Eu moro próximo a esse prédio.
Pela história do caso, quando o prédio foi construído, as varandas ficavam viradas para um bosque bem grande. Era privilegiado para a época, caríssimo.
Só que sabemos como a prefeitura e o governo de SP funciona... A Favela do Paraisópolis avançou, varreu o bosque do mapa e tudo virou casa precária.
O pancadão rola de segunda a domingo, alto demais, muita droga, muito barulho e muito crime. Eu moro em prédio também, ao lado da favela e me lasquei igualmente, pois quando comprei, não era infernal como é hoje. A favela cresceu em torno do prédio, aumentou a criminalidade e o barulho é insano. Se eu vender hoje, talvez pegue o que paguei pra comprar, e se valorizou, foi muito pouco a ponto de não pagar a reforma. E assim é com todos os prédios de médio e alto padrão aqui da rua.
Na avenida Hebe Camargo, que fica bem próximo e corta o Paraisópolis, já está nascendo outra micro-favela. Essa pequena favela com casas de tapumes, já cresceram a ponto de ter gente indo levar cestas básicas, comida, roupas e tudo mais. E vai chegando mais gente. E os prédios do entorno, estão perdendo valor. Quem for esperto, já deveria vender enquanto o valor não desaba.
Detalhes que essa favelinha é cheia de carros bons, totalmente incompatível com o lugar. Deve ter gente querendo "ganhar" algum benefício do governo se chamando de sem teto. E pode ser de gente que perdeu tudo também, vai saber...
Enfim, é uma região que era boa e ficou degradada. E o estado não age, só cobra. IPTU é pancada, falta energia direto por conta dos gatos que são feitos, assaltos, mortes e muito, muito funk com centenas de motos roubadas, sem escapamento, um verdadeiro caos. Acho que nem no inferno é tão caótico.