Doctor Kafka
A Solitary Man
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8 de setembro de 1996. Ameaçado pelo “Domingo Legal” no ibope, o “Domingão do Faustão” resolveu, nas palavras de seu próprio apresentador, “enveredar pelo sensacionalismo”.
Portador da Síndrome de Seckel, patologia que impõe, entre outros transtornos, a microcefalia, o retardo mental e o nanismo, Rafael Pereira dos Santos surgiu no Teatro Fênix com pinta de grande atração. Ou salvação.
Bigode pintado a lápis, sapatos de festa nos pés e roupa preta no corpo, o capixaba de 15 anos permaneceu aproximadamente 40 minutos no palco. Interagiu com Faustão e Caçulinha, serviu de escada para as piadas do ‘Café com Bobagem’ e performou, ao lado do cantor Latino, a coreografia da música “Te Namorar”.
Com médias entre 20 e 25 de pontos de audiência na faixa das 15h30 às 19h00, o “Domingão” saltou para a casa dos 30 ao explorar a enfermidade do adolescente. Quase empatou, no ranking das atrações mais vistas daquela semana, com os últimos capítulos da novela “Quem é Você?”. E ficou a apenas 7 pontos do “Jornal Nacional”.
A abordagem espalhafatosa da atração chamou atenção do Juizado de Menores e dos telespectadores que conheceram Rafael em outra ocasião, de outra maneira.
Página 169 de “Nada Mais Que A Verdade – A Extraordinária História do jornal Notícias Populares”, livro de Celso de Campos Jr, Denis Moreira, Giancarlo Lepiani e Maik Rene Lima
A chamada “O pequeno menino ET” na capa do “Notícias Populares” de 10 de maio de 1990, reproduzida acima, traduziu apenas o espírito do jornal, pai do diário carioca “Meia-Hora”.
A história, levada aos leitores pelo repórter Wagner Costa, destacava os dramas decorrentes da Síndrome de Seckel, mas sempre descrevia Rafael como um menino “carinhoso”, “feliz”, “valente” e “decente”. Escolha descrita pelos autores de “Nada Mais Que A Verdade – A Extraordinária História do jornal Notícias Populares” como uma tentativa de “fazer que o menino nunca fosse visto como uma aberração pelos leitores”.
Três dias após a exibição da edição circense do “Domingão”, Faustão disse à Folha de São Paulo que teve “dúvidas” se deveria colocá-lo em cena e cobrou “parâmetros” para a briga de audiência, pois “o vale tudo não vai nos levar a lugar nenhum”. Catorze meses depois, exibiu o “Sushi Erótico”.
http://teleguiado.portalvox.com/gra...os.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter
Portador da Síndrome de Seckel, patologia que impõe, entre outros transtornos, a microcefalia, o retardo mental e o nanismo, Rafael Pereira dos Santos surgiu no Teatro Fênix com pinta de grande atração. Ou salvação.
Bigode pintado a lápis, sapatos de festa nos pés e roupa preta no corpo, o capixaba de 15 anos permaneceu aproximadamente 40 minutos no palco. Interagiu com Faustão e Caçulinha, serviu de escada para as piadas do ‘Café com Bobagem’ e performou, ao lado do cantor Latino, a coreografia da música “Te Namorar”.
Com médias entre 20 e 25 de pontos de audiência na faixa das 15h30 às 19h00, o “Domingão” saltou para a casa dos 30 ao explorar a enfermidade do adolescente. Quase empatou, no ranking das atrações mais vistas daquela semana, com os últimos capítulos da novela “Quem é Você?”. E ficou a apenas 7 pontos do “Jornal Nacional”.
A abordagem espalhafatosa da atração chamou atenção do Juizado de Menores e dos telespectadores que conheceram Rafael em outra ocasião, de outra maneira.
Página 169 de “Nada Mais Que A Verdade – A Extraordinária História do jornal Notícias Populares”, livro de Celso de Campos Jr, Denis Moreira, Giancarlo Lepiani e Maik Rene Lima
A chamada “O pequeno menino ET” na capa do “Notícias Populares” de 10 de maio de 1990, reproduzida acima, traduziu apenas o espírito do jornal, pai do diário carioca “Meia-Hora”.
A história, levada aos leitores pelo repórter Wagner Costa, destacava os dramas decorrentes da Síndrome de Seckel, mas sempre descrevia Rafael como um menino “carinhoso”, “feliz”, “valente” e “decente”. Escolha descrita pelos autores de “Nada Mais Que A Verdade – A Extraordinária História do jornal Notícias Populares” como uma tentativa de “fazer que o menino nunca fosse visto como uma aberração pelos leitores”.
Três dias após a exibição da edição circense do “Domingão”, Faustão disse à Folha de São Paulo que teve “dúvidas” se deveria colocá-lo em cena e cobrou “parâmetros” para a briga de audiência, pois “o vale tudo não vai nos levar a lugar nenhum”. Catorze meses depois, exibiu o “Sushi Erótico”.
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