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[Cenas Fortes] Policial de SC estrangula dona de padaria por 38 segundos

KidBoo

Habitué da casa
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"A COMERCIANTE Beatriz de Moura Silva de Oliveira chegou por volta das 13h com a filha na padaria que administra em Itajaí, no interior de Santa Catarina. Encontrou um homem estirado no chão e algemado na porta da panificadora. Era Jadson José da Silva, preso em flagrante com cinco petecas de cocaína pelos policiais Adair de Oliveira e Khaique Ferreira da Silva.

Os agentes mantiveram Jadson na frente da padaria por alguns minutos enquanto encerravam a ocorrência. Beatriz então abordou os PMs, lembrando que estavam atrapalhando a entrada de clientes. A conversa ainda era normal até Beatriz tentar explicar seu ponto de vista. Antes de ela conseguir falar, o soldado Adair sobe o tom de voz e indaga: “acha ruim o trabalho da polícia, senhora?”. “Eu não estou achando que está ruim. Não coloque palavras na minha boca”, ela responde, com calma. “Só um minutinho, deixa eu falar”, o policial retruca com rispidez e voz alta algumas vezes.

O que deveria ser um diálogo normal rapidamente se transforma em uma cena de terror." Confira no vídeo abaixo:



Após a cena, Beatriz e o marido foram detidos. No boletim de ocorrência registrado na delegacia, a dupla de policiais militares acusou a mulher de tráfico de drogas e associação ao tráfico, além de desacato, desobediência e resistência à prisão. Para não dormir na cadeia, ela teve que pagar R$ 998 de fiança. Seu marido, Antônio, foi acusado pelos PMs dos mesmos crimes, exceto associação ao tráfico. Jadson Silva, que além das cinco trouxinhas de cocaína carregava R$ 77, respondeu apenas pelo crime de tráfico. No registro da ocorrência feito pelos PMs naquele dia não há qualquer registro de provas ou antecedentes que possam comprovar qualquer ligação do casal de comerciantes com o tráfico de drogas.

Fonte: https://theintercept.com/2021/03/22/pm-estrangula-dona-de-padaria-sc/
 

Digoo

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"Você com um revólver na mão é um bicho feroz, sem ele anda rebolando até muda de voz..."

Esse cara suja a farda que veste, que grande "abençoado" pra não falar outra coisa, covarde, ele e o parceiro.
 

konata

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Situação foda, de todas as vezes que precisei da polícia, a resposta foi lerda e a "recepção" um tanto quanto apática e no "f**a-se", ainda não tive a infelicidade de trombar com nenhum policial folgado ou que abusasse da autoridade. Com toda certeza o país ficaria um caos (maior do que já é) sem a polícia, mas com a polícia também continua uma b*sta, cada dia acredito mais que todo cidadão deveria ter uma arma pra defender sua residência, família e propriedade sem tem que depender da polícia. "Ah mas o cidadão pode ter uma arma já", sim, pagando um rim nela e dependendo da boa vontade do delegado, fora que se você matar um vagabundo pulando seu muro você vai preso e jogado no mesmo covil dos vagabundos semelhantes a ele. Enfim, não vou prolongar pra não tomar T0.
 


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isso é antigo ou novo ? por que no video aparece ano de 2019 :kduvida
 

Sierotta

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Ela se descontrolou e foi pra cima dele, se ele tivesse mantido a cabeça, conseguiria afastar ela só com a força do braço

38 segundos, dependendo da respiração da pessoa ( pulmão com mais ar ou não ) pode causar danos a ela, com certeza ele acabou extrapolando e usou de alguma frustração anterior ou até do momento e acabou descontando na hora ali.

E legal a intercept brasil fazendo viralizar um vídeo de 2019, bem sujo da parte deles hein...
 

Master Misan

Bam-bam-bam
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Ela se descontrolou e foi pra cima dele, se ele tivesse mantido a cabeça, conseguiria afastar ela só com a força do braço

38 segundos, dependendo da respiração da pessoa ( pulmão com mais ar ou não ) pode causar danos a ela, com certeza ele acabou extrapolando e usou de alguma frustração anterior ou até do momento e acabou descontando na hora ali.

E legal a intercept brasil fazendo viralizar um vídeo de 2019, bem sujo da parte deles hein...

Não foi sábio atacar o policial, de fato, mas eles não deviam estar atrapalhando um estabelecimento privado para começo de conversa. Não há nenhuma comprovação de envolvimento dela ou de seu marido com o tráfico, sem contar a escalada excessiva de força desnecessariamente.

Eles deviam ser demitidos e ter suas armas retiradas, no mínimo do mínimo.
 

KidBoo

Habitué da casa
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isso é antigo ou novo ? por que no video aparece ano de 2019 :kduvida
O vídeo é de 2019 sim (até porque ninguém tá de máscara), mas pelo jeito só foi divulgado agora. Acho que é normal vídeos de casos como esse serem divulgados bem depois do ocorrido, deve ser por conta de toda a hierarquia do julgamento desses processos dentro da polícia.
 

11456

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O vídeo é de 2019 sim (até porque ninguém tá de máscara), mas pelo jeito só foi divulgado agora. Acho que é normal vídeos de casos como esse serem divulgados bem depois do ocorrido, deve ser por conta de toda a hierarquia do julgamento desses processos dentro da polícia.
Foi isso que achei estranho , mais independente da data o puliça surtou sem preparo algum

Enviado de meu moto x4 usando o Tapatalk
 

Falken

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Que diferença faz a data da porra do vídeo? Tem gente aqui que diz defender o trabalhador, vive fazendo discursinho pró cidadão e anti bandido, mas quando ocorre um caso assim, já vai logo lamber as botas da "puliça" (que aqui fez papel de bandido) e insinuar que a culpa é da vítima.

Com um vídeo como esse, esse policial de m**** continuar trabalhando é um deboche mesmo. Aí essa trabalhadora aí pega raiva de militar e ninguém entende o pq.

vtnc.
 

MaxCarnage666

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Os policiais foram desligados da PM e julgados?
Julgados por fazer um bom trabalho?
Foram lá, pegaram um traficante em flagante. Arriscaram suas vidas, o traficante podia ta armado, podia ter comparsas na área.
Aí vem uma sem noção atrapalhar a prisão. Tavam atrapalhando o comércio? Que piada. Quanto tempo levaria pra prender o cara, 1 ou 2 minutos? Os polícias não tavam fazendo desfile.
Os policias tentaram afastar os sem noção com o braço, procedimento padrão. Ai vem a mulher e ataca, esperava o que? Lembrando que ainda havia o alto risco pros policias.
A mulher acabou ajudando sim o traficante, podia até ter tentado fugir.. Claro que quem trabalhar a prisão de um traficante acaba sendo acussado de associação ao tráfego.
 

Berofh Erutron

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Caramba, pessoal aqui prescreve violência?

A ação do policial foi desproporcional?

Não vou ver o vídeo, não quero ver violência, dessa já basta o estado do Brasil
 

Xenoblade

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Exame psicotécnico vale de nada mesmo. Policial completamente desqualificado para exercer a função.

Valorizo a polícia militar e exército enquanto instituições, mas esse sujeito aí jamais poderia ter recebido a farda.
 

DoMorro

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Na minha época, atacar um policial assim era pedir pra tomar tiro. Bons tempos. Ninguém se metia no trabalho da polícia. Hoje em dia é essa baderna que vemos hoje. E sempre dá alguma m**** numa situação que era super simples de se resolver.
 

Vim do Futuro

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Nesses tempos de pandemia e caos isso tem sido muito mais frequente. Já vi diversos vídeos de trabalhadores (autônomos ou comerciantes) sendo violentamente reprimidos por policiais desequilibrados e estúpidos. E a imagem da corporação vai sendo manchada por aqueles que "só cumprem ordens".
 

DFN

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Na minha época, atacar um policial assim era pedir pra tomar tiro. Bons tempos. Ninguém se metia no trabalho da polícia. Hoje em dia é essa baderna que vemos hoje. E sempre dá alguma m**** numa situação que era super simples de se resolver.
Vai chegar o momento em que a população vai se cansar e esse tipo de policial é quem vai levar tiro.
 

EgonRunner

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não importa de quando é o vídeo, não se pode fechar os olhos pra abuso de autoridade, seja quem for.
se não expor as pessoas que cometem isso, policiais médicos desembargadores juízes políticos, a impunidade vai correr solta.
 

Abdullah Al-Papai

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Julgados por fazer um bom trabalho?
Foram lá, pegaram um traficante em flagante. Arriscaram suas vidas, o traficante podia ta armado, podia ter comparsas na área.
Aí vem uma sem noção atrapalhar a prisão. Tavam atrapalhando o comércio? Que piada. Quanto tempo levaria pra prender o cara, 1 ou 2 minutos? Os polícias não tavam fazendo desfile.
Os policias tentaram afastar os sem noção com o braço, procedimento padrão. Ai vem a mulher e ataca, esperava o que? Lembrando que ainda havia o alto risco pros policias.
A mulher acabou ajudando sim o traficante, podia até ter tentado fugir.. Claro que quem trabalhar a prisão de um traficante acaba sendo acussado de associação ao tráfego.

"bom trabalho" :khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr:khuebr
 

lucas789

Lenda da internet
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Meh, a mulher vai tentar bater no policial pra que?

Se eu vejo um policial prendendo algum traficante eu quero é distância e me envolver o minimo possivel, ai a mulher tentar entrar em briga corporal com o policial?

O policial abusou, mas a mulher tambem nao esta certa, adiantou de que tentar dar tapa no policial? Se fodeu, foi estrangulada e tomou 10 segundos de spray de pimenta na cara, valeu a pena partir pra cima do policial?
 

SirSerius

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Incriminados na delegacia

O soldado Adair entrou na PM em 2011 e já respondeu a 15 procedimentos de investigação interna por má conduta, que resultaram em oito punições. Em duas oportunidades, foi punido com detenção. A última em 2017, quando agrediu uma vítima de roubo. Já o soldado Khaique está na PM desde 2016 e, até a ação daquele dia, não tinha respondido a nenhum inquérito policial militar.
Um laudo pericial feito dois dias depois do episódio na padaria pelo Instituto Geral de Perícias, o IGP, em Balneário Camboriú, cidade vizinha a Itajaí, constatou diversas lesões corporais no casal. Beatriz apresentava fratura no dente, lesões nos braços e no tórax, escoriações nos lábios, hematomas na boca e no ouvido direito. A comerciante relatou em depoimentos que ficou uma semana sem audição no ouvido direito. O laudo aponta ainda que ela estava com o olho direito inchado, com “leve restrição de abertura”, sinalizando uma “hemorragia conjuntival à direita”. Em Antônio, o IGP constatou lesões no nariz e na boca e um hematoma de cor “verde” no olho esquerdo.
O delegado que recebeu a ocorrência dos PMs descartou os crimes de associação ao tráfico, tráfico e desobediência e indiciou o casal por resistência e desacato, com espaço para saída sob fiança. O inquérito foi parar na mesa do promotor Luis Eduardo Couto de Oliveira Souto, de Itajaí, que denunciou o casal pelos mesmos crimes. Souto nos disse por e-mail que não foi informado da existência da gravação que mostra as agressões dos policiais e que não a assistiu antes de encaminhar a denúncia à justiça.

A ação dos PMs na delegacia não impediu o casal de denunciar o caso. Em depoimento na 2ª Delegacia de Polícia de Itajaí seis dias após a abordagem, Beatriz relatou as agressões. Esse boletim de ocorrência deu origem a outra denúncia do Ministério Público – desta vez contra os PMs que agrediram Beatriz e Antônio. Meses depois, em depoimento à Corregedoria da PM, contou que uma viatura passou a ficar parada na esquina da padaria em dias alternados, com faróis apagados.
Com acesso às mesmas provas que os colegas da promotoria de Itajaí, os promotores responsáveis pela denúncia contra Adair e Khaique, ligados a uma área do MP que lida exclusivamente com as forças de segurança do estado, avaliaram o que qualquer um com acesso ao vídeo é capaz de determinar: que ação foi “covarde e desproporcional”. Para a promotoria, os PMs incluíram informações falsas no boletim de ocorrência ao afirmarem que existiram xingamentos, resistência e agressão física por parte de Antônio e Beatriz com o intuito de “criar um cenário capaz de justificar suas condutas”.
A denúncia do MP afirma que as agressões físicas ocorreram porque “os policiais iniciaram a discussão com as vítimas, as quais estavam no estabelecimento comercial de sua propriedade e seu local de trabalho”.
Os PMs Adair e Khaique foram denunciados por falsidade ideológica, lesão corporal e violência arbitrária. Além das agressões, o Ministério Público os denunciou por terem inserido informação falsa no BO na delegacia com o intuito de mascarar a truculência e justificar a sua ação contra os comerciantes. A denúncia foi recebida pela Vara Militar em 13 de novembro de 2020.
O MP pediu ainda que a Corregedoria-Geral da PM abra um Procedimento Administrativo Disciplinar contra os policiais, já que o comando local considerou legítima a ação dos PMs, e pediu que seja analisado o afastamento de Adair e Khaique das funções operacionais e imediata submissão deles a tratamento psicológico “em vista da violência empregada e descontrole emocional na situação”.
Em depoimento à corregedoria da PM, uma funcionária da padaria relatou que foi abordada por dois policiais um mês depois das agressões. Ela e o marido estavam indo para o trabalho, às 4h30, quando passaram pela dupla. Os policiais abordavam pessoas na rua e pararam o casal de moto. Após identificar que a funcionária trabalhava na padaria de Beatriz, o policial perguntou há quanto tempo ela trabalhava lá e se havia presenciado a prisão dos proprietários. A funcionária também afirmou ter visto duas vezes uma viatura parada na esquina da padaria com os faróis apagados. Segundo Beatriz, essa funcionária teria relatado a ela que o policial que a parou na rua seria o soldado Khaique.
Outra funcionária, que estava grávida no dia das agressões e presenciou a cena, contou em depoimento que um dos policiais jogou um frasco de vidro de pimenta que ficava em cima do balcão da padaria em sua direção, mas não a acertou. O vidro, segundo ela, se espatifou na parede. Ao passar ao lado do PM Adair para sair da padaria, conta ter sido atingida por um jato de spray de pimenta lançado pelo policial e chamada de “vagabunda”. Ela relatou só ter sido liberada após falar três vezes ao soldado Khaique: “moço, eu estou grávida”.
Em denúncia apresentada contra os PMs em 6 de novembro de 2020, o Ministério Público de Santa Catarina afirma que houve uso incorreto do spray de pimenta, desrespeitando a distância mínima, o que “poderia ter causado conjuntivite, cegueira e até a morte da vítima”.

‘Uso progressivo da força’

O caso que levou a duas denúncias distintas do MP foi encaminhado ainda ao Comando da Polícia Militar em Itajaí. Mesmo com a gravação e os depoimentos contraditórios dos policiais, a corregedoria entendeu que a ação foi correta. Na conclusão do inquérito nº 410/IPM produzido pelo capitão Rafael Marcon e aprovado pelo tenente-coronel Alfredo Von Knoblauch, o Comando da PM de Itajaí considerou que os policiais Adair e Khaique aplicaram o “uso pogressivo da força”, que não houve “indícios de crime” e muito menos “transgressão disciplinar”.
“A despeito das gravações da câmera serem fortes, tendo em vista ter sido realizado o uso progressivo da força, entendemos que foram necessárias para fazer cessar as agressões perpetradas por Beatriz, bem como para evitar uma tragédia tendo em vista a mesma ter se agarrado no armamento do policial militar”, afirma o texto.
Beatriz e Antônio continuam respondendo ao processo aberto na 2ª Vara Criminal de Itajaí por desacato e resistência. A denúncia assinada pelo promotor Souto não deixa claro se o casal agrediu os dois policiais ou um deles, não traz informações sobre os laudos periciais e não especifica qual foi a base de informação para essa conclusão.
Por e-mail, Souto justificou que mesmo sob “eventual excesso” dos policiais, os atos de Beatriz e Antônio ainda podem ser enquadrados em crimes previstos em lei. “Cabe ressaltar que eventual excesso praticado pelos agentes públicos não torna, por si só, atípica as condutas perpetradas pelos denunciados, sobretudo porque as versões trazidas pelas partes serão discutidas durante a instrução criminal, oportunidade em que serão avaliadas as provas”, afirmou.
Em fevereiro de 2021, os comerciantes entraram com uma ação contra o estado de Santa Catarina por danos morais e responsabilidade da Administração Pública no valor de R$ 35 mil. No último despacho, de 25 de fevereiro, a justiça solicitou cópia do vídeo da ocorrência e intimou as partes envolvidas para saber se há interesse em realizar audiência por videoconferência por causa da pandemia.
Por mensagem, Beatriz nos respondeu que já contou a sua história à Corregedoria da PM e que dois advogados acompanham o caso. Também procuramos uma das advogadas de Beatriz e Antônio, que nos informou que o casal prefere não comentar as agressões.
O Comando da Polícia Militar de Santa Catarina não comentou a atuação dos policiais registrada no vídeo e nos respondeu por e-mail que o caso está “devidamente finalizado no âmbito institucional, agora transcorre na esfera judiciária”. Segundo a PM, eles “não foram afastados pois não tem nenhum prejuízo processual sobre os mesmos”.

Os dois PMs seguem trabalhando no atendimento de ocorrências por telefone no Centro de Operações Policiais Militares de Itajaí.
 

Falken

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Incriminados na delegacia

O soldado Adair entrou na PM em 2011 e já respondeu a 15 procedimentos de investigação interna por má conduta, que resultaram em oito punições. Em duas oportunidades, foi punido com detenção. A última em 2017, quando agrediu uma vítima de roubo. Já o soldado Khaique está na PM desde 2016 e, até a ação daquele dia, não tinha respondido a nenhum inquérito policial militar.
Um laudo pericial feito dois dias depois do episódio na padaria pelo Instituto Geral de Perícias, o IGP, em Balneário Camboriú, cidade vizinha a Itajaí, constatou diversas lesões corporais no casal. Beatriz apresentava fratura no dente, lesões nos braços e no tórax, escoriações nos lábios, hematomas na boca e no ouvido direito. A comerciante relatou em depoimentos que ficou uma semana sem audição no ouvido direito. O laudo aponta ainda que ela estava com o olho direito inchado, com “leve restrição de abertura”, sinalizando uma “hemorragia conjuntival à direita”. Em Antônio, o IGP constatou lesões no nariz e na boca e um hematoma de cor “verde” no olho esquerdo.
O delegado que recebeu a ocorrência dos PMs descartou os crimes de associação ao tráfico, tráfico e desobediência e indiciou o casal por resistência e desacato, com espaço para saída sob fiança. O inquérito foi parar na mesa do promotor Luis Eduardo Couto de Oliveira Souto, de Itajaí, que denunciou o casal pelos mesmos crimes. Souto nos disse por e-mail que não foi informado da existência da gravação que mostra as agressões dos policiais e que não a assistiu antes de encaminhar a denúncia à justiça.

A ação dos PMs na delegacia não impediu o casal de denunciar o caso. Em depoimento na 2ª Delegacia de Polícia de Itajaí seis dias após a abordagem, Beatriz relatou as agressões. Esse boletim de ocorrência deu origem a outra denúncia do Ministério Público – desta vez contra os PMs que agrediram Beatriz e Antônio. Meses depois, em depoimento à Corregedoria da PM, contou que uma viatura passou a ficar parada na esquina da padaria em dias alternados, com faróis apagados.
Com acesso às mesmas provas que os colegas da promotoria de Itajaí, os promotores responsáveis pela denúncia contra Adair e Khaique, ligados a uma área do MP que lida exclusivamente com as forças de segurança do estado, avaliaram o que qualquer um com acesso ao vídeo é capaz de determinar: que ação foi “covarde e desproporcional”. Para a promotoria, os PMs incluíram informações falsas no boletim de ocorrência ao afirmarem que existiram xingamentos, resistência e agressão física por parte de Antônio e Beatriz com o intuito de “criar um cenário capaz de justificar suas condutas”.
A denúncia do MP afirma que as agressões físicas ocorreram porque “os policiais iniciaram a discussão com as vítimas, as quais estavam no estabelecimento comercial de sua propriedade e seu local de trabalho”.
Os PMs Adair e Khaique foram denunciados por falsidade ideológica, lesão corporal e violência arbitrária. Além das agressões, o Ministério Público os denunciou por terem inserido informação falsa no BO na delegacia com o intuito de mascarar a truculência e justificar a sua ação contra os comerciantes. A denúncia foi recebida pela Vara Militar em 13 de novembro de 2020.
O MP pediu ainda que a Corregedoria-Geral da PM abra um Procedimento Administrativo Disciplinar contra os policiais, já que o comando local considerou legítima a ação dos PMs, e pediu que seja analisado o afastamento de Adair e Khaique das funções operacionais e imediata submissão deles a tratamento psicológico “em vista da violência empregada e descontrole emocional na situação”.
Em depoimento à corregedoria da PM, uma funcionária da padaria relatou que foi abordada por dois policiais um mês depois das agressões. Ela e o marido estavam indo para o trabalho, às 4h30, quando passaram pela dupla. Os policiais abordavam pessoas na rua e pararam o casal de moto. Após identificar que a funcionária trabalhava na padaria de Beatriz, o policial perguntou há quanto tempo ela trabalhava lá e se havia presenciado a prisão dos proprietários. A funcionária também afirmou ter visto duas vezes uma viatura parada na esquina da padaria com os faróis apagados. Segundo Beatriz, essa funcionária teria relatado a ela que o policial que a parou na rua seria o soldado Khaique.
Outra funcionária, que estava grávida no dia das agressões e presenciou a cena, contou em depoimento que um dos policiais jogou um frasco de vidro de pimenta que ficava em cima do balcão da padaria em sua direção, mas não a acertou. O vidro, segundo ela, se espatifou na parede. Ao passar ao lado do PM Adair para sair da padaria, conta ter sido atingida por um jato de spray de pimenta lançado pelo policial e chamada de “vagabunda”. Ela relatou só ter sido liberada após falar três vezes ao soldado Khaique: “moço, eu estou grávida”.
Em denúncia apresentada contra os PMs em 6 de novembro de 2020, o Ministério Público de Santa Catarina afirma que houve uso incorreto do spray de pimenta, desrespeitando a distância mínima, o que “poderia ter causado conjuntivite, cegueira e até a morte da vítima”.

‘Uso progressivo da força’

O caso que levou a duas denúncias distintas do MP foi encaminhado ainda ao Comando da Polícia Militar em Itajaí. Mesmo com a gravação e os depoimentos contraditórios dos policiais, a corregedoria entendeu que a ação foi correta. Na conclusão do inquérito nº 410/IPM produzido pelo capitão Rafael Marcon e aprovado pelo tenente-coronel Alfredo Von Knoblauch, o Comando da PM de Itajaí considerou que os policiais Adair e Khaique aplicaram o “uso pogressivo da força”, que não houve “indícios de crime” e muito menos “transgressão disciplinar”.
“A despeito das gravações da câmera serem fortes, tendo em vista ter sido realizado o uso progressivo da força, entendemos que foram necessárias para fazer cessar as agressões perpetradas por Beatriz, bem como para evitar uma tragédia tendo em vista a mesma ter se agarrado no armamento do policial militar”, afirma o texto.
Beatriz e Antônio continuam respondendo ao processo aberto na 2ª Vara Criminal de Itajaí por desacato e resistência. A denúncia assinada pelo promotor Souto não deixa claro se o casal agrediu os dois policiais ou um deles, não traz informações sobre os laudos periciais e não especifica qual foi a base de informação para essa conclusão.
Por e-mail, Souto justificou que mesmo sob “eventual excesso” dos policiais, os atos de Beatriz e Antônio ainda podem ser enquadrados em crimes previstos em lei. “Cabe ressaltar que eventual excesso praticado pelos agentes públicos não torna, por si só, atípica as condutas perpetradas pelos denunciados, sobretudo porque as versões trazidas pelas partes serão discutidas durante a instrução criminal, oportunidade em que serão avaliadas as provas”, afirmou.
Em fevereiro de 2021, os comerciantes entraram com uma ação contra o estado de Santa Catarina por danos morais e responsabilidade da Administração Pública no valor de R$ 35 mil. No último despacho, de 25 de fevereiro, a justiça solicitou cópia do vídeo da ocorrência e intimou as partes envolvidas para saber se há interesse em realizar audiência por videoconferência por causa da pandemia.
Por mensagem, Beatriz nos respondeu que já contou a sua história à Corregedoria da PM e que dois advogados acompanham o caso. Também procuramos uma das advogadas de Beatriz e Antônio, que nos informou que o casal prefere não comentar as agressões.
O Comando da Polícia Militar de Santa Catarina não comentou a atuação dos policiais registrada no vídeo e nos respondeu por e-mail que o caso está “devidamente finalizado no âmbito institucional, agora transcorre na esfera judiciária”. Segundo a PM, eles “não foram afastados pois não tem nenhum prejuízo processual sobre os mesmos”.

Os dois PMs seguem trabalhando no atendimento de ocorrências por telefone no Centro de Operações Policiais Militares de Itajaí.

Injustiça tudo isso daí! Só pode ser feique. Nosso nobre especialista em conduta policial @MaxCarnage666 já disse que foi um ótimo trabalho dos puliçiais :viraolho Deixa usômi trabalhar!
 

viagem estrelar

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se ferrou, ela cavou falta e ele caiu.
sem condiçoes nenhuma pra ser policial.
cacetada, era um casal e trabalhadores. q m****.
 

Abdullah Al-Papai

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Injustiça tudo isso daí! Só pode ser feique. Nosso nobre especialista em conduta policial @MaxCarnage666 já disse que foi um ótimo trabalho dos puliçiais :viraolho Deixa usômi trabalhar!

Cara, ele só enforcou a mulher e depois jogou spray de pimenta na cara dela p/ ela não conseguir respirar, não fez nada de errado não.

Foi um ótimo trabalho, onde já se viu o comerciante ousar pedir para a polícia tirar o cara preso da entrada do estabelecimento? Você acha ruim o trabalho da polícia? O @MaxCarnage666 garantiu que foi um bom trabalho, talvez ele até seja policial e faça abordagens semelhantes - então é conhecimento de causa.

Aliás, o vídeo é de 2019, maldito jornal fazendo sensacionalismo. O certo é deixar sem divulgar mesmo.
 

Master Misan

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Julgados por fazer um bom trabalho?
Foram lá, pegaram um traficante em flagante. Arriscaram suas vidas, o traficante podia ta armado, podia ter comparsas na área.
Aí vem uma sem noção atrapalhar a prisão. Tavam atrapalhando o comércio? Que piada. Quanto tempo levaria pra prender o cara, 1 ou 2 minutos? Os polícias não tavam fazendo desfile.
Os policias tentaram afastar os sem noção com o braço, procedimento padrão. Ai vem a mulher e ataca, esperava o que? Lembrando que ainda havia o alto risco pros policias.
A mulher acabou ajudando sim o traficante, podia até ter tentado fugir.. Claro que quem trabalhar a prisão de um traficante acaba sendo acussado de associação ao tráfego.

Eu sou pró Lei & Ordem, mas seu argumento não tem sentido pelo próprio contexto do vídeo. Não havia nenhuma ameaça situacional, o bandido está de cara no chão e algemado, completamente imobilizado. O policial entra e fica relaxadamente na entrada do estabelecimento. A dona da padaria estava em seu direito de exigir a retirada dele; ele só devia ter acatado e fim de jogo. Ele é um servidor público que está ali para cumprir uma ordem específica, não bancar o valentão, não dar carteirada e entrar em discussões inúteis. Uma cidadã, uma trabalhadora e pagadora de impostos, merece mais respeito do que o modo que esse bandido de farda a tratou. E a acusação que jogaram nas costas dela, a de ter ajudado o traficante? Absurda. Claramente ela não fez isso em nenhum momento. Isso só mostra o mal caráter e despreparo do policial. Cana no canalha, espero que ela tire até as cuecas dele na Justiça!
 
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