O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


O recuo do populismo na Europa

Wolf.

Canis lupus
VIP
Mensagens
6.541
Reações
19.635
Pontos
1.049
macron.jpg



O segundo turno das eleições legislativas na França no próximo domingo deverá reforçar uma tendência que se desenha com clareza desde a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos: o desempenho aquém do esperado, nos países europeus, de partidos ligados à extrema-direita nacional-populista, de discurso contrário ao “globalismo” e aos imigrantes, em especial muçulmanos.

Em vez de se tornar o principal partido de oposição, plano original de Marine Le Pen, a Frente Nacional (FN) francesa não deverá fazer mais de 10 deputados na Assembleia Nacional, num total de 577 – e só tem chance real mesmo em seis distritos. O partido La République En Marche (LREM), do presidente Emmanuel Macron, deverá eleger pelo menos 415, de acordo com as projeções.

Um levantamento publicado pelo estatístico Nate Silver constatou que a FN repete a trajetória traçada desde dezembro passado por partidos de programa semelhante em cinco outros países europeus: Reino Unido, Finlândia, Bulgária, Holanda e Áustria. Nas oito eleições analisadas por Silver, os populistas apresentaram nas urnas resultado inferior ao previsto. A tabela abaixo mostra o desempenho nas urnas e, entre parêntesis, a média das pesquisas:

Áustria (04/12) 46,2% (50,7%) – FPO
Holanda (15/03) 13,1% (14,6%) – PVV
Bulgária (26/03) 9,1% (10,2%) – Patriotas Unidos
Finlândia (09/04) 8,8% (10,2%) – Finns
França (23/04) 21,3% (22,3%) – FN
França (07/05) 33,9% (39,4%) – FN
Reino Unido (08/06) 1,8% (4,0%) – Ukip
França (11/06) 13,2% (17,6%) – FN

Depois de ganhar corpo em vários países e de ter atingido o ápice no plebiscito em que os britânicos decidiram abandonar a União Europeia (UE), o nacional-populismo vive, portanto, um momento de recuo. SIlver também confirmou esse movimento na Alemanha, onde o populista Alternativa para a Alemanha (AfD) tem caído nas sondagens para as eleições de setembro. Ele o associa à influência da péssima imagem que Trump desfruta no continente. “A eleição de Trump pode ter representado a crista do movimento populista, em vez do início de uma onda nacionalista”, escreve no FiveThirtyEight.

Em sua análise, Silver esquece alguns fatores relevantes. O primeiro é um refluxo na onda terrorista. Não que os ataques tenham cessado – basta lembrar que o Reino Unido foi alvo de três atentados graves só este ano. Mas o terrorismo parece ter perdido um pouco de seu poder de alimentar o discurso de ódio. A economia continua a ser a principal preocupação do eleitor europeu.

A Zona do Euro entrou, já há alguns meses, num período de recuperação. “Há ainda um caminho pela frente, mas estamos passando por uma reativação de crédito e vendo uma predominante recuperação do mercado doméstico”, disse ontem a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. O FMI deverá rever para cima suas projeções para o crescimento na Europa.

Há, enfim, uma novidade na cena europeia: Emmanuel Macron. “Ele oferece uma resposta nova ao descontentamento popular que varreu as democracias europeias”, escreve a Economist em editorial. Em vez do discurso populista e nacionalista, ele defende o liberalismo, tanto no campo econômico quanto nos costumes.

Quer abertura de mercados e fronteiras, mas acredita que o Estado deve prestar assistência e proteger aqueles cujos empregos são ameaçados por ela. Defende leis trabalhistas mais flexíveis para reduzir o desemprego, pretende reformar a Previdência e diminuir o peso do Estado francês na economia.

Macron sairá neste domingo com um mandato forte para implementar um programa em tudo diferente ao defendido pelos populistas europeus e por Trump nos Estados Unidos. Apostará na integração ainda maior com a UE e pretende reforçar os laços com a Alemanha de Angela Merkel. As expectativas podem frustrar os eleitores. Mas é a esperança projetada por Macron, mais que a repulsa por Trump, que comove hoje o eleitor europeu.

http://g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/post/o-recuo-do-populismo-na-europa.html
 

100 FISTS

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
9.930
Reações
53.766
Pontos
703
Deixar milhares de imigrantes entrar sem nenhum controle não deixa de ser populismo também.
 

sparcx86_GHOST

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
26.774
Reações
18.254
Pontos
784
porra os caras resumem todos os problemas europeus a crises imigratórias. isto não tem nada a ver, o mundo entrou em colapso depois de 2008 todos os que estavam fora do Brasil nessa epoca sabem muito bem do que estou falando.
Não tem nada a ver com porra de guerra na Siria, isso é fichinha, o capitalismo movimenta somas de dinheiro incríveis e o que houve mesmo foi uma crise financeira que até hoje se arrasta por estas terras.
O problema é muito mais sério que meia dúzia de imigrante que aliás já foram barrados na Turquia.
 
Topo Fundo