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Guerra da Ucrânia - Tópico oficial

f0rg0tten

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Interessante, é notável ver a durabilidade, não quebram mesmo, a robustez, é uma outra escola de engenharia de fato, além de algumas informações interessantes, o caça que voa mais alto até hoje é o Mig 25, em uma coisa os comunistas prestavam, produção de armamentos.

É complicado. Eu considero um avião que consegue voltar para casa mais interessante do que um avião que aguenta mais maltrato.

Para mim essa filosofia funciona bem para tanques, blindados ou mesmo tratores como o @ME110 colocou. Mas para aviões, acho mais interessante reparar um pedaço do avião, mesmo que mais frequente, do que ter que fazer um avião novo (e treinar novamente o pessoal para operar).
 

ME110

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É complicado. Eu considero um avião que consegue voltar para casa mais interessante do que um avião que aguenta mais maltrato.

Para mim essa filosofia funciona bem para tanques, blindados ou mesmo tratores como o @ME110 colocou. Mas para aviões, acho mais interessante reparar um pedaço do avião, mesmo que mais frequente, do que ter que fazer um avião novo (e treinar novamente o pessoal para operar).

Filosofia Aeronáutica russa é primariamente para aa condições da Russia.
Não da para operar um B2 ou F22 na Rússia sem ter que ficar "lambendo" o mesmo a cada hora de utilização.
Clima na Rússia "corrói" tudo que ve pela frente.
Aeronave tem que ser capaz de.operar com o mínimo de manutenção por pelo menos 100 horas de utilização, que na aviação militar numa guerra se queima em uma semana.
Aeronave precisa voltar ou bonitinha ou aos pedaços...o que importa é o piloto.

Agora com o uso cada vez maior de drones, cada vez, menos você vai ver aeronave tripulada em guerra.
Vai ser uma putaria de IA pra todo lado.

Abraço a todos
 
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The_Gunner

Bam-bam-bam
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São os melhores blocos de aço/alumínio que voam.
Super simples
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Só não espere uma finesse/estado da art, porque, aeronave russa é projetada para ser muito mais caminhão que carro esporte.

Outra coisa que deixei de mencionar, aeronaves russas são um circuito fechado....Russia domina toda a fabricação de sua aeronave de combate, do motor, da célula/fuselagem, da avionica embarcada, do armamento transportado...isso não é bolinho.


Abraço a todos
A doutrina Russa sempre foi mais focada em quantidade do que qualidade.
 

Setzer1

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Interessante, é notável ver a durabilidade, não quebram mesmo, a robustez, é uma outra escola de engenharia de fato, além de algumas informações interessantes, o caça que voa mais alto até hoje é o Mig 25, em uma coisa os comunistas prestavam, produção de armamentos.


MIG 25 foi um avião feito pra um suposto inimigo que no fim nunca foi fabricado e inferior em muita coisa devido aos compromissos necessarios para poder cumprir sua unica função, interceptar bombers.

Por sinal o piloto que roubou o mig25 viveu tranquilamente sua vida nos states.

agora os sovieticos ficaram doidos em como responder ao F15 :p.
 

ME110

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MIG 25 foi um avião feito pra um suposto inimigo que no fim nunca foi fabricado e inferior em muita coisa devido aos compromissos necessarios para poder cumprir sua unica função, interceptar bombers.

Por sinal o piloto que roubou o mig25 viveu tranquilamente sua vida nos states.

agora os sovieticos ficaram doidos em como responder ao F15 :p.


F15 criou o maior "salto" da aviação militar Russa, que foi a criação da plataforma SU27.

Abraço a todos.
 


Palestra1914

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O actual debate dos EUA sobre o fornecimento de assistência militar adicional à Ucrânia baseia-se, em parte, no pressuposto de que a guerra permanecerá num impasse, independentemente das acções dos EUA. Essa suposição é falsa. Os avanços russos acelerarão na ausência de uma ação americana urgente. (1/8)

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2/ Os russos estão a sair da guerra posicional e a começar a restaurar a manobra no campo de batalha devido aos atrasos na prestação de assistência militar dos EUA à Ucrânia.

3/ A Ucrânia não pode manter as actuais linhas agora sem a rápida retoma da assistência dos EUA, particularmente a defesa aérea e a artilharia, que só os EUA podem fornecer rapidamente e em grande escala.

4/ A falta de defesa aérea expôs as unidades da linha da frente ucranianas a aeronaves russas que estão agora a lançar milhares de bombas sobre posições defensivas ucranianas pela primeira vez nesta guerra.

5/ A escassez de artilharia ucraniana está a permitir que os russos utilizem colunas blindadas sem sofrer perdas proibitivas pela primeira vez desde 2022.

6/ Os russos estão a aproveitar a sua vantagem e a avançar lenta mas firmemente em vários sectores da frente. Desde o início deste ano, as forças russas capturaram mais de 360 quilómetros quadrados – uma área do tamanho de Detroit.

7/ Os avanços russos acelerarão na ausência de uma acção americana urgente. Os decisores políticos dos EUA devem internalizar a realidade de que atrasar ou interromper ainda mais a assistência militar americana conduzirá a ganhos dramáticos da Rússia mais tarde em 2024 e em 2025 e, em última análise, à vitória russa.

8/ Relatório especial: A escolha radical da América na Ucrânia e o custo de deixar a Rússia vencer https://www.understandingwar.org/backgrounder/america’s-stark-choice-ukraine-and-cost-letting-russia-win



Meu adendo:
A Europa aumentou a sua ajuda, mas ainda está muito aquém do necessário para fortalecer a Ucrânia. Num primeiro momento a Ucrânia ainda está muito dependente da ajuda que está presa nos EUA.

Também n dá pra Europa ficar chupando bala, no momento que os EUA liberar a ajuda. É o momento dos Europeus aproveitarem o fôlego extra que a Ucrânia vai receber, e eles tomarem as ações necessárias para a Ucrânia n ficar mais tão dependente dos EUA. Os europeus precisam ser os maiores apoiadores da Ucrânia apartir de 2025.


Conheço uma pessoa que está na Ucrânia como voluntária não militar desde o começo da guerra e o que ela me passou na última conversa bate exatamente com esses pontos.

Ucrânia não tem mais artilharia e os drones estão ficando escassos. A moral dos militares está baixa e a perspectiva geral é de que se não houver nova rodada de investimentos ocidentais, a Ucrânia não vai durar.
 

Shifty♤

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Conheço uma pessoa que está na Ucrânia como voluntária não militar desde o começo da guerra e o que ela me passou na última conversa bate exatamente com esses pontos.

Ucrânia não tem mais artilharia e os drones estão ficando escassos. A moral dos militares está baixa e a perspectiva geral é de que se não houver nova rodada de investimentos ocidentais, a Ucrânia não vai durar.

Tirando os primeiros meses da invasão, que pegaram a Ucrânia de calças curtas. Certamente agora a Ucrânia está vivendo o seu pior momento.
 

Setzer1

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Isto é o que dizem ser a Lei de Ajuda à Ucrânia que Johnson planeia apresentar USAI significa encomendas de equipamento militar para a Ucrânia; o montante é quase o mesmo que o projeto de lei do Senado: US$ 13,8 bilhões.

A ajuda econômica de US$ 7,85 bilhões é semelhante ao projeto de lei do Senado. US$ 19,85 bilhões são para reabastecer equipamentos, mas isso não significa que os EUA possam enviar US$ 19,85 bilhões em equipamento militar para a Ucrânia. O projecto de lei do Senado tinha cerca de 8 mil milhões de dólares em Autoridade de Retirada Presidencial, o que significa que o Presidente poderia retirar directamente 8 mil milhões de dólares em armas dos arsenais dos EUA e enviá-los imediatamente para a Ucrânia, e depois usar o financiamento de reposição para substituir esse equipamento para os EUA.

Actualmente, o Presidente tem 4 mil milhões de dólares em autoridade de saque disponíveis e nada para repor. Se o projeto do Senado fosse aprovado, teria dado ao presidente US$ 8 bilhões a mais em autoridade de saque e + US$ 19 bilhões em reposição, o que significa que o presidente poderia enviar US$ 12 bilhões (US$ 4 bilhões existentes e US$ 8 bilhões do projeto do Senado) em armas diretamente para Ucrânia e substituí-la por novas armas usando o dinheiro da reposição.

O pacote de ajuda externa do Senado incluía cerca de 8 mil milhões de dólares em autoridade de saque presidencial para a Ucrânia. No entanto, o anterior projecto de lei de ajuda externa republicana à Ucrânia, elaborado pelo deputado Brian Fitzpatrick, só tinha reabastecimento e nenhuma autoridade de saque, o que significa que o Presidente não podia enviar nada directamente dos arsenais e apenas fazer encomendas. Se este novo projeto de lei republicano for igual ao projeto de lei republicano anterior e incluir apenas US$ 14 bilhões em USAI (pedidos de empresas) e US$ 19 bilhões em financiamento de reposição para armas dos EUA, mas não incluir + US$ 8 bilhões em autoridade de saque, então isso será um grande problema. Isso significaria que a Ucrânia receberia principalmente apenas os 14 mil milhões de dólares em (encomendas) da USAI para ajuda militar e não muito mais.

Normalmente, as encomendas demoram meses e, em alguns casos, anos a serem concluídas, pelo que a Ucrânia não receberia a assistência adequada dos EUA durante meses, se é isso que o projecto de lei contém. Receberia muito menos assistência global sem a autoridade de levantamento. Isso significa que nenhum Cluster ATACMS e nenhuma munição cluster podem ser enviados. ATACMS regulares levariam anos para serem fabricados, defesas aéreas, tanques e IFVs também. Estas fábricas não fabricam apenas equipamentos para a Ucrânia; eles estão fazendo isso para os EUA e muitos outros países.

Tudo teria de ser feito por empresas e enviado para a Ucrânia ao longo de meses ou anos. Nessa altura, a linha da frente poderá não conseguir aguentar-se se não houver uma Autoridade de Retirada Presidencial incluída no novo projecto de lei republicano que o Presidente Johnson pretende apresentar. Se incluir 8 mil milhões de dólares ou mais na Autoridade de Retirada Presidencial, então isso é uma óptima notícia, e significa que é quase idêntico ao projecto de lei de ajuda externa do Senado que foi aprovado por 70-29.

O aspecto do empréstimo é claramente uma desvantagem; se os empréstimos forem apenas de 7,85 mil milhões de dólares em ajuda económica, tudo bem. Contudo, se os empréstimos forem para assistência económica, a USAI,e possivelmente a autoridade de retirada presidencial, então isso será muito difícil para a Ucrânia porque a Ucrânia não pode dar-se ao luxo de financiar essa grande quantidade de equipamento e vencer a guerra. Eles já têm a sua economia numa posição terrível e têm muitos outros empréstimos para pagar.

A empresa ficaria falida por muito tempo. Não há pontos positivos no aspecto do empréstimo em relação ao projeto do Senado. A única razão pela qual os republicanos querem isso como um empréstimo é porque o Presidente Johnson foi se encontrar com Trump, e Trump disse que queria um empréstimo. A única forma de mitigar o empréstimo seria utilizar activos russos apreendidos para pagar integralmente o empréstimo à Ucrânia e ainda enviar uma grande quantidade de equipamento. Por último, a Ucrânia não está a receber 48 mil milhões de dólares ou 60 mil milhões de dólares do Senado ou do Pacote da Câmara. Do pacote do Senado, estão a receber cerca de 30 mil milhões de dólares a possivelmente 34 mil milhões de dólares em ajuda económica e militar, excluindo o FMF, e no novo pacote potencial da Câmara, estão a receber cerca de 21,65 mil milhões de dólares se a autoridade de saque presidencial não for incluída.
 

ME110

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Só dois países basicamente?, porque é tão complexo assim?.

São 4 paises, EUA/UK/França/Rússia.

Outros paises como Canada/Alemanha/Japão/Italia também, mas, a produção dos motores são para o lado "civil" da coisa.
China vai chegar lá tanto o civil quanto o militar.

Motor aeronautico tanto civil quando militar, tem muita ciencia na metalurgia dos componentes, muitas peças/componentes que estão vivendo a 900 graus centigrados por bom periodo de funcionamento.
Hoje tem um pouco mais eletronica no motor em si, até uns 10 anos atras, era basicamente uma maquina "analogica".

Desenhar um motor e fazer o mesmo funcionar como se pretende, demora as vezes 10/20 anos.

Abraço a todos.
 

Zefiris Metherlence

Bam-bam-bam
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O site do ministério de Defesa russo não está fazendo muita questão de abrir aqui, então por tempo indeterminado não haverá comparativos diários como costumo fazer.

--------
Uma delegação iraniana visitou a fábrica russa responsável pelo sistema S-400.
Parece que o Irã não é mais um simples cliente, mas um parceiro da Rússia.
 

Wolkaiser

Bam-bam-bam
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- Para especialista chinês, Rússia perderá na Ucrânia. Veja os motivos

[...]As quatro razões pelas quais a Federação Russa perderá para a Ucrânia, segundo Feng Yujun são as seguintes:

- Nível de resistência e unidade nacional demonstrado pelos ucranianos, que até agora tem sido extraordinário.

- Apoio internacional à Ucrânia, que, embora recentemente tenha ficado aquém das expectativas do país, continua amplo.

- Natureza da guerra moderna, uma competição que envolve uma combinação de poder industrial e sistemas de comando, controlo, comunicações e inteligência. Uma das razões pelas quais a Rússia tem lutado nesta guerra é que ainda não se recuperou da dramática desindustrialização que sofreu após a desintegração da União Soviética.

-Informação. Quando se trata de tomada de decisões, Vladimir Putin está preso num casulo de informação, graças ao facto de estar no poder há tanto tempo. O presidente russo e a sua equipa de segurança nacional não têm acesso a informações precisas. O sistema que opera carece de um mecanismo eficiente para corrigir erros. Os seus homólogos ucranianos são mais flexíveis e eficazes.[...]

Eu ficaria com um pé atrás em uma declaração dessas. Parece oposição controlada para manter a China com a imagem de pacificadora e racional, ao mesmo tempo em que ela ajuda a Rússia.
 

Setzer1

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https://amp.theguardian.com/world/2023/mar/02/russia-run-out-of-money-oleg-deripaska



A Rússia pode ficar sem dinheiro no próximo ano, diz oligarca Oleg Deripaska​

As sanções ocidentais estão a causar sérias pressões, prevendo-se que o défice orçamental aumente

O oligarca Oleg Deripaska disse que a Rússia poderá ficar sem dinheiro no próximo ano, a menos que o país garanta investimentos de países “amigos”, à medida que as sanções ocidentais afetarem.
Deripaska, um magnata da energia e dos metais que já foi a pessoa mais rica da Rússia, disse numa conferência de investimentos na Sibéria na quinta-feira: “Não haverá dinheiro já no próximo ano. Precisaremos de investidores estrangeiros.”
Deripaska, que está sujeito a sanções do Reino Unido, dos EUA e da UE devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, disse que os fundos estão acabando e “é por isso que [o governo russo] já começou a nos abalar”, de acordo com um relatório da Bloomberg .
Ele disse que a Rússia estava sofrendo uma pressão “séria” das sanções ocidentais , e que o país e as suas empresas teriam de recorrer a outros países com “recursos sérios” para investir.
“Pensávamos que éramos um país europeu”, disse Deripaska, fundador da Rusal, o maior produtor de alumínio fora da China. “Agora, durante os próximos 25 anos, pensaremos mais no nosso passado asiático.”

A notícia surge no momento em que a agência de classificação europeia Scope alerta que o défice orçamental da Rússia pode subir para 3,5% do produto interno bruto (PIB), em comparação com a previsão do governo de 2% do PIB. Em 2022, o déficit oficial foi de 2,3%.

Scope disse que isto se deveu à redução das receitas provenientes das exportações de petróleo e gás, à medida que o Ocidente se afastou da energia russa. “As sanções e a guerra estão a restringir a flexibilidade fiscal da Rússia… devido à redução das receitas de exportação de energia, ao aumento dos gastos relacionados com a guerra e a um declínio constante do PIB”, afirmou, segundo um relatório da Reuters. “Por enquanto, a Rússia pode financiar o seu déficit com relativa facilidade através do recurso ao fundo nacional de riqueza, que deverá ascender a apenas 3,7% do PIB até ao final de 2024, contra 10,4% do PIB no final de 2021.”

A agência de classificação disse que os enormes gastos da Rússia na guerra prejudicariam a sua economia a longo prazo, porque seriam feitos à custa de investimentos em infra-estruturas, digitalização, habitação e protecção ambiental.
 

Wolkaiser

Bam-bam-bam
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Ucrânia caminha para a derrota​

O fracasso do Ocidente em enviar armas para Kiev está ajudando Putin a vencer a sua guerra.
Por JAMIE DETTMER
em Kyiv

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Se a maré não mudar rapidamente neste terceiro ano de invasão da Rússia, será a nação da Ucrânia, tal como existe actualmente, que ficará relegada ao passado. | Iryna Rybakova/AP via Bélgica

Basta perguntar a um soldado ucraniano se ele ainda acredita que o Ocidente apoiará Kiev “durante o tempo que for necessário”. Essa promessa soa vazia quando já se passaram quatro semanas desde a última vez que sua unidade de artilharia teve um projétil para disparar, como reclamou um militar na linha de frente.

Não é só que as forças da Ucrânia estejam ficando sem munições. Os atrasos ocidentais no envio de ajuda significam que o país está perigosamente carente de algo ainda mais difícil de fornecer do que bombas: o espírito de luta necessário para vencer.

O moral entre as tropas é sombrio, abalado pelos bombardeamentos implacáveis, pela falta de armas avançadas e pelas perdas no campo de batalha. Nas cidades a centenas de quilômetros de distância da frente de batalha, as multidões de jovens que faziam fila para se juntar ao exército nos primeiros meses da guerra desapareceram. Hoje em dia, os aspirantes a recrutas elegíveis evitam o recrutamento e passam as tardes em discotecas. Muitos deixaram o país completamente.

Como descobri durante uma reportagem sobre a Ucrânia no mês passado, a imagem que emergiu de dezenas de entrevistas com líderes políticos, oficiais militares e cidadãos comuns era a de um país escorregando para o desastre.

Embora o Presidente Volodymyr Zelenskyy diga que a Ucrânia está tentando encontrar uma forma de não recuar, os oficiais militares aceitam, em privado, que mais perdas são inevitáveis este Verão. A única questão é quão ruins eles serão. Vladimir Putin provavelmente nunca esteve tão perto do seu objetivo.

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Os oficiais militares ucranianos aceitam, em privado, que mais perdas são inevitáveis este verão. | Roman Pilipey/AFP via Getty Images

“Sabemos que as pessoas estão enfraquecendo e ouvimos isso dos governadores regionais e das próprias pessoas”, disse Andriy Yermak, o poderoso chefe de gabinete de Zelenskyy, ao POLITICO. Yermak e seu chefe viajam juntos para “alguns dos lugares mais perigosos” para reunir cidadãos e soldados para a luta, disse ele. “Dizemos às pessoas: 'Seu nome estará nos livros de história'”.

Se a maré não mudar rapidamente neste terceiro ano de invasão da Rússia, será a nação da Ucrânia, tal como existe atualmente, que ficará relegada ao passado.
Para uma guerra com uma importância tão marcante, a escala das ações dos líderes ocidentais para ajudar Kiev a repelir os invasores da Rússia ficou muito aquém da sua retórica crescente. Essa desilusão deixou ucranianos de todas as categorias – desde os soldados que cavam trincheiras até aos ministros que governam o país – cansados e irritados.

Quando o POLITICO perguntou ao ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, se ele achava que o Ocidente havia deixado a Ucrânia para lutar com uma mão amarrada nas costas, seu veredicto foi claro: “Sim, acredito”, disse ele , em entrevista em seu gabinete, uma hora depois de outro ataque russo com mísseis no meio da manhã.

Zelenskyy expôs os riscos de forma ainda mais rigorosa, dizendo que a Ucrânia “perderá a guerra” se o Congresso dos EUA não intensificar e fornecer ajuda.
Cada vez mais parece que a aposta de Putin de que conseguirá esmagar a resistência ucraniana e o apoio ocidental poderá dar frutos.

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Neste momento, a necessidade mais urgente da Ucrânia é de projéteis de artilharia. | Roman Pilipey/AFP via Getty Images

Sem uma grande mudança no fornecimento de armas ocidentais avançadas e dinheiro, a Ucrânia não será capaz de libertar os territórios que as forças de Putin agora controlam. Isso deixará Putin livre para atormentar o país ferido nos próximos meses ou anos. Mesmo que a Rússia não consiga acabar com a Ucrânia, uma vitória parcial deixará as esperanças de Kiev de aderir à UE e à NATO presas no limbo.

As ramificações de tal resultado serão graves para o mundo. Putin reivindicará a vitória em casa e, encorajado pela exposição das fraquezas ocidentais, poderá revigorar as suas ambições imperiais mais amplas no estrangeiro. A Lituânia, a Letônia e a Estônia estão especialmente receosas de serem os próximos na sua lista de alvos. A China, já um parceiro cada vez mais confiável para Moscovo, verá poucos motivos para alterar a sua posição.

O grande alvo de Putin é a segunda maior cidade da Ucrânia


Neste momento, a necessidade mais urgente da Ucrânia é de projéteis de artilharia – milhões deles. Além disso, a Ucrânia afirma que precisa de pelo menos duas dúzias de sistemas de defesa aérea Patriot para proteger as tropas nas linhas da frente e para defender Kharkiv, a maior cidade do país depois de Kiev, que tem estado sob feroz ataque de mísseis e artilharia há semanas.

Crescem os temores de que a Rússia possa atacar em breve a segunda cidade da Ucrânia para uma ofensiva terrestre.

“É simbólico porque dizem que Kharkiv foi a primeira capital da Ucrânia. É um grande alvo”, disse Zelenskyy em entrevista aos meios de comunicação da empresa controladora do POLITICO, Axel Springer, na semana passada.

Os militares da Ucrânia estão preparados para mais perdas nos próximos meses. Oleksandr Syrskyi, comandante-chefe das forças armadas, alertou que a situação na frente oriental da Ucrânia “deteriorou-se significativamente nos últimos dias”. Como o próprio Zelenskyy disse em outro momento: “Estamos tentando encontrar uma forma de não recuar”.

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Cada vez mais parece que a aposta de Putin de que conseguirá esmagar a resistência ucraniana e o apoio ocidental poderá dar frutos. | Imagens de Spencer Platt/Getty

Os receios sobre a fragilidade das linhas da frente só são agravados por uma barragem sem precedentes de ataques russos destinados a destruir as redes eléctricas da Ucrânia.

Em reuniões recentes com o POLITICO, os líderes políticos do país reconheceram que o ânimo público está enfraquecendo e, embora todos tentassem manter-se otimistas, a frustração com o Ocidente transpareceu em todas as conversas.

“Dê-nos os malditos Patriots”, retrucou Kuleba, o principal diplomata da Ucrânia. Sentado para uma entrevista no Ministério das Relações Exteriores, ele não conseguiu esconder sua exasperação com os atrasos e as restrições que acompanham o armamento ocidental – como não atacar as instalações petrolíferas russas.

Kuleba, é claro, ofereceu a sua gratidão incondicional por todo o apoio recebido dos aliados ocidentais nos últimos dois anos. Mas alertou que a Ucrânia está presa num ciclo vicioso: as armas de que necessita são retidas ou adiadas; depois, os aliados ocidentais queixam-se de que Kiev está em retirada, tornando menos provável que enviem mais ajuda no futuro. (Desde a reunião do POLITICO com Kuleba, a Alemanha concordou em fornecer Patriots, mas ainda permanece a questão se eles serão suficientes.)

O clima nos altos escalões militares é ainda mais sombrio do que o de Kuleba.

Vários oficiais superiores falaram com o POLITICO apenas sob a condição de que não seriam identificados para que pudessem falar livremente. Pintaram uma previsão sombria de potencial colapso das linhas da frente neste Verão, quando a Rússia, com maior peso numérico e disposta a aceitar enormes baixas, lançar a sua esperada ofensiva. Talvez pior, expressaram receios privados de que a própria determinação da Ucrânia pudesse ser enfraquecida, com o moral das forças armadas minado por uma escassez desesperada de abastecimentos.

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Como o próprio Volodymyr Zelenskyy disse em outro momento: “Estamos tentando encontrar uma forma de não recuar”. | Imagens de Drew Angerer/Getty

Os comandantes ucranianos clamam por mais soldados de combate – uma estimativa do ex-comandante superior, Valeriy Zaluzhny, sugeriu que precisariam de mais 500 mil soldados.

Mas Zelenskyy e o parlamento ucraniano estão hesitantes em ordenar uma nova convocação massiva. Numa entrevista ao POLITICO, Yermak, o poderoso Chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, ofereceu uma razão importante - e talvez surpreendente para quem está de fora - para não lançar uma mobilização em massa: tal convocação não teria o apoio de as pessoas. Zelenskyy ainda é “presidente do povo”, disse ele. “Para ele, isso é muito importante e é muito importante que as pessoas façam algo, não apenas porque foram ordenadas a fazê-lo.”

E aí está o problema. O Ocidente não conseguiu encontrar o que era necessário e, por sua vez, está minando a vontade da Ucrânia de fazer o que for necessário.

O país enfrenta uma crise existencial – Putin quer literalmente arrancá-lo do mapa – e, no entanto, aparentemente não há apoio público suficiente para um novo projeto.

Jovens ucranianos estão evitando o recrutamento militar


É certo que a Ucrânia não é diferente dos seus países vizinhos europeus, onde recentes sondagens de opinião sugerem que um grande número de pessoas recusaria ser recrutado, mesmo que os seus países estivessem sob ataque. Mas a Ucrânia é o país em guerra. Uma luta existencial como esta não pode ser vencida sem a mobilização de toda a nação.

E, no entanto, à medida que o conflito continua, os ucranianos que vivem em Kiev e no centro e oeste do país - longe das linhas da frente - parecem, de certa forma, estar prontos para suportar a guerra que assola o Leste, desde que consigam de volta às suas vidas normais.

Conseqüentemente, há uma fuga ao recrutamento: jovens recrutas elegíveis encontram outras coisas para fazer com seu tempo, lotando bares modernos e clubes de techno no final da tarde.

Vitali Klitschko, ex-campeão de boxe peso-pesado que hoje ocupa o cargo de prefeito de Kiev, disse que entende por que as pessoas querem voltar ao normal, argumentando que isso é saudável. Ele disse ao POLITICO que o desejo de retomar as atividades diárias era uma expressão de desafio diante das tentativas de Putin de desgastar o povo.

Talvez sim. Mas confrontado com um inimigo implacável, que aproveita a sua vantagem contra um exército de defensores mal equipado, tal atitude de não interferência parece ser de alto risco.

Como o comandante-chefe deposto da Ucrânia, Zaluzhny, descobriu às suas custas, avisos racionais de que as coisas podem não correr bem podem colocar comentadores e analistas em apuros. Mas suspender o pensamento crítico também não vencerá esta guerra.

O Ocidente depositou demasiada fé nas sanções, acreditando que elas colocariam a Rússia sob controle. Também tem havido pensamentos positivos sobre os russos se voltarem contra Putin por causa do número de vítimas, ou esperanças de que ele possa ser deposto num golpe do Kremlin. Em vez disso, a economia da Rússia manteve-se resiliente e Putin reforçou o seu controle no poder.

É verdade que antes de lançar a invasão de 2022, o líder russo pode ter sido induzido em erro pelos seus desajeitados chefes de inteligência, fazendo-o acreditar que uma guerra curta ofereceria uma vitória rápida.

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Os ucranianos que vivem longe das linhas da frente parecem, de certa forma, estar prontos para suportar a guerra, desde que possam regressar às suas vidas normais. | Juan Barreto/AFP via Getty Images

Mas Putin pode esperar. No mês passado, ele concedeu a si mesmo outro mandato de seis anos como presidente. Ele pode contentar-se com um impasse: manter a Ucrânia presa entre a vitória e a derrota, excluída tanto da NATO como da UE, ainda assim equivaleria a uma vitória.

E o que um conflito num impasse faria à resiliência ucraniana?

A explosão inicial de fervor patriótico que viu os centros de recrutamento inundados de voluntários evaporou-se. Estima-se que 650 mil homens em idade de combater fugiram do seu país, a maioria contrabandeando-se através da fronteira.

Há dois anos, os comboios que saíam da Ucrânia transportavam quase exclusivamente mulheres, crianças e idosos em busca de refúgio. Esta semana, cerca de um terço dos passageiros de um comboio que transportava este correspondente para fora do país eram homens em idade de lutar. De alguma forma, eles conseguiram obter documentos de isenção para sair.

No gabinete presidencial de Zelenskyy, na Rua Bankova, os seus responsáveis insistem que ainda estão positivos. Mas essa ajuda ocidental, especialmente o pacote de apoio de 60 mil milhões de dólares do presidente Joe Biden, há muito adiado, não pode esperar muito mais.

O que Putin faria se a Ucrânia não obtivesse a ajuda ocidental necessária para vencer? “Ele destruiria tudo completamente. Tudo”, disse Zelenskyy à mídia de Axel Springer. As cidades ucranianas serão reduzidas a escombros; centenas de milhares morrerão, disse ele.

“As pessoas não vão fugir, a maioria delas, e então ele vai matar muita gente. Então, como será? Muito sangue.

 

Zefiris Metherlence

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O recente ataque ucraniano contra a base aérea de Dzhankoi na Crimeia pode ter danificado/destruído 4 sistemas S-400, 3 radares e um potente sistema de vigilância que há escassas informações a respeito, o Fundament-M. Mesmo imagens disso são raras.

O Fundament-M possivelmente é/era o cérebro que gerencia as defesas anti-aéreas da península da Crimeia.
 

Shifty♤

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O ministério das relações exteriores da Rússia elaborou um documento secreto que propõe uma campanha de desinformação ofensiva e outras medidas para enfraquecer seus adversários ocidentais, especialmente os Estados Unidos.

O documento, datado de 11 de abril de 2023 e divulgado pelo “The Washington Post”, quer explorar a guerra na Ucrânia para reformular a ordem mundial, distanciando-a da influência americana.

Conforme o documento, o resultado do conflito na Ucrânia é visto como determinante para as futuras relações globais, enfatizando a necessidade de uma cooperação mais estreita entre Rússia, China, Irã e Coreia do Norte contra a hegemonia do Ocidente. A Rússia acusa os Estados Unidos de liderarem uma coalizão de países hostis que buscam enfraquecê-la, retratando-se como uma ameaça à supremacia ocidental.

O documento sugere que as ações russas já estão em curso, exemplificadas pelo veto da Rússia à extensão do monitoramento de sanções contra a Coreia do Norte, destacando-se como um sinal claro dos esforços em prática. Além disso, a Rússia deveria, segundo o documento, criar dificuldades para os EUA em diversas regiões, incluindo o Oriente Médio, a Ásia nordeste, o continente africano e até na América Latina.

O ministério não comentou a existência ou o progresso do trabalho nesses documentos internos, limitando-se a confirmar que o país continua a combater as medidas agressivas impostas pelo Ocidente no contexto da guerra híbrida contra a Rússia.

As ideias de Dugin na estratégia russa

O documento revelado que sugere uma campanha agressiva para enfraquecer o poderio dos Estados Unidos e reconfigurar a ordem global, está alinhado com ideias do filósofo russo Alexandr Dugin, considerado o ideólogo de Vladmir Putin e dos principais chefes militares do país.

Dugin defende uma Rússia como força central em uma coalizão eurasiana, opondo-se à influência liberal e democrática do Ocidente, particularmente dos EUA. Este pensamento pode ser observado na intenção russa de fortalecer laços com China, Irã e Coreia do Norte, conforme mencionado no documento, visando formar um bloco robusto contra o domínio americano.

O documento também sugere um esforço para minar o suporte ocidental à Ucrânia e desestabilizar a política interna americana e europeia por meio de campanhas de propaganda que fomentam políticas isolacionistas e extremistas. Esta abordagem é coerente com as recomendações de Dugin para que a Rússia exerça sua influência para alterar a dinâmica de poder global, um tema central em seus trabalhos sobre geopolítica.

A abordagem descrita no documento, de explorar pontos vulneráveis nas políticas externa e interna dos países inimigos para desenvolver passos práticos para enfraquecê-los, também reflete a visão de Dugin de uma Rússia ativa e agressiva na cena mundial.

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Uuuuuhhh era tudo "teoria da conspiração" :klolz
 

Zefiris Metherlence

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A defesa aérea ucraniana afirma ter abatido 14 (de 14) drones Shahed, 2 (de 2) mísseis Kh-101, 2 (de 6) mísseis Kh-22 e 11 (de 12) mísseis Kh-59. Além de um bombardeiro Tu-22M3 que estaria a 300km da Ucrânia.
Acho que é a primeira vez que conseguem abater o Kh-22. Assim como a própria aeronave de lançamento.
Supostamente teria sido usado o velho S-200 para abater o bombardeiro. A Rússia por sua vez diz que ele caiu por problemas técnicos.

É estranho ser relatado só 2 mísseis Kh-101, considerando que pelo menos 6 bombardeiros Tu-95MS teriam decolado da base aérea de Olenya. Embora a Rússia possa ter feito isso como engodo.
 

GustavoVP

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APROVADO NA CÂMARA
o projeto de lei que libera US$95 BILHÕES de ajuda militar para Israel, Ucrânia e Taiwan

Foram 316 X 94 votos

A aprovação marca um grande passo para a medida, considerada crítica para ajudar a Ucrânia.

O pacote segue agora para o Senado
 

GustavoVP

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APROVADO NA CÂMARA
o projeto de lei que libera US$95 BILHÕES de ajuda militar para Israel, Ucrânia e Taiwan

Foram 316 X 94 votos

A aprovação marca um grande passo para a medida, considerada crítica para ajudar a Ucrânia.

O pacote segue agora para o Senado
ERRATA.
Errei sobre o que foi aprovado na Câmara nesta sexta-feira.

Por 316x94 votos, os parlamentares decidiram aceitar a colocação da pauta de ajuda a Israel/Ucrânia em discussão.

A votação do pacote acontecerá neste SÁBADO.

Mas a margem já indica um bom sinal — probabilidade de ser aceito

➡️a proposta do presidente da Câmara, Mike Johnson prevê:

- 60,8 mil milhões de dólares para a Ucrânia
- ⁠26,4 mil milhões de dólares para Israel
- ⁠8,1 mil milhões de dólares para a região do Indo-Pacífico, incluindo Taiwan.
 

Zefiris Metherlence

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O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, esteve na região de Omsk, onde visitou as instalações da Omsktransmash. Esta fábrica foi o principal centro de produção do T-80, e atualmente dedica-se à modernização do T-72/80 e produção do TOS-1A Buratino.

Durante a visita, a direção da empresa informou ao ministro que em 2023 a produção do TOS-1A Buratino aumentou 2,5 vezes. O aumento foi conseguido graças ao aumento do número de empregados, bem como à transição para 24 horas de trabalho em dois turnos.

Qual o número base para esse aumento de 2,5x? Isso os russos nunca fazem questão de informar. A informação até pode ser sincera, mas se for algo como 2,5 x 2 unidades, não é algo lá muito impactante.
 

Bering

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APROVADO NA CÂMARA
o projeto de lei que libera US$95 BILHÕES de ajuda militar para Israel, Ucrânia e Taiwan

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A aprovação marca um grande passo para a medida, considerada crítica para ajudar a Ucrânia.

O pacote segue agora para o Senado
Eles tem que agradecer tudo que aconteceu em Israel.

Se o primeiro ataque a Israel foi uma jogada do putin, foi uma que por um lado não foi boa mas por outra aproximou mais os laços com o Irã e bagunçou mais o tabuleiro.

Irã faz ameaça nuclear! Israel fez acordo com EUA para resposta?! Zelensky convida Lula para cúpula!
:klol
 
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O ministério das relações exteriores da Rússia elaborou um documento secreto que propõe uma campanha de desinformação ofensiva e outras medidas para enfraquecer seus adversários ocidentais, especialmente os Estados Unidos.

O documento, datado de 11 de abril de 2023 e divulgado pelo “The Washington Post”, quer explorar a guerra na Ucrânia para reformular a ordem mundial, distanciando-a da influência americana.

Conforme o documento, o resultado do conflito na Ucrânia é visto como determinante para as futuras relações globais, enfatizando a necessidade de uma cooperação mais estreita entre Rússia, China, Irã e Coreia do Norte contra a hegemonia do Ocidente. A Rússia acusa os Estados Unidos de liderarem uma coalizão de países hostis que buscam enfraquecê-la, retratando-se como uma ameaça à supremacia ocidental.

O documento sugere que as ações russas já estão em curso, exemplificadas pelo veto da Rússia à extensão do monitoramento de sanções contra a Coreia do Norte, destacando-se como um sinal claro dos esforços em prática. Além disso, a Rússia deveria, segundo o documento, criar dificuldades para os EUA em diversas regiões, incluindo o Oriente Médio, a Ásia nordeste, o continente africano e até na América Latina.

O ministério não comentou a existência ou o progresso do trabalho nesses documentos internos, limitando-se a confirmar que o país continua a combater as medidas agressivas impostas pelo Ocidente no contexto da guerra híbrida contra a Rússia.

As ideias de Dugin na estratégia russa

O documento revelado que sugere uma campanha agressiva para enfraquecer o poderio dos Estados Unidos e reconfigurar a ordem global, está alinhado com ideias do filósofo russo Alexandr Dugin, considerado o ideólogo de Vladmir Putin e dos principais chefes militares do país.

Dugin defende uma Rússia como força central em uma coalizão eurasiana, opondo-se à influência liberal e democrática do Ocidente, particularmente dos EUA. Este pensamento pode ser observado na intenção russa de fortalecer laços com China, Irã e Coreia do Norte, conforme mencionado no documento, visando formar um bloco robusto contra o domínio americano.

O documento também sugere um esforço para minar o suporte ocidental à Ucrânia e desestabilizar a política interna americana e europeia por meio de campanhas de propaganda que fomentam políticas isolacionistas e extremistas. Esta abordagem é coerente com as recomendações de Dugin para que a Rússia exerça sua influência para alterar a dinâmica de poder global, um tema central em seus trabalhos sobre geopolítica.

A abordagem descrita no documento, de explorar pontos vulneráveis nas políticas externa e interna dos países inimigos para desenvolver passos práticos para enfraquecê-los, também reflete a visão de Dugin de uma Rússia ativa e agressiva na cena mundial.

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O CONTEXTO GEOPOLÍTICO DO CONFLITO NA UCRÂNIA​


Alexander Dugin

Comecei a desenvolver a geopolítica há 30 anos. Quando a Rússia começou a se sentir parte da Civilização Global, do Ocidente Global, e todos estavam otimistas em se tornar parte desta Humanidade: Teoria dos Direitos Civis, Teoria dos Direitos Humanos, o Mundo Global. Entramos neste processo aceitamos a identidade ocidental, abandonamos a identidade soviética, esquecemos totalmente a identidade pré-soviética czarista e tentamos ser como todos os outros. E nesse momento não estando muito engajado neste sistema soviético, nem no Sistema Liberal, descobri a geopolítica formulada por autores britânicos como Halford Mackinder, que tentou explicar o Grande Jogo entre Império Britânico e Império Russo em termos de Poder Marítimo (Sea Power) e Poder Terrestre (Land Power).

Talvez fosse em seu tempo apenas uma parte da agenda Imperialista britânica, sua maneira de pensar o mundo, mas aos meus olhos isso era uma explosão da profunda verdade eterna. A partir de então, acompanhei Mackinder e descobri que tínhamos o Movimento Eurasiano na década de 1920 no Ocidente entre a emigração branca com posições semelhantes. Havia também a escola alemã de geopolítica. Assim, a geopolítica, aos meus olhos, tornou-se a ferramenta para decifrar o mundo. Estávamos então no início dos anos 1990. A partir desse momento comecei a desenvolver a Escola Eurasiana de Geopolítica (Eurasian School of Geopolitics), a principal e única Escola Geopolítica Russa. A partir deste ponto de vista com base na visão anglo-saxônica britânica do mundo onde os principais princípios eram o poder marítimo contra o poder terrestre, formulei uma estratégia simétrica: poder terrestre contra o poder marítimo. O Land Power, Heartland, a Eurasia nessa teoria era considerado como Sujeito, não como Objeto.

O que é o Poder Marítimo (Sea Power) de acordo com Mackinder? não é apenas o Ocidente, é a Modernidade, é a tecnologia desencadeada, é o Capitalismo, é a sociedade de mercado, é Cartago contra Roma ou Atenas contra Spata ou Veneza contra Império Bizantino. Então aquela era uma Civilização (Cartago) baseada na abordagem do mercado econômico materialista, e estrategicamente no domínio sobre os Mares, nas atitudes coloniais contra a outra Civilização (Roma) com valores totalmente diferentes.

No Poder da Terra (Land Power) a dignidade, o poder militar, a tradição, o conservadorismo, os interesses nacionais, a família, a religião (desde certo momento o cristianismo) foram colocados no centro da vida. A geopolítica é sobre esse par: a Modernidade contra a Tradição inscrita no espaço. Então, após a descoberta da Geopolítica, apliquei essa metodologia à Rússia.

Assim cheguei à conclusão que a Geopolítica explica tudo o que temos agora e tudo o que virá. Assim, a partir desse momento, aplicando este método à análise da Federação Russa na fase inicial, deduzi desta aplicação que haverá a Grande Guerra dos Continentes, confronto inevitável entre o Poder Marítimo (Sea Power) e o Poder Terrestre (Land Power). Poder Terrestre (Land Power) representado pela Rússia, pelo Heartland, Poder Marítimo (Sea Power) representado pelo Globalista Moderno ou Ocidente Liberal Pós-Moderno.

Foi radicalmente contra tudo o que o governo russo na década de 1990 pensava, mas fui ouvido por militares russos desde o início da década de 1990 comecei a dar aulas de geopolítica na instituição do Estado-Maior da Rússia e para eles isso era absolutamente necessário porque eles perderam a explicação do que está acontecendo em termos ideológicos e precisavam urgentemente de algo como alternativa. Eles não conseguiam entender por que a OTAN estava se aproximando cada vez mais de nossas fronteiras conosco abandonando nossa ideologia comunista. Eles sinceramente não conseguiam entender o porquê. Mas com a geopolítica apresentada ao Estado-Maior, tudo foi teoricamente, pelo menos logicamente, colocado no contexto. Esse foi o início da ascensão secreta de Putin ao poder.

Putin tentou reafirmar a soberania do Poder Terrestre (Land Power) e Heartland e Eurásia de forma pacífica por 20 anos, ninguém se importou. Ele disse que ninguém ouviu, ele tentou colocar isso em alguns passos geoeconômicos, ninguém entendeu o que ele estava fazendo.

Finalmente, há apenas uma explicação sobre o que estava acontecendo no Maidan na Ucrânia no espaço pós-soviético em geral: o Poder Marítimo (Sea Power) tomou o impulso da queda da União Soviética - e agora estamos nos aproximando do discurso do nosso presidente, mas no contexto - o Poder Marítimo (Sea Power) aproveitou o impulso da queda da União Soviética para tomar os mares, controlar o espaço liberado. Não se trata de ideologia, raça, etnia ou religião, era apenas aquele jogo geopolítico, o Grande Jogo renovado mais uma vez.

Nessa situação, Putin começou a reverter a queda da União Soviética quando chegou ao poder. Claramente para ele foi a Catástrofe Geopolítica. "Geopolítica" - é a palavra chave: "Catástrofe Geopolítica" não ideológica, nacional, ideológica, racial ou religiosa, Catástrofe Geopolítica. Essa catástrofe consistiu em um fato bruto ou grosseiro: impor o controle do Poder Marítimo aos territórios ao redor da Rússia que logicamente pertenciam ao Poder Terrestre. Não há neutralidade na geopolítica e Putin começou a recuperar o controle do espaço pós-soviético seguindo a linha de Brzezinski.

Brzezinski havia dito: a Rússia não retornará à soberania sem readquirir a influência sobre o espaço pós-soviético e, em primeiro lugar, sobre a Ucrânia. Assim, a batalha pela Ucrânia se aproximava a partir daquele momento da eleição de Putin como líder histórico da Rússia tentando defender nossos interesses geopolíticos. Isso é uma explicação do que está acontecendo, mas o Poder Marítimo prosseguiu, eles continuaram tentando nos tirar a parte do espaço pós-soviético. E quando um líder neutro ou um líder pró-russo ou não tão anti-russo é como era necessário para o Ocidente chegar ao poder - como Yanukovych por exemplo - eles começaram a derrubá-lo e derrubá-los por meio de operação de mudança de regime, chamado Maidan.

Putin respondeu ao Maidan readquirindo a Crimeia e parte do leste da Ucrânia, mas isso não foi suficiente, foi apenas uma ação defensiva do Heartland contra o Poder Marítimo (Sea Power), mas as fronteiras eram tão críticas para a Rússia, que o próximo estágio do conflito era absolutamente inevitável pela lógica geopolítica.
 

Shifty♤

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Os russos cada vez mais partem para um recrutamento de ucranianos das regiões ocupadas, trafico humano indiano e africano, além de começarem a prender imigrantes na Rússia com base em qualquer coisa e enviarem para o front.

Moscow e São Petersburgo ainda intocáveis, a Disney russa.
 
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Bering

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Vendo essa imagem eu estranhei uma coisa, a proximidade de 5 lançadores e aparentemente tão próximos do radar ou radares.

Única possibilidade que eu consegui imaginar foi um treinamento.
Armazenados aparentemente não foi o caso, o lançador estava levantando.

Não duvido que tenham acertado algo mas por qual motivo essas peças estariam tão próximas umas das outras?
Alguém sabe explicar?
 
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