Normalmente concordo com os pontos de vista que você traz, Beren, mas esse caso achei muito teórico.
Não precisa concordar em tudo comigo. Pelo contrário, haver discordância ajuda a pensar.
Logicamente que é teorico. Muita coisa nunca foi testado. Não estou dizendo que VAI funcionar assim, ou que é a solução perfeita, e sim que existem formas de resolver. Pois o interesse de resolver não morre com o estado. As pessoas desejam permanecer saudáveis.
E mesmo levando em conta existência de um estado, significa menos estado na saude.
Primeiro, que até onde sei, governos podem, sim, internar pessoas com doenças excessivamente contagiosas, algo que uma anarquia poderia ter problemas em lidar. E sabemos que, quando doentes, pessoas não passam a ser exatamente racionais.
Olha. Governos muitas vezes, e geralmente, demoram a detectar casos, pois o investimento em saude preventiva é muito ruim.
Só vão perceber o problema, quando já pegou uma boa quantidade de pessoas, ai sim colocam em quarentena. Mas, eu não vejo o que isso tem haver pois eu não falei que governos não fazem eventualmente isso..
A questão, é o tempo que demora para detectar algo, quanto custa essa ineficiência, em tempo, recurso e possivelmente vidas? O suficiente para algumas mortes já terem ocorrido dependendo da doença?
Existem alguns países, que o sistema de saúde é baseado em planos de saude. Com isso, é interesse das empresas investir em medicina PREVENTIVA. Ou seja, prevenir e detectar males cedo. Isso inclui logicamente quaisquer sintomas anormais que possam indicar uma doença contagiosa.
Quanto a ser racional quanto doente? Não importa muito, já que a força fisica nesse caso passa a se fazer justa, ou seja, não vai viajar de avião, ou navio, etc. Pois temos a informação de que voce possui doença contagiosa. Tambem é justo, nesse caso, onde voce defende as pessoas de um mal (a transmissão de doença) a internação compulsória (quarentena) em um hospital dessa pessoa, feito por agentes de segurança. O texto cita o caso de a pessoa fica com uma unica opção de local para ir, o que pode ser verdade, mas a opção de que podem existir casos onde a pessoa não quer ir, tambem pode ser verdade, mas esse é o ultimo recurso.
Ah e não se engane. A longo prazo, está a cada dia se tornando mais inviável pagar a conta. E estamos pagando.
A chance de alguém esconder a doença e infectar muito mais pessoas existem, como o caso da famosa Mary Tifóide, que provocou algumas centenas de mortes por ser imune à febre tifóide mas servir como transmissora da doença ao trabalhar como cozinheira em vários restaurantes, sempre fugindo quando descobriam sua identidade.
Como dito, isso não ocorreria num sistema baseado em prevenção. A tal Mary teria que não ter nenhum plano de saudê, e só isso a deixaria fora do sistema, uma paria, alguem a se suspeitar. Não ia ser facil conseguir trabalho e viajar. Veja, estamos em dias diferentes, não estamos mais em 1800 e pouco, hoje a informação navega rápido. A tecnologia deve ser considerada.
A "chance" de num sistema de colaboração entre agencias, pessoas e empresas, algo assim passar despercebido, é bem pequena.
E, no geral, as justificativas do autor são muito teóricas, vai ser assim, vamos ter como fazer assado, vai ficar assidulado, sendo que as pessoas não se comportam assim.
Não entendi aqui. se puder reformular.
O que entendi, é que voce considera teorias que não foram postas em pratica, inconcebíveis. Mas, pelo seu raciocínio, nunca teríamos tido democracia, monarquias com países unificados (pq eram teorias, ideias na cabeça das pessoas originalmente), muito do que se tem hoje é baseado em teorias que foram eventualmente postas em prática.É assim que funciona o mundo. É assim que o mundo muda.
Algumas dessas teorias inclusive, poderiam ser adotadas hoje, com estado e tudo, se o governo não IMPEDIR. O problema não é só o que o estado faz ou deixa de fazer, mas o que ele impede as pessoas de fazer.
Por exemplo, cadastro de pessoas com doenças graves transmissíveis.
"ah mas eh preconceito". Tá, eh melhor deixar, por exemplo, pessoas que sabem que tem aids transmitirem, ao invés de deixar os parceiros terem o conhecimento e escolher se proteger melhor ou simplesmente escolher não se associar com essa pessoa sexualmente?
Nós dois concordamos que o Estado é mais mal que bom, e quanto maior ele é, pior. Mas eu - pessoalmente e sem querer enfiar essa opinião em ninguém - acho que um tamanho mínimo é melhor que nada e, neste caso, acho continuo achando.
Eu tambem acredito que o estado tem que ser o menor possível. Zero. ^^