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GTA IV, Isabella e a quase-realidade
Se você se interessa pela diversão eletrônica deve estar com o sono prejudicado, na espera por Grand Theft Auto IV, que será lançado em 29 de abril nos EUA e em 5 de maio no Brasil.
Esqueça Halo 3 e outros títulos grandiosos. A fronteira dos games está na série GTA, principalmente por sua influência na sociedade. O tema é polêmico - controlar um fora-da-lei numa cidade quase-real, um sandbox para nossos impulsos mais escondidos. É possível matar, roubar, atropelar, ou apenas passear, a pé ou motorizado, e explorar a interação proporcionada pela Rockstar, criadora da série.
GTA pode e deve ser comparado a outros produtos culturais com temáticas violentas, como filmes, livros e programas de televisão. Causa reações inflamadas porque lida com a simulação da realidade. No sofá ou no tapete de casa, o usuário é convidado a encarnar o personagem bandido, longe da passividade experimentada em outras mídias. Mas como tenho escrito, The Sims é potencialmente tão violento como GTA, e tem censura livre…
O prefeito de Nova York criticou o game, que tem sua Liberty City inspirada na big apple. O líder da cidade “mais segura dos EUA não apóia qualquer videogame no qual você ganha pontos para machucar ou matar policiais”, disse Michael Bloomberg, dono da estação de notícias que fatura com repetições incessantes de atos violentos, que sempre aumentam o ibope. Em Chicago, a empresa de transportes públicos cancelou um contrato de publicidade de IV em ônibus.
A Justiça não se cansa em cercear a liberdade de expressão na diversão eletrônica. No Brasil, Counter Strike, Carmaggedon e outros já foram vítimas. Nos EUA a série GTA é a principal vilã, mas recentemente um jogo baseado no massacre de Columbine também foi censurado, desta vez pelo próprio mercado.
Imagine um jogo baseado no assassinato da menina Isabella, que há semanas domina o notíciario brasileiro. Causaria uma polêmica sem precedentes, provavelmente maior que a tépida discussão sobre os detalhes mórbidos repetidos dia e noite na TV, jornais e revistas - e que serão ampliados em especiais e livros futuros.
Quer uma sugestão sincera? Compre o game e chame seu filho para jogar com você. Observe sua reação, converse se for preciso, mostrando que o controle e os gráficos são apenas ‘representações’ da realidade. Parecido como quando ele quer assistir a um filme de terror. Guarde a preocupação para os tiroteios no horário nobre ou o vidro aberto no sinal de trânsito.
futuro.vc
Se você se interessa pela diversão eletrônica deve estar com o sono prejudicado, na espera por Grand Theft Auto IV, que será lançado em 29 de abril nos EUA e em 5 de maio no Brasil.
Esqueça Halo 3 e outros títulos grandiosos. A fronteira dos games está na série GTA, principalmente por sua influência na sociedade. O tema é polêmico - controlar um fora-da-lei numa cidade quase-real, um sandbox para nossos impulsos mais escondidos. É possível matar, roubar, atropelar, ou apenas passear, a pé ou motorizado, e explorar a interação proporcionada pela Rockstar, criadora da série.
GTA pode e deve ser comparado a outros produtos culturais com temáticas violentas, como filmes, livros e programas de televisão. Causa reações inflamadas porque lida com a simulação da realidade. No sofá ou no tapete de casa, o usuário é convidado a encarnar o personagem bandido, longe da passividade experimentada em outras mídias. Mas como tenho escrito, The Sims é potencialmente tão violento como GTA, e tem censura livre…
O prefeito de Nova York criticou o game, que tem sua Liberty City inspirada na big apple. O líder da cidade “mais segura dos EUA não apóia qualquer videogame no qual você ganha pontos para machucar ou matar policiais”, disse Michael Bloomberg, dono da estação de notícias que fatura com repetições incessantes de atos violentos, que sempre aumentam o ibope. Em Chicago, a empresa de transportes públicos cancelou um contrato de publicidade de IV em ônibus.
A Justiça não se cansa em cercear a liberdade de expressão na diversão eletrônica. No Brasil, Counter Strike, Carmaggedon e outros já foram vítimas. Nos EUA a série GTA é a principal vilã, mas recentemente um jogo baseado no massacre de Columbine também foi censurado, desta vez pelo próprio mercado.
Imagine um jogo baseado no assassinato da menina Isabella, que há semanas domina o notíciario brasileiro. Causaria uma polêmica sem precedentes, provavelmente maior que a tépida discussão sobre os detalhes mórbidos repetidos dia e noite na TV, jornais e revistas - e que serão ampliados em especiais e livros futuros.
Quer uma sugestão sincera? Compre o game e chame seu filho para jogar com você. Observe sua reação, converse se for preciso, mostrando que o controle e os gráficos são apenas ‘representações’ da realidade. Parecido como quando ele quer assistir a um filme de terror. Guarde a preocupação para os tiroteios no horário nobre ou o vidro aberto no sinal de trânsito.
futuro.vc