Sgt. Kowalski
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Furto na Petrobrás pode gerar crise diplomática, crê deputado
Sexta, 15 de fevereiro de 2008, 18h51
Para o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), o furto de informações da Petrobras, noticiado com exclusividade por Terra Magazine, pode gerar um conflito diplomático de "grandes proporções". Ele preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. - Se isso ocorreu e pudermos identificar os responsáveis por isso, em sendo agentes de outra nacionalidade, isso pode até gerar conflito diplomático de grandes proporções - afirma.
Ele, porém, faz uma ressalva.
- Depende de quem fez e a que interesses está servindo. Claro que não podemos afirmar isso, mas algum estrangeiro pode ter praticado - salienta.
Ao lado do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), o deputado integra também a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência.
No incidente, dois notebooks e um disco rígido da Petrobras foram furtados de dentro de um container. O material continha informações confidenciais sobre pesquisas e dados das recentes descobertas de petróleo e gás no campo de Tupi, na Bacia de Santos.
O container estava sendo transportado pela Halliburton, gigante norte-americana de exploração de petróleo e que já foi presidida por Dick Cheney, vice do atual presidente dos Estados Unidos, George Bush Júnior.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista concedida por Vieira da Cunha a Terra Magazine:
Terra Magazine - Como o senhor avalia esse incidente?
Vieira da Cunha - É um assunto da maior gravidade. A Petrobras tem investimentos milionários em pesquisa, com estudos de alto custo e informações estratégicas para o País. É inadmissível que o resultado de todo esse esforço e de todos esses investimentos tenha sido objeto desse ato aparentemente crimininoso. É inadmissível que o fruto de todo esse trabalho, de todo esse investimento da empresa, possa ter sido perdido. Isso tem que ser investigado, medidas preventivas têm que ser tomadas para que fatos como este não se repitam e nós temos que ir a fundo nesse episódio e identificar os autores.
O senhor acredita que pode ter havido espionagem?
É uma das hipóteses. Porque, tendo havido a violação (NR: do container), é muito provável que quem praticou o ato soubesse perfeitamente do conteúdo desse container que foi violado. Isso tem que ser investigado, todas as hipóteses são possíveis numa investigação, inclusive essa, de um ato de espionagem - inclusive de espionagem internacional. Esse é um setor altamente competitivo, em que há poderosos interesses por trás de um ato dessa natureza, e por isso todos os esforços devem ser feitos para identificar o responsável por esse crime.
Pode ter havido negligência nessa questão?
Isso pode ter se dado por um ato criminoso, e aí nem sempre há negligência.
Como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, como o senhor avalia o impacto deste caso?
Nós estamos tratando de petróleo, que é um recurso finito, cobiçado e disputado internacionalmente e, portanto, todas as cautelas e medidas de segurança devem ser adotadas pela empresa em questões dessa natureza. Além disso, há uma competição internacional nessa área e pode ter havido, isso tem de ser investigado, até espionagem internacional e boicote. Se isso ocorreu e pudermos identificar os responsáveis por isso, em sendo agentes de outra nacionalidade, isso pode até gerar conflito diplomático de grandes proporções. Depende de quem fez e a que interesses está servindo. Claro que não podemos afirmar isso, mas algum estrangeiro pode ter praticado.
Há suspeita de atuação de serviços secretos.
Se essa suspeita se confirmar, nós estaremos diante de um incidente diplomático. Além de um crime, estaremos diante de um incidente diplomático que pode ter graves repercussões.
Sexta, 15 de fevereiro de 2008, 18h51
Para o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), o furto de informações da Petrobras, noticiado com exclusividade por Terra Magazine, pode gerar um conflito diplomático de "grandes proporções". Ele preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. - Se isso ocorreu e pudermos identificar os responsáveis por isso, em sendo agentes de outra nacionalidade, isso pode até gerar conflito diplomático de grandes proporções - afirma.
Ele, porém, faz uma ressalva.
- Depende de quem fez e a que interesses está servindo. Claro que não podemos afirmar isso, mas algum estrangeiro pode ter praticado - salienta.
Ao lado do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), o deputado integra também a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência.
No incidente, dois notebooks e um disco rígido da Petrobras foram furtados de dentro de um container. O material continha informações confidenciais sobre pesquisas e dados das recentes descobertas de petróleo e gás no campo de Tupi, na Bacia de Santos.
O container estava sendo transportado pela Halliburton, gigante norte-americana de exploração de petróleo e que já foi presidida por Dick Cheney, vice do atual presidente dos Estados Unidos, George Bush Júnior.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista concedida por Vieira da Cunha a Terra Magazine:
Terra Magazine - Como o senhor avalia esse incidente?
Vieira da Cunha - É um assunto da maior gravidade. A Petrobras tem investimentos milionários em pesquisa, com estudos de alto custo e informações estratégicas para o País. É inadmissível que o resultado de todo esse esforço e de todos esses investimentos tenha sido objeto desse ato aparentemente crimininoso. É inadmissível que o fruto de todo esse trabalho, de todo esse investimento da empresa, possa ter sido perdido. Isso tem que ser investigado, medidas preventivas têm que ser tomadas para que fatos como este não se repitam e nós temos que ir a fundo nesse episódio e identificar os autores.
O senhor acredita que pode ter havido espionagem?
É uma das hipóteses. Porque, tendo havido a violação (NR: do container), é muito provável que quem praticou o ato soubesse perfeitamente do conteúdo desse container que foi violado. Isso tem que ser investigado, todas as hipóteses são possíveis numa investigação, inclusive essa, de um ato de espionagem - inclusive de espionagem internacional. Esse é um setor altamente competitivo, em que há poderosos interesses por trás de um ato dessa natureza, e por isso todos os esforços devem ser feitos para identificar o responsável por esse crime.
Pode ter havido negligência nessa questão?
Isso pode ter se dado por um ato criminoso, e aí nem sempre há negligência.
Como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, como o senhor avalia o impacto deste caso?
Nós estamos tratando de petróleo, que é um recurso finito, cobiçado e disputado internacionalmente e, portanto, todas as cautelas e medidas de segurança devem ser adotadas pela empresa em questões dessa natureza. Além disso, há uma competição internacional nessa área e pode ter havido, isso tem de ser investigado, até espionagem internacional e boicote. Se isso ocorreu e pudermos identificar os responsáveis por isso, em sendo agentes de outra nacionalidade, isso pode até gerar conflito diplomático de grandes proporções. Depende de quem fez e a que interesses está servindo. Claro que não podemos afirmar isso, mas algum estrangeiro pode ter praticado.
Há suspeita de atuação de serviços secretos.
Se essa suspeita se confirmar, nós estaremos diante de um incidente diplomático. Além de um crime, estaremos diante de um incidente diplomático que pode ter graves repercussões.
