lorenço
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O bom velhinho pode até existir, mas a falta de manutenção adequada torna a compra arriscada.
O Brasil está cada vez mais velho. Não, não estamos falando de envelhecimento demográfico, mas sobre as condições dos carros que rodam pelo país. Segundo estudo recente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), os veículos com mais de dez anos de idade formam um contingente recorde de 11 milhões de unidades. “Existem mais carros velhos no Brasil que pessoas em Portugal”, compara Paulo Roberto Dutra, da InMarket Consultoria. Em resumo: 40% dos carros que rodam pelo país têm mais de uma década de vida. Desses, 1,3 milhão são do tempo que o sobrenome Piquet era sinônimo de bater... recordes – ou seja, foram produzidos há mais de 20 anos.
“Veículos com mais de duas décadas não podem ser considerados confiáveis”, diz Luiz Carlos Mello, coordenador do Centro de Estudos Automotivos da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI). “Há fadiga de material. Mesmo que peças vitais sejam repostas, elas não são substituídas por inteiro”, diz Mello, que acredita não haver limite seguro de quilometragem. “Suspensão e freios começam a apresentar falhas bem antes de 20 anos.”
Para muitos brasileiros, comprar um veículo com duas décadas de uso é a única opção. “Mas precisamos deixar claro que ele está colocando a sua vida em perigo”, alerta Dutra. Pesquisa do Grupo de Manutenção Automotiva (GMA) revela que a cada dez veículos com idades entre dez e 15 anos, apenas quatro fazem manutenção preventiva. Já entre os mais novos, com até dois anos de uso, 70% vão à oficina para receber cuidados preventivos.
A pesquisa ainda mostra que no Brasil a soma dos veículos que não fazem manutenção com idades entre dez e 15 anos totaliza mais de 5 milhões de unidades – volume superior às frotas de Minas, Rio e Bahia juntas. “Esses dados provam que, pela falta de manutenção, é arriscado comprar carro usado no Brasil”, diz Dutra. Análise realizada pela Scaringella Trânsito aponta que falhas mecânicas foram responsáveis por 27% de 3.567 acidentes analisados na capital paulista em 2009.
“A média brasileira [de manutenção] é bem mais baixa que nos países que exigem inspeção veicular”, afirma César Samos, diretor de treinamento do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa). Enquanto o norte-americano gasta, em média, R$ 2 mil por ano em manutenção do veículo, o brasileiro tem um custo de R$ 900, diz pesquisa do Gipa, órgão internacional que realiza estudos de mercado no pós-venda. Para Mello, o consumidor deve estar atento a itens como motor, transmissão, suspensão e freio. “Cheque também o manual do proprietário, se bem que os carimbos nem sempre contemplam tudo o que foi feito no carro,” afirma Samos.
Estudo do Gipa feito em São Paulo com 2.111 veículos aponta que correias auxiliares e sistema de arrefecimento são os mais sensíveis a defeitos, com 51,3% e 44,4%, respectivamente. Do total de carros analisados, 20,5% apresentaram problemas na embreagem e 35,1% tinham vazamento de óleo no motor.
De acordo com o engenheiro automotivo Osvaldo Marques, no caso dos velhinhos o consumidor deve ter atenção redobrada justamente com o motor. “Verifique se ele está ainda dentro da vida útil ou se já foi retificado.” Segundo Marques, o motor de um veículo produzido nos anos 80 tem vida útil de cerca de 100 mil quilômetros. “A partir de seis anos ou 70 mil quilômetros deve-se verificar minuciosamente a parte mecânica antes de comprar o carro.”
Samos, do Sindirepa, destaca outro motivo que torna arriscado comprar veículos com mais de 20 anos. “A concepção de um carro dos anos 80 é muito mais simples que a de um atual. Não havia exigência de itens de segurança presentes em veículos mais recentes”, diz. “Os velhinhos têm a vantagem de não pagar IPVA. Isso é um absurdo e deve ser revisto”, defende Dutra. “Não podemos estimular a população a rodar com carros não confiáveis.”
Por Lucas Litvay, revista autoesporte 11/11/2009
Isso aí eu sempre achei, não existe carro velho panzer, pode troca umas peças mas vai ter sempre outra que vai quebrar uma hora ou outra (ou melhor, daqui a poco hehehe). Carro velho só se for por carinho ou pq realmente não tem grana pra pega um mais novo.
O Brasil está cada vez mais velho. Não, não estamos falando de envelhecimento demográfico, mas sobre as condições dos carros que rodam pelo país. Segundo estudo recente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), os veículos com mais de dez anos de idade formam um contingente recorde de 11 milhões de unidades. “Existem mais carros velhos no Brasil que pessoas em Portugal”, compara Paulo Roberto Dutra, da InMarket Consultoria. Em resumo: 40% dos carros que rodam pelo país têm mais de uma década de vida. Desses, 1,3 milhão são do tempo que o sobrenome Piquet era sinônimo de bater... recordes – ou seja, foram produzidos há mais de 20 anos.
“Veículos com mais de duas décadas não podem ser considerados confiáveis”, diz Luiz Carlos Mello, coordenador do Centro de Estudos Automotivos da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI). “Há fadiga de material. Mesmo que peças vitais sejam repostas, elas não são substituídas por inteiro”, diz Mello, que acredita não haver limite seguro de quilometragem. “Suspensão e freios começam a apresentar falhas bem antes de 20 anos.”
Para muitos brasileiros, comprar um veículo com duas décadas de uso é a única opção. “Mas precisamos deixar claro que ele está colocando a sua vida em perigo”, alerta Dutra. Pesquisa do Grupo de Manutenção Automotiva (GMA) revela que a cada dez veículos com idades entre dez e 15 anos, apenas quatro fazem manutenção preventiva. Já entre os mais novos, com até dois anos de uso, 70% vão à oficina para receber cuidados preventivos.
A pesquisa ainda mostra que no Brasil a soma dos veículos que não fazem manutenção com idades entre dez e 15 anos totaliza mais de 5 milhões de unidades – volume superior às frotas de Minas, Rio e Bahia juntas. “Esses dados provam que, pela falta de manutenção, é arriscado comprar carro usado no Brasil”, diz Dutra. Análise realizada pela Scaringella Trânsito aponta que falhas mecânicas foram responsáveis por 27% de 3.567 acidentes analisados na capital paulista em 2009.
“A média brasileira [de manutenção] é bem mais baixa que nos países que exigem inspeção veicular”, afirma César Samos, diretor de treinamento do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa). Enquanto o norte-americano gasta, em média, R$ 2 mil por ano em manutenção do veículo, o brasileiro tem um custo de R$ 900, diz pesquisa do Gipa, órgão internacional que realiza estudos de mercado no pós-venda. Para Mello, o consumidor deve estar atento a itens como motor, transmissão, suspensão e freio. “Cheque também o manual do proprietário, se bem que os carimbos nem sempre contemplam tudo o que foi feito no carro,” afirma Samos.
Estudo do Gipa feito em São Paulo com 2.111 veículos aponta que correias auxiliares e sistema de arrefecimento são os mais sensíveis a defeitos, com 51,3% e 44,4%, respectivamente. Do total de carros analisados, 20,5% apresentaram problemas na embreagem e 35,1% tinham vazamento de óleo no motor.
De acordo com o engenheiro automotivo Osvaldo Marques, no caso dos velhinhos o consumidor deve ter atenção redobrada justamente com o motor. “Verifique se ele está ainda dentro da vida útil ou se já foi retificado.” Segundo Marques, o motor de um veículo produzido nos anos 80 tem vida útil de cerca de 100 mil quilômetros. “A partir de seis anos ou 70 mil quilômetros deve-se verificar minuciosamente a parte mecânica antes de comprar o carro.”
Samos, do Sindirepa, destaca outro motivo que torna arriscado comprar veículos com mais de 20 anos. “A concepção de um carro dos anos 80 é muito mais simples que a de um atual. Não havia exigência de itens de segurança presentes em veículos mais recentes”, diz. “Os velhinhos têm a vantagem de não pagar IPVA. Isso é um absurdo e deve ser revisto”, defende Dutra. “Não podemos estimular a população a rodar com carros não confiáveis.”
Por Lucas Litvay, revista autoesporte 11/11/2009
Isso aí eu sempre achei, não existe carro velho panzer, pode troca umas peças mas vai ter sempre outra que vai quebrar uma hora ou outra (ou melhor, daqui a poco hehehe). Carro velho só se for por carinho ou pq realmente não tem grana pra pega um mais novo.