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Mais uma noite em claro, tendo que me refugiar na cozinha de casa, cujas estrutura, portas e janelas estremecem por longas horas em que não posso usufruir de um dos direitos mais básicos: dormir e descansar.
Não vejam o termo "funkeiros" do título como uma generalização. Ele está no título porque:
- funk é o instrumento utilizado para desrespeitar, ofender, agredir e violar direitos, espaços, privacidades e pudores das pessoas.
- a maior parte dos adeptos do gênero tem essa atitude, muitos dos quais são bandidos, vagabundos e gente da pior espécie.
- não estou acusando isoladamente o gênero "funk" [que considero péssimo em todos os aspectos práticos e conceituais possíveis], estou acusando as pessoas que fazem questão de, deliberadamente, utilizá-lo para incomodar e agredir [sim, agredir] pessoas alheias.
Tudo o que pude fazer foi levar meu notebook para a cozinha e escrever mais este desabafo com relação a esse problema absurdo, em que pessoas do mesmo nível social, muitas vezes compartilhando com seus "vizinhos de bairro" dos mesmos problemas cotidianos e corriqueiros do dia a dia, resolvem reservar uma noite inteira para, literal e deliberadamente, não só incomodar [pois pra eles é pouco], mas também desrespeitar, agredir e impedir a possibilidade de que se tenha paz para desempenhar qualquer atividade dentro de sua própria casa, desde dormir, ler um livro, assistir tevê a até mesmo conversar com alguém.
A fonte do som fica a 2 quadras da minha casa, mas parece que o som está sendo produzido em cima dela, logo acima dos quartos. Começa com 1 carro com som altíssimo e bem agressivo. Logo mais são 2 e em menos de uma hora 3 ou 4 carros soltando isso no limite do volume. Há muitos efeitos de impacto vocálico e sonoro no funk, feitos justamente para causarem impacto e ecoar pelo ar. Os sons graves se encarregam de causar a propagação física que faz até casas bem distantes da fonte sonora estremecerem. Juntamente, ficam repetindo uma palavra de no máximo duas sílabas de forma contínua, acompanhado de uma corneta extremamente aguda e estridente e o "tchu tchá" infinito feito com batidas de metal no asfalto ou vozes claramente agressivas em tom de ódio.
Tudo isso simultaneamente executado por horas numa profusão de caos que só se explica pela clara intenção de querer chamar a atenção agredindo covardemente pessoas comuns que não conhecem, mas contra as quais devem nutrir muito ódio. Não encontro outra explicação que não essa. Nessas horas você vê a enorme quantidade de gente que não presta se aglomerando para apoiar a manifestação. Logo surgem dezenas de motos passando pelo meio do público, estourando o escapamento e acelerando irritantemente o motor para ajudar no inferno e caos sonoro. Tristeza ainda maior é assistir a defesa disso como "cultura das periferias" de forma equivocada e impositiva. Algo que é claramente criminoso de inúmeras formas e que deveria evidentemente ser proibido e punido com muito mais rigor.
Antes, tínhamos a criminalidade com todos os seus malefícios, mas tínhamos o direito de dormir, sair na rua e utilizar o espaço civil e público sem essa ditadura sonora e física. Agora, temos a criminalidade com ainda mais malefícios, além de só podermos dormir dentro da própria casa se essa escória permitir. Legal é que se aquele morador igualmente pobre, mas honesto, trabalhador e respeitador reclamar, é "recalque, inveja, preconceito". São neste momento 04:10 da madrugada e ainda estou aqui escrevendo e pensando desde 23:50 da noite de ontem. Tem agora 3 carros demolindo tudo com a parafernália sonora mais barulhenta que se possa imaginar. Acordo cedo, trabalho e estudo a semana inteira e já volto pra casa com medo de não ter permissão de funkeiro pra dormir.
Vejo neles a intenção de agredir e "se vingar" daquelas pessoas humildes e decentes que deram certo na vida. É uma coisa indescritível o que esses ratos de esgoto fazem. Muitos têm escola, moradia e família, por mais humildes que sejam esses elementos. É uma questão pessoal de cada um, de escolhas, de lutas e personalidade. Da mesma escola pública de ensino precário sai tanto aquele que dá certo e respeita os outros como sai também aquele que abandona os estudos e depois vai chorar que não teve educação e oportunidades. Tento evitar ao máximo certos sentimentos de desprezo e consigo em alguns casos. Mas não vejo como apenas a ausência de educação e melhores condições de vida possam incentivar comportamentos tão hostis, agressivos e criminosos numa pessoa.
Vejo nesse comportamento algo grave, com raiz na índole, uma necessidade constante de provocação, desrespeito e agressão. Não é nunca uma atitude de completa inocência intelectual. Não vai adiantar eu postar aqui vídeos desses funk putaria berrantes como exemplo, pois só iria servir para exacerbar o ego de alguns aqui. Me espanta e me preocupa demais a disposição que essa gente tem pra fazer o máximo de barulho possível por mais de 7 horas ininterruptamente numa noite, um funk grudado no outro, tocados ao mesmo tempo, todos vociferados aos berros, com efeitos os mais agudos e irritantes possíveis, repetições sintetizadas infinitas, uma harmonia que sequer é compreensiva, cornetas aleatórias que soam como apito de cachorro de tão agudas e estridentes, tudo no volume máximo do máximo como se ninguém mais existisse no mundo ... Vejo prazer em saberem que estão transgredindo, agredindo, incomodando.
A forma como tudo isso é conduzido não pode ser apenas apreciar um "estilo". O funk é agressivo no conceito, na forma e na prática. Se diz perseguido, mas persegue e agride por excelência. Só pode ser algo surgido para incomodar e desrespeitar sob a pele e a desculpa de novo gênero de música popular. Me desculpem aqueles que gostam ou apreciam de alguma forma, mas perde ponto comigo qualquer pessoa que se disponha a ouvir isso. A quem é funkeiro assumido não consigo sentir mais do que desprezo. É muito por causa de fatos absurdos de desrespeito e violência como esses que funkeiros geralmente são mal vistos por muitas pessoas.
Tento e sempre vou tentar ficar na minha e respeitar, mas é tarefa cada vez mais difícil. Aí alimenta-se o estereótipo cada vez mais justificado de que funkeiro é gente que não me conhece, mas faz questão de cuspir na minha cara por horas e horas de forma covarde sempre que quer. E a mentalidade do enorme número de pessoas que sustentam esses "artistas" e dão like em vídeo de YouTube pra eles só faz perpetuar e agravar esse tipo de problema, aumentando a violência e fomentando o ódio velado. Entendo que hoje, com maior acesso à informação, tecnologia e comunicação, teríamos condições muito melhores do que antigamente de ficar cada um na sua e respeitar o outro. Mas parece que não. É justamente o contrário. Pode parecer exagero da minha parte, mas hoje NADA me preocupa mais do que isso. Tudo que tenho mais medo todo santo final de semana a partir da sexta-feira é que a bandidagem daqui resolva fazer pancadão.
Tenho medo de assalto, violência, muita coisa, mas a minha paranoia maior hoje é essa porque o dano é muito grande. Vejam que a essa altura eu não perdi só a noite, mas o domingo inteiro também. Sempre tenho que cancelar um monte de coisa, durmo mal, passo o dia com os olhos vermelhos e de mau humor. Acabo não tendo cabeça pra nada. É por essas e muitas outras que surge e se desenvolve esse sentimento de ódio. Hoje se fico sabendo que "fulano" curte um funk já o deleto imediatamente do meu círculo de contatos ou possíveis amizades. O comportamento característico de funkeiros geraram em mim ojeriza por esse tipo de gente. Respeito os muito poucos funkeiros que me respeitam, mesmo achando o gênero uma tragédia social. Mas não falo nem "bom dia" para a grande maioria vagabunda apreciadora desse gênero nojento. E sinto que nunca vou sequer olhar na cara de funkeiro pelo resto da vida.
Bom, são agora exatamente 05:36 da manhã e o inferno continua impunemente.
Não vejam o termo "funkeiros" do título como uma generalização. Ele está no título porque:
- funk é o instrumento utilizado para desrespeitar, ofender, agredir e violar direitos, espaços, privacidades e pudores das pessoas.
- a maior parte dos adeptos do gênero tem essa atitude, muitos dos quais são bandidos, vagabundos e gente da pior espécie.
- não estou acusando isoladamente o gênero "funk" [que considero péssimo em todos os aspectos práticos e conceituais possíveis], estou acusando as pessoas que fazem questão de, deliberadamente, utilizá-lo para incomodar e agredir [sim, agredir] pessoas alheias.
Tudo o que pude fazer foi levar meu notebook para a cozinha e escrever mais este desabafo com relação a esse problema absurdo, em que pessoas do mesmo nível social, muitas vezes compartilhando com seus "vizinhos de bairro" dos mesmos problemas cotidianos e corriqueiros do dia a dia, resolvem reservar uma noite inteira para, literal e deliberadamente, não só incomodar [pois pra eles é pouco], mas também desrespeitar, agredir e impedir a possibilidade de que se tenha paz para desempenhar qualquer atividade dentro de sua própria casa, desde dormir, ler um livro, assistir tevê a até mesmo conversar com alguém.
A fonte do som fica a 2 quadras da minha casa, mas parece que o som está sendo produzido em cima dela, logo acima dos quartos. Começa com 1 carro com som altíssimo e bem agressivo. Logo mais são 2 e em menos de uma hora 3 ou 4 carros soltando isso no limite do volume. Há muitos efeitos de impacto vocálico e sonoro no funk, feitos justamente para causarem impacto e ecoar pelo ar. Os sons graves se encarregam de causar a propagação física que faz até casas bem distantes da fonte sonora estremecerem. Juntamente, ficam repetindo uma palavra de no máximo duas sílabas de forma contínua, acompanhado de uma corneta extremamente aguda e estridente e o "tchu tchá" infinito feito com batidas de metal no asfalto ou vozes claramente agressivas em tom de ódio.
Tudo isso simultaneamente executado por horas numa profusão de caos que só se explica pela clara intenção de querer chamar a atenção agredindo covardemente pessoas comuns que não conhecem, mas contra as quais devem nutrir muito ódio. Não encontro outra explicação que não essa. Nessas horas você vê a enorme quantidade de gente que não presta se aglomerando para apoiar a manifestação. Logo surgem dezenas de motos passando pelo meio do público, estourando o escapamento e acelerando irritantemente o motor para ajudar no inferno e caos sonoro. Tristeza ainda maior é assistir a defesa disso como "cultura das periferias" de forma equivocada e impositiva. Algo que é claramente criminoso de inúmeras formas e que deveria evidentemente ser proibido e punido com muito mais rigor.
Antes, tínhamos a criminalidade com todos os seus malefícios, mas tínhamos o direito de dormir, sair na rua e utilizar o espaço civil e público sem essa ditadura sonora e física. Agora, temos a criminalidade com ainda mais malefícios, além de só podermos dormir dentro da própria casa se essa escória permitir. Legal é que se aquele morador igualmente pobre, mas honesto, trabalhador e respeitador reclamar, é "recalque, inveja, preconceito". São neste momento 04:10 da madrugada e ainda estou aqui escrevendo e pensando desde 23:50 da noite de ontem. Tem agora 3 carros demolindo tudo com a parafernália sonora mais barulhenta que se possa imaginar. Acordo cedo, trabalho e estudo a semana inteira e já volto pra casa com medo de não ter permissão de funkeiro pra dormir.
Vejo neles a intenção de agredir e "se vingar" daquelas pessoas humildes e decentes que deram certo na vida. É uma coisa indescritível o que esses ratos de esgoto fazem. Muitos têm escola, moradia e família, por mais humildes que sejam esses elementos. É uma questão pessoal de cada um, de escolhas, de lutas e personalidade. Da mesma escola pública de ensino precário sai tanto aquele que dá certo e respeita os outros como sai também aquele que abandona os estudos e depois vai chorar que não teve educação e oportunidades. Tento evitar ao máximo certos sentimentos de desprezo e consigo em alguns casos. Mas não vejo como apenas a ausência de educação e melhores condições de vida possam incentivar comportamentos tão hostis, agressivos e criminosos numa pessoa.
Vejo nesse comportamento algo grave, com raiz na índole, uma necessidade constante de provocação, desrespeito e agressão. Não é nunca uma atitude de completa inocência intelectual. Não vai adiantar eu postar aqui vídeos desses funk putaria berrantes como exemplo, pois só iria servir para exacerbar o ego de alguns aqui. Me espanta e me preocupa demais a disposição que essa gente tem pra fazer o máximo de barulho possível por mais de 7 horas ininterruptamente numa noite, um funk grudado no outro, tocados ao mesmo tempo, todos vociferados aos berros, com efeitos os mais agudos e irritantes possíveis, repetições sintetizadas infinitas, uma harmonia que sequer é compreensiva, cornetas aleatórias que soam como apito de cachorro de tão agudas e estridentes, tudo no volume máximo do máximo como se ninguém mais existisse no mundo ... Vejo prazer em saberem que estão transgredindo, agredindo, incomodando.
A forma como tudo isso é conduzido não pode ser apenas apreciar um "estilo". O funk é agressivo no conceito, na forma e na prática. Se diz perseguido, mas persegue e agride por excelência. Só pode ser algo surgido para incomodar e desrespeitar sob a pele e a desculpa de novo gênero de música popular. Me desculpem aqueles que gostam ou apreciam de alguma forma, mas perde ponto comigo qualquer pessoa que se disponha a ouvir isso. A quem é funkeiro assumido não consigo sentir mais do que desprezo. É muito por causa de fatos absurdos de desrespeito e violência como esses que funkeiros geralmente são mal vistos por muitas pessoas.
Tento e sempre vou tentar ficar na minha e respeitar, mas é tarefa cada vez mais difícil. Aí alimenta-se o estereótipo cada vez mais justificado de que funkeiro é gente que não me conhece, mas faz questão de cuspir na minha cara por horas e horas de forma covarde sempre que quer. E a mentalidade do enorme número de pessoas que sustentam esses "artistas" e dão like em vídeo de YouTube pra eles só faz perpetuar e agravar esse tipo de problema, aumentando a violência e fomentando o ódio velado. Entendo que hoje, com maior acesso à informação, tecnologia e comunicação, teríamos condições muito melhores do que antigamente de ficar cada um na sua e respeitar o outro. Mas parece que não. É justamente o contrário. Pode parecer exagero da minha parte, mas hoje NADA me preocupa mais do que isso. Tudo que tenho mais medo todo santo final de semana a partir da sexta-feira é que a bandidagem daqui resolva fazer pancadão.
Tenho medo de assalto, violência, muita coisa, mas a minha paranoia maior hoje é essa porque o dano é muito grande. Vejam que a essa altura eu não perdi só a noite, mas o domingo inteiro também. Sempre tenho que cancelar um monte de coisa, durmo mal, passo o dia com os olhos vermelhos e de mau humor. Acabo não tendo cabeça pra nada. É por essas e muitas outras que surge e se desenvolve esse sentimento de ódio. Hoje se fico sabendo que "fulano" curte um funk já o deleto imediatamente do meu círculo de contatos ou possíveis amizades. O comportamento característico de funkeiros geraram em mim ojeriza por esse tipo de gente. Respeito os muito poucos funkeiros que me respeitam, mesmo achando o gênero uma tragédia social. Mas não falo nem "bom dia" para a grande maioria vagabunda apreciadora desse gênero nojento. E sinto que nunca vou sequer olhar na cara de funkeiro pelo resto da vida.
Bom, são agora exatamente 05:36 da manhã e o inferno continua impunemente.
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