Essa é a pergunta que me perseguiu ao longo de todo 2013.
A resposta óbvia é sim, claro, afinal, a felicidade é o objetivo supremo. Quando falamos de vida real, porém, nada é tão simples.
Começo contando um pedaço da minha história: vim do interior do RS, de uma cidade pequena e simples para Porto Alegre, com intenção de estudar e entrar na UFRGS, querendo nada mais do que ser uma boa pessoa, conhecer boas pessoas e ter dinheiro para tomar umas de vez em quando, pode sair com a namorada que eu tinha na época, enfim, nada exagerado.
Mas fui mudando com o tempo. Talvez o espírito da cidade grande, ou deslumbramento com pessoas que conheci, pois os anseios foram mudando. Acabei por trocar minha opção de curso de Direito para Eng. Civil em busca de coisas vazias, como dinheiro e status. E assim fiquei por 3 longos anos e meio.
Desnecessário dizer que não foram os melhores 3 anos e meio da minha vida. Muitas coisas aconteceram nesse período, tanto boas quanto ruins. Como bom ser humano tenho tendência a lembrar mais das ruins, mas não vou entrar no mérito, nem nos acontecimentos. Direi apenas que ao fim desse tempo tive um acordar pra vida, percebi que não podia mais continuar naquele caminho que me distanciava cada vez mais do meu verdadeiro eu, que me transformava em alguém que eu não era.
Como eu disse, nada é tão simples. Eu estava há meros anos de me formar e ter um diploma bonitinho, mas também estava me matando mentalmente. E começar do zero além de significar muita dor até engatar, também poderia ser uma lambança completa. E esse é o início do tópico, o ano de 2013. Passei boa parte dele me perguntando o que fazer com a vida.
Vale a pena largar tudo e buscar a felicidade?
Para essa americana, Marina Shifrin, vale. Cansada com seu emprego e com seu chefe de m**** que priorizava quantidade sobre qualidade, ela postou esse vídeo de demissão
Decidi tomar a Via Crucis e começar tudo de novo. Larguei a tal da engenharia pela (mais da) metade e embarquei num curso pré-vestibular de meio ano e consegui aprovação em Psicologia na mesma UFRGS.
Então, valeu a pena?
Só o tempo vai me dizer. Com certeza me sinto muito melhor e isso é muito bom pra começar. Me sinto uma pessoa melhor principalmente por retornar aos meus princípios, por realizar a futilidade que eu buscava e ter abandonado essa jornada vazia cedo.