[DemitidOS] A Ditadura das Redes Sociais na Entrevista de Emprego

[-Mauricio]

O meu Facebook está desativado desde 2016, exclui o meu Twitter em 2015 e utilizei o Instagram somente por alguns meses (acredito que em 2014), pois não vi nada de útil naquilo. No Google ninguém encontra os meus atuais e-mails, porém o meu nome completo pode ser visto por causa do Diário Oficial. Os vídeos que comentei ou favoritei no Youtube, bem como os marcados como gostei ou para assistir mais tarde, somente eu posso visualizar.
Eu não tenho a mínima dúvida de que os recrutadores bisbilhotam as redes sociais dos outros. Primeiro porque eles ouvem muita mentira, conversam com pessoas diferentes (desde as mais humildes até as estrelinhas) e, por serem humanos, sentem até atração ou inveja de certos candidatos.
Agora, aquela história da empresa recusar o poliglota principalmente porque ele trocou três vezes de emprego nos últimos seis anos já mostra que a empresa não tem futuro. As empresas que mais crescem são justamente as mais dinâmicas e menos preconceituosas com esses tipos de profissionais que permanecem pouco tempo no mesmo emprego ou empresa).

 

[LHand]

Se isso não é liberdade, então liberdade não existe ou não é possível. A não ser que você me diga uma alternativa viável do que seria liberdade de fato.

Cara, liberdade é eu não ser obrigado a obedecer ordens de alguém que eu não gosto pra tirar meu sustento. É eu poder mandar uma banana pra uma empresa que seleciona candidatos por causa de postagens do Facebook e - utilizando meus próprios méritos - poder abrir uma concorrente sem me preocupar com alvarás, patentes e outras regulações estatais. É eu poder produzir e comercializar o que quiser e pra quem eu quiser - desde que isso não agrida os outros. É eu poder correr o risco de ficar um tempo sem lucro - porque é utópico acreditar que isso é uma coisa fácil pra quem está começando - e não sofrer sanções estatais por não poder pagar impostos.

Eu não acho que seja inviável. Mas não é fácil.

 

[Flame Vicious]

Liberdade é eu não ser obrigado a obedecer ordens de alguém que eu não gosto pra tirar meu sustento. É eu poder mandar uma banana pra uma empresa que seleciona candidatos por causa de postagens do Facebook e - utilizando meus próprios méritos - poder abrir uma concorrente sem me preocupar com alvarás, patentes e outras regulações estatais. É eu poder produzir e comercializar o que quiser e pra quem eu quiser - desde que isso não agrida os outros. É eu poder correr o risco de ficar um tempo sem lucro - porque é utópico acreditar que isso é uma coisa fácil pra quem está começando - e não sofrer sanções estatais por não poder pagar impostos.

Eu não acho que seja inviável. Mas não é fácil.

Mas aí quem te impede é o estado, e não o capitalismo, como você propôs lá em cima.

Tirando a parte de poder correr riscos sem lucro por tempo indeterminado. Pode-se fazer isso por um tempo, mas não por tempo indeterminado. Isso aí é utópico mesmo sem o estado.

 

[LHand]

Mas aí quem te impede é o estado, e não o capitalismo, como você propôs lá em cima.

Não existe capitalismo sem Estado.

Tirando a parte de poder correr riscos sem lucro por tempo indeterminado. Pode-se fazer isso por um tempo, mas não por tempo indeterminado. Isso aí é utópico mesmo sem o estado.

Não falei que era por tempo indeterminado.

 

[Vim do Futuro]

Acho que o único mandamento seria:
- não seja um babaca na internet.

Enviado do servidor da Umbrella Corp usando Tapatalk

Ou isso.

 

[Flame Vicious]

Não existe capitalismo sem Estado.


Não falei que era por tempo indeterminado.

Por que não existe?

Lembrando que capitalismo não engloba somente grandes empresas, mas médias e pequenas também.

 

[LHand]

Por que não existe?

Lembrando que capitalismo não engloba somente grandes empresas, mas médias e pequenas também.

Capitalismo não é sinônimo de livre-mercado, nem de liberdade.

O nosso mundo - que nós chamamos de capitalista - está longe de ser livre. Como falei, não dá pra chamar de livre um mundo em que, por exemplo, um patrão pode determinar sob coerção o comportamento dos empregados em assuntos extra-profissionais e fora de sua propriedade.

Um hipotético mundo sem Estado seria tão diferente - e provavelmente tão livre - que nem daria mais pra chamar de capitalista.

 

[Dark Goomba]

Eu colocaria uma câmera na minha casa onde seria o local de trabalho dela e não na vida dela

Não existe esse negócio de meia liberdade, ou tu acredita ou não
Eu acredito então não vou ficar tirando ela de ninguém

A pessoa tem total liberdade para colocar ou não colocar a "câmera" (redes sociais) na sua vida. A partir do momento que ela decide "filmar" e compartilhar qualquer bobagem de forma PÚBLICA, deve estar ciente de que outros talvez não simpatizem com o que foi alí postado.

No caso da babá, ou vc não tem filho, ou vc é um pai extremamente irresponsável (desculpe a sinceridade). A câmera no quarto vai te mostrar algo que já aconteceu e vc quer justamente evitar isso.

 

[Dig Joy]

Só colocar o perfil privado... É difícil?

Uma faca pode fazer uma ótima comida, ou pode matar alguém. Depende de quem está usando.
O problema não são as redes sociais, são a pessoas que usam ela.
Não tem segredo.

 

[da19x]

São regras estabelecidas pelos mesmos indivíduos que querem profissionais com 10 anos de experiência, graduado, especialista em tudo e com no máximo 25 anos.

São os mesmos que induzem as empresas a selecionarem candidatos com competências muito além do salário a ser pago (tipo um salário mínimo para graduado e bilingue).

São os mesmos que fazem dinâmicas que beiram ao ridículo para supostamente selecionar os melhores profissionais.

Também são os mesmos que consideram os que não participam de redes sociais como potenciais psicopatas antissociais, mesmo que essas redes sejam ambientes tóxicos e antiprodutivos.

E agora que querem que os funcionários estejam disponíveis full time para a empresa, tendo que se policiar para não falar nada publicamente que supostamente possa afetar como ela é vista profissionalmente. A questão aqui é que ninguém é realmente o que mostra nas redes sociais (vide Instagram). Acaba sendo mais um critério extremamente superficial para julgar as competências/perfil de algum candidato.

Infelizmente, apesar de achar as ideias ridículas, todos temos que nos sujeitar a elas enquanto estivermos atuando como empregados. A era da liberdade na internet acabou e vai ser daí para pior.

 

[Biroliro]

Mas essa não é justamente uma das funções do facebook? Ora, se eu não quero ninguém estranho xeretando o meu perfil no facebook, a atitude mais sensata que eu deveria tomar é não criar um.
No entanto, eu também não concordo com essa atitude tomada pelas empresas de avaliar seus candidatos pelas redes sociais, uma vez que as atitudes do empregado devem ser avaliadas dentro do local de trabalho e não fora dele. Afinal, o que o caráter tem haver com a competência? Se o caráter do indivíduo estiver atrapalhando os serviços prestados na empresa, dele ou o de um outro empregado, aí medidas devem ser tomadas. Caso contrário, é incompetência da empresa e não do empregado. Ou seja, uma atitude como essa não irá ajudar a empresa a selecionar os candidatos mais competentes, apenas ajudará a puxar um pouco de lingüiça para os internautas esquerditas, que acreditam que todos aqueles que pensam diferente deles são "facistas". Enfim, é o opróbrio da sociedade. Arranjar um emprego já era algo aborrecido, e agora irà se tornar ainda mais. É o fim da picada.

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