Wagner Moura diz que tem medo de voltar ao Brasil: 'Sinto que corro risco'

[Slap Shot]

Primeiro, parabéns ao Wagner Moura. Agora ele sabe como todo cidadão brasileiro, especialmente os de classe média, se sente.

Segundo, o cinismo da matéria.

O ator brasileiro Wagner Moura, conhecido por atuar na novela Paraíso Tropical (2007) e por estrelar a série Narcos (2015-2017)

No Brasil? Wagner Moura é muito, mas muito mais conhecido por ter feito Tropa de Elite.

Seria a mesma coisa que apresentar Stan Lee dizendo "O escritor de quadrinhos Stan Lee, conhecido por ter criado o Mercúrio e o Ka-Zar..."
Mas, claro, o Capitão Nascimento tem que ser desconstruído e esquecido...

 

[Slap Shot]

Wagner Moura ajudou (e muito) a parir a extrema-direita brasileira com o seu Tropa de Elite. O filme não só tornou louvável e excitante o prospecto de "entrar matando na favela", como o tornou também, com a sua infecciosa trilha sonora, uma ficção da vida real; algo que, a pretexto de ser "somente uma ficção massa e foda", se tornou "sonhável" e desejável sem maiores consequências.

Foi precisamente Tropa de Elite a peça de entretenimento e cultura popular que mais inflamou os ânimos dos brasileiros "contra a violência e a corrupção". O problema é que ele também atiçou um (muito mal resolvido) flerte latente de boa parte dos brasileiros com a Ditadura - a persistente ideia, e que sempre parece retornar, de que "somente o exército brasileiro pode botar alguma ordem aqui, nesta bagunça". Wagner Moura trabalhou para Bolsonaro "sem saber".

Vai com calma. Se ele "ajudou", a responsabilidade não é dele. É do público que toma uma ficção, por mais realista que seja, por realidade.
É como você dizer que Bruno Ganz ajudou o neo-nazismo ao dar uma interpretação humana a Hitler. Porque, segundo relatos, inclusive da Editora Abril, A Queda inspirou neo-nazistas, inclusive em formar uma nova geração.

Segundo, e aí é só minha opinião, o filme no máximo "aflorou" desejos latentes de uma galera que se viu representada ali. É possível que se não fosse Tropa de Elite, outra coisa faria. Como por exemplo, esse filme adaptado de gibi que saiu aí outro dia, algo como Doutrinador.

Depois, partindo dessa lógica, o Zé Padilha seria bem mais responsável. E olha que tem gente (André Forastieri, Pablo Villaça) que o responsabiliza mesmo.

Por fim, você realmente acha que obras de arte, sejam biográficas, sejam totalmente ficcionais, devem ser culpadas por como o público absorve? Porque, se sim, então não deveríamos ter obra nenhuma, já que toda ela, por mais inofensiva que pareça, incorre no risco de influenciar alguém. Só teríamos trabalhos educativos e olhe lá.

 

[The Kong]

Já vi aqui mesmo, pessoas dizendo que não permitiriam certos usuários frequentar sua casa, simplesmente devido a opinião política...

Mas e daí?

Eu mesmo jamais deixaria um esquerdista entrar em minha casa, isso é critério MEU, cada um só deixa entrar em sua casa quem ele queira.

Que post nada a ver o seu

 

[Slap Shot]

Em partes, é até compreensível a ira dele contra o Estado. Já em Vargas no Estado Novo ele tomava porrada e tinha sido preso e torturado. Depois na ditadura a mesma coisa.

Contudo, desde pequeno o cara foi embriagado com as ideias comunistas. Ele, no fundo, queria substituir uma ditadura por outra. Isso por si só já é ridículo.

Depois, na ditadura, não. Depois, na OUTRA ditadura, né? O Estado Novo foi uma ditadura. Há quem diga que mais violenta que a de 64/68.

Você assistiu a Marighella?
Porque já vi em entrevista o Wagner Moura dizer que o Marighella estava desarmado no momento da emboscada. Só que muita gente pró-Marighella, inclusive a viúva do próprio, diz que, como ele próprio escreveu no manual, estava armado. Tinha até cápsula de suicídio na bolsa. Mas não chegou a trocar tiro.

Voltando ao tema. De fato acho que o Wagner Moura deu um tiro no pé com a carreira dele. Após o sucesso de Narcos, ele foi chamado a fazer novos filmes nos EUA, recusou tudo. Segundo ele era tudo filme estereotipado, o quão é verdade isso, não sabemos.

Não duvido. O único filme hollywoodiano que fez é até legal, mas é só mais uma ficção cientifica estereotipada.


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[JmB!]

Mas e daí?

Eu mesmo jamais deixaria um esquerdista entrar em minha casa, isso é critério MEU, cada um só deixa entrar em sua casa quem ele queira.

Que post nada a ver o seu

Eu acho isso uma tremenda bobeira... E daí?

T+

 

[Landstalker]

Depois, na ditadura, não. Depois, na OUTRA ditadura, né? O Estado Novo foi uma ditadura. Há quem diga que mais violenta que a de 64/68.

Você assistiu a Marighella?
Porque já vi em entrevista o Wagner Moura dizer que o Marighella estava desarmado no momento da emboscada. Só que muita gente pró-Marighella, inclusive a viúva do próprio, diz que, como ele próprio escreveu no manual, estava armado. Tinha até cápsula de suicídio na bolsa. Mas não chegou a trocar tiro.


Não duvido. O único filme hollywoodiano que fez é até legal, mas é só mais uma ficção cientifica estereotipada.


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Sim, duas ditaduras.

Não vi ao filme. Nem sei se foi lançado aqui, para ser sincero.

Olha, é complicado em saber o que exatamente aconteceu por isso é muito passivo de adulteração. Pode ter sido apenas uma emboscado e morto com 4 tiros ou o laudo verdadeiro pode ter sido outro.

 

[Aoshi]

Primeiro, parabéns ao Wagner Moura. Agora ele sabe como todo cidadão brasileiro, especialmente os de classe média, se sente.

Segundo, o cinismo da matéria.

No Brasil? Wagner Moura é muito, mas muito mais conhecido por ter feito Tropa de Elite.

Seria a mesma coisa que apresentar Stan Lee dizendo "O escritor de quadrinhos Stan Lee, conhecido por ter criado o Mercúrio e o Ka-Zar..."
Mas, claro, o Capitão Nascimento tem que ser desconstruído e esquecido...

Cara, eu pensei a mesma coisa.

Depois a gente diz que a uol/folha deturpam tudo e que são esquerdistas e os canhotos ficam com" ahin, mania de perseguição".

Olha o que os caras fizeram, tiraram o principal personagem dele e falaram que ele eh conhecido por ter feito uma novela nada a ver em 2007

 

[Ivo Maropo]

Vai com calma. Se ele "ajudou", a responsabilidade não é dele. É do público que toma uma ficção, por mais realista que seja, por realidade.
É como você dizer que Bruno Ganz ajudou o neo-nazismo ao dar uma interpretação humana a Hitler. Porque, segundo relatos, inclusive da Editora Abril, A Queda inspirou neo-nazistas, inclusive em formar uma nova geração.

Segundo, e aí é só minha opinião, o filme no máximo "aflorou" desejos latentes de uma galera que se viu representada ali. É possível que se não fosse Tropa de Elite, outra coisa faria. Como por exemplo, esse filme adaptado de gibi que saiu aí outro dia, algo como Doutrinador.

Depois, partindo dessa lógica, o Zé Padilha seria bem mais responsável. E olha que tem gente (André Forastieri, Pablo Villaça) que o responsabiliza mesmo.

Por fim, você realmente acha que obras de arte, sejam biográficas, sejam totalmente ficcionais, devem ser culpadas por como o público absorve? Porque, se sim, então não deveríamos ter obra nenhuma, já que toda ela, por mais inofensiva que pareça, incorre no risco de influenciar alguém. Só teríamos trabalhos educativos e olhe lá.

Discordo. Dava pra ver à milhas de distância que Tropa de Elite glorificava ideais fascistas (não tanto um regime fascista, mas valores a ele associados). A sua trilha sonora tornava tudo excitante e deliciosamente ficcional. Achar que tal filme seria imediatamente compreendido pela massa de brasileiros "pelo o que ele verdadeiramente é" seria de uma tremenda ingenuidade.

Quer um filme educativo? Então assista "A onda", e não Tropa de Elite. Ele teve, sim, ativa responsabilidade na explosão da extrema-direita por aqui. Inclusive, esta deveria construir uma estátua para o referido ator (Wagner Moura) ao invés de atacá-lo. O primeiro filme atiçou o ódio contra os marginais (o "sintoma"), e o segundo, contra o PT (a "causa"). Ele ajudou demais.

Pode não ter sido a intenção, pode ter sido "inconsciente", ou o que seja, mas permanece um fato que ele ajudou a inflamar os ânimos e a tornar Bolsonaro, ainda que sem saber, algo palatável. Inclusive, a ficcionalização que o filme nos permite também se encontra intacta na lógica do "mito", uma obscena fusão de mito como "sublime" ("é um verdadeiro mito!"), e mito como "mentira" ("mas é somente um mito!").

Bolsonaro também reflete a entretida ficcionalização levada a cabo por Tropa de Elite. E mesmo que se novamente alegue "não ter sido bem esta a intenção", ainda assim houve concretas consequências. Sendo assim, Padilha e Wagner Moura (assim como todos os outros envolvidos) ainda respondem à História de maneira culposa (ainda que não dolosa).

 

[PicaPauBiruta]

Risco de entrar no país e ser motivo de piada.

Nem precisa de voltar para o Brazil para ser motivo de piada, da pra fazer isso a longa distância [emoji23][emoji23][emoji23][emoji23]

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[Protogen]

Risco de entrar no país e ser motivo de piada.

Já é. Hoje a única base que o leva a sério é a Bolha do Cu e Maconha do Projaquistão.

 

[Slap Shot]

Discordo. Dava pra ver à milhas de distância que Tropa de Elite glorificava ideais fascistas (não tanto um regime fascista, mas valores a ele associados). A sua trilha sonora tornava tudo excitante e deliciosamente ficcional. Achar que tal filme seria imediatamente compreendido pela massa de brasileiros "pelo o que ele verdadeiramente é" seria de uma tremenda ingenuidade.

Quer um filme educativo? Então assista "A onda", e não Tropa de Elite. Ele teve, sim, ativa responsabilidade na explosão da extrema-direita por aqui. Inclusive, esta deveria construir uma estátua para o referido ator (Wagner Moura) ao invés de atacá-lo. O primeiro filme atiçou o ódio contra os marginais (o "sintoma"), e o segundo, contra o PT (a "causa"). Ele ajudou demais.

Pode não ter sido a intenção, pode ter sido "inconsciente", ou o que seja, mas permanece um fato que ele ajudou a inflamar os ânimos e a tornar Bolsonaro, ainda que sem saber, algo palatável. Inclusive, a ficcionalização que o filme nos permite também se encontra intacta na lógica do "mito", uma obscena fusão de mito como "sublime" ("é um verdadeiro mito!"), e mito como "mentira" ("mas é somente um mito!").

Bolsonaro também reflete a entretida ficcionalização levada a cabo por Tropa de Elite. E mesmo que se novamente alegue "não ter sido bem esta a intenção", ainda assim houve concretas consequências. Sendo assim, Padilha e Wagner Moura (assim como todos os outros envolvidos) ainda respondem à História de maneira culposa (ainda que não dolosa).

Não, eu não quero um filme educativo. Você não entendeu o que eu disse. O que falei foi que se produtores, diretores e atores forem se preocupar com a responsabilidade e o poder de influência de uma obra de ficção, só teremos filmes educativos. E olhe lá.

E eu não disse que o filme não tenha ajudado a levantar essa onda de direitona louca. Muito pelo contrário, eu acredito que isso pode ter acontecido. Assim como eu disse que A Queda teve um papel relevante no surgimento de ondas neonazistas, inclusive aqui na América do Sul — na Argentina, por exemplo. Não sei se aqui no Brasil, mas vai saber...
O que eu falei foi que pra mim não faz sentido responsabilizar diretor, produtor e ator por isso. Se alguém tem culpa nessa m****, é o público cabeça-vazia que vai ver um filme de ação e sai do cinema com ideias erradas. É falha do nosso sistema educacional. Querer que produtores culturais se responsabilizem por isso é podar o cara criativamente, limitar sua liberdade de expressão.

Sabe com que dá pra cruzar esse argumento? Com os ultra-conservadores que ficam putos quando uma novela da Globo mostra um traficante de condomínio, que dizem que a novela está prestando um desserviço, ensinando os jovens a usar e vender drogas.

 

[Ivo Maropo]

Não, eu não quero um filme educativo. Você não entendeu o que eu disse. O que falei foi que se produtores, diretores e atores forem se preocupar com a responsabilidade e o poder de influência de uma obra de ficção, só teremos filmes educativos. E olhe lá.

E eu não disse que o filme não tenha ajudado a levantar essa onda de direitona louca. Muito pelo contrário, eu acredito que isso pode ter acontecido. Assim como eu disse que A Queda teve um papel relevante no surgimento de ondas neonazistas, inclusive aqui na América do Sul — na Argentina, por exemplo. Não sei se aqui no Brasil, mas vai saber...
O que eu falei foi que pra mim não faz sentido responsabilizar diretor, produtor e ator por isso. Se alguém tem culpa nessa m****, é o público cabeça-vazia que vai ver um filme de ação e sai do cinema com ideias erradas. É falha do nosso sistema educacional. Querer que produtores culturais se responsabilizem por isso é podar o cara criativamente, limitar sua liberdade de expressão.

Sabe com que dá pra cruzar esse argumento? Com os ultra-conservadores que ficam putos quando uma novela da Globo mostra um traficante de condomínio, que dizem que a novela está prestando um desserviço, ensinando os jovens a usar e vender drogas.

Mas você também não entendeu o meu argumento. Eu não quero censurar e nem limitar a liberdade artística de ninguém. Estou falando que, objetivamente, Tropa de Elite contribuiu, sim, para que os ânimos se aflorassem.

Inclusive, o subtítulo da sua continuação ("o inimigo agora é outro") já é um explícito sintoma de que eles perceberam que o primeiro filme foi longe demais (a tragédia é que o segundo somente jogou ainda mais lenha na fogueira). Eu não estou pedindo a punição dos envolvidos nos filmes, só para deixar bem claro.

 

[Slap Shot]

Mas você também não entendeu o meu argumento. Eu não quero censurar e nem limitar a liberdade artística de ninguém. Estou falando que, objetivamente, Tropa de Elite contribuiu, sim, para que os ânimos se aflorassem.

Inclusive, o subtítulo da sua continuação ("o inimigo agora é outro") já é um explícito sintoma de que eles perceberam que o primeiro filme foi longe demais (a tragédia é que o segundo somente jogou ainda mais lenha na fogueira). Eu não estou pedindo a punição dos envolvidos nos filmes, só para deixar bem claro.

Nisso eu concordo com você. O primeiro filme cimentou uma ideia que muita gente já tinha na cabeça, de que a brutalidade do Estado era um mal necessário na sociedade. E o segundo, plantou a ideia de que a política é o mal absoluto na sociedade e muita gente comprou.
O que eu não concordo, e no seu primeiro post me pareceu (e se entendi errado, peço desculpas), é responsabilizar o ator (e também o produtor/diretor como muita gente fez) pelas consequências cagadas.

 

[Stranger_Eddie]

Tem algum ktso de trailer oficial deste filme do Mariguella?

Só encontro documentários, um monte de youtuber xingando, outros chupando as bolas, mas um traillerzinho não vi até agora!

...

Estão falando que o filme é uma afronta a história, etc, etc, etc...

Quero primeiro ver e AVALIAR O FILME... Se está bem dirigido, se a visão é "ultra esquerdalha" como estão dizendo, DEPOIS avaliar os fatos, se é uma put* duma mentira e considerar como uma ficção (boa ou ruim)...


To curioso pra kct de ver este filme porque o ator o Wagner Moura É FODÃO, e quero ver o trabalho dele atuando como diretor...

Como ser humano, ele está sendo apenas mais um socialista de Iphone, e neste quesito ele pode sumir do país, ou aparecer na parada gay querendo lacrar... Estou pouco me fodendo pra visão de seguidores de boçais!

 

[Goris]

Tem algum ktso de trailer oficial deste filme do Mariguella?

Só encontro documentários, um monte de youtuber xingando, outros chupando as bolas, mas um traillerzinho não vi até agora!

...

Estão falando que o filme é uma afronta a história, etc, etc, etc...

Quero primeiro ver e AVALIAR O FILME... Se está bem dirigido, se a visão é "ultra esquerdalha" como estão dizendo, DEPOIS avaliar os fatos, se é uma put* duma mentira e considerar como uma ficção (boa ou ruim)...


To curioso pra kct de ver este filme porque o ator o Wagner Moura É FODÃO, e quero ver o trabalho dele atuando como diretor...

Como ser humano, ele está sendo apenas mais um socialista de Iphone, e neste quesito ele pode sumir do país, ou aparecer na parada gay querendo lacrar... Estou pouco me fodendo pra visão de seguidores de boçais!

Eu também não assisti ao filme, mas vale muito a pena saber primeiro da história real do Marighella, para saber se ele esquerda muito.

Vindo da mesma turma que ameaçou boicotar uma atriz negra que interpretava uma cantora negra, porque a atriz não era negra o suficiente, vale procurar fotos do Marighella (não essas que surgiram nos últimos meses amorenando ele) e comparar com o ator negro.

Os alemães ficaram horrorizados por isso, porque são um povo que foi manipulado e fez merdas enormes e agora não acha legal manipulação. Colocar um negro interpretando um pardo claro tem um simbolismo manipulativo aí.

De resto o cara foi um Che Guevara que, ao invés de guerrilha na selva, defendia guerrilha urbana e cujos métodos seguiam a mesma linha.

 

[Slap Shot]

Então procurem os documentários Marighella, de Isa Ferraz (que ficou "famoso" por causa da trilha de Racionais MC's, "1000 Faces de um Homem Leal") e Marighella - Retrato Falado do Guerrilheiro, de Silvio Tendler.
Prefiro não colocar links aqui, mas dá pra achar os dois facinho no YouTube.

 

[Ivo Maropo]

Nisso eu concordo com você. O primeiro filme cimentou uma ideia que muita gente já tinha na cabeça, de que a brutalidade do Estado era um mal necessário na sociedade. E o segundo, plantou a ideia de que a política é o mal absoluto na sociedade e muita gente comprou.
O que eu não concordo, e no seu primeiro post me pareceu (e se entendi errado, peço desculpas), é responsabilizar o ator (e também o produtor/diretor como muita gente fez) pelas consequências cagadas.

Sim. Você captou a ideia corretamente. Não é a minha intenção que o ator seja responsabilizado, mas apenas constatar que, quer tenha sido a sua intenção ou não, Tropa de Elite inflamou (e muito) os ânimos na direção da revolta contra a criminalidade e a classe política, que deu ensejo ao desejo pelo extermínio de criminosos, e por uma velada Ditadura (ou "intervenção militar"). Ainda que se alegue não ter sido esta a intenção, objetivamente falando, os filmes trabalharam dia e noite nesta direção.

Eles abriram espaço para a emergência da narrativa extremo-direitista que justifica a matança de marginais (ou "já chegar chegando na favela") e a suspeição das instituições democráticas, ocasionando um "flerte" (para não dizer um tórrido romance) com a autocracia. Os filmes suscitaram paixões cujo escopo não foi propriamente articulado pela esquerda, abrindo espaço para a extrema-direita e a sua narrativa paranóico-conspiracionista.

 

[Giant Enemy Crab]

ele é um excelente ator,
mas como pessoa, é do tipo que até calado fala m****.