias atuais, com jogos cada vez mais próximos da realidade, é prazeroso você pegar um game do naipe de Syphon Filter e ver o quão brilhante foram as misturas que os produtores fizeram com a realidade a fantasia. "Muitos dos jogos atuais buscam inspiração nas cores escuras, monocromáticas, tudo em prol da realidade nos jogos. Mas, olhando pros games que joguei nessa década de 90, como Unreal, Turok 2 ou Raibow Six, nota-se que eles buscavam o realismo mas mantinham suas cores", conta Garvin.

De fato, Syphon Filter é um game bem agradável no que diz respeito à variedade, tanto de cores quanto de cenários e situações. Existem missões que vão desde mate todo mundo sem ser visto, até buscar provas, vasculhar por bombas escondidas e toda sorte de empecilhos. Buscar essa variedade de tons, seja in-game da forma de gameplay ou de maneira estética, contribuiu bastante para que o jogo se popularizasse.


Por fim, se você não conhece ou apenas ouviu falar de Syphon Filter, recomendo que tente jogar. Não é lá um jogo muito convidativo pros dias atuais, pois sua mecânica se encontra defasada se (injustamente) comparado aos jogos similares nos dias de hoje. Mas, se tirar um tempinho pra aprender suas minúscias, periga descobrir um dos melhores jogos de stealth action já feitos. E, como o próprio Garvin diz, muitas coisas que vieram depois de Syphon Filter, de alguma forma, foram inspiradas nele, estejam essas mecânicas envelhecidas ou não.

Resumão:
+ o jogo ainda oferece um ótimo desafio;
+ apesar de envelhecida, a mecânica do jogo é única;
+ variedade interessante de fases unida ao design genial das mesmas;
+ a história por si só é bem interessant
e;
- os gráficos podem incomodar bastante quem não está acostumado ou não jogou na época;
- os controles podem confundir bastante no início;


Final Score: 8

Link original: http://shugames.blogspot.com.br/2015/09/syphon-filter-playstation.html

Eu tive a trilogia toda.

Fechei todas elas.

Considero o 2 o melhor levando em conta a época do lançamento e ele tinha 02 CDS era o mais longo e tinha missões mais variadas.

Foi um jogo muito bom no ps1 e fez sucesso nele.

OutrA

Depois ele foi uma das diversas franquias que não vigaram na geração seguinte.

O Silphon Filter 1 era o mais díficil. As ultimas missões tinham m handicap absurdo.

Outra franquia do ps1 que foi marcante, aliás mais marcante inclusive foi Parasite Eve especialmente o primeiro que era os gráficos tops da época. Talvez eu faça um tópico quando tiver tempo.

Silphon filter tinha um gráfico nota 7 para o psx mas nos demais aspectos ele se sobressaia
 

Akaranger

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Lembro de jogar muito isso quando eu era criança, gostava muito disso! Belo tópico.
 

OmegaRider

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Joguei e zerei o 2 e o 3. O primeiro eu acabei jogando quando já tinha vendido o PSX, por isso acabei largando mão. Mas os outros dois eram incríveis !!
 

Cosmão

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Um último lembrete: joguem com algum controle esse game, tive problemas jogando com o teclado pois em alguns momentos, abaixar, mirar e atirar se tornou impossível (o teclado não registrava nem a pau três teclas ao mesmo tempo).
 

Akaranger

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Um último lembrete: joguem com algum controle esse game, tive problemas jogando com o teclado pois em alguns momentos, abaixar, mirar e atirar se tornou impossível (o teclado não registrava nem a pau três teclas ao mesmo tempo).
Jogar com teclado é bem ruim em quase qualquer jogo.

Edit: Jogo em emulador.
 

praguento

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Joguei demais na época, curti muito essa série!

Enviado de Outer Heaven, depois de acordar do coma!
 

Agent13

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Um último lembrete: joguem com algum controle esse game, tive problemas jogando com o teclado pois em alguns momentos, abaixar, mirar e atirar se tornou impossível (o teclado não registrava nem a pau três teclas ao mesmo tempo).
No teclado deve ser tenso usar a mira em primeira pessoa, L2/R2(olhar pra fora do muro sem sair dele), direcionar a mira (head shot!)e apertar o botão de tiro.

É interessante que Syphon Filter 1 tem versão japa. Era rara a ISO há um tempo atrás.
 

gcpro

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torrar o inimigo com o taser, quem nunca hahahaha xD
Bela análise, belo jogo, realmente um clássico do PSX, vale a pena jogar de novo.
Discordo só da nota 8, eu daria de 9 para 10, falar de gráficos naquela época é um pouco desnecessário, ainda, se for comparar com a quantidade de coisas que adicionaram no jogo, talvez em virtude de não ocupar tudo com gráfico, iiih.. 9 para 10 mesmo uhauha =P
Obrigado pela análise, vou jogá-lo novamente pois nunca terminei.
 
Ultima Edição:

patolino

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Uma das cenas mais antológicas do PlayStation, os reféns na quadra!

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Doctor Kafka

A Solitary Man
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O que eu mais joguei foi o 2, era um dos meus jogos preferidos, eu fechava em uma sentada.

O 3 também era legal, se não me engano tinha vários personagens além do Gabe e da Lian.

O 1 nunca consegui terminar, travei num chefe que era um helicóptero.
 

C4rbs

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Revivendo o tópico aqui, como eu queria que esse jogo tivesse um remake ou um remaster para o ps4
 

RM Danger

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Joguei muito o 1, era um ótimo jogo, lembro também que ninguém sabia falar o nome dele na época, molecada chama ele de jogo da arminha de choque.

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Zatt

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Gostei demais desse review! Parabéns OP.
Joguei muito isso ai na época, não consigo comparar ele a MGS, são propostas parecidas mas jogabilidade muito diferente.
A dinâmica neste jogo era maior, tiro na cabeça à rodo era muito bacana. Ali eu apredi o que era um Headshot.
Teaser era bacana tb sim, boa lembrança ! Lembro que o 1 e o 2 eu joguei ate o fim, o 3 não lembro de ter jogado... Mas em relação a dificuldade, achei muito fácil na época, não me sentia muito desafiado...
 

SKT Leonhart

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Pra quem não jogou o de ps2, recomendo bastante o logan shadows.
Um dos melhores jogos que peguei pro ps2
 

Rodrigocfb

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Na epoca de MGS, Golden Eye e Mission Impossible, ele se encaixou como uma luva.

Sempre gostei da tematica e na época adorei o jogo. Mas nao lembro de ter terminado, cheguei perto do fim, mas lembro que tinha algo que não passava nem a pau... Nao sei se era o cd pirata kkk

Vou ver se jogo de novo (nao sei se aguento esses graficos hj, pq esses jogos poligonais da epoca envelhereceram muito mal), porem vou ver se confiro o Logans Shadow

Enviado de meu LG-K200 usando Tapatalk
 

R.bass

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Show!
Eu adorava jogar este jogo, mas como na época eu nao tinha ps1, ficava na primeira, no máximo segunda fase, e o tempo da casa de jogos acabava.
 

duke_tolgo

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syphon filter foi umas das melhores franquias ja joguei, e apesar de ter gostado das versões do ps2, ainda prefiro a trilogia original, não curti muito da jogabilidade das versões de ps2.

algo que achava muito legal era menu do jogo
 

The legend

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O 1 tinha multijogador, galera? Lembro que me diverti muito com amigos. É uma série que a Sony tinha que trazer de volta, já que Splinter Cell está sumido e Metal Gear vai demorar pra sair outro, ainda mais sem o Kojima.
 

Agent13

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O 1 tinha multijogador, galera? Lembro que me diverti muito com amigos. É uma série que a Sony tinha que trazer de volta, já que Splinter Cell está sumido e Metal Gear vai demorar pra sair outro, ainda mais sem o Kojima.
No Ps1, o 2 e o 3 tinha. Dava pra jogar com uma velha mendiga no 2 :lolwtf
Podia ter saído muito bem um novo jogo da série, em vez de um de zumbi (Days Gone) :facepalm
 
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