Ele era "di meno" quando fez aquelas atrocidades.
("Champinha") Considerado o líder do bando, Roberto Aparecido Alves Cardoso, o "Champinha", tinha 16 anos de idade na época do assassinato do casal e foi internado na Unidade 1 da
Fundação Casa (antiga Febem), do Complexo
Vila Maria,
zona norte de
São Paulo.
[2] De acordo com o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ele poderia ter ficado internado na entidade por até três anos ou no máximo até completar 21 anos (artigo 121, parágrafo 5º). Ao completar 21 anos, no entanto, o Ministério Público requereu sua interdição civil com base na Lei 10.216/2001.
[4] Um laudo psiquiátrico apontou que ele tem doenças mentais graves, como
transtorno de personalidade antissocial e leve
retardo mental, sendo que pode apresentar riscos à sociedade.
[5][6]
Champinha foi transferido para uma Unidade Experimental de Saúde (UES), destinada à recuperação de jovens infratores com distúrbios mentais, onde permanece até hoje. Desde então, a custódia dele se tornou responsabilidade do governo paulista. Champinha já teve pedidos de liberdade negados pelo
Supremo Tribunal Federal (STF), pelo
Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo
Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
[4]
No dia 2 de maio de 2007, ele chegou a fugir da Fundação Casa. A fuga ocorreu por volta das 18h, quando ele escapou com pelo menos um comparsa. Ambos escalaram o muro de sete metros de altura utilizando-se de uma escada. Recapturado 11 horas depois, foi novamente internado.
[7][8]
Em 17 de dezembro de 2007, uma emissora de TV filmou "Champinha" numa casa confortável, decorada em alto padrão, com sofá, TV de 29 polegadas e cinco refeições diárias feitas por nutricionistas. O vídeo gerou grande revolta e críticas ao governo. O então governador
José Serra defendeu a situação dele dizendo que ele estaria melhor ali do que nas ruas cometendo delitos. O secretário da Justiça de São Paulo também repudiou a imprensa, dizendo que queriam linchar moralmente o Estado. "Champinha" custaria ao Estado cerca de 12 mil reais mensais.
[9]