Nos meus cinco anos de Faculdade, pessoalmente, analisei que:
O mais patético não é a Humanas em si. Mas o arquétipo do indivíduo de Humanas.
O mais patético é o indivíduo - que é frágil de personalidade, tal como uma folha ao vento que vai para lá e para cá - que ao ingressar em uma faculdade de Humanas, tem que adotar certos maneirismos, trejeitos, idiossincrasias em busca de aprovação social, no afã de se afirmar e se apresentar aos outros como "culto", "descolado", "evoluído politico e socialmente"... Para tanto, nesse embalo vaidoso de exibicionismo e por puro efeito de inclusão social (para se sentir socialmente pertencente a casta de "cultos), tal como uma seita religiosa (nesse caso, uma seita social), o adepto começa a aderir certas indumentárias e atributos:
- Sem vê nem para quê, de modo ofegante e ansioso, influenciavelmente, adere a corrente político-ideológica do Socialismo e Comunismo. Por quê? Porque acha que é "cult". Na verdade, nem tem uma formação madura sobre o assunto... Só adere porque é do contra e é interessante ser do contra, por fugir, portanto, do status quo.
- Imbui-se de uma necessidade incontida de ser do "contra" em tudo. Tem que contrariar tudo e todos, para servir de pretexto para ostentar sua "intelectualidade" e, de forma proselitista, tentar inclinar qualquer conversa casual para discussão de que a "Esquerda" é a verdade, a vida, o caminho e a luz para toda a humanidade.
- Passa odiar e desmerecer tudo que pertine ao Capitalismo, em especial aos EUA, muito embora esteja sempre a gozar de produtos do capitalismo, como celulares de última geração, games, cinema hollywoodiano, animes, seriados americanos, e claro, a internet. Ainda que nessa contradição e incoerência, nesse conflito interno, nega a si mesmo, e continua criticar o capitalismo, e exalta o socialismo, muito embora não tenha substância nenhuma para apontar as virtudes de tal ideologia. Embora defensor do socialismo, não se entrete ou cultiva nada que seja produto dessa corrente.
- Passa a usar um cabelo crescido, embaraçado e mal cuidado, quicá mal lavado. Por quê? Porque acha que é "cult".
- Usa uma barba também mal cuidada, para fazer. Imberbe é quase que uma afronta nessa seita social. Por quê? Porque se sente, real e intimamente, como um prosélito do Che Guevara, e um futuro militante que fará história na sociedade brasileira.
- Roupas largadas e mal passadas, com cores predominantes entre marrom, verde escuro, branco, e, vermelho, ostentando o rosto dos ícones da luta armada socialista. Por quê? Porque acha que é "cult" e vai chamar a atenção: "Olha! Aquele cara é intelectual! Se veste todo estilozão!".
- Passa a fazer uso de maconha, uma vez que é uma droga marginalizada pelo imperialismo americano, e se torna simbolo da luta contra o preconceito das minorias. Também acreditam que ser usuário de maconha tem um apelo "intelectual", pois se diz que "abre" a cabeça e os grandes "cults" da sociedade contemporânea eram usuários confessos.
- Uma sandália franciscana é adereço obrigatório. Broxes da foice e martelo, e da plantinha da maconha, cravados na pasta tiracolo, com uma alça bem comprida, para denotar que é largadão e estiloso, também cai bem.
- Colar adesivos e desenhar nas capas dos cadernos e apostilas do Curso símbolos da luta armada socialista, assim como de partidos políticos da esquerda tupiniquim.
- Participa de movimentos, impedindo que o Poder Público realize obras na cidade, ainda que viáveis. O pretexto é ferir o tal do meio-ambiente ecologicamente equilibrado... No local, arma acampamento com barracas, muita cachaça, violão, sexo e maconha.
- Passa a contrariar qualquer expressão da sociedade ou do Estado que preze pela ordem, decência, moderação, progresso, família, equilíbrio, respeito, pois isso é irremediavelmente sinônimo de fascismo, ditadura, reacionário, coxinha, e diversos outros clichês... Quanto mais esdrúxulo, hedonista, irreverente, indecente, subversivo, promiscuo, até mesmo ilícito e ilegal, é a expressão verdadeira da humanidade e da intelectualidade, e há de ser compreendido com os olhos da tolerância, pela sociedade.
- Aos familiares, torna-se um indivíduo detestável e de presença desagradável, pois sua conversa agora só gravita em assuntos políticos, com um papo azedo e rancoroso contra os PSDB, Estados Unidos, Globo, Bolsonaro, Veja, Reinaldo de Azevedo, Olavo, ao passo, que, gratuitamente, passa a elogiar Jean Wyllis, Maduro, Chauí, Genro, Fidel, Putin, Rangolfe.
- Sua vida agora gravita não em função de sua esposa, filhos, pais, família, país, mas em função da ideologia, do partido político, do líder ícone de sua ideologia. De fato, vira um fanático tal e qual um membro de uma seita religiosa agressiva.
É só o esteriótipo. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.