A Nissan deu mais um passo para tornar a tecnologia SOFC viável para produção em escala industrial. A montadora japonesa fechou uma nova parceria com o IPEN, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares.
O objetivo é aprimorar o sistema de Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC), tornando-o mais eficiente e reduzindo seu tamanho. Longe do hidrogênio líquido, a tecnologia da marca nipônica usa o bioetanol como combustível.
Em vez de dispor de um complexo, caro e perigoso sistema de armazenamento, distribuição e abastecimento de hidrogênio, o SOFC usa o etanol vendido nos postos em células de combustível para tracionar o veículo.
Na nova parceria, serão executados projetos para “avaliar e viabilizar diferentes componentes e torná-los adequados para uso em possíveis projetos em escala comercial”, segundo a Nissan.
Um dos pontos principais do acordo é integrar o reformador com as células de combustível, o que reduz o tamanho do sistema e também aumenta sua eficiência.
Airton Cousseau, presidente da Nissan Mercosul e diretor-geral da Nissan do Brasil, diz: “Seguimos avançando com as pesquisas e esse novo acordo representa um novo passo do projeto global de Célula de Combustível de Óxido Sólido da Nissan, que também é muito interessante para o Brasil, por se encaixar perfeitamente na nossa matriz energética. Pelo conhecimento técnico das instituições brasileiras, como o IPEN, as parcerias locais são fundamentais para contribuir com a iniciativa global da marca”.
Wilson Calvo, superintendente do IPEN, comenta: “Esse Acordo de Inovação firmado com a Nissan é mais uma demonstração da nossa excelência e do nosso compromisso institucional em prol da sociedade, promovendo a transformação do conhecimento científico em produtos e serviços de valor agregado ao mercado. O IPEN/CNEN tem a inovação em sua visão. Além disso, abriga a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo (USP/IPEN-CIETEC) que conta, atualmente, com 93 startups, consolidando um ecossistema de inovação e empreendedorismo”.
O SOFC instalado na van Nissan e-NV200 tinha autonomia acima de 600 km com tanque de 30 litros de etanol, o que dava em torno de 20 km/l.
Contudo, o avanço no desenvolvimento dessa tecnologia deve reduzir ainda mais esse consumo. O interessante era que, mesmo assim, o veículo podia funcionar com até 55% de água na mistura.
