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[esquerdistas am cry]PM faz "virada da bala" na Cracolândia em SP e expulsa zumbis do local

Setzer1

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Pelo que entendi havia um plano pra desfazer a crackolandia com uma frente pela saúde e outra pela segurança.

Alguém cago e ando e pulo as partes iniciais do plano impedindo que o pessoal que da pra recuperar fosse retirado. Agora SP ta cheia de mini crackolandias porque não aprendendo os erros de 2012 não reforçou a área nesses locais nem teve nenhuma politica sobre o que fazer com os sem tetos e drogados.

Eu li o texto do Ronin sobre como resolveram em NY e dava sim pra resolver quase igual no Brasil. Mesmo com leis diferentes.

Mas isso exige uma combinação do Estado com a Prefeitura que claramente ta defeituosa no minimo, mas eu diria que esquizofrênica é mais apropriado.

Coisas como criar um tribunal com juízes só pra isso da pra fazer, ja agilizando julgamentos de 1º e 2º instancia. isso foi feito na copa por exemplo.
Policia podia separar policiais e treina-los por uns meses ja preparando-os para como proceder. (aqui é mais teamwork e um pouco de social que realmente treinar algo absurdo).
Saúde reservava pessoal e já preparava as instalações pra receber os drogados e por em moradias. Tirando eles das ruas e assim impedindo que se espalhem.
E tb combinar com o MP. Ja pra evitar qualquer discussão.
E por fim, ae sim, isola, demoli tudo e mantém a área sobre patrulha pra impedir retorno até obras privadas começarem no local.

E mais algumas medidas.

Separando os recursos com antecedência, e coisa de 6 meses - 1 ano preparando daria pra implementar a medida e ter recursos reservas pra rapidamente fechar qualquer buraco que resta-se. Com a população removida por digamos 1 ano. A área ja estaria revitalizada e não daria pra repetir a cracolândia.

Duvido que metade tenha sido feito em 5 meses. Resultado está ae. Repetição de 2012. Governo não tinha pra onde mandar os usuários e maioria dos traficantes presos foi peixe pequeno, não cabeças.

Em resumo: A porra do governo estadual/prefeitura tinha que se reunir com todas as partes interessadas, traçar um plano e implementar.

Mas no Brasil as instituições não conversam entre si. MP, Saúde, Segurança etc funcionam cada um no seu mundo e vivem atropelando um ao outro.

Faz aquelas birras entre agencias americanas parecer brincadeira de criança.


PS: O que eu falei obviamente sai mega caro. Mas ao menos resolve de 1 vez ao invés de tentar gastar os recursos a conta gotas e no fim não resolver. E fecha logo a porta pra criticas pq foi tudo feito com aval de todas as agencias desarmando grupos interesseiros.

Pq a Crackolandia tb serve a interesses de terceiros.
Tem protesto pra abusos que ta ok. Mas tem gente que ta protestando pq ta sendo pago pelo trafico pra isso.


Pra mim é a mesma coisa das UPP. Só que versão paulista.
UPP é outro projeto que ia dar super certo mas foi feito pela metade e agora ta na UTI vivendo por aparelhos.
 

Ennis

Bam-bam-bam
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Tbm nao sou a favor de pena capital para dependente, mas sim pra traficante. Mas sou a favor de internação a força. Quando uma pessoa tem problemas mentais, o que fazem com ela? Intermam num sanatório, num hospício. E vício em qualquer droga é o que senão um desiquilibrio mental? Onde a pessoa perde o controle da sua vida em nome de um desejo. Logo, tem que internar, do mesmo modo qie se faz com gente louca.
 

Coffinator

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É 'hipocrisia' criticar ação policial sem conhecer a realidade da cracolândia, diz psicóloga
Thiago Guimarães - @thiaguima Da BBC Brasil em São Paulo

A psicóloga Clarice Madruga, de 39 anos, conhece bem o cotidiano da cracolândia de São Paulo. Nos últimos cinco anos, atuou na capacitação de equipes do governo estadual que atuam na região e coordenou pesquisas que traçaram o perfil dos usuários de drogas da área.

Para ela, há "hipocrisia" em algumas críticas à operação policial de combate ao tráfico que nesta semana dispersou usuários e o "feirão da droga" que funcionava no local.

"É uma hipocrisia. As pessoas de repente discutem direitos humanos em relação a uma ação da polícia, mas do crime ninguém fala. Como se a cracolândia fosse um parque de diversões: estavam todos brincando de roda quando chegou uma operação maligna", afirma a professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Madruga diz que "todos os direitos humanos possíveis e imagináveis" já estavam sendo desrespeitados com a ação de traficantes que, segundo ela, dominam com "tirania" os dependentes químicos na região.

"Vi crianças sendo espancadas, com braço e perna quebrados, porque não seguiram alguma regra. Vi usuário vindo à tenda (do programa Recomeço, estadual) para pedir intervenção e ser esfaqueado lá dentro porque estava devendo", conta Madruga, para quem a violência desses grupos recrudesceu neste ano.

Nesta semana, a BBC Brasil publicou entrevista com o neurocientista Carl Hart, professor da Universidade de Columbia (EUA) que estuda drogas há 20 anos e já visitou o Brasil e a cracolândia de São Paulo. Hart avaliou a ação policial como prova de "falta de compaixão" dos governos municipal e estadual, que estariam "fazendo política com pessoas".

Para Clarice Madruga, que tem mestrado em neurociências e em psicologia com ênfase em dependência química, é preciso ver o que ocorrerá daqui em diante para julgar o sucesso da ação policial, que ela considerava inevitável.

"Claro que é ruim ter que fazer esse tipo de operação. Óbvio que é preciso ter agentes de saúde e assistência social antes de considerar aquilo como problema de polícia, mas da forma como estava não vejo outra alternativa para tentar quebrar aquele ciclo", diz ela, lembrando que a ação da polícia ocorreu sem confrontos e feridos graves, diferentemente de intervenções no passado recente.

"Uma ação que claro que é desespeitosa, é a polícia. Não acompanhei a operação, sei que foram truculentos, que houve desrespeito, mas ninguém fala dos absurdos que estavam ocorrendo lá. É chocante pensar que foi preciso chegar onde chegou. Aquelas cenas (da ação policial) que para todo mundo são chocantes, de fato são, mas chocam menos que as cenas vividas dentro da cracolândia", completa.

'Erros da prefeitura'
Apesar de rebater críticas à operação policial, a professora diz ver equívocos nas políticas anticrack da gestão João Doria (PSDB), sobretudo no pedido à Justiça, feito nesta semana, de autorização para fazer internações contra a vontade dos dependentes químicos.

Para ela, o erro está na solicitação, feita por Doria, de uma espécie de autorização coletiva, sem necessidade de análise individual pelo Judiciário. Atualmente, cada caso de internação compulsória deve ser respaldado por laudo médico e autorizado de modo individualizado pela Justiça.

"Ninguém em sã consciência pode concordar com isso. Duvido que (o prefeito) consiga levar isso adiante, haverá todo tipo de bloqueio", afirma. Ministério Público de São Paulo, por exemplo, já declarou que o pedido de Doria pode motivar uma "caçada humana".

A divulgação da intenção da prefeitura de internar viciados contra à vontade, segundo ela, também já prejudica a situação das equipes que estão em campo tentando acolher os dependentes que se dispersaram, que ficaram mais arredios. "É terrível que tenha sido falado de internação em massa, porque isso boicotou as tentativas de abordagem social, de acolhimento."

"Sou absolutamente contrária a essa ideia e espero que prevaleça o trabalho preventivo de reinserção social tão necessário para que a coisa funcione", afirma Madruga.

A Prefeitura de São Paulo diz que o pedido de internação é "apenas mais um instrumento para atender às pessoas". "Nenhum médico será obrigado a realizar internações compulsórias e não há nenhuma ação da prefeitura no sentido de internação em massa", informou a gestão.

A administração disse ainda que agentes de assistência social e saúde realizaram "mais de 5 mil abordagens e 2.445 acolhimentos" desde a operação policial, e que já está em funcionamento na região uma base com capacidade para atender 80 pessoas por dia, com dois psiquiatras de plantão em regime de 24 horas.

Perfil da cracolândia
Madruga foi orientadora de um estudo realizado para o programa Recomeço por alunos da especialização em dependência química da Unifesp entre maio e junho de 2016 que buscou identificar o perfil e o histórico de consumo de drogas dos frequentadores da cracolândia.

A pesquisa estimou que havia à época cerca de 700 usuarios frequentando a região, dos quais 107 foram entrevistados.

Entre os entrevistados, prevaleciam homens (79%) com idade média de 34 anos, desempregados (72%), moradores de rua (68%) e com ensino fundamental incompleto (46%). Destacou-se o consumo de tabaco (86%), álcool (83%), crack (76%), maconha (70%) e cocaína (59%).

Cerca de 30% dos participantes relataram já ter sofrido overdose. Doenças contagiosas confirmadas também foram alvo de perguntas - 20,6% apontaram sífilis, 11,2% tuberculose e 5,6%, HIV. Mais da metade (56%) relatou prática recente de sexo sem proteção e 57,9% disseram ter tido pensamentos suicidas. E 71% manifestaram desejo de deixar de usar crack.

Para Madruga, após o choque inicial pelas cenas degradantes, é possível constatar, pela vivência no local, que há colaboração e laços comunitários entre as pessoas. "Você vê que tem uma comunidade ali, com personalidades. Há churrascos, sambas", conta.

'Falhas no Braços Abertos'
Embora não seja contrária às chamadas políticas de redução de danos, princípio que inspirou o programa Braços Abertos, iniciativa da gestão Fernando Haddad (PT) extinta por Doria, Madruga afirma que a ação petista era uma "boa ideia" que fracassou por falhas de planejamento e execução.

"A ideia da varrição, por exemplo, não funcionou (dependentes ganhavam R$ 15 por dia da prefeitura se trabalhassem em atividades como varrição e jardinagem). No final praticamente ninguém varria nada e todo o dinheiro ia para comprar droga", afirma ela, para quem a escalada da violência atual dificultava o trabalho social na região.

"Muitos usuários não conseguiam sair (da cracolândia) porque deviam para o tráfico", afirma.

A pesquisadora também vê problemas em pesquisa de avaliação do Braços Abertos que no ano passado entrevistou 80 beneficiários e apontou impacto positivo na vida de 95% dos usuários e que duas em cada três pessoas tinham reduzido o consumo.

"A pesquisa tem limitações metodológicas sérias. Pegaram só (frequentadores da cracolândia) que estavam dentro do programa, que eram 20% do total. Entrevistaram só 10% desse total e há um viés de seleção na amostra, pois entrevistaram quem já estava em uma situação melhor", diz.

A Plataforma Brasileira de Política de Drogas, que conduziu a pesquisa sobre o Braços Abertos, rebate as críticas. Diz que o estudo foi preliminar e visava analisar o impacto entre beneficiários, e que não procede a afirmação de que foram entrevistados apenas quem havia melhorado a situação do vício.

Diz que houve ainda uma etapa qualitativa, com entrevistas sobre a vida dos usuários, e que o trabalho foi independente, financiado por recursos internacionais e sem "nenhum tipo de comprometimento com a gestão municipal".

Possíveis saídas
Sobre a atual dispersão da cracolândia por diversos pontos de São Paulo, a professora da Unifesp diz considerar que agora é o momento crucial para tentar buscar e reinserir esses usuários na sociedade. Ela diz que funcionários do tráfico já se movimentam na praça Princesa Isabel, para onde a maior parte dos usuários espalhados pela ação de domingo se deslocou.

"Os dependentes não irão dizer que é um alívio dormirem espalhados porque o crack não está mais na mão deles, mas na verdade eles saíram da tirania a que eram submetidos lá", afirma, apontando ter notado reforço, pela prefeitura, das equipes de assistência social.

"Tem que ser ação social intensa. Notei um aumento das equipes (depois da ação policial), gente com menos experiência de abordagem a usuários, mas pelo menos conseguiram colocar gente lá com uma intenção. É fazer alguma coisa enquanto o sistema (de domínio do tráfico) se desmantelou um pouco", afirma.
 

Damyen

Lenda da internet
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Justiça aceita pedido de internação compulsória para usuários de drogas da Cracolândia
Pedido de tutela de urgência foi feito pela Prefeitura de SP na última quarta-feira (24). Ministério Público diz que vai recorrer da decisão.

A Justiça aceitou na noite desta sexta-feira (26) o pedido da Prefeitura de São Paulo para internação compulsória de usuários de crack, ou seja, à força, pelo prazo de 30 dias. O Ministério Público diz que irá recorrer da decisão.

A decisão foi do juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública. O processo segue em segredo de Justiça.

A Procuradoria do Município entrou com pedido de tutela de urgência na última quarta-feira (24). O pedido foi feito após uma operação policial no último domingo (21) que prendeu 53 pessoas na região da Cracolândia.

O G1 obteve acesso à decisão. No texto, o juiz autoriza a “abordagem individualizada somente das pessoas maiores de 18 anos, sexo masculino ou feminino, pelos agentes de saúde e serviço social da municipalidade, com acompanhamento da guarda municipal.”

O juiz diz ainda que a abordagem pode ocorrer caso “avaliação imediata pelo médico psiquiatra e elaboração do laudo respectivo com proposta ou não de internação compulsória, ou outro encaminhamento médico que se fizer necessário.”

Migliano Neto encerra a decisão com o terceiro ponto “no caso de se concluir pela internação compulsória, observados os requisitos legais, inclusive com nomeação de curador, deverá ser pleiteada a internação imediata ao juízo, comunicando-se imediatamente a Defensoria Pública, para devido acompanhamento e providências.”

De acordo com o secretário de Negócios Jurídicos, Anderson Pomini, as pessoas em situação de "drogadição" poderão ser abordadas por uma equipe multidisciplinar e encaminhadas a um médico municipal que vai avaliar se o dependente tem a necessidade de ser internado compulsoriamente.

Ainda de acordo com Pomini, ha três possibilidades de internação: voluntária, voluntária a partir de solicitação de parentes e a compulsória. Ele informou, também, que a equipe responsável pela internação compulsória deverá ser multidisciplinar.

"Através da formação de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, assistentes sociais, serão convidados profissionais da Defensoria Pública, representantes do Ministério Público, dos direitos humanos, da sociedade organizada e, obviamente, da presença, se for o caso, da Segurança Pública do estado", disse Pomini, na última quarta.

Os usuários de crack devem ser encaminhados para casas de recuperação que fazem parte do projeto Recomeço, o programa do governo estadual de combate à dependência de drogas.

http://g1.globo.com/sao-paulo/notic...ara-dependentes-quimicos-da-cracolandia.ghtml



Isso ainda vai dar muito pano para manga.
 
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