Berofh Erutron
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Nota aos colegas do fórum:
Primeiro que o conhecimento posto aqui é de corrente teosófica, portanto, aberto ao público.
Segundo quero registrar que em minha visão como discípulo da Sabedoria Iniciativa das Idades essa corrente de pensamento é uma abordagem inicial, pois, sim, existem outras correntes, vindas de outras escolas, com conhecimento posterior e mais elevado.
Terceiro, há ainda conhecimento não divulgado sobre o assunto, os quais, somam e dão uma perspectiva mais ampla para quem busca a Iniciação, todavia cada um deve trilhar seu próprio caminho, portanto aqui, vamos apontar algumas direções.
De tal modo compreendo que muito do que está aqui pode gerar dúvidas profícuas e, se for do seu interessar, compartilhes; pois se estiver ao meu alcance não hesitarei em auxiliar.
O importante é não acreditem em nada do que está aqui se isso não for somar em suas vidas de forma prática e em direção a uma evolução tendo por foco a transformação com base no trabalho, a superação com base no caráter e metástase com base na cultura, somado sobretudo na medida que compreendam de forma objetiva o que é caminhar em direção ao bem o bom e o belo e estes possam ser a sua ética a sintética e a estética respectivamente
Há muito mais a ser abordado, dependendo do desenvolvimento, vamos em frente, portanto não se limitem a isso para seus julgamentos.
Os termos são do Sânscrito, todavia a sua tradução carrega consigo um significado contemporâneo, portanto, qualquer coisa, podem perguntar.
Fiquem bem e em paz, tenham uma boa vida e um feliz sempre.
A CONSTITUIÇÃO OCULTA DO HOMEM
Vamos tratar do estudo dos princípios do homem. Primeiramente visualizaremos o homem sob três aspectos principais: o homem como unidade; o homem como ternário e o homem como setenário. Veremos depois, em linhas gerais, o último aspecto, ou seja, o homem como setenário.
Existe um ser manifestado, Infinito e Incognoscível, que jaz por trás de tudo quanto possa ser conhecido em nosso universo. Este ser Imanifestado também é denominado de Tat, Asat, Ain Suf, Absoluto, Divina Essência, Substância Eterna, Incognoscível, Parabram. Parabram significa além de Bram, isto é, do Universo Manifestado. Parabram "não é objeto de conhecimento, pois é a causa do próprio conhecimento".
Contrapondo-se a este Ser Eterno, se assim podemos nos expressar, apresenta-se-nos o Universo Manifestado, o Cosmos, do qual participamos. Este Universo Manifestado é finito, pois tudo que tem princípio deve, logicamente, ter fim, representa uma emanação cíclica do próprio Parabram, na aurora do Manuântara.
Como ensinam as tradições, o Universo Manifestado é constituído de uma só matéria, aqui no sentido genérico, que se apresenta com nuances diferentes, densidades distintas, de maior ou menor sutileza, que são os chamados Planos Cósmicos ou Planos do Universo. Assim, à maneira de um rio cujas águas ao saírem da nascente são puras e cristalinas, mas que pouco a pouco se turvam e se maculam com o carreamento das terras, também a emanação única de Parabram, ao se manifestar, vai se condensando até constituir o plano mais inferior do Cosmos ou plano físico.
Podemos dividir, didaticamente, os planos cósmicos em sete, os quais não constituem camadas superpostas, como poderá parecer, mas um todo em que os mais sutis interpenetram os mais grosseiros.
Vemos acima um esquema representativo dos planos cósmicos que, em essência, constituem uma unidade: o macrocosmo.
Mas voltemos ao homem.
Que é o homem se não um todo constituído de elementos retirados dos planos cósmicos?
É, portanto, uma miniatura desse Cosmos, um microcosmo. Assim, baseando-se no fato de ser o homem estruturado à custa de materiais dos planos universais, e, podendo estes ser representados por uma unidade, analogicamente, o homem, na síntese das sínteses, representa um unitário.
Já dizia Krishna a Arjuna, no Bhagavad Gitâ:
"Eu sou a origem de tudo, o universo inteiro de mim dimana. Eu sou o princípio, o meio e o fim de todas as coisas. Vê e observa o Universo inteiro, com todos os seres animados e inanimados, formando uma unidade, um todo no meu corpo..." "Vê, pois, ó filho da Terra, e contempla-me, que sou um só, em milhares e milhões de diferentes e variadíssimas formas".
Dessa passagem, podemos dizer que o homem como espírito e matéria apresenta-se como uma dualidade.
Vejamos o homem como uma triplicidade. Encontramos nos ensinamentos de filósofos gregos, tais como Platão e seu discípulo Aristóteles de Estágira, referências ao que eles chamavam de alma tríplice. Corresponde ao nosso corpo, alma e espírito, ou do grego Physis ou Soma, o corpo físico; Psychê, a alma e Nous, o espírito.
A Târaka-Râja-Ioga tem a seguinte classificação:
Sthulopadhi - o corpo físico;
Sukshmopadhi - o corpo anímico;
Karonopadhi - o corpo espiritual.
O sufixo upadhi significa, em sânscrito, "o que oculta", isto é, aquilo que oculta ou serve de veículo ao Ego Divino, ao Atmã.
O veículo intermediário, a alma ou Sukshmopadhi representa o liame plástico entre a parte física ou grosseira do homem e seu corpo espiritual ou Karanopadhi liga-se a Sthulopadhi.
Vejamos o homem como um setenário, ou seja, dividido em 7 veículos ou corpos, rupas em sânscrito, indo do mais sutil para o mais grosseiro.
É necessário atentar que estes veículos formam um todo. Esta divisão é, pois, meramente didática e traduz as propriedades e funções de determinadas variedades de matéria que o formam. Em outras palavras, os veículos são constituídos de energias ou matérias que formam os planos cósmicos, cabendo a cada um, analogicamente, uma determinada qualidade, um determinado atributo.
Passemos a ver sumariamente os princípios do homem.
1º Veículo - Físico
Variando com a função de seus diferentes órgãos, podemos dividir o homem físico em vários sistemas ou aparelhos, cujos principais são:
a) Sistema ósseo;
b) Sistema Muscular (Voluntário e Involuntário);
c) Sistema Digestivo;
d) Sistema Respiratório;
e) Sistema Cardio Vascular ou Circulatório;
f) Sistema Nervoso;
g) Sistema Glandular.
2º) Veículo - Duplo Etérico
Constituído de matéria etérica, como o nome indica, possui este corpo duas funções principais:
a) serve de ligação entre o corpo físico e o corpo astral;
b) recebe e distribui a energia ao corpo físico, sem o que este seria um montão de átomos dispersos.
O duplo etérico, vitalizando o corpo, agrega seus elementos, suas células, para as variadas funções por nós estudadas. Para tanto possui o etérico os chamados chacras (do sânscrito: Rodas) ou centros de energia vital que aos olhos do vidente se apresentam como discos de variadas colorações girando no sentido dos ponteiros de um relógio. Os principais chacras são os seguintes:
Cama, em sânscrito, significa "desejo" e traduz justamente a parte afetiva do homem. É a sede das sensações de prazer e dor. Acha-se em estreita união com o veículo imediatamente superior, o mental concreto. Ao vidente se apresenta com contornos nítidos, dotado de coloração, que varia com o tipo de sentimento que o ser apresenta. Tal como o etérico possui seus chacras ou centros de força, ainda que só ativos em seres espiritualmente desenvolvidos. Após a morte física este corpo, somado ao mental concreto, constitui o Cama-Rupa das tradições.
4º) Veículo - Mental Concreto ou Cama-Manas
É Manas quem discrimina as sensações, é o chamado mental discursivo ou discriminativo. Ele compara as impressões passadas com as atuais, tirando suas deduções; fenômeno esse a que chamamos de raciocínio. O estágio atual da evolução humana acha-se no aperfeiçoamento e desenvolvimento deste veículo. Os demais, só serão desenvolvidos nas futuras raças-mães, nos futuros ciclos evolutivos, pois a nossa consciência neles ainda não está focada.
5º) Veículo - Mental Abstrato ou Manas Arrúpico
Deste veículo temos apenas vislumbres e é por seu intermédio que concebemos as idéias abstratas de toda a natureza.
6º) Veículo - Budhi
Caracteriza-se pelo conhecimento intuitivo, direto. É um conhecimento global, sintético sobre determinada coisa, o que coincide com o que a moderna psicologia chama de Intuição.
7º) Veículo - Atmã
Não constitui na realidade um veículo, é a própria chispa divina "que pende da chama pelo fio mais tênue de Fohat", como nos diz a Doutrina Secreta.
Atmã é o próprio Ego Divino que como um Raio de Surya, o Sol, desce aos planos da matéria para adquirir consciência e para isto se reveste de veículos, de capas, originárias dos planos cósmicos. É, portanto, a queda na matéria, a PraVritti-Marga, o caminho da descida. Mas esse descenso tem um limite, onde então começa o caminho da ascensão, a NiVritti-Marga dos orientais.
É Atmã a própria vida, como Jivatmã e, portanto, é mantenedor deste setenário, que é o homem.
Primeiro que o conhecimento posto aqui é de corrente teosófica, portanto, aberto ao público.
Segundo quero registrar que em minha visão como discípulo da Sabedoria Iniciativa das Idades essa corrente de pensamento é uma abordagem inicial, pois, sim, existem outras correntes, vindas de outras escolas, com conhecimento posterior e mais elevado.
Terceiro, há ainda conhecimento não divulgado sobre o assunto, os quais, somam e dão uma perspectiva mais ampla para quem busca a Iniciação, todavia cada um deve trilhar seu próprio caminho, portanto aqui, vamos apontar algumas direções.
De tal modo compreendo que muito do que está aqui pode gerar dúvidas profícuas e, se for do seu interessar, compartilhes; pois se estiver ao meu alcance não hesitarei em auxiliar.
O importante é não acreditem em nada do que está aqui se isso não for somar em suas vidas de forma prática e em direção a uma evolução tendo por foco a transformação com base no trabalho, a superação com base no caráter e metástase com base na cultura, somado sobretudo na medida que compreendam de forma objetiva o que é caminhar em direção ao bem o bom e o belo e estes possam ser a sua ética a sintética e a estética respectivamente
Há muito mais a ser abordado, dependendo do desenvolvimento, vamos em frente, portanto não se limitem a isso para seus julgamentos.
Os termos são do Sânscrito, todavia a sua tradução carrega consigo um significado contemporâneo, portanto, qualquer coisa, podem perguntar.
Fiquem bem e em paz, tenham uma boa vida e um feliz sempre.
A CONSTITUIÇÃO OCULTA DO HOMEM
Vamos tratar do estudo dos princípios do homem. Primeiramente visualizaremos o homem sob três aspectos principais: o homem como unidade; o homem como ternário e o homem como setenário. Veremos depois, em linhas gerais, o último aspecto, ou seja, o homem como setenário.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS PRINCÍPIOS DO HOMEM
Existe um ser manifestado, Infinito e Incognoscível, que jaz por trás de tudo quanto possa ser conhecido em nosso universo. Este ser Imanifestado também é denominado de Tat, Asat, Ain Suf, Absoluto, Divina Essência, Substância Eterna, Incognoscível, Parabram. Parabram significa além de Bram, isto é, do Universo Manifestado. Parabram "não é objeto de conhecimento, pois é a causa do próprio conhecimento".
Contrapondo-se a este Ser Eterno, se assim podemos nos expressar, apresenta-se-nos o Universo Manifestado, o Cosmos, do qual participamos. Este Universo Manifestado é finito, pois tudo que tem princípio deve, logicamente, ter fim, representa uma emanação cíclica do próprio Parabram, na aurora do Manuântara.
Como ensinam as tradições, o Universo Manifestado é constituído de uma só matéria, aqui no sentido genérico, que se apresenta com nuances diferentes, densidades distintas, de maior ou menor sutileza, que são os chamados Planos Cósmicos ou Planos do Universo. Assim, à maneira de um rio cujas águas ao saírem da nascente são puras e cristalinas, mas que pouco a pouco se turvam e se maculam com o carreamento das terras, também a emanação única de Parabram, ao se manifestar, vai se condensando até constituir o plano mais inferior do Cosmos ou plano físico.
Podemos dividir, didaticamente, os planos cósmicos em sete, os quais não constituem camadas superpostas, como poderá parecer, mas um todo em que os mais sutis interpenetram os mais grosseiros.
Vemos acima um esquema representativo dos planos cósmicos que, em essência, constituem uma unidade: o macrocosmo.
Mas voltemos ao homem.
Que é o homem se não um todo constituído de elementos retirados dos planos cósmicos?
É, portanto, uma miniatura desse Cosmos, um microcosmo. Assim, baseando-se no fato de ser o homem estruturado à custa de materiais dos planos universais, e, podendo estes ser representados por uma unidade, analogicamente, o homem, na síntese das sínteses, representa um unitário.
Já dizia Krishna a Arjuna, no Bhagavad Gitâ:
"Eu sou a origem de tudo, o universo inteiro de mim dimana. Eu sou o princípio, o meio e o fim de todas as coisas. Vê e observa o Universo inteiro, com todos os seres animados e inanimados, formando uma unidade, um todo no meu corpo..." "Vê, pois, ó filho da Terra, e contempla-me, que sou um só, em milhares e milhões de diferentes e variadíssimas formas".
Dessa passagem, podemos dizer que o homem como espírito e matéria apresenta-se como uma dualidade.
Vejamos o homem como uma triplicidade. Encontramos nos ensinamentos de filósofos gregos, tais como Platão e seu discípulo Aristóteles de Estágira, referências ao que eles chamavam de alma tríplice. Corresponde ao nosso corpo, alma e espírito, ou do grego Physis ou Soma, o corpo físico; Psychê, a alma e Nous, o espírito.
A Târaka-Râja-Ioga tem a seguinte classificação:
Sthulopadhi - o corpo físico;
Sukshmopadhi - o corpo anímico;
Karonopadhi - o corpo espiritual.
O sufixo upadhi significa, em sânscrito, "o que oculta", isto é, aquilo que oculta ou serve de veículo ao Ego Divino, ao Atmã.
O veículo intermediário, a alma ou Sukshmopadhi representa o liame plástico entre a parte física ou grosseira do homem e seu corpo espiritual ou Karanopadhi liga-se a Sthulopadhi.
Vejamos o homem como um setenário, ou seja, dividido em 7 veículos ou corpos, rupas em sânscrito, indo do mais sutil para o mais grosseiro.
É necessário atentar que estes veículos formam um todo. Esta divisão é, pois, meramente didática e traduz as propriedades e funções de determinadas variedades de matéria que o formam. Em outras palavras, os veículos são constituídos de energias ou matérias que formam os planos cósmicos, cabendo a cada um, analogicamente, uma determinada qualidade, um determinado atributo.
Passemos a ver sumariamente os princípios do homem.
1º Veículo - Físico
Variando com a função de seus diferentes órgãos, podemos dividir o homem físico em vários sistemas ou aparelhos, cujos principais são:
a) Sistema ósseo;
b) Sistema Muscular (Voluntário e Involuntário);
c) Sistema Digestivo;
d) Sistema Respiratório;
e) Sistema Cardio Vascular ou Circulatório;
f) Sistema Nervoso;
g) Sistema Glandular.
2º) Veículo - Duplo Etérico
Constituído de matéria etérica, como o nome indica, possui este corpo duas funções principais:
a) serve de ligação entre o corpo físico e o corpo astral;
b) recebe e distribui a energia ao corpo físico, sem o que este seria um montão de átomos dispersos.
O duplo etérico, vitalizando o corpo, agrega seus elementos, suas células, para as variadas funções por nós estudadas. Para tanto possui o etérico os chamados chacras (do sânscrito: Rodas) ou centros de energia vital que aos olhos do vidente se apresentam como discos de variadas colorações girando no sentido dos ponteiros de um relógio. Os principais chacras são os seguintes:
- Muladhara ou raiz situado no cóccix;
- Svadistana ou esplênico, em relação com o plexo hipogástrico (baço e pâncreas);
- Manipura ou Umbilical em relção às supra reais;
- Anahata ou Cardíaco sobre o coração;
- Vishuda ou Laríngeo na garganta;
- Ajna ou Frontal na testa;
- Sahashara ou Coronal no alto da cabeça.
Cama, em sânscrito, significa "desejo" e traduz justamente a parte afetiva do homem. É a sede das sensações de prazer e dor. Acha-se em estreita união com o veículo imediatamente superior, o mental concreto. Ao vidente se apresenta com contornos nítidos, dotado de coloração, que varia com o tipo de sentimento que o ser apresenta. Tal como o etérico possui seus chacras ou centros de força, ainda que só ativos em seres espiritualmente desenvolvidos. Após a morte física este corpo, somado ao mental concreto, constitui o Cama-Rupa das tradições.
4º) Veículo - Mental Concreto ou Cama-Manas
É Manas quem discrimina as sensações, é o chamado mental discursivo ou discriminativo. Ele compara as impressões passadas com as atuais, tirando suas deduções; fenômeno esse a que chamamos de raciocínio. O estágio atual da evolução humana acha-se no aperfeiçoamento e desenvolvimento deste veículo. Os demais, só serão desenvolvidos nas futuras raças-mães, nos futuros ciclos evolutivos, pois a nossa consciência neles ainda não está focada.
5º) Veículo - Mental Abstrato ou Manas Arrúpico
Deste veículo temos apenas vislumbres e é por seu intermédio que concebemos as idéias abstratas de toda a natureza.
6º) Veículo - Budhi
Caracteriza-se pelo conhecimento intuitivo, direto. É um conhecimento global, sintético sobre determinada coisa, o que coincide com o que a moderna psicologia chama de Intuição.
7º) Veículo - Atmã
Não constitui na realidade um veículo, é a própria chispa divina "que pende da chama pelo fio mais tênue de Fohat", como nos diz a Doutrina Secreta.
Atmã é o próprio Ego Divino que como um Raio de Surya, o Sol, desce aos planos da matéria para adquirir consciência e para isto se reveste de veículos, de capas, originárias dos planos cósmicos. É, portanto, a queda na matéria, a PraVritti-Marga, o caminho da descida. Mas esse descenso tem um limite, onde então começa o caminho da ascensão, a NiVritti-Marga dos orientais.
É Atmã a própria vida, como Jivatmã e, portanto, é mantenedor deste setenário, que é o homem.
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