Vários pontos:
Ele assinou o contrato sem multa. Agora ele viu uma proposta melhor e quer sair. É só isso e ponto. Ele assinou quando foi conveniente a ele e quer sair por ter achado uma oferta e perspectiva melhor. Não há nada não profissional nisso.
E ponto errado: O pedido de transferência é muito comum na Inglaterra, justamente devido a falta da cláusula de rescisão nos contratos de lá. É só pensar: se existem uma cláusula e o jogador x quer sair pro clube y, ele só precisa dizer ao clube y para pagar a multa. Agora se não possui esse critério, ele deve avisar ao clube z, seu atual, que gostaria de ser negociado, fazendo com que o mercado "note" que ele quer se desligar do clube e ir para outro time, fazendo com que estes mandem propostas. E novamente, não é antiprofissional: apesar de não ter efeito legal no contrato é a forma mais respeitosa que o jogador tem de dizer publicamente para o clube e os torcedores que ele não quer estar lá. A outra forma é faltar treino, cagar pro clube, etc.
A lista de jogadores que usaram isso é extensa, como Gerrard, Rooney, Suárez, Fernando Torres, o zagueiro Stones que foi pro City. Aliás, o Liverpool é envolvido em várias dessas, o que pode ser um indicador da sua incapacidade de "reter" jogadores.
E sim, ambos os casos se parecem. Os dois assinaram contratos polpudos (em relação aos anteriores) e meses depois viram propostas melhores e quiseram sair. O menino Ney usou a forma que estava a seu alcance pra sair, e o menino Couto a que está a seu alcance pra dizer que quer sair. Se ele "deu" poder ao Liverpool e agora deseja ir embora, acontece, o mercado mudou, uma vaga ficou pronta pra ele em um dos "melhores" times do mundo, que pode trazer a ele conquistas pessoais que o Liverpool não pode. No máximo é possível dizer que ele se precipitou em deixar sem cláusula, mas considerando o mercado inglês, nem dá pra dizer que foi um erro.