Pois é.
Naquelas de reclamar, outra coisa que eu fico com raiva é a parte das batalhas espaciais. Pô, o nome da saga é Guerra nas Estrelas, o primeiro filme termina numa batalha foda, o segundo filmw tem batalhas fodas, a trilogia original termina numa batalha foda...
A galera de antigamente tinha um senso de batalha, tipo, era baseado nas batalhas da segunda guerra e, quem curte história, vale comentar.
A segunda guerra foi um "ponto de virada" na história naval. Até a primeira guerra mundial, navios cada vez maiores, melhores e mais poderosos eram a garantia de proteção.
Lá pros 1900, os EUA mesmo não tinham uma marinha poderosa, eles morriam de medo de um tal Brasil - que tinha uma marinha poderosa, o Minas Geraes (com e) era o terceiro navio mais poderoso do mundo, ele sozinho era capaz de destruir metade da frota dos EUA - e por isso criaram a hoje não tão famosa Frota Branca (de novo, citando o Brasil como ameaça) e passaram a mandar essa frota em exibição pelo mundo todo (li isso hoje, na Wikipédia), pra dizer "Não mexam com os fucking US and A".
Nisso, o Brasil teve as duas Revoltas da Armada (a segunda, apesar de ter esse nome, não era mais armada) e os governantes passaram a sucatear a marinha, com medo de uma terceira. Eles estavam certos, já que mesmo sem tal marinha nunca brigaram com a gente.
Os EUA ficaram felizes, mas eis que o Japão venceu (na verdade dizimou) a Armada Baltica Russa e se tornou outra ameaça, seus navios eram rapidos e modernos, o que levou os EUA a encontrar outro rival pra justificar sua marinha sem o malvado Brasil.
Pois bem, a segunda guerra mundial começou com alguns dos navios mais poderosos da história, como o Bismarck (1) alemão que destruiu a nau capitânia inglesa com apenas uma salva de tiros.
O afundamento do Hood (e a quase destruição do Prince os Wales, que fugiu) mostrou quão poderosos eram os encouracados. Monstros gigantes com milhares de toneladas de aço e canhos do tamanho de casas.
Nisso, a grande surpresa, capaz de aniquilar os maiores navios ingleses, o Bismarck foi afundado por... Minúsculos aviões.
Do outro lado do mundo, no Pacífico, o famoso Yamato - maior e mais poderoso ainda que o Bismarck - era invencivel. Projetado para combater ao mesmo tempo até 3 outros encouracados, não havia navio no mundo capaz de o enfrentar e entao, afundou com um ataque de minúsculos aviões.
Lucas usou até mesmo vídeos reais da marinha para criar as cenas de batalha e pilotagem dos filmes.
Ou seja, as batalhas da trilogia original seguiam uma lógica realista. Os X-Wing não eram capazes de destruir a Estrela da Morte, havia outras naves (Y-Wing, A-Wing) pra isso, os X eram naves anti-caças, para detonar os tie-Fighters e liberar espaço pros outros wing detonarem os navios grandes.
Rogue One fez ainda melhor essas batalhas. O que mostra que ainda tem (ou tinha, já que a KK mandou embora todos os homens chatos como eu e colocou mulheres e gays no lugar) gente com esse gosto.
Já a trilogia sequela (sim, falo na zoeira) funciona no molde, qualquer nave destrói as naves maiores, A, X e Y Wing são tudo igual, alias uma nave modificada com armas tbm é igual.
Como eu gosto do tema de batalhas (só gosto,
@Zefiris talvez seja expert? Nao sei) odiei a forma como as batalhas se desenvolvem na Disney, não tem formação, não tem caças específicos, não tem nem logica, é como se fossem batalhas medievais com cada um por si ao invés de modernas batalhas baseadas nas guerras atuais ou mesmo segunda guerra.
Enfim, desculpe o desabafo enorme. Só acho que podiam pagar - num filme de milhões de dólares -
um especialista em batalha, um velho militar aposentado (ok, deixa, esqueci que SJW odeia militar, mesmo aposentado), um jogador de videogame pra dar dicas de batalha.
Essa saga pode ser resumida nisso,
Potencial desperdicado.
Personagens, tramas, ideias... Mas nada foi mais desperdiçado que a possibilidade de unir Luke, Leia, Han, Chewie e Lando numa última aventura e a chance deles passarem se boa a tocha pra nova geração.
O ódio da KK pela trilogia original foi tamanho que nem isso ela deixou acontecer.