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Xingu sofre apagão médico e três crianças indígenas morrem em 11 dias

Doug.Exausto

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Não havia médicos na manhã de 2 de abril para atender Milena Kaiabi, que nascera na aldeia Paranaíta, no Parque Indígena do Xingu, norte de Mato Grosso. Com 4 dias de vida, a recém-nascida estava chorosa, febril e sem vontade de mamar, mas a enfermeira deslocada até a comunidade disse ser nada grave. A bebê morreria menos de um mês depois na cidade de Sinop (MT), a 200 km de distância, por suspeita de meningite.

Uma vítima da "confusão dos brancos". A expressão é usada por Mairawê Kaiabi, liderança indígena no Xingu, para retratar as políticas públicas para saúde indígena no Brasil.

A saída dos cubanos do programa Mais Médicos, em novembro do ano passado, e o corte de verbas da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ambas ocorridas após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, agravaram a já precária assistência nos territórios indígenas.

Os 7.500 índios das 16 etnias que vivem no Xingu ficaram sem médicos no início de novembro, quando Bolsonaro, então presidente eleito, propôs mudanças no programa Mais Médicos que não foram aceitas por Cuba. A saída dos médicos cubanos afetou diretamente o atendimento nas aldeias, pois dos 372 médicos que trabalhavam em terras indígenas, 301 eram cubanos, incluindo os seis do Xingu.

Além de médicos, faltam remédios como antibióticos e anestesias, o que compromete atendimentos básicos e demanda resgates aéreos, fluviais e terrestres até as cidades. O combustível também é insuficiente para as emergências. Por conta dos cortes, funcionários da saúde com salários atrasados abandonaram seus postos - ou trabalham voluntariamente.

As mortes de três bebês kaiabis no intervalo de 11 dias em abril revelam um alerta no cuidado da saúde de crianças indígenas. Jaqueline Kaiabi, de 2 meses, morreu de pneumonia no Hospital Geral de Cuiabá, após mais de um mês na espera por uma cirurgia cardíaca. Nare Pedro, de 2 anos, morreu após sua luta contra a desnutrição esbarrar em uma pneumonia maltratada. Já Milena viveu por apenas 28 dias. Se no parque indígena não havia médicos para ela, nas cidades mato-grossenses não havia vagas nos hospitais.

Pai de 23 anos perdeu filha bebê
Sentado sobre um saco de castanhas na aldeia onde Milena nasceu e está agora enterrada, Makatu Kaiabi, 23 anos, diz em voz baixa que não entende como perdeu a filha. Seu relato, no idioma kaiabi, é traduzido por um indígena que mora na região. Ao lado da mulher, Severina, 16, e do primogênito Tairu, 2, Makatu conta que a filha continuou "irritada" nos dias seguintes à consulta com a enfermeira.

A família decidiu então levar a recém-nascida até o polo Diauarum, referência de saúde no médio Xingu. Milena ficou internada por cinco dias, segundo o pai, sem passar por médicos nem por exames mais complexos. Sem diagnóstico.

Uma segunda enfermeira, recém-chegada ao Diauarum com a equipe de vacinação, reavaliou a bebê e pediu sua transferência imediata. Milena chegou a Sinop (MT) aos 11 dias de vida em estado grave, com infecção generalizada, segundo boletim médico.

Cortes na saúde
Os 7.500 índios das 16 etnias que vivem no Xingu ficaram sem médicos no início de novembro, quando Jair Bolsonaro, então presidente eleito, anunciou o fim da parceria que permitia a atuação de médicos cubanos no Brasil pelo programa Mais Médicos. A decisão do novo governo afetou diretamente o atendimento nas aldeias, pois dos 372 médicos que trabalhavam em terras indígenas, 301 eram cubanos, incluindo os seis do Xingu.

O Ministério da Saúde levou mais de cinco meses para contratar os seis novos médicos para o parque indígena, a maioria brasileiros formados no exterior. A Repórter Brasil apurou que um deles já desistiu da vaga e outro está afastado por licença médica, o que impactou o atendimento em Diauarum no início de abril, quando Milena esteve ali. Questionado, o Ministério da Saúde não confirma se há atualmente um médico no local. A pasta diz que, das 372 vagas, 354 estão ocupadas e 18 foram oferecidas no edital de maio do Mais Médicos.

A Sesai congelou parte dos recursos repassados aos 34 Distritos Sanitários Indígenas do país, responsáveis pela atenção primária aos 900 mil indígenas brasileiros. A justificativa para os cortes são suspeitas de corrupção em contratos de prestação de serviço, como superfaturamento em aluguel de carros e aviões.

Em 2018, o governo brasileiro gastou R$ 1,6 bilhão com o programa de saúde indígena - sendo 45% repassados para as conveniadas. Até 23 de maio deste ano, os gastos somavam R$ 490 milhões - valor 25% abaixo da média mensal do ano passado.

"O atendimento prestado pelos profissionais dentro do território indígena foi o mais prejudicado. Foram 3 meses de salários atrasados, então alguns ficaram sem saber se trabalhavam ou não", disse Loike Kalapalo, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Xingu, que atua na fiscalização do convênio. Os atrasos nos pagamentos voltaram a se repetir em maio.

As organizações indígenas e suas lideranças dizem que há muitos anos denunciam as fraudes nos contratos com as conveniadas. "Isso acontece em razão das indicações políticas para cargos de gestão na saúde indígena. O ministro Luiz Henrique Mandetta tem todos os meios para investigar esses casos. O que ele não pode é prejudicar as comunidades indígenas e sustar contratos e repasses", diz Eloy Terena, assessor jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

Procurado, o Ministério da Saúde diz que passou por "dificuldades jurídicas" para realizar os pagamentos às organizações sociais. "Os recursos destinados às entidades conveniadas já foram autorizados. No entanto, o cronograma de execução financeira dos recursos para as entidades Missão Evangélica Caiuá, SPDM e IMIP está sendo ajustado junto ao Fundo Nacional de Saúde. O pagamento das parcelas deve ser realizado até o fim de maio. É importante ressaltar que não houve interrupção de atividades nos 34 DSEIs", diz a pasta, em nota enviada à Repórter Brasil.

Surto de pneumonia
Na falta de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem assumem a linha de frente dos atendimentos, auxiliados por agentes indígenas de saúde. Os AIS, como esses profissionais são chamados, atuam nas comunidades e mantêm comunicação permanente com o polo de saúde, via rádio. São a referência médica no território indígena.

Um deles é Wyrasingi Kaiabi, 34 anos, que enfrentou um surto de pneumonia nas comunidades localizadas nos rios Arraias e Manito, a oeste do rio Xingu. Trazida por indígenas que retornavam de atendimento médico na cidade, a doença se espalhou rapidamente durante o mês abril, atingindo ao menos 35 crianças indígenas

Formado pelo Projeto Xingu - programa de saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que trabalha no parque há mais de 50 anos -, Wyrasingi é capacitado para reconhecer a pneumonia e iniciar o tratamento ainda na aldeia.

Em meados de abril, porém, não havia o antibiótico mais adequado para combater a doença em crianças, a amoxicilina. "Tinha muita gente doente e o remédio acabou", diz ele, que atua na aldeia Sobradinho, a maior da região, com 150 moradores. Ali há um posto de saúde improvisado que serve como ponto de apoio por sua localização estratégica: está a quatro horas de carro do município de Marcelândia (MT).

A distribuição de medicamentos nas aldeias é responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio dos distritos sanitários indígenas. Com os cortes de verbas neste ano, diminuiu também a remessa de remédios. Os lotes que chegam ao Diauarum não são suficientes para abastecer as comunidades, desfalcando Sobradinho de anestesias e antibióticos.

Sem o tratamento adequado, o pequeno Nare Pedro Kaiabi, de 2 anos, piorou na aldeia. Com histórico de baixo peso e frágil condição de saúde, ele foi transferido para Marcelândia e depois para Colíder, mas não resistiu à pneumonia. Morreu em 18 de abril, véspera do Dia do Índio.

Dos 461 bebês que nasceram no Xingu nos últimos quatro anos, 20 morreram antes de completarem um ano. A taxa de mortalidade infantil no período, de 43 óbitos por mil habitantes, é três vezes maior do que a média brasileira, de 13. A taxa geral das terras indígenas no Brasil é de 30, segundo dados do Ministério da Saúde.

As causas mais frequentes para as mortes são infecções respiratórias, desnutrição, diarreia, má alimentação, falta de saneamento e a precária assistência à saúde, explica o médico Clayton Coelho, do Projeto Xingu.

O Ministério da Saúde diz que "tem intensificado a vigilância do óbito em todos os DSEIs, com o objetivo de promover a redução da mortalidade materno-infantil", e que "realiza uma série de ações voltadas ao combate da mortalidade infantil indígena, como a vigilância alimentar e nutricional, além da imunização das crianças". A pasta afirma ainda que enviou o antibiótico amoxicilina até o polo Diauarum. Os funcionários da saúde na aldeia Sobradinho, no entanto, alegam que o medicamento não havia chegado até a aldeia, no início de abril, quando Nare Pedro pegou a pneumonia.

Gestante anda 3 h de barco por atendimento
Outro grupo sensível nas aldeias são as gestantes. Com 32 semanas de gestação do quarto filho, Naiara Kaiabi, de 33 anos, começou a sentir fortes dores no baixo ventre e dificuldades para caminhar. Com risco de parto prematuro, ela teve de encarar três horas de barco até Sobradinho, em viagem guiada por um indígena voluntário, já que o barqueiro oficial abandonou o posto após três meses de salários atrasados.

Depois foram mais 130 km de terra até Marcelândia. Numa caminhonete do Ministério da Saúde, o motorista voluntário levou quatro horas para superar a estrada encharcada e esburacada. O resgate, acompanhado pela reportagem, terminou às 4h da madrugada na emergência do Hospital Municipal Maria Zélia. "Eu fiquei enjoada na viagem de carro, mas agora estou me sentindo bem", disse Naiara no dia seguinte, já sem dores e com um sorriso no rosto.

O apagão médico nas aldeias obriga os indígenas do Xingu a procurar assistência nas áreas urbanas, onde prefeituras e o governo de Mato Grosso também enfrentam uma situação caótica.

Conhecida como "a capital do Nortão", Sinop (MT) é uma das cidades agrícolas mais ricas do país. Criada nos anos 1970 no rastro da BR-163 (Cuiabá-Santarém), a cidade de vocação madeireira viu a Amazônia do entorno ser transformada em enormes fazendas de gado e plantações de soja e milho.

A riqueza, porém, não alcança os serviços públicos de saúde. Desde janeiro, a prefeitura local proíbe os pacientes indígenas de serem atendidos na UBS e no centro médico da cidade, onde até o ano passado cerca de 40 índios faziam exames e passavam por médicos especialistas todos os meses.

O secretário de saúde, Gerson Danzer, admite o fim dos atendimentos na rede municipal e diz que um dos motivos é o fato de a cidade não contar com terras indígenas em seu perímetro. "Hoje, Sinop não recebe recursos do Estado nem da esfera federal para atender os indígenas, nem dos municípios ao qual os indígenas pertencem." O líder Mairawê Kaiabi reconhece a falta de financiamento ao município, mas lembra que os limites da cidade têm presença indígena desde muito antes do seu surgimento.

O atendimento médico se agrava no momento em que o Ministério da Saúde está rediscutindo o modelo da saúde indígena. Decreto assinado pelo presidente Bolsonaro no último dia 17 extinguiu cargos da Sesai e aboliu o departamento de gestão da secretaria. A decisão abre caminho para a polêmica "municipalização da saúde indígena", que prevê transferir a gestão do serviço da União para os municípios. "A municipalização será o fim do nosso povo", diz Matari Kaiabi, coordenador do posto de saúde da aldeia Sobradinho.

No meio da "confusão dos brancos", restou a Unidade de Pronto Atendimento de Sinop para receber a recém-nascida Milena, de 11 dias. Ela passou por médico, realizou exames e começou o tratamento contra a meningite. Com infecção generalizada, a bebê precisava de avaliação neurológica e um leito em UTI neonatal.

O pedido feito pela UPA, no entanto, foi negado pela Secretaria Estadual de Saúde por falta de vagas. "A dificuldade por leitos de UTI é uma questão latente em Mato Grosso, estado que, nos últimos meses, passa por uma situação atípica envolvendo o fechamento de um hospital filantrópico, que contava com 30 leitos de UTI", diz a secretaria em nota enviada à Repórter Brasil. O Ministério da Saúde diz que o óbito ainda está em investigação e que a meningite não pôde ser confirmada porque não foi colhido o líquor, procedimento padrão em casos de suspeita da doença.

Milena passou seus últimos 15 dias de vida internada na UPA. Uma liminar da Justiça obrigava o governo estadual a internar a bebê. Mas de nada adiantou. Nem os hospitais particulares do Mato Grosso abriram as portas para a pequena índia brasileira. Quando Goiânia acenou para o pedido, era tarde demais. Milena morreu em 23 de abril, cinco dias antes de completar um mês.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/cotidia...sil/2019/06/02/falta-medicos-parque-xingu.htm
 

xRookie is now Darkstat!

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Ninguém é obrigado a ficar onde não há condições. Aliás, porque os médicos de esquerda não trabalham em lugares assim?

O que ocorre é que o governo, obrigatoriamente deveria dar melhor condição de atendimento para esses médicos que deveriam ficar em lugares assim. Isso não é do governo atual, sempre ocorreu e deveria mudar.
 

ROLGENIO

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Achei muito mais um viés político que qualquer outra coisa...

"Pq fulano fez isso os pobres indiozinhos tão morrendo, mimimi." Então se tivesse tudo como estava antes nenhum índio jamais morreria?


Isso não é do governo atual, sempre ocorreu e deveria mudar.
Exatamente. Não é um problema criado agora, isso existe desde antes de 1500. Que aliás os índios morriam também, olha só.
 


Doug.Exausto

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Ninguém é obrigado a ficar onde não há condições. Aliás, porque os médicos de esquerda não trabalham em lugares assim?

O que ocorre é que o governo, obrigatoriamente deveria dar melhor condição de atendimento para esses médicos que deveriam ficar em lugares assim. Isso não é do governo atual, sempre ocorreu e deveria mudar.
Classe medica brasileira tem certa resistência à ir para o interior de estados mais ricos (Sp,sc) imagina ir para o interior do Pará e Amazonas.
 

Doug.Exausto

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Ninguém é obrigado a ficar onde não há condições. Aliás, porque os médicos de esquerda não trabalham em lugares assim?

O que ocorre é que o governo, obrigatoriamente deveria dar melhor condição de atendimento para esses médicos que deveriam ficar em lugares assim. Isso não é do governo atual, sempre ocorreu e deveria mudar.
Sempre ocorreu por isso a ideia de trazer médicos cubanos. Goste ou não o programa mais médicos trouxe benefícios para os brasileiros que moram em regiões mais remotas.
 

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Sempre ocorreu por isso a ideia de trazer médicos cubanos. Goste ou não o programa mais médicos trouxe benefícios para os brasileiros que moram em regiões mais remotas.
Eis a questão, porque trazer um povo pra sofrer com condições precárias, o correto não é dar estrutura para que alguém possa trabalhar com dignidade, ao invés de colocar um pobre escravo lá?
 

antonioli

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É algum tipo de novidade? Nego morre em hospitais nas grandes capitais por falta de médicos, insumos, leitos, equipamentos para cirurgia, fila onde a vez não chega antes da morte e etc.
 

arqueiro182

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"Não temos nenhum caso de corrupção ou nenhum escândalo sexual envolvendo o atual governo."

'Já sei, vamos culpar os brancos por qualquer coisa e falar sobre os pobres Índios pelos quais nunca demos a mínima mas isso irá gerar um novo comentário negativo.'

:viraolho


No mais acho que está na pasta errada.
 
Ultima Edição:

bela lugosi

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Sempre ocorreu por isso a ideia de trazer médicos cubanos. Goste ou não o programa mais médicos trouxe benefícios para os brasileiros que moram em regiões mais remotas.
Eu vi médicos que nunca tiveram interesse em trabalhar onde esses médicos cubanos trabalharam, reclamar da vinda deles na época que a presidente sancionou a lei. Muita gente que conheço tá se formando em medicina demonstra interesse em abrir seu próprio consultório e atender 5-10 pacientes por dia no seu escritório particular.

E eu não culpo essas pessoas, elas estão gastando tempo e dinheiro se dedicando a isso. Mas não acho justo eles reclamarem e se oporem a médicos vindo de fora que vão atuar em áreas que não são do interesse deles.

Nota: não sou a favor de importar médicos de cuba. Sou a favor de importar médicos de qualquer lugar, pois infelizmente não temos o bastante disposto a atuar no país todo.
 

Chris Redfield jr

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Um jeito de resolver isso seria pagar um salário exorbitante, tipo uns 150 mil reais para os médicos que fossem para essas localidades. Os de cuba ficavam lá por 1200 reais, por pura e expontanea vontade, imagina pagando 150 mil?
 

Velotrol

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Classe medica brasileira tem certa resistência à ir para o interior de estados mais ricos (Sp,sc) imagina ir para o interior do Pará e Amazonas.
Sabe por que não vão? Por que não paga. É simples assim.
Tem muita prefeitura que oferece mundos e fundos pro cara ir. Pagam 1 ou 2 meses e fazem todo tipo de chicana e avacalhação com o médico, inclusive deixando de pagar ou pagando 30% do salário, pro cara pedir as contas e a prefeitura falar pra população que a culpa não foi dela. Quanto menor a cidade, maior esse curral eleitoral. O Mais Médicos só funciona porque o governo federal paga, e mesmo assim tem muito vereador e prefeito FDP que faz e tenta fazer o médico de gato e sapato por causa de eleição.
 

Chris Redfield jr

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Eu vi médicos que nunca tiveram interesse em trabalhar onde esses médicos cubanos trabalharam, reclamar da vinda deles na época que a presidente sancionou a lei. Muita gente que conheço tá se formando em medicina demonstra interesse em abrir seu próprio consultório e atender 5-10 pacientes por dia no seu escritório particular.

E eu não culpo essas pessoas, elas estão gastando tempo e dinheiro se dedicando a isso. Mas não acho justo eles reclamarem e se oporem a médicos vindo de fora que vão atuar em áreas que não são do interesse deles.

Nota: não sou a favor de importar médicos de cuba. Sou a favor de importar médicos de qualquer lugar, pois infelizmente não temos o bastante disposto a atuar no país todo.
Nem O bolsonaro é contra importar os médicos. Inclusive, ele deixou eles ficarem, além de fazer questão de pagar o salário integral diretamente a cada um deles, invés de repassar para o bolso da familia Castro. Só que o governo cubano não aceitou e ordenou que todos voltassem.
 

Doug.Exausto

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Eis a questão, porque trazer um povo pra sofrer com condições precárias, o correto não é dar estrutura para que alguém possa trabalhar com dignidade, ao invés de colocar um pobre escravo lá?

Dentro das condições existentes os médicos cubanos fizeram um excelente trabalho. Claro que as condições poderiam ser bem melhores, mas acabando com o programa por birrinha ideológica não é a solução.
 

Doug.Exausto

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Sabe por que não vão? Por que não paga. É simples assim.
Tem muita prefeitura que oferece mundos e fundos pro cara ir. Pagam 1 ou 2 meses e fazem todo tipo de chicana e avacalhação com o médico, inclusive deixando de pagar ou pagando 30% do salário, pro cara pedir as contas e a prefeitura falar pra população que a culpa não foi dela. Quanto menor a cidade, maior esse curral eleitoral. O Mais Médicos só funciona porque o governo federal paga, e mesmo assim tem muito vereador e prefeito FDP que faz e tenta fazer o médico de gato e sapato por causa de eleição.

Tenho minhas dúvidas se esses médicos iriam para locais remotos mesmo se pagassem em dia, afinal a vida não é só trabalho e sabemos que medicina é um curso ainda bem elitista.

No mais, a reportagem mostra um exemplo de que acabar com o programa mais médicos foi estúpido.
 

Doug.Exausto

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Bolsonaro ofereceu salário integral para os Cubanos do Mais Médicos que ficassem no país...curiosamente eles negaram e voltaram para a ilha...


 

Chris Redfield jr

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Eles não são os médicos formados na medicina mais avançada do mundo? Porque não conseguem passar no exame do revalida?
 

geist

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Acredito eu que a sociedade atochada de impostos prefere que esses índios sejam convidados a se integrarem à sociedade, às cidades onde há o mínimo de estrutura do que bancar algum programa bilionário com custo altíssimo por pessoa lá no meio do mato.

Essa parte aqui não me cheirou bem: Em 2018, o governo brasileiro gastou R$ 1,6 bilhão com o programa de saúde indígena - sendo 45% repassados para as conveniadas.
 

Maladino

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Tenho minhas dúvidas se esses médicos iriam para locais remotos mesmo se pagassem em dia, afinal a vida não é só trabalho e sabemos que medicina é um curso ainda bem elitista.

No mais, a reportagem mostra um exemplo de que acabar com o programa mais médicos foi estúpido.
Tenho um amigo médico que trabalha com povos indígenas e faz parte desses projetos que atendem ribeirinhos, inclusive perguntei sobre o tema hoje pra ele.

Existem vários fatores pelos quais o pessoal larga esses postos e que acaba inibindo outros de tentarem. De acordo com ele o que mais acontece é que a pessoa vai toda idealista com o propósito de ajudar mas chegando lá ela não tem estrutura nenhuma pra ajudar ninguém e o médico acaba eventualmente largando a vaga porque sente que não faz diferença alguma não tendo remédio, não tem equipamento e dificilmente conseguindo encaminhar alguém pra fazer um exame extremamente longe do lugar que vivem. Além do problema do pagamento, claro.

Ele falou de outros problemas também, tipo os lugares mal terem estrutura física mesmo e o médico não conseguir nem comprar um repelente porque simplesmente não existe comércio, muito menos bancos e outros serviços básicos nos lugares. Além do que a maior parte das pessoas que são desapegadas o suficiente pra ir pro meio do nada são jovens e acabam sofrendo com a interrupção dos estudos (por que precisam largar planos de residência e etc).

No mais, eu acho que o problema do mais médicos é outro bem mais complicado. Pessoalmente eu acho que os documentos que foram publicados que mostram que o que aconteceu foi alta traição dos envolvidos mesmo (embaixador, presidenta, ministros e etc). Mas eu também acho que o governo está dormindo no ponto pra promover uma solução pro vácuo, porque não é só abrir vagas pro Mais Médicos que funciona.
 

fernandy

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justamente...não estavam como médicos no Brasil... eram imigrantes ilegais...
 

EgonRunner

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quantas crianças será que morriam antes do médico homem-branco invadir as terras indígenas ?
 

Askeladd

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372 médicos para 7500 índios. Dá 1 médico para 20 pessoas.
Gastaram 1,6 bi ou seja R$ 215.000,00 por cabeça. Seria muito melhor instalar sistema de esgoto, vacinas, dar alimentação de qualidade, água filtrada etc.
 

Maladino

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372 médicos para 7500 índios. Dá 1 médico para 20 pessoas.
Gastaram 1,6 bi ou seja R$ 215.000,00 por cabeça. Seria muito melhor instalar sistema de esgoto, vacinas, dar alimentação de qualidade, água filtrada etc.
Eu acho que eram 6 médicos para os índios do Xingu, 372 seriam os médicos totais que trabalham nas áreas indígenas pelo país.

A matéria está meio vaga nessa parte, mas dando uma olhada na internet esses trezentos e poucos parecem ser os médicos desses distritos indígenas.
 

Goris

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Bom, a matéria é nível vermelho de qualidade. Cita Bolsonaro umas dez vezes, ainda explica que ele é culpado pelos cubanos, ainda antes dele assumir, terem levado embora seus médicos.

Aí a matéria dá uma folga na militância e cita casos de irregularidades e corrupção que colocaram em cheque o repasse de dinheiro. Mas logo a folga acaba e voltam a militar.

O fato é que não tem remédio, seis médicos lá iriam... Fazer o mesmo que o enfermeiro fez, mandar pra um lugar com remédios.

Acho a morte de crianças algo terrível, mas usar essas mortes pra esquerdar é zoeira demais.
 

Malaquias Duro

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Classe medica brasileira tem certa resistência à ir para o interior de estados mais ricos (Sp,sc) imagina ir para o interior do Pará e Amazonas.
Mas o levantamento dele é excelente. Quero sua opinião sobre esse trecho:

"por que médico (e enfermeiros) de esquerda brasileiros não vão pra esses interiores?" Transcrição livre. Curioso pra ver o rumo dessa conversa.

Mas responda mesmo, por favor. Já botei um monte na ignore list porque só querem responder o que é conveniente.
 

New_Wave

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Era melhor ter deixado a escravidão dos Cubanos mesmo. Ao menos não tinha indígenas morrendo.

:coolface

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Malaquias Duro

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Era melhor ter deixado a escravidão dos Cubanos mesmo. Ao menos não tinha indígenas morrendo.

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Mas pra deixar a escravidão dos cubanos, a ditadura Castrista só aceitava a condição do PT ganhar e não pagamento aos médicos cubanos. Eles que tiraram os médicos do Brasil.
 
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