4 formas de criar gravidade artificial
Não seria nada simples mudar a gravidade em uma nave – mas podemos especular formas com que isso poderia ser feito
por Redação Galileu
"Por que não estamos flutuando, Spock?" - "Tudo suave na nave, capitão, nosso buraco negro está ligado"// Crédito: Divulgação Paramount
Em filmes de ficção, todos os personagens andam direitinho nas naves espaciais, como se estivessem na Terra – a não ser quando a gravidade artificial é desligada. Aí as coisas flutuam, pessoas voam, como se realmente estivessem no espaço.
O problema é que não é fácil criar gravidade artificial. E, por mais que seja divertido flutuar por aí, astronautas que passam muito tempo em condições diferentes das terrestres podem acabar sofrendo com problemas de circulação, atrofia de músculos e com ossos muito fracos.
Confira quatro formas de criar gravidade artificial que poderiam evitar essa situação - se não fossem, atualmente, impraticáveis:
1. Girar a nave – quando você pega um elevador, sente a pressão quando o elevador sobe e, quando ele desce, se sente “solto” no ar, mesmo que por poucos instantes. Isso significa que a aceleração constante pode simular o efeito da gravidade. Esse efeito poderia ser replicado através de uma nave circular que gira constantemente. Não entendeu o conceito? Ponha um pouco de água em um copo e gire-o sem derrubar o líquido. Você vai perceber que a gravidade torna-se diferente com a aceleração, fazendo com que a água fique “grudada” nas paredes do recipiente.
2. Buraco-negro portátil – você sabe o que um buraco negro faz, mas você sabe o que ele é? É um espaço onde a matéria se torna tão densa que se concentra em um único ponto. Esse ponto tem uma força gravitacional tão grande que suga tudo o que existe em volta dele. Parece aterrorizante, não? Então por que colocar um desses em uma nave? Caso você não saiba, existe um buraco negro bem no centro da Via Láctea e, até onde sabemos, ele não está nos fazendo mal. Ele, aliás, mantém a nossa galáxia no lugar, fazendo com que ela gire ao redor dele. Um buraco negro menor, mas com as mesmas propriedades, poderia ter a mesma função em uma nave. Mas há dois problemas: como transportá-lo e como evitar que mais objetos passem a orbitá-lo?
3. Matéria escura – segundo especialistas, é a força gravitacional dela que mantém o nosso universo no lugar. Então levar um bocado de matéria escura em uma nave poderia solucionar o problema da gravidade. Só que só podemos “encontrar” esse material através dos seus efeitos gravitacionais. Então se a gravidade de repente falhar, não teria jeito de consertar o problema, já que nem saberíamos onde está a matéria escura.
4. Mexer com a relatividade – segundo a teoria de Einstein, o tempo passa mais rápido para quem está em uma área de alta gravidade do que para alguém em uma zona de baixa gravidade. Por isso que satélites em nossa órbita precisam ter o relógio um pouco mais acelerado, para combinar com o das pessoas aqui na Terra. Isso quer dizer que, para controlar a gravidade, basta arranjar uma nave que possa controlar o tempo. Com o tempo passando mais devagar, poderemos ter a quantidade apropriada de gravidade no espaço. E ainda ganhamos, em teoria, uns anos a mais de vida. Só tem um probleminha aí, dá para saber qual é?
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