Goris
Ei mãe, 500 pontos!
- Mensagens
- 21.829
- Reações
- 76.870
- Pontos
- 553
Olho do Observador, vamos lá.
História Oral é uma fonte de história. Sabe a famosa cidade de Tróia? Acredita que os sábios e instruídos do século retrasado achavam que a cidade era uma lenda?
Mas peraí, Goris, tem registros históricos de Tróia!
Sim, tem. Registros baseados em... História Oral... Que Homero escreveu mais de século depois.
É claro que os historiadores do fim do século XIX achavam que era só uma lenda, até um arqueólogo louco ter ido lá, seguindo sabe-se lá quais pistas e encontrado a cidade.
Olha só, Tróia descoberta porque um maluco renegado pelos seus pares teimou em encontrar. Mas não pára por aí, as pesquisas provaram que a cidade era importante, mas não Tróia. Ridicularizar amor o alemão de novo. Mas novas escavações indicavam que a cidade havia sido erguida sobre as ruínas de outra, mais antiga. Que também não era Tróia e novamente o alemão foi ridicularizado. Finalmente, descobriram debaixo das ruínas da cidade que ficava abaixo das ruínas (complicado, né) as verdadeiras ruínas de Tróia.
Isso só comentando de um fato em que historiadores sábios e inteligentes se mostraram apenas babacas arrogantes ao renegar a história oral.
Mas vamos esquecer Tróia e Schliemann (o alemão que a descobriu indo contra toda a comunidade científica que pensava exatamente igual você) e falar da história oral sobre "os bons tempos" da Ditadura Militar (falo bons tempos porque não concordo que eram bons, mas tampouco que eram o inferno que passam).
A história oficial pode ser distorcida, tremendamente distorcida. Terroristas que assaltavam, sequestravam, matavam e até estupravam podem se tornar historicamente heróis que lutavam pela liberdade, não podem?
Mais ainda, pessosas que queriam implantar uma ditadura podem até mesmo se tornar heróis, já que lutavam contra outra ditadura. Sendo que não eram, sob vários aspectos que a história oficial não cobre, diferentes na forma de agir daqueles que combatiam, nem tinham objetivos diferentes.
A sua história escrita fala disso? Será que uma história escrita que coloca assassinos como heróis, é mais confiável que uma história oral que coloca esses mesmos assassinos como vilões? Ou, ao menos, como iguais aos que combatiam?
Bom, dito isso, que a história oral salvou grandes conhecimentos de arrogantes que só aceitavam a história escrita e que a história escrita pode claramente ser deturpada para servir aos interesses do poder, vem a questão...
Temos dados oficiais de que a violência em 1980, ainda sob o Regime Militar mas já sob a crise econômica, eram 1/3 do que são hoje.
Temos a tradição oral de pessoas que viveram a época afirmando que a violência era menor. E, sim, a percepção pode ser um fator válido, ainda que sozinho possa ser deturpado.
E temos a narrativa dos mesmos grupos que colocam terroristas como heróis, dos mesmos grupos que acreditam que é correto mudar a definição de pobreza pra fazer 40 milhões de pessoas deixarem de ser pobres na caneta, que não viveram essa época e que também negam tanto a tradição oral da maioria da população quanto os dados oficiais do outro lado.
Você acabou de dizer que não é esquerdista fanático. Então, vai concordar comigo que a versão do "Não era tão ruim" tem mais coerência que a versão "Era igual", não concorda?
Por favor, não use o argumento de que não vai ler toda a bobagem que escrevi, acho deselegante.
História Oral é uma fonte de história. Sabe a famosa cidade de Tróia? Acredita que os sábios e instruídos do século retrasado achavam que a cidade era uma lenda?
Mas peraí, Goris, tem registros históricos de Tróia!
Sim, tem. Registros baseados em... História Oral... Que Homero escreveu mais de século depois.
É claro que os historiadores do fim do século XIX achavam que era só uma lenda, até um arqueólogo louco ter ido lá, seguindo sabe-se lá quais pistas e encontrado a cidade.
Olha só, Tróia descoberta porque um maluco renegado pelos seus pares teimou em encontrar. Mas não pára por aí, as pesquisas provaram que a cidade era importante, mas não Tróia. Ridicularizar amor o alemão de novo. Mas novas escavações indicavam que a cidade havia sido erguida sobre as ruínas de outra, mais antiga. Que também não era Tróia e novamente o alemão foi ridicularizado. Finalmente, descobriram debaixo das ruínas da cidade que ficava abaixo das ruínas (complicado, né) as verdadeiras ruínas de Tróia.
Isso só comentando de um fato em que historiadores sábios e inteligentes se mostraram apenas babacas arrogantes ao renegar a história oral.
Mas vamos esquecer Tróia e Schliemann (o alemão que a descobriu indo contra toda a comunidade científica que pensava exatamente igual você) e falar da história oral sobre "os bons tempos" da Ditadura Militar (falo bons tempos porque não concordo que eram bons, mas tampouco que eram o inferno que passam).
A história oficial pode ser distorcida, tremendamente distorcida. Terroristas que assaltavam, sequestravam, matavam e até estupravam podem se tornar historicamente heróis que lutavam pela liberdade, não podem?
Mais ainda, pessosas que queriam implantar uma ditadura podem até mesmo se tornar heróis, já que lutavam contra outra ditadura. Sendo que não eram, sob vários aspectos que a história oficial não cobre, diferentes na forma de agir daqueles que combatiam, nem tinham objetivos diferentes.
A sua história escrita fala disso? Será que uma história escrita que coloca assassinos como heróis, é mais confiável que uma história oral que coloca esses mesmos assassinos como vilões? Ou, ao menos, como iguais aos que combatiam?
Bom, dito isso, que a história oral salvou grandes conhecimentos de arrogantes que só aceitavam a história escrita e que a história escrita pode claramente ser deturpada para servir aos interesses do poder, vem a questão...
Temos dados oficiais de que a violência em 1980, ainda sob o Regime Militar mas já sob a crise econômica, eram 1/3 do que são hoje.
Temos a tradição oral de pessoas que viveram a época afirmando que a violência era menor. E, sim, a percepção pode ser um fator válido, ainda que sozinho possa ser deturpado.
E temos a narrativa dos mesmos grupos que colocam terroristas como heróis, dos mesmos grupos que acreditam que é correto mudar a definição de pobreza pra fazer 40 milhões de pessoas deixarem de ser pobres na caneta, que não viveram essa época e que também negam tanto a tradição oral da maioria da população quanto os dados oficiais do outro lado.
Você acabou de dizer que não é esquerdista fanático. Então, vai concordar comigo que a versão do "Não era tão ruim" tem mais coerência que a versão "Era igual", não concorda?
Por favor, não use o argumento de que não vai ler toda a bobagem que escrevi, acho deselegante.