Sobre a letra de "Imagine" em si (sem levar em conta os fins comerciais do autor), percebi que, ultimamente, andam polemizando a frase And no religions too, que fecharia de vez a questão do "comunismo" da música, já que na prática, alguns regimes socialistas baniram religiões. Não acho que a letra esteja requerendo banimento de religião assim como não acho que a primeira estrofe da música seja necessariamente um clamor ateísta, embora o referido, aparentemente, fosse ateu. Acho que o que o narigudo sugeria era que se todos fôssemos pessoas, digamos, pacíficas, superaríamos a necessidade de religiões, de fronteiras etc. Principalmente porque a religião era e ainda é (juntamente com economia, com questões raciais) um motivo de disputa que acaba levando a muitos conflitos. A meu ver, em tese, a música propõe uma superação disso, não um regime que elimine essas questões, que seria um regime socialista.
Mal comparando, tem um episódio dos Simpsons, da 5ª temporada ("Homer Loves Flanders", aqui traduzido equivocadamente como "De Olho em Springfield") que Homer, no final, diz que se todos fossem como Flanders (um cara pacífico que faz tudo pelo próximo), não precisaríamos de Céu, pois já viveríamos nele. Acho que a linha de raciocínio na música é essa.
Mas pra mim, na verdade, é só picaretagem mesmo.
John Lennon gostava muito é de dinheiro. Ele fez "Imagine" pra isso. Duvido que acreditasse em qualquer daqueles "valores" que cita na música ou em qualquer das músicas que compunha.
Um cantava que diz que "tudo que precisamos é amor" e praticamente abandonou o filho.
Mas até onde me consta, muito embora fosse ricaço, ele não morava numa mansão, não.