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Tópico Informal do Desemprego da OS - Compartilhe seus perrengues aqui

geist

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Casos do mercado de trabalho da cidade de 24k habitantes em que vivo aqui no fim do mundo do RS:

1-A unidade da JBS tá contratando gente. Está desesperada. Já são 3 semanas com carros de som anunciando que está contratando. Benefícios: plano de saúde e auxílio-alimentação. Salários entre 1600 a 2000. Serviço é pesado e insalubre. Pergunta se o pessoal tá interessado? Segundo os funcionários mais antigos, a galera não quer trabalhar no pesado. Empresa tá com dificuldades de manter a produção por falta de gente.

2-Pequena rede de supermercados: antes da pandemia, toda terça, dia em que recebem currículos, havia em torno de 50 pessoas fazendo fila pra entregar currículos. Após pandemia + bolsa esmola do governo: nem metade das pessoas na fila para entregar currículos. Tive acesso a alguns currículos dessa gente, é uma tristeza sem tamanho. Maioria trabalhava no máximo 3 meses e era demitida. Erros crassos de português no currículo. Não tem como contratar gente que mal sabe escrever e entender uma ordem escrita!

3-Metalúrgica: não pode mais pegar serviço até o final do ano por falta de mão-de-obra qualificada.

4-Funilaria: não pode mais pegar serviço até metade do ano que vem, por falta de mão-de-obra qualificada.

5-Setor de serviços elétricos e encanamento: apenas 2 profissionais acabam dividindo os maiores e melhores serviços porque não há mão-de-obra qualificada e gente interessa em se qualificar e efetuar tais serviços. E nem são grande coisa, fora que cobram caro pra caramba.

Oportunidades existem, mas falta vontade, qualificação, desejo de trabalhar, se esforçar. Enfim, diante dessas situações, às vezes, eu penso que uma boa parte dos desempregados está nessa situação por não querer trabalho mesmo.

Tem disso mesmo. É que muita gente hoje já quer partir ganhando 5k pra cima. Ter cargo com nome bonito, trabalhar no leve, ter tempo para ficar no celular e fofocar durante o expediente...
É o que digo. Enquanto tem engenheiro e advogado vivendo às custas dos pais, tem caminhoneiro viajando para o exterior e construindo casa pra alugar.
 

Málocco Meeeermo

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Casos do mercado de trabalho da cidade de 24k habitantes em que vivo aqui no fim do mundo do RS:

1-A unidade da JBS tá contratando gente. Está desesperada. Já são 3 semanas com carros de som anunciando que está contratando. Benefícios: plano de saúde e auxílio-alimentação. Salários entre 1600 a 2000. Serviço é pesado e insalubre. Pergunta se o pessoal tá interessado? Segundo os funcionários mais antigos, a galera não quer trabalhar no pesado. Empresa tá com dificuldades de manter a produção por falta de gente.

2-Pequena rede de supermercados: antes da pandemia, toda terça, dia em que recebem currículos, havia em torno de 50 pessoas fazendo fila pra entregar currículos. Após pandemia + bolsa esmola do governo: nem metade das pessoas na fila para entregar currículos. Tive acesso a alguns currículos dessa gente, é uma tristeza sem tamanho. Maioria trabalhava no máximo 3 meses e era demitida. Erros crassos de português no currículo. Não tem como contratar gente que mal sabe escrever e entender uma ordem escrita!

3-Metalúrgica: não pode mais pegar serviço até o final do ano por falta de mão-de-obra qualificada.

4-Funilaria: não pode mais pegar serviço até metade do ano que vem, por falta de mão-de-obra qualificada.

5-Setor de serviços elétricos e encanamento: apenas 2 profissionais acabam dividindo os maiores e melhores serviços porque não há mão-de-obra qualificada e gente interessa em se qualificar e efetuar tais serviços. E nem são grande coisa, fora que cobram caro pra caramba.

Oportunidades existem, mas falta vontade, qualificação, desejo de trabalhar, se esforçar. Enfim, diante dessas situações, às vezes, eu penso que uma boa parte dos desempregados está nessa situação por não querer trabalho mesmo.
Vamos ajudar a galera aqui do fórum. Talvez haja aqui no fórum usuários que morem por perto (ou não) e que tenham interesse por alguma vaga na JBS por exemplo. Citar o nome da cidade ajudaria nesse caso.

Enviado de meu LM-X210 usando o Tapatalk
 

Dexxi

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Estou desempregado também. E o mercado realmente está muito cagado

Uma das coisas que mais me dão raiva são processos seletivos extensos para vagas relativamente simples. Você se candidata pelo LinkedIn e recebe uma notificação solicitando o cadastro do seu currículo e perfil em outra plataforma. Aí você, na boa vontade, faz o cadastro, preenche o perfil, faz os testes e.. nada.

Não acho errado a empresa ter o cuidado de selecionar um profissional adequado para a vaga. Só existe um exagero muito grande, pois você perde um tempo considerável para no fim das contas sequer receber um feedback.

Mas, estamos aí, na luta e caçando algo
Boa sorte para todos
Foi o que aconteceu comigo. Dois c4ralh0 de entrevista, comprovação de experiências, exigência de formação específica pra no final ser contratado como suporte técnico pra ganhar 1500.
 

Dexxi

Habitué da casa
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Casos do mercado de trabalho da cidade de 24k habitantes em que vivo aqui no fim do mundo do RS:

1-A unidade da JBS tá contratando gente. Está desesperada. Já são 3 semanas com carros de som anunciando que está contratando. Benefícios: plano de saúde e auxílio-alimentação. Salários entre 1600 a 2000. Serviço é pesado e insalubre. Pergunta se o pessoal tá interessado? Segundo os funcionários mais antigos, a galera não quer trabalhar no pesado. Empresa tá com dificuldades de manter a produção por falta de gente.

2-Pequena rede de supermercados: antes da pandemia, toda terça, dia em que recebem currículos, havia em torno de 50 pessoas fazendo fila pra entregar currículos. Após pandemia + bolsa esmola do governo: nem metade das pessoas na fila para entregar currículos. Tive acesso a alguns currículos dessa gente, é uma tristeza sem tamanho. Maioria trabalhava no máximo 3 meses e era demitida. Erros crassos de português no currículo. Não tem como contratar gente que mal sabe escrever e entender uma ordem escrita!

3-Metalúrgica: não pode mais pegar serviço até o final do ano por falta de mão-de-obra qualificada.

4-Funilaria: não pode mais pegar serviço até metade do ano que vem, por falta de mão-de-obra qualificada.

5-Setor de serviços elétricos e encanamento: apenas 2 profissionais acabam dividindo os maiores e melhores serviços porque não há mão-de-obra qualificada e gente interessa em se qualificar e efetuar tais serviços. E nem são grande coisa, fora que cobram caro pra caramba.

Oportunidades existem, mas falta vontade, qualificação, desejo de trabalhar, se esforçar. Enfim, diante dessas situações, às vezes, eu penso que uma boa parte dos desempregados está nessa situação por não querer trabalho mesmo.

Mas acho que isso aí não é a regra. É a exceção. Pelo menos na minha cidade as vagas são poucas pra muitos candidatos. Uma vaga de call center que paga um salário mínimo chega a fazer várias seleções de tanta gente que tem, pra no final contratar UMA pessoa.
 

Metal God

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Mas acho que isso aí não é a regra. É a exceção. Pelo menos na minha cidade as vagas são poucas pra muitos candidatos. Uma vaga de call center que paga um salário mínimo chega a fazer várias seleções de tanta gente que tem, pra no final contratar UMA pessoa.
Provavelmente, sim, mas é sinal que tem oportunidades a serem exploradas em areas de servviço braçal tecnico. Cidadao precisa cair na real eesquecer um pouco o ar condicionado do escritorio e fazer um pouco de força.
 


Sega&AMD

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O Brasil é definitivamente uma bagunça na parte social.

*Um professor de biologia é obrigado a emigrar pro comércio para manter o casamento e continuar participando da vida dos filhos.


E tá ficando cada dia pior.
Não adianta absolutamente nada ter uma caralhada de cursos extracurriculares se você não tiver um diploma de ensino superior, a não ser que você esteja nas grandes capitais ou se sujeite a um trabalho mais complexo, como é o caso do Caminhoneiro e do Pedreiro...

desemprego.... se tem mulher pode até manter a relação por um tempo, empurrando com a barriga, falando que ama ela...que é só uma fase e que vai passar, mulher costuma acreditar nessas coisas

se não tem emprego, nem sequer mulher arruma.... que mulher é louca de embarcar numa barca furada ? que pai vai permitir a filha andar com um desempregado...se é minha filha eu não deixo

o desemprego fode com a vida das pessoas, traz depressão e senso de fracasso, faz o cara perder a guarda dos filhos, se achar burro e um monte de coisa, eu perdi o meu há um tempo e recentemente perdi outro, se não fosse o trabalho informal acho que nunca mais veria dinheiro na vida, tenho quase ctz de que terminarei a vida no trabalho informal (sim, não é bom) mas depois que acostuma não saí
 

Sega&AMD

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funcionários públicos são quase semi deuses, não tem desemprego, trabalha quase nada, sem encheção e ganha fácil 3x do que o trabalhador clt na mesma funcão, aí no fim do mes é só meter a gasosa no veloster e sair pro abraço para comer algo no mec.

mas o olimpo não é para todos já que há mais pessoas do que o setor pode absorver, aí vem o regime clt esse é mais tenso,

se tu não tem facu (o que não é garantia de nada diga-se) tu ta preso não importa a vaga a um salário de 1000 a 1800, ta muito achatado os salários e para tirar os 1800 tu precisa ter um baita curriculo e exp. tu tens lá profissional 1, 2, lider geral etc o que separa um do outro é 500 reais a mais no holerite. o cara pensa, ganhar 500 conto fazendo bico ou ralar como escravo por 1k ? advinha o que é escolhido.

se tu tens facu e conseguiu trampo na area, mesmo que ruim tu já ta de boa, hoje funciona assim, é precisa de pós para trabalhar de bacharel, bacharel para trabalhar numa vaga técnica e técnico para trabalhar de pião, mas se tu tens facu pode ter um salário de 3k 4k, que sem tal diploma (que te custou sei lá 60 mil) é bizarro como é dificil superar a barreira entre o clt sem e o com facu, o esforço é grande, supondo um trabalho de 1400 contos por 9 horas diaria, para tu superar essa grana teria de vender coisas no serviço, algo que não custuma passar de 400 conto, daria então 1800, ou então jornada dupla mas aí a lei impede o proprio corpo impede tamanha jornada, uns meses o cara aguenta mas depois.

o brasil ta assim agora, antes elite era quem tinha fabrica e fazenda, agora quem tem um emprego fixo, já ta acima de mais de 50% da força de trabalho em ganhos, e já pode se considerar na ''elite''. brasileira visto que na outra ponta um exército de informais, a maioria fazendo menos de 600 conto mes ou o desalento quem procurar mais

para quem não sabe essa é a genesis dos mendigos (uma delas pois há outras), o cara fica desempregado, os filhos e a esposa trata o cara como um merdalhão, ele passa a sentir cada vez mais estranho dentro de casa com cobranças etc então ele sai antes que acabe matando um e vai para rua, o alcool aparece, depois 3 meses 6 meses o cara acostuma, é f0da.
 
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Firedx

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Parece que o mercado está esquentando, acabei de ser chamado para uma vaga que paga o dobro que eu recebo, pena que é no interior de outro estado e agora não poderei aceitar, acreditem e usem o linkedin é uma put* ferramenta que pode auxiliar na busca.
 

Darth_Tyranus

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Dependendo de como a reforma administrativa tramitar, a era boa dos concursos ficará para trás. É insustentável para o país manter essa quantidade de gente pendurada ganhando acima do mercado privado.
Eu não acho que as remunerações do setor público sejam simplesmente mais altas que o privado por puro capricho, o que acontece é que o privado atingiu tal grau de absurdo que o disparate se tornou gigantesco. O que não falta é empresa ofertando vaga com exigência de curso superior, língua estrangeira, pós-graduação, serviço voluntário no Tibet e sei lá mais o quê, tudo para no final pagar R$1.500 e contratar o primo do amigo do cara do setor de vendas que engravidou uma vagabunda no baile funk e "está precisando de emprego", assim como o chefe já olha pras candidatas pensando em quem ele vai comer. Depois no final do mês reclamam do balanço, de falta de produtividade e que os funcionários são vagabundos. Por que será, né? Não canso de afirmar, RH é um câncer, mas a cabeça do empreendedor brasileiro não está muito atrás também, evitam contratar pessoas responsáveis para colocar qualquer zé mané ou a guria bonitinha, mas que é uma porta, pra receber boquete todos os dias no final do expediente.

Os brasileiros que vão pros EUA e realmente se integram ao país conseguem construir um bom patrimônio, o mesmo cara que aqui era improdutivo e ganhava salário de fome pra fazer nada. Será que a diferença está somente no setor público que paga bem? Será que está somente nas leis? A cultura do trabalho e da carreira está completamente tóxica e distorcida. Eu canso de ir em loja e os vendedores não sabem NADA. Como é possível a pessoa ficar 8 horas em um lugar, depender daquilo pra sobreviver e ainda assim não ter o mínimo conhecimento sobre aquilo em que trabalha? Lembro que quando fui comprar minha primeira TV de alta definição pra jogar Xbox 360, antes de ir na loja consultei o saudoso HT fórum por alguns dias, estudei sobre as diferenças marcas, sobre as especificações técnicas principais e tudo mais que eu considerava básico, fui nas lojas sabendo o que queria. Resultado? 9 em cada 10 vendedores não sabiam a diferença entre Plasma e LCD, sendo que eram vendedores do setor de televisões das lojas. Da mesma forma quando fui comprar meu PC queria um processador i7, cheguei numa loja de informática de shopping e o cara não sabia da existência desse processador, "nunca ouvi falar, tem certeza que isso existe? É da intel? Aqui só tem Celeron, pelo o que eu sei é o único processor que eles fabricam". Me deu vontade de meter no cooler daquele vendedor.

O setor público ainda está perdido na década de 1960, as regras de admissão, estabilidade, salários bons são ideias gerais do mercado naquela época, o setor privado não está atualizado, pelo contrário, está deturbado. O colega ali acima falou que estão ofertando vagas por 1,6k e 2k para um serviço pesado, insalubre que vai te deixar cheirando a sangue quando chegar em casa. Um salário desses, ainda mais para uma empresa como a JBS que tem praticamente o monopólio das carnes no Brasil e ainda por cima o qual seus proprietários construíram grande parte de seu império na base do roubo e dos favores políticos, é uma vergonha. Sendo um trabalho insalubre, significa que a remuneração real deve ser pouco maior que um salário mínimo. Se querem atrair bons funcionários, paguem mais! Aumentar aí pra R$3.500 que terá até nego com doutorado querendo concorrer a vaga. É fácil reclamar que o povo é vagabundo quando o próprio mercado repele quem quer trabalhar e quem se interessa em fazer dinheiro.

Querem maior exemplo do que aconteceu com a Livraria Cultura? Era uma empresa que pagava bem, contratava quem sabia sobre o assunto do setor em que estava e a maioria dos funcionários gostava do que faziam. A relação entre vendedor e cliente era quase como dois amigos apaixonados por música, literatura alemã ou arte pop que discutem em um bar, só que no final um deles comprava algo do outro e ia embora com vontade de voltar e comprar mais. A empresa resolveu se "brasilizar" e começou a adotar as estratégias administrativas médias que são praticadas por aqui: salário de fome, contrato com base no QI e chefes que acham que mandar significa exercer força e assédio. O resultado está aí pra todo mundo ver, a empresa está a beira da falência. É mais fácil culpar a Amazon ou pedir pro papai Estado que tabele os preços dos livros.
 
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Sega&AMD

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o brasil ta todo distorcido, sem uma reformulação cultural esquece e isso afeta o mercado de trabalho tb, o empreendedor br pensa todo distorcido. por exemplo se o governo baixa imposto, o empresário vai ri atoa e não vai repassar o corte, antes, ele o fará de lucro...

vou dar outro exemplo de distorção: a policia; aqui fora o bom policial é o não corrupto, que prende o bandido que se contenta com o soldo

ao entra lá dentro uma nova realidade aparece; ''o bom'' policial é aquele que arrecada um por fora, que anda de carrão suv frio, que prende chefe do trafico esperando propina... e eles justificam que a grana é para poderem morar em lugar melhor longe das areas carentes para não dar de cara com ''os meninos'' que eles prenderam nos meses anteriores, que tem familia que não querem se arriscar de graça etc etc a inversão de valores ta geral
 

JFR City

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O @Maladino já falava muito disso que vocês falam num tópico que falei o porque desisti da ciência no Brasil.

Ele mesmo resumiu isso tudo falando que a Cultura de Carreira no Brasil é uma VERDADEIRA PIADA SEM GRAÇA.

Claro que a Cultura do país em geral é uma desgraça (e isso já vejo desde 2007), mas a cultura de carreira é algo que ficou mais agudo desde a década passada.

RH, Diretoria e outros mais de empresas maiores com preconceito com habitos e tendencias não tradicioais, apesar de não falar nada sobre a turma LGBTQIA+ e a turma da far-far-far new left, left wing e centrão.
Uma caralhada de "trabalhador" médio aí se enchendo de atestado, indo bebado pro trabalho, usando droga no periodo de almoço e outros mais, enquanto o cara que pega no pesado, perde o sono pra poder garantir o emprego porque mora no outro extremo da cidade é demitido por justa causa e processado por desenvolver depressão, esquizofrenia e outros mais.
Tudo isso levou esse pessoal de RH e outros campos a bisbilhotar a vida do funcionário fora do trabalho, ainda mais agora com o tal do Dataismo.
Eles SABEM de muito do que você faz no seu tempo livre.
SABEM o que você compra e deixa de comprar.

Até hoje me lembro da polemica que tive na empresa porque estava fazendo o curso técnico em programação de jogos, me chamaram de tudo que não presta, só não usaram termos mais vulgares como FDP, puto, gigolo, b*sta, etc...
Tudo isso foi motivo mais que suficiente para desistir e partir para uma área tradicional, até porque largar tudo pra ir pra SP é mais dificil do que parece quando você não tem apoio de PRATICAMENTE NINGUÉM, nem da sua própria familia, é pobre e é portador de necessidades especiais.
Ah sim: Isso sem contar que esse curso junto com o que aconteceu na empresa + familia me botando na parede todo dia e hora.

Então cuidado pessoal!
Curtem um Led Zepellin? É vagabundo, não merece emprego!
Tem video game em casa? É vagabundo, não merece emprego!
Torce pra algum time que a empresa não gosta? É vagabundo, não merece emprego!

Mas quem leva ferro (tanto do povo quanto do estado) SEMPRE é o pequeno empreendedor e os deficientes mentais/sensoriais/intelectuais. SEMPRE.
 

Metal God

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O colega ali acima falou que estão ofertando vagas por 1,6k e 2k para um serviço pesado, insalubre que vai te deixar cheirando a sangue quando chegar em casa. Um salário desses, ainda mais para uma empresa como a JBS que tem praticamente o monopólio das carnes no Brasil
Concordo, o salario deveria ser maior. Mas se so tem isso, tem que abraçar e lutar pra melhorar, porque ficar em casa só reclamando não adianta. O país e a empresa não irão se adaptar às necessidades das pessoas. É uma discussão interessante.
 

Comedor de Caixinha

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Parem de reclamar do QI. É assim e pronto. Aprendam a jogar o jogo. Façam mais network, procurem abordar pessoas diretamente, aprendam a fazer algum tipo de portfólio e pegar referências.

Além disso saiba que nem sempre que vc não foi contratado foir por causa de QI. As vezes tu perdeu pra outro candidato mesmo.

Se não perceberam ainda: a era de mandar curriculo para os classificados, fazer entrevista engomadinho e ser o mais "próativo" e bem formado da entrevista acabou.

O que quero dizer, não foque no que vocês não tem controle, ficar choramingando não resolve nada. Aprenda a dançar conforme a música.

Por sinal, não é só de emprego e de concurso que se põe comida no prato. Essa dificuldade é uma excelente oportunidade de inventar alguma coisa nova, abrir um negócio (formal/informal, dane-se qualquer coisa), trabalhar pela internet, etc.
 

Comedor de Caixinha

Bam-bam-bam
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Eu não acho que as remunerações do setor público sejam simplesmente mais altas que o privado por puro capricho, o que acontece é que o privado atingiu tal grau de absurdo que o disparate se tornou gigantesco. O que não falta é empresa ofertando vaga com exigência de curso superior, língua estrangeira, pós-graduação, serviço voluntário no Tibet e sei lá mais o quê, tudo para no final pagar R$1.500 e contratar o primo do amigo do cara do setor de vendas que engravidou uma vagabunda no baile funk e "está precisando de emprego", assim como o chefe já olha pras candidatas pensando em quem ele vai comer. Depois no final do mês reclamam do balanço, de falta de produtividade e que os funcionários são vagabundos. Por que será, né? Não canso de afirmar, RH é um câncer, mas a cabeça do empreendedor brasileiro não está muito atrás também, evitam contratar pessoas responsáveis para colocar qualquer zé mané ou a guria bonitinha, mas que é uma porta, pra receber boquete todos os dias no final do expediente.

Os brasileiros que vão pros EUA e realmente se integram ao país conseguem construir um bom patrimônio, o mesmo cara que aqui era improdutivo e ganhava salário de fome pra fazer nada. Será que a diferença está somente no setor público que paga bem? Será que está somente nas leis? A cultura do trabalho e da carreira está completamente tóxica e distorcida. Eu canso de ir em loja e os vendedores não sabem NADA. Como é possível a pessoa ficar 8 horas em um lugar, depender daquilo pra sobreviver e ainda assim não ter o mínimo conhecimento sobre aquilo em que trabalha? Lembro que quando fui comprar minha primeira TV de alta definição pra jogar Xbox 360, antes de ir na loja consultei o saudoso HT fórum por alguns dias, estudei sobre as diferenças marcas, sobre as especificações técnicas principais e tudo mais que eu considerava básico, fui nas lojas sabendo o que queria. Resultado? 9 em cada 10 vendedores não sabiam a diferença entre Plasma e LCD, sendo que eram vendedores do setor de televisões das lojas. Da mesma forma quando fui comprar meu PC queria um processador i7, cheguei numa loja de informática de shopping e o cara não sabia da existência desse processador, "nunca ouvi falar, tem certeza que isso existe? É da intel? Aqui só tem Celeron, pelo o que eu sei é o único processor que eles fabricam". Me deu vontade de meter no cooler daquele vendedor.

O setor público ainda está perdido na década de 1960, as regras de admissão, estabilidade, salários bons são ideias gerais do mercado naquela época, o setor privado não está atualizado, pelo contrário, está deturbado. O colega ali acima falou que estão ofertando vagas por 1,6k e 2k para um serviço pesado, insalubre que vai te deixar cheirando a sangue quando chegar em casa. Um salário desses, ainda mais para uma empresa como a JBS que tem praticamente o monopólio das carnes no Brasil e ainda por cima o qual seus proprietários construíram grande parte de seu império na base do roubo e dos favores políticos, é uma vergonha. Sendo um trabalho insalubre, significa que a remuneração real deve ser pouco maior que um salário mínimo. Se querem atrair bons funcionários, paguem mais! Aumentar aí pra R$3.500 que terá até nego com doutorado querendo concorrer a vaga. É fácil reclamar que o povo é vagabundo quando o próprio mercado repele quem quer trabalhar e quem se interessa em fazer dinheiro.

Querem maior exemplo do que aconteceu com a Livraria Cultura? Era uma empresa que pagava bem, contratava quem sabia sobre o assunto do setor em que estava e a maioria dos funcionários gostava do que faziam. A relação entre vendedor e cliente era quase como dois amigos apaixonados por música, literatura alemã ou arte pop que discutem em um bar, só que no final um deles comprava algo do outro e ia embora com vontade de voltar e comprar mais. A empresa resolveu se "brasilizar" e começou a adotar as estratégias administrativas médias que são praticadas por aqui: salário de fome, contrato com base no QI e chefes que acham que mandar significa exercer força e assédio. O resultado está aí pra todo mundo ver, a empresa está a beira da falência. É mais fácil culpar a Amazon ou pedir pro papai Estado que tabele os preços dos livros.
TU não faz ideia do que é ter empresa. As empresas não tem condição de pagar mais não. Já tem muita empresa se fodendo pra se sustentar com a folha que tem hoje. Se tiverem que pagar mais para funcionários, pra ter menos lucro ainda eles fecham, mandam todo mundo embora e enfiam o dinheiro todo em ações dos EUA. Simples assim.
O que você esquece é a carga absurda de tributos que está por trás do salário. Só chega metade na mão do funcionário. A empresa está de fato pagando mais do que muito concursado por aí recebe, mas o estado tá roubando tudo antes de ir pro cheque do trabalhador.

Quer que o patrão pague um salário melhor? Reclame com o governo. Ele é quem tá te fodendo.

Outra: A livraria Cultura faliu pelo mesmo motivo que a FNAC e a Saraiva faliram: ninguem compra livro no Brasil. CD então, pfff.

Get with the times.
 
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Firedx

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Concordo, o salario deveria ser maior. Mas se so tem isso, tem que abraçar e lutar pra melhorar, porque ficar em casa só reclamando não adianta. O país e a empresa não irão se adaptar às necessidades das pessoas. É uma discussão interessante.
Acho que as empresas vão sim, é bem simples se a empresa não consegue contratar ninguem ela tem 2 opções ela aumenta o salario ou contrata todo o lixo.
 

JFR City

Bam-bam-bam
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Concordo com o @Metal God.
Se fizerem como o @Firedx falou um monte de empresário vai fechar ou levar seus negocios para OUTRO PAÍS.
Só você ver aí na Argentina as empresas como Carrefour e industrias emigrando pra Colombia.

É igual o pessoal que reclama que reclama que tem que ter graduação pra atuar em área que não devia: Fazer o quê? Ou vai atras de uma faculdade ou presta concurso. Ambos vão ser dificeis e dolorosos, não tem terceira opção. Até minha médica falou isso, ou faço um ensino superior no meio administrativo já que não tenho como me mudar para SP ou pego e presto um concurso, por mais que as coisas estejam ruins lá também.
Como eu moro em baixo do teto da minha familia e tenho que obedecer a eles, independentemente de idade, e preciso reganhar o respeito deles irei pela segunda opção. Depois irei progressivamente pra primeira sem abandonar a segunda.
Falando em faculdade: É ruim com e é muito pior sem.
Como falei no fim do ano passado no tópico dos desabafos: É muito melhor o cara perder 5 anos da vida se graduando em áreas administrativas mesmo que seja para trabalhar como faxineiro/ASG e ganhar dinheiro (mesmo que pouco) todo mês na conta do que ficar aí sem graduação apostando em trabalhinhos que ou as pessoas vão deixar de precisar ou a oferta e demanda vai diminuir pra cacete pra depois cair no vermelho de vez e ser obrigado a ir pro mundo do crime.
 
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Comedor de Caixinha

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Provavelmente, sim, mas é sinal que tem oportunidades a serem exploradas em areas de servviço braçal tecnico. Cidadao precisa cair na real eesquecer um pouco o ar condicionado do escritorio e fazer um pouco de força.
Sem falar que o sujeito esperto vira encarregado e depois tem a faca e o queijo na mão....pode virar chefe, sair pra fazer o serviço por conta (depois que aprendeu, conheceu o mercado, clientes, etc).

É que o pessoal não enxerga um palmo a frente do nariz.
 

Sgt. Kowalski

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Desemprego aumentou 27,6% em quatro meses de pandemia, diz IBGE

O desemprego no Brasil aumentou 27,6% em quatro meses de pandemia, informou nesta quarta-feira (23) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em maio, a população desocupada era de 10,1 milhões, número que passou para 12,9 milhões em agosto. Em comparação com julho, a taxa de desocupação no país subiu de 13,1% para 13,6%.
As regiões Norte e Nordeste foram as mais atingidas pela crise, com altas de 14,3% e 10,3%, respectivamente. A única a apresentar queda na desocupação foi o Sul, com diminuição de 2,3%.
No mesmo período, a população ocupada encolheu 2,7%. Considerando apenas a variação entre julho e agosto, porém, houve expansão de 0,8%. Com isso, o número de brasileiros ocupados chegou a 84,4 milhões, segundo a Pnad Covid.
Além do aumento do desemprego, a pesquisa ainda apontou que caiu de 44,1% para 43,9% o percentual de domicílios que recebeu algum auxílio ligado à pandemia entre julho e agosto.
No início de setembro, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o auxílio emergencial será reduzido para R$ 300 por quatro meses. A quantia representa metade da concedida nos primeiros cinco meses do programa.
Com a diminuição e o posterior fim do auxílio emergencial, a taxa de desemprego deve aumentar, já que muitos brasileiros devem se sentir estimulados a buscar ocupação em um cenário de afrouxamento das medidas restritivas de circulação impostas pela pandemia.
Por outro lado, o número de pessoas ocupadas subiu pela primeira vez na Pnad Covid. Em agosto, eram 82,1 brasileiros com alguma ocupação, 700 mil a mais do que no mês anterior.
Esse fenômeno pode ser explicado pela reabertura do comércio pelo país. Após o início da pandemia, estados e municípios decretaram o fechamento de bares, restaurantes, shoppings e lojas, com o objetivo de evitar aglomerações e promover o distanciamento social para conter o avanço da Covid-19.
Cimar Azeredo, diretor adjunto de pesquisas do IBGE, explicou que o setor informal é mais fácil de se desfazer em uma crise como a atual, mas também mais simples de recompor no mercado de trabalho.
"A carteira de trabalho, quando se perde, a dificuldade histórica de se recompor é maior", afirmou Cimar.
Na crise do coronavírus, o setor mais afetado foi o informal, que antes segurava o emprego no país. O fechamento do comércio afetou ambulantes, vendedores de praia e vários outros que trabalham por conta própria.
"Com a reabertura do mercado, essas pessoas voltam a trabalhar, as feiras de rua estão voltando, então essa parcela expressiva dessa população voltando a trabalhar é a informalidade crescendo", disse o diretor adjunto do IBGE.
Segundo a Pnad Covid de agosto, 27,9 milhões de trabalhadores estavam na informalidade, ou 33,9% da população ocupada. O número representa um aumento com relação a julho, que marcou 33,6%.
Na Pnad Contínua que calculou o mercado de trabalho do país no trimestre encerrado em janeiro, um dos últimos sem os efeitos da pandemia, a taxa de informalidade era de 40,7% da população ocupada, ante 41,2% do trimestre móvel anterior.
Apesar de também calcular os efeitos no emprego dos brasileiros, a Pnad Covid —pesquisa criada pelo IBGE para mensurar os impactos da pandemia— não é comparável à Pnad Contínua, que ainda é usada como indicador oficial do desemprego no país.
A última Pnad Contínua, com dados de julho, foi a primeira pesquisa de desemprego do IBGE que cobriu três meses completos de pandemia no Brasil.
A taxa oficial de desemprego chegou a 13,3%, a maior já registrada em um segundo trimestre, e ainda não reflete totalmente os efeitos da crise.
Segundo o instituto, 8,9 milhões de brasileiros perderam o trabalho no período, a maior queda no número de ocupados desde que a pesquisa começou a ser realizada no formato atual, em 2012.
No segundo trimestre, o Brasil tinha 83,3 milhões de pessoas com algum tipo de trabalho, o menor número da série histórica.
 

Insônia

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Confesso pra vcs que nunca tive problema em arruamar emprego, mesmo antes de ter faculdade e profissão definidas.

Na época da crisa da Dilma foi o período que mais ganhei dinheiro, agora com pleno covid recebi aumento e promoção de cargo.

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Darth_Tyranus

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Parem de reclamar do QI. É assim e pronto. Aprendam a jogar o jogo. Façam mais network, procurem abordar pessoas diretamente, aprendam a fazer algum tipo de portfólio e pegar referências.

Além disso saiba que nem sempre que vc não foi contratado foir por causa de QI. As vezes tu perdeu pra outro candidato mesmo.

Se não perceberam ainda: a era de mandar curriculo para os classificados, fazer entrevista engomadinho e ser o mais "próativo" e bem formado da entrevista acabou.

O que quero dizer, não foque no que vocês não tem controle, ficar choramingando não resolve nada. Aprenda a dançar conforme a música.

Por sinal, não é só de emprego e de concurso que se põe comida no prato. Essa dificuldade é uma excelente oportunidade de inventar alguma coisa nova, abrir um negócio (formal/informal, dane-se qualquer coisa), trabalhar pela internet, etc.
O conceito de "networking" foi importado para cá apenas como uma casca vazia, o conceito propriamente dito simplesmente não existe. A rede de contatos é importante, mas não elimina a necessidade de experiência, formação e responsabilidade. Eu cansei de ver parente e amiguinho ser promovido apenas por ter "networking" (ou QI, quem indica), sendo uma porta, não sabendo gerenciar equipe, não tendo conhecimento da área e ainda puxando o tapete de quem produz.

Networking por aqui é uma piada.

TU não faz ideia do que é ter empresa. As empresas não tem condição de pagar mais não. Já tem muita empresa se fodendo pra se sustentar com a folha que tem hoje. Se tiverem que pagar mais para funcionários, pra ter menos lucro ainda eles fecham, mandam todo mundo embora e enfiam o dinheiro todo em ações dos EUA. Simples assim.
O que você esquece é a carga absurda de tributos que está por trás do salário. Só chega metade na mão do funcionário. A empresa está de fato pagando mais do que muito concursado por aí recebe, mas o estado tá roubando tudo antes de ir pro cheque do trabalhador.

Quer que o patrão pague um salário melhor? Reclame com o governo. Ele é quem tá te fodendo.

Outra: A livraria Cultura faliu pelo mesmo motivo que a FNAC e a Saraiva faliram: ninguem compra livro no Brasil. CD então, pfff.

Get with the times.
Quando os carros chineses e coreanos começaram a entrar no Brasil com força, oferecendo preços abaixo do mercado e bem equipados, as grandes montadoras resolveram:

a) se tornar mais competitiva cortando preços;
b) equipar melhor os carros para os tornar mais atrativos ao consumidor;
c) fazer "lobby" para corte dos impostos do setor automotivo, diminuindo custos;
d) chorar pra presidente pedindo aumento de impostos nos importados e medidas protetivas.

Quando as livrarias começaram a sofrer pressão com a entrada da Amazon com preços competitivos, estas resolveram:

a) procuraram oferece serviços mais atraentes e personalizados aos clientes;
b) investir em outras áreas para diversificar o negócio;
c) modificar a lógica de fornecimento e distribuição para tentar baixar os preços e se tornarem mais competitivas;
d) pedir pro Estado tabelar o preço dos livros para que a Amazon não conseguisse vender mais barato.

Empresários reclamam do Estado, mas no primeiro problema se jogam embaixo das asas dele para pedir ajuda. Se você quer mão de obra qualificada, não será pagando salário de fome e fazendo mil exigências que atraíra esses profissionais, mas sim oferecendo condições e salários condizentes com o cargo. Um profissional competente e produtivo paga o investimento que você faz nele, mas isso não é visto dessa forma, funcionário é somente custo, emprego é somente favor, "se você não quiser tem 500 lá fora que querem!". Com certeza é fácil encontrar alguém competente, estimulado e criativo em cada esquina. Ficam nesse discurso de "você não entende" e querem que magicamente um super funcionário bata na porta da empresa, seja ultra-produtivo e ainda por cima faça tudo recebendo R$1.5k por mês. Pensar assim está fora da realidade.
 

geist

Lenda da internet
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Eu não acho que as remunerações do setor público sejam simplesmente mais altas que o privado por puro capricho, o que acontece é que o privado atingiu tal grau de absurdo que o disparate se tornou gigantesco. O que não falta é empresa ofertando vaga com exigência de curso superior, língua estrangeira, pós-graduação, serviço voluntário no Tibet e sei lá mais o quê, tudo para no final pagar R$1.500 e contratar o primo do amigo do cara do setor de vendas que engravidou uma vagabunda no baile funk e "está precisando de emprego", assim como o chefe já olha pras candidatas pensando em quem ele vai comer. Depois no final do mês reclamam do balanço, de falta de produtividade e que os funcionários são vagabundos. Por que será, né? Não canso de afirmar, RH é um câncer, mas a cabeça do empreendedor brasileiro não está muito atrás também, evitam contratar pessoas responsáveis para colocar qualquer zé mané ou a guria bonitinha, mas que é uma porta, pra receber boquete todos os dias no final do expediente.

Os brasileiros que vão pros EUA e realmente se integram ao país conseguem construir um bom patrimônio, o mesmo cara que aqui era improdutivo e ganhava salário de fome pra fazer nada. Será que a diferença está somente no setor público que paga bem? Será que está somente nas leis? A cultura do trabalho e da carreira está completamente tóxica e distorcida. Eu canso de ir em loja e os vendedores não sabem NADA. Como é possível a pessoa ficar 8 horas em um lugar, depender daquilo pra sobreviver e ainda assim não ter o mínimo conhecimento sobre aquilo em que trabalha? Lembro que quando fui comprar minha primeira TV de alta definição pra jogar Xbox 360, antes de ir na loja consultei o saudoso HT fórum por alguns dias, estudei sobre as diferenças marcas, sobre as especificações técnicas principais e tudo mais que eu considerava básico, fui nas lojas sabendo o que queria. Resultado? 9 em cada 10 vendedores não sabiam a diferença entre Plasma e LCD, sendo que eram vendedores do setor de televisões das lojas. Da mesma forma quando fui comprar meu PC queria um processador i7, cheguei numa loja de informática de shopping e o cara não sabia da existência desse processador, "nunca ouvi falar, tem certeza que isso existe? É da intel? Aqui só tem Celeron, pelo o que eu sei é o único processor que eles fabricam". Me deu vontade de meter no cooler daquele vendedor.

O setor público ainda está perdido na década de 1960, as regras de admissão, estabilidade, salários bons são ideias gerais do mercado naquela época, o setor privado não está atualizado, pelo contrário, está deturbado. O colega ali acima falou que estão ofertando vagas por 1,6k e 2k para um serviço pesado, insalubre que vai te deixar cheirando a sangue quando chegar em casa. Um salário desses, ainda mais para uma empresa como a JBS que tem praticamente o monopólio das carnes no Brasil e ainda por cima o qual seus proprietários construíram grande parte de seu império na base do roubo e dos favores políticos, é uma vergonha. Sendo um trabalho insalubre, significa que a remuneração real deve ser pouco maior que um salário mínimo. Se querem atrair bons funcionários, paguem mais! Aumentar aí pra R$3.500 que terá até nego com doutorado querendo concorrer a vaga. É fácil reclamar que o povo é vagabundo quando o próprio mercado repele quem quer trabalhar e quem se interessa em fazer dinheiro.

Querem maior exemplo do que aconteceu com a Livraria Cultura? Era uma empresa que pagava bem, contratava quem sabia sobre o assunto do setor em que estava e a maioria dos funcionários gostava do que faziam. A relação entre vendedor e cliente era quase como dois amigos apaixonados por música, literatura alemã ou arte pop que discutem em um bar, só que no final um deles comprava algo do outro e ia embora com vontade de voltar e comprar mais. A empresa resolveu se "brasilizar" e começou a adotar as estratégias administrativas médias que são praticadas por aqui: salário de fome, contrato com base no QI e chefes que acham que mandar significa exercer força e assédio. O resultado está aí pra todo mundo ver, a empresa está a beira da falência. É mais fácil culpar a Amazon ou pedir pro papai Estado que tabele os preços dos livros.

Todo o mercado de trabalho, aliás, todo o país está num ciclo vicioso. A iniciativa privada sempre trabalha no limite (em qualquer país do mundo). Vai sempre oferecer o mínimo possível para alguém com o máximo de qualificação para a vaga. Quanto mais qualificada a vaga, menos pessoas estarão disponíveis e menos delas estará disposta a vender sua mão de obra por um valor baixo, pois a mão de obra é escassa, como qualquer outro bem material.

O que acontece é que nosso mercado é rudimentar. A indústria é a principal área para puxar as melhores qualificações e remunera melhor, já que seu nível de especialização é maior. Só que os governos anteriores e a própria geopolítica do mundo fez minguar nossa já não tão extensa indústria. Não somos um país competitivo, a não ser por nosso mercado doméstico, nossa agricultura, pecuária e nossa localização geográfica. Indústrias que não focam muito nisso não tem apelo nenhum para continuar aqui.

No caso da JBS que o user postou, qual qualificação é necessárias para trabalhar em um frigorífico? Basicamente saúde, força física, boa visão, boa coordenação motora e letramento mínimo. Quem tem essas qualificações? Muita gente. O que acontece com o salário? Vai lá pra baixo. Simples assim.

Exigir superior para ser caixa de supermercado é apenas um mero filtro para não formar fila de milhares de pessoas e dar mais trabalho para a seleção. Só isso.
O empresário sabe que o "nível superior" brasileiro é um lixo, serve só no papel e para padronizar os colaboradores em empresas multinacionais.
A indústria do diploma trouxe esse fruto.

Além disso, como o colega @Comedor de Caixinha disse, o custo de pagar um salário pelo regime CLT é alto. Mais alto ainda é o risco jurídico ao lidar com qualquer funcionário. Agora nem tanto, mas há pouco tempo atrás ele podia colocar no rabo da empresa por qualquer motivo. A iniciativa privada tem que pagar seus próprios funcionários, baseado na produção deles mesmos, e pagar via impostos a máquina pública.

Empresas que abusam do QI, abusam da exploração do funcionário, se aliam ao governo e aos pares na formação de cartel, acabam perdendo a capacidade de serem mais competitivas e aí é questão de tempo para afundarem.
 

Comedor de Caixinha

Bam-bam-bam
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O problema desse tópico é o derrotismo que ele inspira. Todos sabemos que o Brasil tem problemas. Aí ficam caçando notícia ruim e filosofando sobre m**** nenhuma.

É por isso que eu não frequento mais a pasta política. Fica um bando de alienado apontando o dedo e perdendo um tempo danado, passando nervoso e sem trazer nada de útil a ninguém.

Seria muito mais proveitoso usar o tópico para trocar ideias sobre como prosperar a despeito das dificuldades, e dar o espaço para usuários compartilhar suas dificuldades, outros poderiam lhes dar ideias diferentes e de fato acabar ajudando.

Mas daí começa a despirocada com posts do tipo "olha como o Brasil é ruim", "olha como os empresários são ruins" "olha aí o desemprego aumentando". Tá, olhei, e daí?

Só me resta chacoalhar a cabeça e sair com gosto ruim na boca.
 

Crystal

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Casos do mercado de trabalho da cidade de 24k habitantes em que vivo aqui no fim do mundo do RS:

1-A unidade da JBS tá contratando gente. Está desesperada. Já são 3 semanas com carros de som anunciando que está contratando. Benefícios: plano de saúde e auxílio-alimentação. Salários entre 1600 a 2000. Serviço é pesado e insalubre. Pergunta se o pessoal tá interessado? Segundo os funcionários mais antigos, a galera não quer trabalhar no pesado. Empresa tá com dificuldades de manter a produção por falta de gente.

2-Pequena rede de supermercados: antes da pandemia, toda terça, dia em que recebem currículos, havia em torno de 50 pessoas fazendo fila pra entregar currículos. Após pandemia + bolsa esmola do governo: nem metade das pessoas na fila para entregar currículos. Tive acesso a alguns currículos dessa gente, é uma tristeza sem tamanho. Maioria trabalhava no máximo 3 meses e era demitida. Erros crassos de português no currículo. Não tem como contratar gente que mal sabe escrever e entender uma ordem escrita!

3-Metalúrgica: não pode mais pegar serviço até o final do ano por falta de mão-de-obra qualificada.

4-Funilaria: não pode mais pegar serviço até metade do ano que vem, por falta de mão-de-obra qualificada.

5-Setor de serviços elétricos e encanamento: apenas 2 profissionais acabam dividindo os maiores e melhores serviços porque não há mão-de-obra qualificada e gente interessa em se qualificar e efetuar tais serviços. E nem são grande coisa, fora que cobram caro pra caramba.

Oportunidades existem, mas falta vontade, qualificação, desejo de trabalhar, se esforçar. Enfim, diante dessas situações, às vezes, eu penso que uma boa parte dos desempregados está nessa situação por não querer trabalho mesmo.
Normal, tem duas empresas aqui na cidade que tem esse mesmo problema.
Falta pessoas para trabalharem no "pesado", por que não tem nada de mais.

Então houve um exôdo de baianos aqui pra cidade, ela tem 16k de hab, mas parece que 70% veio da bahia já, vieram basicamente para trabalhar nessas duas empresas.

Qual o problema? Que esse mesmo pessoal da bahia que chegou, 3 meses depois já vai embora, vem aqui, tem todo um treinamento e preparo para ingressar na empresa e logo somem, nem aparecem mais na empresa, nem pra buscar os documentos as vezes, acabam deixando tudo lá no RH.

Não sei não o que essa turma hoje em dia pensa, mas ninguém mais quer suar.
 

geist

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O problema desse tópico é o derrotismo que ele inspira. Todos sabemos que o Brasil tem problemas. Aí ficam caçando notícia ruim e filosofando sobre m**** nenhuma.

É por isso que eu não frequento mais a pasta política. Fica um bando de alienado apontando o dedo e perdendo um tempo danado, passando nervoso e sem trazer nada de útil a ninguém.

Seria muito mais proveitoso usar o tópico para trocar ideias sobre como prosperar a despeito das dificuldades, e dar o espaço para usuários compartilhar suas dificuldades, outros poderiam lhes dar ideias diferentes e de fato acabar ajudando.

Mas daí começa a despirocada com posts do tipo "olha como o Brasil é ruim", "olha como os empresários são ruins" "olha aí o desemprego aumentando". Tá, olhei, e daí?

Só me resta chacoalhar a cabeça e sair com gosto ruim na boca.

É compreensível que as pessoas sejam derrotistas, invejosas, acomodadas, conformadas e preguiçosas no Brasil. Nossa cultura tem sido moldada para tornar o povo mera massa de manobra, dependente, deliberadamente burro, sem o mínimo de erudição e esclarecimento sobre a realidade. Desde cedo martelam que somos desiguais (com conotação negativa), que os ricos são malvados, que o empresário é explorador, que é bom prestar concurso, aí vem uma enxurrada de cotas, vem a própria língua falada se sobrepondo à língua culta escrita, vem o "o importante é participar, não ser o melhor". Vem a tv, as redes sociais, a música, as escolas (inclusive privadas) jogando mais lixo, vem os pais, vem o péssimo exemplo de "autoridades" enfim... difícil alguém sair incólume de todo esse chorume despejado dia após dia sobre a pessoa, desde criança.

Por incrível que pareça, a igreja Universal faz mais pelas pessoas do que muita universidade Brasil afora. Lá eles incentivam fortemente o empreendedorismo, uma visão positiva da vida, a importância da coragem e da confiança em suas próprias capacidades. Não estou entrando em questão dogmática aqui, apenas nesse detalhe.

Repito: o que o método Paulo Freire fez com nosso país foi algo hediondo, irreparável. Isso está refletindo com mais força somente agora.
Tivéssemos mantido o ensino básico forte e as portas da universidade mais cerradas, a situação hoje estaria melhor.

Quem consegue acordar, ignorar toda essa negatividade e arregaçar as mangas, consegue fazer muito dinheiro ainda no Brasil. Por menor espaço que dão ao capitalismo, ele é capaz de transformar a vida das pessoas. Seja vendendo uma mão de obra rara, preciosa, de valor, seja empreendendo.
 

HuezinXD

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É compreensível que as pessoas sejam derrotistas, invejosas, acomodadas, conformadas e preguiçosas no Brasil. Nossa cultura tem sido moldada para tornar o povo mera massa de manobra, dependente, deliberadamente burro, sem o mínimo de erudição e esclarecimento sobre a realidade. Desde cedo martelam que somos desiguais (com conotação negativa), que os ricos são malvados, que o empresário é explorador, que é bom prestar concurso, aí vem uma enxurrada de cotas, vem a própria língua falada se sobrepondo à língua culta escrita, vem o "o importante é participar, não ser o melhor". Vem a tv, as redes sociais, a música, as escolas (inclusive privadas) jogando mais lixo, vem os pais, vem o péssimo exemplo de "autoridades" enfim... difícil alguém sair incólume de todo esse chorume despejado dia após dia sobre a pessoa, desde criança.

Por incrível que pareça, a igreja Universal faz mais pelas pessoas do que muita universidade Brasil afora. Lá eles incentivam fortemente o empreendedorismo, uma visão positiva da vida, a importância da coragem e da confiança em suas próprias capacidades. Não estou entrando em questão dogmática aqui, apenas nesse detalhe.

Repito: o que o método Paulo Freire fez com nosso país foi algo hediondo, irreparável. Isso está refletindo com mais força somente agora.
Tivéssemos mantido o ensino básico forte e as portas da universidade mais cerradas, a situação hoje estaria melhor.

Quem consegue acordar, ignorar toda essa negatividade e arregaçar as mangas, consegue fazer muito dinheiro ainda no Brasil. Por menor espaço que dão ao capitalismo, ele é capaz de transformar a vida das pessoas. Seja vendendo uma mão de obra rara, preciosa, de valor, seja empreendendo.
"Desde cedo martelam que somos desiguais (com conotação negativa), que os ricos são malvados, que o empresário é explorador.."
O que mais vejo é empresário fdp mesmo, minha irmã tá numa farmácia agora e os caras nem folga dão e se folgar a pessoa tem que dobrar e não pagam nada. Comigo sempre trabalhei em lugares tranquilos. O pessoal que eu conheço é só derrota mesmo o local.

Parei em Igreja Universal.

Não entendi o método Paulo Freire. (Não sou pedagogo)

Então você queria que poucas pessoas tivesse acesso a educação como antigamente ? O sistema público de educação faliu justamente quando foi abandonado pelas elites. A educação superior tá indo pelo mesmo buraco. O problema do Brasil é que as pessoas não tem pensamento de melhorar como nação. EUA mesmo desde quando era colônia o povo já se via como nação grande e próspera e trabalhavam pra isso. Aqui tudo tem que vir do Estado, até os empresários mais bem sucedidos tem ajuda do Estado como Veio da Havan e Eike Batista com Lula e Cabral. Concordo com a questão do empreendedorismo. EUA os caras capitalizam tudo. O que tem de coisas de coloque uma moeda e use lá.
 

Nemesis_Hunter

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O problema desse tópico é o derrotismo que ele inspira. Todos sabemos que o Brasil tem problemas. Aí ficam caçando notícia ruim e filosofando sobre m**** nenhuma.

É por isso que eu não frequento mais a pasta política. Fica um bando de alienado apontando o dedo e perdendo um tempo danado, passando nervoso e sem trazer nada de útil a ninguém.

Seria muito mais proveitoso usar o tópico para trocar ideias sobre como prosperar a despeito das dificuldades, e dar o espaço para usuários compartilhar suas dificuldades, outros poderiam lhes dar ideias diferentes e de fato acabar ajudando.

Mas daí começa a despirocada com posts do tipo "olha como o Brasil é ruim", "olha como os empresários são ruins" "olha aí o desemprego aumentando". Tá, olhei, e daí?

Só me resta chacoalhar a cabeça e sair com gosto ruim na boca.
Você quer o que fera ? Se você quer viver no mundo do pirulito é só ficar assistindo as novelas da globo, não dá pra você ignorar a realidade, várias empresas fecharam as portas, o Brasil tá quase falido, olha o dólar o valor que está, o quanto nossa moeda foi desvalorizada. Para prosperar eu acho que somente se o governo deixasse a gente usar outra moeda de troca, mas aí eles teriam que abrir mão do monopólio do real.
 

HuezinXD

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Você quer o que fera ? Se você quer viver no mundo do pirulito é só ficar assistindo as novelas da globo, não dá pra você ignorar a realidade, várias empresas fecharam as portas, o Brasil tá quase falido, olha o dólar o valor que está, o quanto nossa moeda foi desvalorizada. Para prosperar eu acho que somente se o governo deixasse a gente usar outra moeda de troca, mas aí eles teriam que abrir mão do monopólio do real.
Pessoal que não produz tá gostando da economia :V
 
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