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Os três delegados envolvidos na Operação Satiagraha - Protógenes Queiroz, Karina Murakami Souza e Carlos Eduardo Pelegrini Magro - informaram ao Juiz Federal Fausto de Sanctis e ao Procurador Geral da República Rodrigo de Grandis que foram obrigados pela direção da Polícia Federal a deixar as investigações.
O delegado classificado de "descontrolado" pelo advogado de Daniel Dantas e membro da Executiva Estadual PT São Paulo, Luiz Eduardo Greenhalgh, em conversa telefônica gravada com o chefe do gabinete pessoal do presidente Lula. Gilberto Carvalho, Protógenes Queiroz, não comanda mais a Operação Satiagraha.
Delegado Protógenez Queiroz
Os três delegados envolvidos na Operação Satiagraha - Protógenes Queiroz, Karina Murakami Souza e Carlos Eduardo Pelegrini Magro - informaram ao juiz federal Fausto de Sanctis e ao procurador-geral da República Rodrigo de Grandis que foram obrigados pela direção da Polícia Federal a deixar as investigações. De acordo com a Polícia Federal, porém, os delegados vão deixar as investigações por pedidos deles mesmos, e por motivos pessoais.
Protógenes Queiroz, que comanda a Operação Satiagraha, teria informado aos superiores que precisa participar de um curso superior de polícia, que é obrigatório a cada dez anos de carreira. Ele chegou a entrar na Justiça para garantir o direito de se matricular neste curso. O delegado já vinha fazendo parte do curso à distância, desde março. Na próxima segunda-feira (21), começa a parte que precisa da presença do aluno, e que dura 30 dias. Nesta quarta-feira (16), ele ouvirá o depoimento do banqueiro Daniel Dantas.
Segundo a assessoria da Polícia Federal, o delegado Protógenes comunicou na segunda-feira (14), em reunião na superintendência da PF em São Paulo, que não pretende retornar ao caso que culminou na Operação Satiagraha depois do curso. A Polícia Federal não explica o motivo.
A delegada Karina pediu para ser transferida para a corregedoria da Polícia Federal. Ela participava das investigações com Protégenes Queiroz há três meses. O outro delegado, Eduardo Pelegrini, foi emprestado para a Operação Satiagraha.
Depoimento
Nesta terça-feira (15) à tarde, Humberto Braz , um dos presos pela Operação Satiagraha, foi levado à PF de São Paulo e não respondeu a nenhuma pergunta por orientação de seus advogados.
Depois, Braz foi levado para um presídio no interior do estado, que tem celas para presos com nível superior.
Humberto Braz, assessor do banqueiro Daniel Dantas, é acusado de corrupção ativa.
Ele aparece em imagens com Hugo Chicarone, também preso, tentando subornar um delegado federal para que ele retirasse o nome de Dantas das investigações de crimes financeiros.
Na quarta-feira (16) a PF tenta pela segunda ver ouvir Daniel Dantas. Na semana passada, ele não respondeu as perguntas também por orientação da defesa, que alegou falta de tempo para ler os autos do inquérito.
O advogado de Dantas, Nélio Machado, disse nesta terça que o banqueiro vai depor. Mas pode não responder a todas perguntas. "Ele vai responder as indagações que correspondam a alguma coisa que tenha razoabilidade, ele não vai entrar no caminho de discutir a absurdeza, o dispropósito," disse.
E negou qualquer participação de seu cliente no episódio de suborno a um delegado federal. "Jamais fez recomendação nesse sentido, estou tranqüilo em relação a este episódio," garantiu o advogado.
Operação
A Operação Satiagraha foi deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira da semana passada (8). Foram presos o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário Naji Nahas. Eles são acusados de crimes financeiros e de desvio de verbas públicas. No mesmo dia, a polícia também cumpriu 17 mandados de prisão em quatro cidades e 58 ordens de busca e apreensão.
Dantas foi solto na quinta-feira (10), depois de um habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mas foi preso novamente no mesmo dia. Pitta e Nahas foram soltos na sexta-feira (11). O banqueiro obteve outro habeas corpus e saiu da carceragem da Polícia Federal também na sexta.
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Por Dantas, Greenhalgh pede ajuda a amigo de Lula
Os grampos telefônicos colhidos pela Polícia Federal na Operação Satiagraha indicam que o ex-deputado federal Sigmaringa Seixas (PT-DF), amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi tratado como "a melhor pessoa" para montar "uma estratégia de aproximação" entre o Palácio do Planalto e o banqueiro Daniel Dantas.
A avaliação surge de conversa telefônica gravada no dia 16 de maio entre Sigmaringa e o também ex-deputado federal petista Luiz Eduardo Greenhalgh, apontado pela PF como defensor dos interesses de Dantas no governo.
No grampo, Greenhalgh relata a Sigmaringa conversa que teria tido com uma pessoa que, indicam as circunstâncias, seria Dantas. "Eu estou convencido [de que], para o que eles querem, você é a melhor pessoa, entendeu? Pelo menos pra conversar, pra sentir, pra ver uma estratégia de aproximação."
Deputado federal por três mandatos, Sigmaringa é freqüentador da casa de Lula.
Apesar de os dois ex-deputados não se referirem a nomes no diálogo gravado, Greenhalgh faz a seguinte descrição do interessado na "aproximação". "O cara vai pegar o que ele vendeu e vai cantar noutro lugar, entendeu? Vai tentar, ele tá começando outra vida pô, vamos ver." Dantas negociou, nesse período, a venda de sua parte na Brasil Telecom por um valor superior a US$ 1 bilhão.
À Folha o ex-deputado Sigmaringa Seixas disse que Greenhalgh lhe pediu apenas para tentar descobrir, nos tribunais de Brasília, se havia alguma investigação contra Dantas.
"Ele nunca me pediu qualquer tipo de aproximação. Você não vai encontrar nenhuma conversa minha, com quem quer que seja do governo, sobre isso", disse Sigmaringa.
Após a Folha lembrar que Greenhalgh menciona o termo "estratégia de aproximação", Sigmaringa diz não ter feito o que foi pedido, mas depois afirma que não se lembra exatamente do que foi dito.
"Eu disse que não faria, entendeu, eles queriam que eu..., eu disse que não faria, foi isso que eu fiz. Eu liguei para o Greenhalgh, "bom, não tem como ver, só posso ver se existe na Justiça de Brasília". (...) Eu não sabia que o Greenhalgh estava procurando qualquer outro tipo de aproximação, mas eu não o estou criticando."
Mais adiante, Sigmaringa acrescentou: "Você tem perguntar ao Greenhalgh o que ele quis dizer com isso ["estratégia de aproximação"]. Eu nem me lembro da conversa".
Porém Sigmaringa fez questão de defendê-lo: "Ele [Greenhalgh] agiu como advogado. Ele [Dantas] o contratou para tentar intermediar um entendimento com os outros grupos, e isso naturalmente passava por órgãos do governo."
Greenhalgh disse apenas que "não há nada" no diálogo que comprometa Sigmaringa.
O delegado classificado de "descontrolado" pelo advogado de Daniel Dantas e membro da Executiva Estadual PT São Paulo, Luiz Eduardo Greenhalgh, em conversa telefônica gravada com o chefe do gabinete pessoal do presidente Lula. Gilberto Carvalho, Protógenes Queiroz, não comanda mais a Operação Satiagraha.
Delegado Protógenez Queiroz
Os três delegados envolvidos na Operação Satiagraha - Protógenes Queiroz, Karina Murakami Souza e Carlos Eduardo Pelegrini Magro - informaram ao juiz federal Fausto de Sanctis e ao procurador-geral da República Rodrigo de Grandis que foram obrigados pela direção da Polícia Federal a deixar as investigações. De acordo com a Polícia Federal, porém, os delegados vão deixar as investigações por pedidos deles mesmos, e por motivos pessoais.
Protógenes Queiroz, que comanda a Operação Satiagraha, teria informado aos superiores que precisa participar de um curso superior de polícia, que é obrigatório a cada dez anos de carreira. Ele chegou a entrar na Justiça para garantir o direito de se matricular neste curso. O delegado já vinha fazendo parte do curso à distância, desde março. Na próxima segunda-feira (21), começa a parte que precisa da presença do aluno, e que dura 30 dias. Nesta quarta-feira (16), ele ouvirá o depoimento do banqueiro Daniel Dantas.
Segundo a assessoria da Polícia Federal, o delegado Protógenes comunicou na segunda-feira (14), em reunião na superintendência da PF em São Paulo, que não pretende retornar ao caso que culminou na Operação Satiagraha depois do curso. A Polícia Federal não explica o motivo.
A delegada Karina pediu para ser transferida para a corregedoria da Polícia Federal. Ela participava das investigações com Protégenes Queiroz há três meses. O outro delegado, Eduardo Pelegrini, foi emprestado para a Operação Satiagraha.
Depoimento
Nesta terça-feira (15) à tarde, Humberto Braz , um dos presos pela Operação Satiagraha, foi levado à PF de São Paulo e não respondeu a nenhuma pergunta por orientação de seus advogados.
Depois, Braz foi levado para um presídio no interior do estado, que tem celas para presos com nível superior.
Humberto Braz, assessor do banqueiro Daniel Dantas, é acusado de corrupção ativa.
Ele aparece em imagens com Hugo Chicarone, também preso, tentando subornar um delegado federal para que ele retirasse o nome de Dantas das investigações de crimes financeiros.
Na quarta-feira (16) a PF tenta pela segunda ver ouvir Daniel Dantas. Na semana passada, ele não respondeu as perguntas também por orientação da defesa, que alegou falta de tempo para ler os autos do inquérito.
O advogado de Dantas, Nélio Machado, disse nesta terça que o banqueiro vai depor. Mas pode não responder a todas perguntas. "Ele vai responder as indagações que correspondam a alguma coisa que tenha razoabilidade, ele não vai entrar no caminho de discutir a absurdeza, o dispropósito," disse.
E negou qualquer participação de seu cliente no episódio de suborno a um delegado federal. "Jamais fez recomendação nesse sentido, estou tranqüilo em relação a este episódio," garantiu o advogado.
Operação
A Operação Satiagraha foi deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira da semana passada (8). Foram presos o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário Naji Nahas. Eles são acusados de crimes financeiros e de desvio de verbas públicas. No mesmo dia, a polícia também cumpriu 17 mandados de prisão em quatro cidades e 58 ordens de busca e apreensão.
Dantas foi solto na quinta-feira (10), depois de um habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mas foi preso novamente no mesmo dia. Pitta e Nahas foram soltos na sexta-feira (11). O banqueiro obteve outro habeas corpus e saiu da carceragem da Polícia Federal também na sexta.
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Por Dantas, Greenhalgh pede ajuda a amigo de Lula
Os grampos telefônicos colhidos pela Polícia Federal na Operação Satiagraha indicam que o ex-deputado federal Sigmaringa Seixas (PT-DF), amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi tratado como "a melhor pessoa" para montar "uma estratégia de aproximação" entre o Palácio do Planalto e o banqueiro Daniel Dantas.
A avaliação surge de conversa telefônica gravada no dia 16 de maio entre Sigmaringa e o também ex-deputado federal petista Luiz Eduardo Greenhalgh, apontado pela PF como defensor dos interesses de Dantas no governo.
No grampo, Greenhalgh relata a Sigmaringa conversa que teria tido com uma pessoa que, indicam as circunstâncias, seria Dantas. "Eu estou convencido [de que], para o que eles querem, você é a melhor pessoa, entendeu? Pelo menos pra conversar, pra sentir, pra ver uma estratégia de aproximação."
Deputado federal por três mandatos, Sigmaringa é freqüentador da casa de Lula.
Apesar de os dois ex-deputados não se referirem a nomes no diálogo gravado, Greenhalgh faz a seguinte descrição do interessado na "aproximação". "O cara vai pegar o que ele vendeu e vai cantar noutro lugar, entendeu? Vai tentar, ele tá começando outra vida pô, vamos ver." Dantas negociou, nesse período, a venda de sua parte na Brasil Telecom por um valor superior a US$ 1 bilhão.
À Folha o ex-deputado Sigmaringa Seixas disse que Greenhalgh lhe pediu apenas para tentar descobrir, nos tribunais de Brasília, se havia alguma investigação contra Dantas.
"Ele nunca me pediu qualquer tipo de aproximação. Você não vai encontrar nenhuma conversa minha, com quem quer que seja do governo, sobre isso", disse Sigmaringa.
Após a Folha lembrar que Greenhalgh menciona o termo "estratégia de aproximação", Sigmaringa diz não ter feito o que foi pedido, mas depois afirma que não se lembra exatamente do que foi dito.
"Eu disse que não faria, entendeu, eles queriam que eu..., eu disse que não faria, foi isso que eu fiz. Eu liguei para o Greenhalgh, "bom, não tem como ver, só posso ver se existe na Justiça de Brasília". (...) Eu não sabia que o Greenhalgh estava procurando qualquer outro tipo de aproximação, mas eu não o estou criticando."
Mais adiante, Sigmaringa acrescentou: "Você tem perguntar ao Greenhalgh o que ele quis dizer com isso ["estratégia de aproximação"]. Eu nem me lembro da conversa".
Porém Sigmaringa fez questão de defendê-lo: "Ele [Greenhalgh] agiu como advogado. Ele [Dantas] o contratou para tentar intermediar um entendimento com os outros grupos, e isso naturalmente passava por órgãos do governo."
Greenhalgh disse apenas que "não há nada" no diálogo que comprometa Sigmaringa.