Jessicão, a feminista
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Eu ainda estou perplecta com a repercussão positiva que um filme retrógrado, violento e misógino como este pode ter na sociedade...
Será que as pessoes não percebem o quão prejudicial isso pode ser para as futuras gerações?
Pensando nisso, me reuni com as manas da ONG Unidas Pelos Pelôs e listamos os DEZ MOTIVOS pelos quais NÃO SE DEVE assistir ao filme "Thor -
Ragnarok" e assim conscientizar as pessoes sobre os planos do patriarcado.
Tomem nota:
1º - Durante todo o filme é dado visibilidade aos deuses nordicos, mas não há NENHUMA SÓ MENÇÃO às entidades das religiões de matriz africana.
2º - No filme as pessoes usam um arco-íris como PONTE. Visando incentivar as crianças a cometerem o ato homofóbico de PISAR em símbolos LGBTQ.
3º - O nome do herói foi feito estrategicamente para DESESTIMULAR a criação de uma versão trans do mesmo. Pois "Thora", não representaria as mulheres, mas sim um órgão genital do gênero privilegiado com diâmetro opressor. Ou seja, FALOCENTRISMO.
4º - A produção se mostrou totalmente TRANSFÓBICA quando não incluiu Liniker e os Caramelows na trilha sonora.
5º - O cabelo do Thor é cortado, fomentando PADRÕES ESTÉTICOS PATRIARCAIS que ditam que homens não podem ter cabelos compridos.
6º - Thor usa um martelo SEM A FOICE, transmitindo nas entrelinhas a mensagem de que, em algum momento de sua história, o "herói" vilipendiou o símbolo do comunismo. Ou seja, reacionário.
7º - "
Ragnarok" é um anagrama para "No Kagar" (do inglês "não cague"), frase de ordem que tenta REPRIMIR os protestos feministas.
8º - A antagonista é apresentada com vários chifres na cabeça, o que evidencia uma tentativa escancarada de DEMONIZAÇÃO DA IMAGEM DA MULHER na sociedade e normatiza a infidelidade dos homens.
9º - A vilã nunca é chamada pelo nome, mas sim pelo pronome pessoal "Hela". Como se o fato dela ser mulher, a torna INDIGNA de ser chamada pelo próprio nome.
10º - Seguindo a tendência elitista burguesa do filme "Logan" e "Guardiões da Galáxia", o roteiro de "Thor
Ragnarok" também IGNORA TOTALMENTE a questão do índio no Brasil.
#AtéQuando?