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Brasil coloca centenas de refugiados sírios no Bolsa Família

Sgt. Kowalski

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Brasil coloca centenas de refugiados sírios no Bolsa Família

Reprodução/BBC Brasil
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Ali diz que dinheiro que recebe do Bolsa Família dá para comprar comida e fraldas, 'mas só isso'
LUIZA BANDEIRA
DA BBC BRASIL EM LONDRES

14/10/2015 11h26

O programador Ali*, de 34 anos, era um homem rico na Síria. Ganhava US$ 4 mil (cerca de R$15 mil) por mês, tinha carro e foi um dos melhores alunos de sua pós-graduação.

"Aqui no Brasil, sou pobre", conta ele, que se mudou há um ano e sete meses para o país sul-americano fugindo da guerra civil.

Sem renda, a solução foi recorrer a um programa criado originalmente para retirar brasileiros da miséria: o Bolsa Família.

Assim como ele, cerca de 400 imigrantes sírios que vieram para o Brasil estão no programa, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O número se refere a julho. A pasta não informou o valor específico recebido pelos sírios –o benefício médio do programa é de R$ 167 mensais por família.

Após facilitar a entrada de refugiados sírios, o Brasil passou a ser o país que mais recebeu pessoas desse grupo na América Latina.

Segundo dados do Ministério da Justiça, 2.097 refugiados sírios vivem no país atualmente– o maior grupo entre os 8.530 refugiados do Brasil, à frente dos angolanos, que são 1.480.

Mas, sem falar a língua e em meio à crise econômica, muitos deles –apesar de terem qualificação profissional– não conseguem emprego. O governo brasileiro, diferentemente de outros países, não tem um programa específico apenas para refugiados que ofereça diretamente ajuda financeira a eles.

O número de sírios no Bolsa Família tem crescido desde 2013, ano em que o Brasil facilitou a concessão de vistos.

Em dezembro daquele ano, sete famílias com pelo menos um sírio –ou cerca de 25 pessoas– estavam entre os beneficiários do programa. Hoje, são 163 famílias.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, responsável pelo programa, usa o número de famílias, e não de pessoas, para a comparação.

No total, 15.707 famílias com estrangeiros estão no programa.

Para Larissa Leite, da Cáritas-SP, que atende refugiados, o número de sírios incluídos fica abaixo do esperado.

"Principalmente no período da chegada, os sírios têm renda zero. É preciso analisar o que está acontecendo."

O secretário nacional de Renda de Cidadania do ministério, Helmut Schwarzer, diz acreditar que o número de sírios no programa irá crescer.

"Possivelmente a gente ainda vai ter algum aumento. À medida que a documentação das famílias for ficando pronta, que o direito de residência for concedido, pode ser que mais famílias solicitem o benefício."

LÍNGUA LATINA

Segundo a pasta, todo estrangeiro em situação regular no país pode ter acesso ao programa se atender os critérios para inclusão. "O Bolsa Família nunca teve um proibição de participação de estrangeiros. A lei não os distingue dos brasileiros", disse o secretário.

Para entrar no programa, é preciso que a família tenha renda mensal de até R$ 77 por pessoa ou de até R$ 154 se houver crianças ou adolescentes.

Ali*, que não quis ter o nome revelado porque não se sente confortável com sua situação, descobriu que podia entrar no programa com a ajuda de um vizinho.

Ele veio para o Brasil porque não queria fugir ilegalmente pelo mar (rumo à Europa), o que seria perigoso e o deixaria a mercê de traficantes de pessoas. Além disso, queria "um segundo país", e não "um lugar em que fosse ser tratado como refugiado para sempre."

Ficou em dúvida entre Turquia e Brasil, mas optou pelo último porque achou que aprender português, uma língua latina e com algumas palavras de origem árabe, seria mais fácil.

Para chegar ao país, gastou mais de US$ 10 mil (cerca de R$ 37 mil).

Ficou em um hotel quando chegou, mas suas economias estavam se esgotando muito rapidamente. Com isso, se mudou para um apartamento, onde soube do Bolsa Família.

Ali* ganha R$ 386 por mês para sustentar, além dele, a mulher e três filhos– que entraram em escolas brasileiras, uma das exigências do programa.

O valor é 2,5% do salário que recebia na Síria.

COMIDA E FRALDAS

Ali* diz que o dinheiro dá para comprar comida e fraldas. "Mas só para isso."

"O maior problema é pagar o aluguel. O Brasil deveria ter uma bolsa refugiado, porque o aluguel é muito caro aqui", diz ele.

A reclamação de falta de apoio é comum entre refugiados sírios.

"Mas tentamos fazer eles entenderem que a inclusão deve ser dentro da realidade local. Estamos em crise. Estamos todos em crise", diz Larissa Leite, da Cáritas-SP.

Larissa afirma, no entanto, que os valores do programa ficam abaixo da necessidade dos refugiados.

"A inclusão de refugiados no Bolsa Família é super positiva –sinal de que há um esforço manter igualdade. Mas, em algumas circunstâncias, essas pessoas precisam de apoio maior, porque não falam o idioma, não conhecem a realidade brasileira", diz ela.

"Não estamos defendendo qualquer tipo de diferenciação em relação à população brasileira. Mas se o Brasil tem compromisso de proteção, e essa proteção tem que ser na área social também", afirma.

O Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), ligado ao Ministério da Justiça, afirma que a assistência específica aos refugiados no país é feita por meio de repasses para Estados, municípios e organizações da sociedade civil que fornecem auxílio com moradia, aulas de português, cursos profissionalizantes, assistência jurídica e psicossocial e, se for preciso, ajuda financeira.

O Conare anunciou na semana passada a liberação de R$ 15 milhões de crédito extraordinário para assistência a refugiados e imigrantes. Além de serem enviados a estes parceiros, os recursos, de acordo com o órgão, também servirão para "consolidar uma rede de centros de referência e acolhida para imigrantes e refugiados".

SEM TEMPO PARA PLANOS

A inclusão de refugiados sírios no programa divide especialistas.

Sonia Rocha, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), acha que os refugiados não deveriam estar no Bolsa Família.

"Isso mascara o problema e tira o foco. Precisamos de mecanismos próprios para refugiados nas instituições", diz ela.

"A pobreza deles é temporária –a situação se aproxima muito mais daquela de quem perde o emprego e ganha o seguro-desemprego do que de quem é extremamente pobre e precisa de um programa de combate à miséria."

"É uma situação conjuntural, não estrutural."

Já a coordenadora do Centro de Estudos sobre Desigualdade e Desenvolvimento da Universidade Federal Fluminense, Celia Kerstenetzky, avalia que a situação deve ser vista no contexto da "mais profunda crise mundial de refugiados em décadas."

Para ela, como as condições são emergenciais e o Brasil não tem tradição de receber refugiados, "uma resposta imediata humanitária possível me parece ser sim incluir essas famílias no nosso principal programa público de transferência de renda."

"Não há tempo para planos e muita racionalidade", afirma.

"Os sírios podem ter boas oportunidades no mercado de trabalho no médio ou talvez até mesmo no curto prazo, mas enquanto elas continuarem dentro da faixa de renda prevista para o Bolsa Família, o benefício vai continuar sendo pago", conclui o secretário Helmut Schwarzer.
 

s0ier

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Juntem uma grana e vão pra um país melhor, sírios! Não criem raízes aqui. É o meu conselho.
Aliás, boa estadia, na medida do possível.
 

Bloodstained

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Até ler essa notícia, pensava que não era possível sentir ainda mais pena dos sírios. Eu estava enganado. :facepalm
 

Alberon

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Tipo, em mundo ideal seria lindo onde as pessoas fossem onde elas quisessem (sou até a favor disso).
Justamente por causa dessa denominação chamada País (territórios imaginários criados na base da guerra e morte é até uma redundância), que a humanidade não tem a liberdade de ir onde quiser.
O mundo ficaria até bem redistribuído.

Sou a favor dos sírios virem, mas o que complica nesse caso é que o dinheiro de outras pessoas, (não dessa corja imunda chamada governo/Estado, que se auto denominam donos do dinheiro público), ser usado contra vontade e sem permissão, para bancar a vinda desse pessoal da Síria.

Vai chegar um momento que tudo isso vai ficar insustentável, olhe lá se já não tiver.

E outra, esse Ali, não pode nem reclamar das condições dele aqui, por que ele "escolheu" o Brasil como opção.
Ou ele preferia estar no meio dos bombardeios lá na Síria?
 


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o que mata mais a guerra la ou bala perdida por aqui?
nada contra sirio ou estrangeiro algum, o que é foda é o governo fazendo marketing em cima dando o entender "olha é um pais porta abertas, nos dão até dinheiro de auxilio" Porem a pessoa chega aqui, perde toda economia com os atravessadores e no fim vai trabalhar de escravo de algum chines (só ver os bolivianos em confeções e agora angolanos vendendo produtos chines oculos/dvd/pen drive).
Se Mal o governo tem condição de dar o basico que é saude, educação e trabalho para quem é brasileiro que dira para uma pessoa na situação de refugiado. Trilhões que pagamos de impostos só vai para o bolso de alguns e o troco de bala vai pro marketing camuflado de assintencialismo e pros pão com mortadela que vemos por ai.
 

RodrigoviskRJ

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Eu sou totalmente favorável a ajudar as pessoas, sejam as nacionalidades delas quais forem.
Problema do Bolsa Família é que ele não é um programa pra refugiados. Nosso país nunca teve um programa nem pra imigrantes, imaginem pra refugiados. Usa-se o recurso em prol de uma boa causa mas de maneira equivocada, brasileiro adora remendar as coisas...

Enfim, sobre o próprio bolsa família, ele é um programa, extremamente, populista, que não garante a educação e o desenvolvimento do indivíduo nem dos seus... É muito triste saber que o dinheiro dos impostos são empregados para algo que não tem futuro. Rasgado, praticamente. Quando poderia ser muito bem utilizado para diminuir, DE VERDADE, a desigualdade social. Mas só é usado pra fazer demagogia... e isso vale pra qualquer político ou grupo político que esteja no comando.

Nosso país não é sério já dizia Charles De Gaulle.
 

Charrua

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Que queda o programador teve, hein
Ao menos fugiu da violência
 

Zaporozhets

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Oferecer auxílio com o idioma que é bom... O sujeito é qualificado, ainda por cima. Se pudesse estudar o português nem que fosse o mínimo necessário, conseguiria um emprego legal.
 

Alexandra Rodion

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"O maior problema é pagar o aluguel. O Brasil deveria ter uma bolsa refugiado, porque o aluguel é muito caro aqui", diz ele.
O Ali fala como se os próprios brasileiros não tivessem problema para pagar o aluguel. Ele saiu de um pesadelo e realmente ainda não se deu conta que veio para outro.
 

Ares1521

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Brasil manja de ter uma boa imagem no exterior, é tudo que posso concluir dessas coisas. Trocentos japoneses vieram pra cá procurando uma vida melhor a um tempo atrás, agora os Sírios... mal sabem o que fizeram antes de fazer. (embora a Síria tá realmente uma desgraça, se não tinha como ir para a Europa, melhor vir pro Br mesmo, mas tenho certeza que o cara não tinha a mínima ideia do que tava fazendo, se o cara tivesse tentado Canadá, Chile ou qualquer outra coisa teria se dado muito melhor).
E realmente um professor de português e algum auxilio para o cara voltar a trabalhar de programador, mesmo se fosse por um salário meio b*sta em uma empresa pequena de software, ajudaria muito mais o cara.

O foda que 80% do Brasil não entende que um programa social não é tão bom quanto a quantidade de pessoas que depende dele e sim tão bom quanto a quantidade de pessoas que conseguem parar de depender dele, ai o governo continua vendendo o bolsa família como mil maravilhas... seria muito melhor alguma "bolsa pobre no supletivo, curso tecnico ou procurando emprego" do que isso.
 

Bloodstained

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Brasil manja de ter uma boa imagem no exterior, é tudo que posso concluir dessas coisas. Trocentos japoneses vieram pra cá procurando uma vida melhor a um tempo atrás, agora os Sírios... mal sabem o que fizeram antes de fazer. (embora a Síria tá realmente uma desgraça, se não tinha como ir para a Europa, melhor vir pro Br mesmo, mas tenho certeza que o cara não tinha a mínima ideia do que tava fazendo, se o cara tivesse tentado Canadá, Chile ou qualquer outra coisa teria se dado muito melhor).
E realmente um professor de português e algum auxilio para o cara voltar a trabalhar de programador, mesmo se fosse por um salário meio b*sta em uma empresa pequena de software, ajudaria muito mais o cara.

O foda que 80% do Brasil não entende que um programa social não é tão bom quanto a quantidade de pessoas que depende dele e sim tão bom quanto a quantidade de pessoas que conseguem parar de depender dele, ai o governo continua vendendo o bolsa família como mil maravilhas... seria muito melhor alguma "bolsa pobre no supletivo, curso tecnico ou procurando emprego" do que isso.
Eu piro toda vez que o (des)governo enche o peito e sai bostejando pela boca os milhões de pessoas que foram acrescentados ao Bolsa Família, a cada ano que passa. Esse pensamento é, no mínimo, de uma mediocridade ímpar. Um estadista de respeito, jamais daria declarações desse tipo e há até um exemplo para comprovar isso:

1234402_10151868746973698_792942705_n.jpg

Essa questão dos refugiados incluídos no programa, inclusive, me fez recordar de uma matéria que havia lido no início do ano passado (consegui localizá-la e vou deixar o link dela disponível para leitura aqui), que já apontava inúmeras falhas, além de ressaltar claramente a imbecilidade na qual consiste celebrar a elevação constante do número de beneficiários.
 

xDoom

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Jájá estarão em manifestações pró governo.
 

Beren_

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Eu sinceramente acho uma vergonha o Brasil aceitar tao facilmente estrangeiros como residentes sem ter o minimo de condicoes basicas de vida para os próprios nativos. Ficando portanto tanto os nativos quanto os estrangeiros em pessima condicao.
Nõa me entendam errado, nao sou xenofobico nem nada. Eh apenas que da um sentimento ruim de que voce trouxe visita para casa e sua casa ta vazia e bagunçada ao mesmo tempo. Banheiro entupido, cozinha sem teto, sala sem sofá.

Pior. Que aposto que quem permite isso tem planos de no futuro deixar estrangeiros votarem, seja por naturalização facilitada ou outra manobra semelhante. Para tentar usar o fator "gratidao" como moeda de barganha.

Ainda querem que num pais desses o povo seja patriota.
 
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