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88% dos intubados com covid em fevereiro morreram no Brasil

Chris Redfield jr

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88% dos intubados com covid em fevereiro morreram no Brasil
Taxa sobe há 3 meses: era de 80%
Situação é pior no Norte e Nordeste
Curva mostra possível piora em março
Saiba qual é a situação em cada Estado

Dos internados por covid com ventilação respiratória invasiva em fevereiro, 87,9% morreram, mostra levantamento realizado pelo Poder360. É o pior mês desde o início da pandemia. A situação vem se agravando desde dezembro.

Estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) publicado em janeiro na revista Lancet mostrou que 80% dos intubados em 2020 morreram no Brasil. O Poder360 reproduziu a metodologia da pesquisa para 2021 e constatou agravamento da situação.

Considerando os intubados no mês de novembro, 80,2% morreram. Esse número subiu para 82,7% em dezembro, 85,3% em janeiro e atingiu seu maior patamar com 87,9% em fevereiro.

taxa-mortes-intubacao-covid-01.png


Dos 10 Estados em pior situação, 8 estão nas regiões Norte e Nordeste do país. Essa comparação considera o período de março de 2020 a fevereiro de 2021. Em Santa Catarina, onde a situação é a menos grave do país, morreram 7 de cada 10 pacientes intubados.

taxa-mortes-intubacao-covid-02.png



Há poucos estudos sobre o tema com dados de abrangência nacional. Entre os que existem, o Brasil se sai mal. Itália (52% de mortos depois de intubação) e Alemanha (53%) têm taxas menores.

taxa-mortes-intubacao-covid-03.png




O pesquisador da Fiocruz Fernando Bozza, autor do estudo original, elenca alguns dos fatores que levaram à piora do quadro nos últimos meses:





  • UTIs lotadas;
  • centros médicos sem condições de atendimento;
  • profissionais sem experiência de intubação;
  • burnout das equipes;
  • falta de equipamentos;
  • quebra de protocolos de boas práticas.
Bozza avalia que a situação tende a se agravar . “Vimos o colapso na região Norte e algum colapso na região Nordeste. Agora, estamos vendo uma evolução de colapso para todo o sistema de saúde brasileiro. Tem a sincronização da epidemia em todas as regiões e nas capitais”, afirma.

Segundo o pesquisador da Fiocruz, a piora do cenário poderá se dar de forma rápida. “A perspectiva para abril e maio é muito ruim. Se não aprofundar as medidas de contenção neste momento, não vai ter tempo hábil para o processo de vacinação fazer diferença. O que funciona é que as pessoas fiquem em casa e façam a sua parte”, diz.

Essa também é a opinião do médico Rodrigo Biondi, presidente da regional do Distrito Federal da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira). Ele avalia que aumentar as restrições à circulação de pessoas é a única solução possível neste momento. “Não seria necessário lockdown se as pessoas respeitassem regras de distanciamento e de uso de máscaras. Mas elas não cumprem isso”, afirma.

Biondi considera impossível aumentar o número de leitos de forma eficaz a curto prazo. Muitos dos que já foram implantados recentemente contribuem de forma precária para a cura dos pacientes. O maior problema, diz o médico, está na escassez de profissionais, incluindo médicos e enfermeiros. “No Reino Unido havia 1 enfermeiro por paciente antes da pandemia. Agora há 1 para 3 pacientes e eles dizem que é impossível trabalhar. No Brasil a legislação permite 1 para 10 e estamos com situações muito piores do que isso”, afirma.

O médico intensivista diz que o percentual de morte de intubados que o Brasil atinge neste momento é algo inédito. “Normalmente a taxa fica entre 15% e 20%”. Destaca que muitos dos intubados não estão em UTIs, mas em enfermarias e até mesmo em unidades de atenção primária. “Eles são excluídos da contabilização da fila para entrar na UTI, mas não deveria ser assim”.

 

Tassadar_

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88% dos intubados com covid em fevereiro morreram no Brasil
Taxa sobe há 3 meses: era de 80%
Situação é pior no Norte e Nordeste
Curva mostra possível piora em março
Saiba qual é a situação em cada Estado

Dos internados por covid com ventilação respiratória invasiva em fevereiro, 87,9% morreram, mostra levantamento realizado pelo Poder360. É o pior mês desde o início da pandemia. A situação vem se agravando desde dezembro.

Estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) publicado em janeiro na revista Lancet mostrou que 80% dos intubados em 2020 morreram no Brasil. O Poder360 reproduziu a metodologia da pesquisa para 2021 e constatou agravamento da situação.

Considerando os intubados no mês de novembro, 80,2% morreram. Esse número subiu para 82,7% em dezembro, 85,3% em janeiro e atingiu seu maior patamar com 87,9% em fevereiro.

taxa-mortes-intubacao-covid-01.png


Dos 10 Estados em pior situação, 8 estão nas regiões Norte e Nordeste do país. Essa comparação considera o período de março de 2020 a fevereiro de 2021. Em Santa Catarina, onde a situação é a menos grave do país, morreram 7 de cada 10 pacientes intubados.

taxa-mortes-intubacao-covid-02.png



Há poucos estudos sobre o tema com dados de abrangência nacional. Entre os que existem, o Brasil se sai mal. Itália (52% de mortos depois de intubação) e Alemanha (53%) têm taxas menores.

taxa-mortes-intubacao-covid-03.png




O pesquisador da Fiocruz Fernando Bozza, autor do estudo original, elenca alguns dos fatores que levaram à piora do quadro nos últimos meses:





  • UTIs lotadas;
  • centros médicos sem condições de atendimento;
  • profissionais sem experiência de intubação;
  • burnout das equipes;
  • falta de equipamentos;
  • quebra de protocolos de boas práticas.
Bozza avalia que a situação tende a se agravar . “Vimos o colapso na região Norte e algum colapso na região Nordeste. Agora, estamos vendo uma evolução de colapso para todo o sistema de saúde brasileiro. Tem a sincronização da epidemia em todas as regiões e nas capitais”, afirma.

Segundo o pesquisador da Fiocruz, a piora do cenário poderá se dar de forma rápida. “A perspectiva para abril e maio é muito ruim. Se não aprofundar as medidas de contenção neste momento, não vai ter tempo hábil para o processo de vacinação fazer diferença. O que funciona é que as pessoas fiquem em casa e façam a sua parte”, diz.

Essa também é a opinião do médico Rodrigo Biondi, presidente da regional do Distrito Federal da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira). Ele avalia que aumentar as restrições à circulação de pessoas é a única solução possível neste momento. “Não seria necessário lockdown se as pessoas respeitassem regras de distanciamento e de uso de máscaras. Mas elas não cumprem isso”, afirma.

Biondi considera impossível aumentar o número de leitos de forma eficaz a curto prazo. Muitos dos que já foram implantados recentemente contribuem de forma precária para a cura dos pacientes. O maior problema, diz o médico, está na escassez de profissionais, incluindo médicos e enfermeiros. “No Reino Unido havia 1 enfermeiro por paciente antes da pandemia. Agora há 1 para 3 pacientes e eles dizem que é impossível trabalhar. No Brasil a legislação permite 1 para 10 e estamos com situações muito piores do que isso”, afirma.

O médico intensivista diz que o percentual de morte de intubados que o Brasil atinge neste momento é algo inédito. “Normalmente a taxa fica entre 15% e 20%”. Destaca que muitos dos intubados não estão em UTIs, mas em enfermarias e até mesmo em unidades de atenção primária. “Eles são excluídos da contabilização da fila para entrar na UTI, mas não deveria ser assim”.

Tá tenso essa pandemia... Triste isso...
 

Flame Vicious

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Sim. Mortalidade hospitalar. No Brasil é uma das maiores do mundo, e as causas são várias.

Uma delas é a incompetência dos nossos próprios médicos, muitos que recém se formaram entrando nas linhas de frente do combate ao covid sem a devida experiência.
 

a r

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Sim. Mortalidade hospitalar. No Brasil é uma das maiores do mundo, e as causas são várias.

Uma delas é a incompetência dos nossos próprios médicos, muitos que recém se formaram entrando nas linhas de frente do combate ao covid sem a devida experiência.
Assisti uma reportagem no Jornal Hoje que faltam profissionais e tempo para formar intensivistas

EDIT: Jornal Hoje | Brasil corre risco de não ter médicos intensivistas especializados | Globoplay
 


Bill Kamp

Bam-bam-bam
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É um número assustador.

O apresentado por cientistas é que com o andar da pandemia, nosso conhecimento sobre ela melhora, e nossa resposta e redução de óbito tb.

o que se mostra que existem variáveis que estao reduzindo a taxa de mortes, porém estão sendo suplantadas por variáveis piores ainda.

Como trazido no texto, falta de material, sobrecarga de equipe, falta de locais.

Se essa situação fosse em março do ano passado, a taxa seira mais alta ainda.

uma dúvida.

Da onde isso:

"profissionais sem experiência de intubação; "

Se são as equipes de UTI, eles tem experiência.

Por acaso é por haver uma entrada grande profissionais para dar conta do volume, e são profissionais menos treinados?

Até pq não é apenas o intensivista que entuba.

Mas ele costuma ser o melhor.
 

jackjone

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É um número assustador.

O apresentado por cientistas é que com o andar da pandemia, nosso conhecimento sobre ela melhora, e nossa resposta e redução de óbito tb.

o que se mostra que existem variáveis que estao reduzindo a taxa de mortes, porém estão sendo suplantadas por variáveis piores ainda.

Como trazido no texto, falta de material, sobrecarga de equipe, falta de locais.

Se essa situação fosse em março do ano passado, a taxa seira mais alta ainda.

uma dúvida.

Da onde isso:

"profissionais sem experiência de intubação; "

Se são as equipes de UTI, eles tem experiência.

Por acaso é por haver uma entrada grande profissionais para dar conta do volume, e são profissionais menos treinados?

Até pq não é apenas o intensivista que entuba.

Mas ele costuma ser o melhor.

Kkkkkkk

Equipes de uti com experiencia? Isso aqui eh huezil, cara. Um amigo meu que virou medico ha um ano, sem especializacao nenhuma, entubou gente pra c***lho nessa pandemia. Inclusive ele disse que muita gente morre por entubarem errado. Em interior so se tem clinico geral cara, eles que entubam a galera. Isso sem falar que, na falta de medico, mesmo em capitais devem estar chamando qualquer um. Tu nao viu que o governo tava dando ate diploma antecipado pra formandos em medicina pra eles irem trabalhar na pandemia?

Medico experiente em entubacao so se deve encontrar, em maioria, em hospitais particulares e de la deve vir a maior parte desses 12% que resiste. Hoje nego ta entubando por “precaucao” e eu acho isso uma temeridade. As vezes a pessoa nem ta mal assim e tao entubando, inclusive a mae de um amigo meu morreu anteontem. Ela nao sentia nada, nem cansaco, nem dificuldade pra respirar, nada, mas como o filho pegou covid, fizeram exame nela e diagnosticaram com covid e “pneumonia silenciosa”. Ai decidiram internar e depois entubaram. Passou 14 dias entubada e anteontem teve duas paradas cardiacas e morreu.

Ironicamente, ainda que por linhas mt tortas, quem estava certo era o “maneta” que dizia pra so ir em hospital em caso mt grave. E tava certo pq pra ir e nego entubar por precaucao arriscando a vida do cara, eh melhor esperar mesmo.

Vi aqui um sertanejo que foi entubado pq tava com 30% do pulmao comprometido por “precaucao”. Meu pai chegou a ficar com 50% do pulmao comprometido sem sentir nada, so perda de paladar e olfato e dor de cabeca. Nao quiseram nem internar ele. Hj ta bonzinho e sem sequelas. Se fosse hoje, mt provavelmente iriam querer no mínimo manda-lo pra uti por “precaucao”.


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DanielMF

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Por isso era importante controlar a pandemia, ao invés de contar apenas com a criação de leitos.
 

overoad

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Só vi ali escrito Bozza. É a mulher do Bozzo?


Fora a piada, número MUITO assustador mesmo. É próximo de ser uma sentença de morte :kcry
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Gattuso

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É esse pensamento que é só fazer mais UTI que pronto

Só que agora quem está tratando e entubando os pacientes nessas vagas extras são recém-formados, dermatologistas, psiquiatras
 

Figulo

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Pessoal, não é simplesmente o ato de intubar em si que causa essa mortalidade tão grande. Até porque essa é a mortalidade de quem bem ou mal já foi intubado, não estamos falando de quem morreu sem conseguirem intubar (que apesar de provavelmente acontecer bastante por aí, ainda seria uma minoria).
Se o problema fosse só intubar, deslocar anestesistas pras emergências e UTIs só pra intubar resolveria tudo. Intubar é só o primeiro passo de uma caralhada de passos pra tirar um paciente vivo da UTI (infelizmente também não estamos nem falando de desfechos ainda mais importantes, como sair vivo do hospital, continuar vivo 90 dias depois, conseguir trabalhar meses depois etc).

Cuidar de um paciente respirando por aparelhos é difícil. Botar alguém que não sabe o que está fazendo pra cuidar desses pacientes é que nem botar alguém com carteira de moto pra dirigir um caminhão.
Não tem como esperar bons resultados sem gente que saiba o que está fazendo. Simplesmente não tem solução pra isso. Não tem gente especializada o suficiente no Brasil.
 

overoad

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Esquerdista é um bixo que não se importa com o ser humano mesmo. Impressionante. Tudo é motivo e oportunidade para militar. Triste...
Não esquerdista e sim militante. Basicamente qualquer minion é isso, só tem interesse em fazer palanque em cima dos caixões.

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Ixchel

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Perdi vários conhecidos por causa desse vírus.
Ano passado achei tenso 1000 pessoas morrer no Brasil por causa da covid. Agora a quantidade de mortos já superou 300000.
Isso só no Brasil.
 

Chris Redfield jr

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Desde o início da pandemia de Covid-19, um grupo de risco foi definido pela comunidade médica e científica e, entre as condições que se configuram como um fator de risco, está a obesidade. De acordo com um estudo recente do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), publicado no Morbidity and Mortality Weekly Report, foi comprovado que há uma associação entre o excesso de peso e casos graves da Covid-19. Portanto, pacientes com essa doença, sobretudo em seus estágios mais avançados, apresentam uma maior chance de desenvolverem as formas mais severas de Covid-19, o que implica em um maior risco de intubação e até mesmo de morte. Pensando em esclarecer a relação entre obesidade e Covid-19 e evidenciar a importância do exercício físico e da alimentação para a promoção de uma vida saudável, com um índice de massa corporal dentro do esperado do ponto de vista fisiológico, o Eu Atleta conversou com o médico endocrinologista Ricardo Oliveira, o profissional de educação física Willemax Santos e a nutricionista Sylvia Pozzobon.

O estudo

Na pesquisa do CDC, foram analisados os dados de aproximadamente 150 mil adultos hospitalizados com Covid-19 nos Estados Unidos, e os resultados comprovaram que estar acima do peso configura uma relação de risco para o agravamento dos casos da doença. Embora não seja novidade o fato de a obesidade ser um fator de risco para os pacientes com Covid-19, visto que isso foi apontado desde o início da pandemia, o relatório do órgão americano traz dados importantes, como:

  • Os resultados mostraram que o risco de ser hospitalizado é 7% maior para adultos com índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 34,9 (equivalente à obesidade grau I);
  • As chances de pessoas com IMC de 45 (obesidade grau IV) serem hospitalizadas aumentaram para 33% em comparação com pessoas com IMC considerado saudável – entre 18,5 e 24,9;
  • Em relação à probabilidade de internação em UTIs, houve um aumento de 108% para pessoas com alto grau de obesidade;
  • O risco de morte em adultos com obesidade variou de 8% maior na faixa de IMC de 30 a 34,9 até 61% maior para aqueles com IMC de 45;
  • Pessoas com IMC saudável ou equivalente à sobrepeso (de 23,7 a 25,9) apresentaram uma chance menor de ter casos mais graves de Covid-19.

Além disso, em pessoas que se encontram abaixo do peso considerado saudável, há um risco maior de hospitalização em virtude da Covid-19. Segundo o estudo, indivíduos com IMC inferior a 18,5 apresentaram uma chance 20% maior de internação do que pessoas com IMC saudável. Vale ressaltar, ainda, que um estudo anterior apontou que 90% das mortes por Covid-19 no mundo ocorreram em países com alta taxa de obesidade. Ou seja, os cuidados para se manter em um IMC saudável devem ser redobrados neste período pandêmico.

Obesidade e Covid-19

É sabido que a obesidade grave está ligada a outras doenças metabólicas, como hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2. As pessoas obesas também são mais vulneráveis às complicações da gripe comum, além de terem uma proteção diminuída contra o vírus influenza, mesmo quando vacinados. Atualmente, uma pauta muito discutida em todo o mundo é a relação entre obesidade e um possível aumento de risco para a Covid-19. Mas, afinal, por que pacientes com Covid-19 e excesso de peso apresentam chances maiores de desenvolver complicações no quadro da doença?
De acordo com especialistas, o pulmão da pessoa obesa tem pior capacidade de expansão e maior fadiga da musculatura respiratória. Além disso, a prevalência da apneia obstrutiva do sono é muito alta nesta população, contribuindo ainda mais para um colapso do sistema respiratório e menos capacidade de recuperação caso o paciente precise ser colocado em um respirador. Outros fatores preocupantes para o manejo do paciente com obesidade grau 3 é a dificuldade de obter boas imagens pulmonares na tomografia e radiografias, problemas do posicionamento do paciente nos leitos de UTI nos casos de uso do respirador.
- Hoje, sabe-se muito bem que a obesidade representa um estágio de inflamação crônica e sistêmica, o que prejudica o sistema imunológico, implicando numa resposta imune menos eficaz. Além disso, os estágios mais graves de obesidade (IMC > 35-40 Kg/m2) impõem uma piora da função pulmonar com redução da capacidade ventilatória. Com isso, uma doença que prejudique a função pulmonar, como é o caso das formas mais graves da Covid-19, podem levar a situações catastróficas nos chamados "grandes obesos" - aponta Ricardo Oliveira.
A seguir, o médico endocrinologista destaca alguns pontos pontos importantes relacionados à obesidade e Covid-19:

  • A obesidade pode prejudicar o sistema imunológico, por meio da inflamação crônica, a qual pode dificultar o processo de migração das células de defesa;
  • Existem estudos que indicam um maior risco de infectividade por Influenza A (vírus da gripe) em indivíduos com obesidade;
  • Existem dados que apontam para uma maior gravidade de casos com infecção por H1N1 em indivíduos obesos;
  • 40% dos pacientes internados em UTIs em razão do SARS-COV-2 apresentam obesidade;
  • Indivíduos obesos, sobretudo aqueles com obesidade grau 3 (IMC > 40 kg/m2), podem ter uma diminuição da ventilação pulmonar em razão de dificuldade de expansão da caixa torácica pelo volume abdominal aumentado - Síndrome Restritiva;
  • É importante evitar dietas muito restritivas (ex: Very Low Calory Diet) neste período, o que não significa dizer que obesos não devam continuar seu tratamento de perda de peso;
  • Em caso de pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica, é importante assegurar um aporte nutricional adequado, sobretudo no que diz respeito às vitaminas e aporte proteico -mínimo de 60 g/dia;
  • Indivíduos com IMC acima de 40 devem ser afastados do trabalho presencial durante o período de pandemia.


A importância do exercício físico

Em uma revisão de escopo publicada em fevereiro deste ano, foi relatado que metade dos 61.764 entrevistados, com idade entre 19 a 47 anos, ganhou peso durante este período de pandemia, sobretudo pelo aumento do consumo total de alimentos juntamente a uma redução nas práticas de atividades físicas. Portanto, devido a essa mudança comportamental, há uma grande preocupação no mundo inteiro, afinal, a obesidade é um dos maiores fatores de risco relacionados à hospitalização e doença crítica provocada pela Covid-19.
De acordo com Willemax Santos, dentre as intervenções propostas e conhecidas atualmente para o controle de peso, o exercício se destaca por ser uma estratégia não farmacológica, barata e viável para atenuar esses efeitos da Covid-19 associado ao ganho de peso, reduzindo os piores resultados em pacientes com obesidade e infecção pela doença.
- O exercício físico, além de promover um aumento das células imunológicas, pode atuar nos fatores relacionados à obesidade, como a redução dos níveis de gordura corporal. Além disso temos os fatores associados como a resistência à insulina, diabetes tipo 2, dislipidemia, hipertensão, doença pulmonar, doença cardiovascular e componentes inflamatórios, como a redução significativa da interleucina-6 (IL-6) plasmática e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) indicando uma resposta anti-inflamatória - aponta o profissional de educação física.
Outra pergunta recorrente relacionada à obesidade e à Covid-19 é se as pessoas obesas que são ativas fisicamente levam vantagem sobre aquelas sedentárias. Segundo a American Heart Association, recomenda-se a prática de exercício físico para a redução de peso em sujeitos com sobrepeso e obesidade para minimizar a gravidade dos fatores de risco de doenças cardiovasculares. Um estudo publicado em 2011 apresenta que a busca pela perda de peso clinicamente significativa (≥ 5% da massa corporal basal) é eficaz na redução dos fatores de risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
- Dentre as principais justificativas, os altos níveis de atividade física e a melhora da aptidão cardiorrespiratória estão inversamente associados à mortalidade por todas as causas. Ou seja, sujeitos com níveis mais altos de IMC, %de gordura corporal, massa gorda, massa livre de gordura e circunferência da cintura, mas que se exercitam, apresentam uma taxa de mortalidade inferior quando comparada aos sujeitos de níveis semelhantes, mas que não fazem alguma prática de exercício físico. Dessa forma, há um fundamento forte para os indivíduos com sobrepeso e obesidade busquem a prática do exercício físico e o mais importante, se tornem ativos fisicamente - explica Willemax Santos.

Inflamação crônica e doença pulmonar

Entre as possíveis razões para a associação entre excesso de peso e piores desfechos da doença, estão inflamação crônica e função pulmonar prejudicada, condições que podem ser originadas ou agravadas a partir da inatividade física.
- A inflamação crônica e a função pulmonar prejudicadas são multifatoriais e provavelmente incluem, além da alta exposição ambiental (ex. poluição do ar), um comportamento e um estilo de vida pouco saudáveis, como a inatividade física, a má nutrição e a obesidade. Curiosamente, paralelo ao aumento da prevalência desses problemas pulmonares, tem havido um aumento constante da obesidade. Ainda não está claro, mas um dos mecanismos propostos que relacionam a obesidade com esses problemas incluem a sobrecarga mecânica nos pulmões e a inflamação e a hipertrofia das vias aéreas - destaca o profissional.
Willemax ainda ressalta que as intervenções como o exercício podem contribuir para promover alteração desse estilo de vida pouco saudável visando à redução do peso e a melhora da função pulmonar. Ainda que bastante discutido, esse controle de peso e melhora pulmonar poderia servir como um fator motivacional adicional para que esses sujeitos possam se inserir a um programa de treinamento para continuar perdendo peso e obter ganhos nos parâmetros respiratórios, favorecendo uma relação cíclica. Dessa forma, além de melhorar a composição corporal e aptidão aeróbia, o exercício pode melhorar o controle desses problemas pulmonares, a qualidade de vida e a inflamação das vias aéreas.

Obesidade e sedentarismo: como sair dessa?

A ciência atualmente apresenta que diferentes intensidades e tipos de exercícios físicos têm impactos diferentes na inflamação na condição de obesidade e no sistema imunológico. Alguns estudos compararam os efeitos dos exercícios de alta intensidade e moderada intensidade e sugerem que o treinamento contínuo de moderada intensidade pode ser útil para este público e neste atual momento devido à melhora dos biomarcadores da função imunológica. Enquanto o exercício intenso pode aumentar os níveis de citocinas inflamatórias e reduzir a função imunológica, permitindo um aumento na suscetibilidade a doenças respiratórias (o que é indesejado neste momento e em pessoas obesas).
- Uma das estratégias que podem ser adotadas é a contagem do número de passos dados por dia. Alguns aplicativos validados podem ser utilizados como ferramenta útil para atenuar o tempo de permanência em comportamento sedentário e incentivo à adoção de mudanças de estilo de vida. Outro fator importante refere-se à escolha de atividades que o indivíduo tenha prazer em executar, seja pedalar, caminhar, dançar, correr, nadar, etc. O mais importante é que as pessoas se exercitem durante este período e se mantenham ativas fisicamente, isso porque a inatividade e a baixa aptidão cardiorrespiratória são tão importantes quanto o sobrepeso ou a obesidade como preditores de mortalidade.

Alimentação e sua relação com Covid-19 e obesidade

A alimentação tem um papel bastante significativo quando tratamos dos fatores de risco relacionados à Covid-19. Sabemos que são diversos os fatores de risco (isso também é o que torna essa doença tão intrigante), porém, muitos destes fatores estão ligados às questões nutricionais como doenças pré-existentes, como diabetes, doença renal crônica, doença cardiovascular, obesidade e várias outras que tornam deficitário o sistema imune do paciente.
Neste sentido, a nutricionista Sylvia Pozzobon destaca que a boa alimentação pode fazer parte da prevenção às formas mais graves da Covid-19, afinal, uma pessoa saudável tem menores chances de evoluir para um quadro grave. E como já vimos anteriormente, pessoas com obesidade podem apresentar inflamação crônica e função pulmonar prejudicada, mas será que ambas as condições podem ser influenciadas por aspectos nutricionais?
- As doenças anteriormente citadas estão intimamente ligadas a quadros de inflamação crônica, o que pode ser relacionado com eventos mais graves de Covid-19. A inflamação crônica tem um papel crucial no desenvolvimento do SARS-CoV2, pois, após a entrada do vírus no corpo humano, começa a resposta do nosso sistema imune contra o mesmo, o qual, se não controlado, fará com que haja danos no tecido pulmonar e redução da capacidade do órgão. Quando chegamos a esse estágio da doença, significa que nosso sistema imune falhou em combater o vírus nos seus estágios iniciais. Dessa forma, sim, entendo que o excesso de peso, por promover um processo de inflamação crônica de baixo impacto, pode estar relacionado com desfechos mais graves da Covid-19, portanto, a nutrição como forma de redução da massa corporal pode atuar como prevenção - explica a profissional.

Como fazer para que o IMC se mantenha saudável?

Tendo em vista que um IMC acima do considerado saudável é um fator de risco para a Covid-19 e outras doenças, manter a massa corporal dentro do considerado adequado pela comunidade médica é fundamental. Para isso, a nutricionista ressalta que precisamos, primeiro, entender que tudo é um processo. Dessa forma, um indivíduo que está com um IMC de obesidade precisa, primeiramente, melhorar seus hábitos alimentares, entendendo como a alimentação pode impactar de forma crucial na sua saúde.
- A partir daí, existem diversas abordagens que podem ser feitas para que o emagrecimento ocorra, mas é importante frisar que são estratégias que têm que estar de acordo com a realidade do indivíduo: questões econômicas, sociais, de rotina e até mesmo de preferências são extremamente importantes para que haja aderência e, por fim, constância. Além disso, a prática de exercício físico é um grande facilitador porque, além de ajudar com o aumento de gasto calórico, impacta diretamente na saúde. Uma dica geral e pontual é melhorar as escolhas. Preferir sempre alimentos in natura e minimamente processados, evitar frituras, fast-foods, açúcar e farinha branca e álcool em excesso - recomenda Sylvia Pozzobon.
Nesse sentido, o médico endocrinologista Ricardo Oliveira ainda destaca que a adoção de um estilo de vida saudável, o qual inclui bons hábitos alimentares, prática regular de atividade física, boas noites de sono e manejo do estresse, é a chave para o sucesso. Boas amizades, limitação do "tempo de tela" e bom ambiente familiar também podem fazer a diferença.

Hábitos alimentares na pandemia


Na pandemia, muitas pessoas sofreram com o ganho de peso, algumas inclusive passaram do estágio do sobrepeso para a obesidade. Mas, em um momento de exigência emocional tão grande, aderir a uma dieta não é tão simples assim. Segundo Sylvia, sempre que pensamos em dieta logo associamos isso à alguma restrição severa ou sofrimento, o que não é verdade. Afinal, a dieta não precisa significar excluir grupos alimentares, cortar o pão ou passar fome.
- Defendo o que chamo de “dieta sem nome”, na qual praticamente tudo o que é comida de verdade é permitido. Por exemplo: frutas, grãos e leguminosas (o bom e velho arroz e feijão), verduras e legumes, carnes (para quem come), laticínios. O que a pessoa realmente deve evitar são os produtos altamente industrializados ricos em gordura trans, açúcar, química e sódio: biscoitos, massas prontas, molhos prontos, refrigerante, suco de caixinha. Certamente ter um pouco de cuidado com o excesso de óleo no preparo dos alimentos, evitar temperos prontos otimizadores de sabor e cuidar da quantidade de sal também são dicas importantes. Um conselho que dou sempre aos pacientes: comidinha caseira de mãe e avó, feita com temperinho caseiro (alho, cebola, ervas frescas e pouco óleo) é sempre uma boa escolha. Não precisa passar fome, mas passe longe das comidas prontas e coisas que vêm dentro de saquinhos com enormes listas de ingredientes - sugere a nutricionista.
Ainda segundo a profissional, uma boa forma de se aproximar de uma alimentação equilibrada com facilidade é montar pratos coloridos — sempre uma salada variada e fresca, com legumes crus ou cozidos (ótima fonte de micronutrientes que atuam também no nosso sistema imune), colocar uma boa fonte de carboidrato (que é energia para nosso corpo — arroz integral ou branco, batata cozida ou inhame, por exemplo), adicionar um feijãozinho caseiro (sem carnes) e uma fonte de proteína (carnes magras como peixe, frango ou carne bovina sem gordura). Nos lanches, evitar alimentos prontos e optar por frutas frescas, castanhas e iogurtes naturais, por exemplo.
Além disso, não podemos esquecer da prática de atividade física, a qual é crucial para uma vida saudável e para o bom funcionamento do organismo — além de ser um fator relacionado com menores chances de desenvolvimento das formas graves de Covid-19, bem como evita doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão e outras). Em casa ou na rua (com proteção), o importante é ter uma rotina de treinos e manter a constância.

Exemplo de cardápio saudável

É importante ressaltar que é necessário procurar um nutricionista para um planejamento individualizado. Em geral, 4 a 6 refeições equilibradas por dia é o indicado para pessoas com obesidade. A seguir, confira um exemplo de cardápio saudável montado pela nutricionista Sylvia Pozzobon:

  • Opções para o café da manhã: fruta com aveia ou pão integral com ovo, queijo magro ou iogurte natural com fruta ou vitamina de leite com fruta;
  • Almoço: carnes magras, purê de raízes ou grãos integrais, legumes cozidos no vapor, vegetais à vontade;
  • Lanche: sanduíche integral com ovo, queijo magro e pode ter vegetais ou iogurte batido com frutas congeladas ou fruta fresca com castanhas;
  • Janta: como no almoço, carnes, legumes, porção de raiz ou grãos integrais e vegetais à vontade.

Por fim, é válido destacar que pessoas com obesidade grau 3 devem tomar mais cuidados de prevenção em relação ao isolamento social, medidas de higiene pessoal e do ambiente. É preciso entender que a obesidade é uma doença crônica como o diabetes e a hipertensão e deve ser tratada.


 

fVilaça

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Um conhecido meu que ficou internado me disse que queriam o intubar e ele não aceitou de jeito nenhum, e foi aconselhado até por enfermeiras a não aceitar.

Ele ficou 20 dias no hospital e saiu vivo, se for verdade ele pode muito bem ter salvo a própria vida ao não aceitar.
 

Death Knight

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O sistema já é precário, e com sobrecarga, praticamente deixa de funcionar...
 

jackjone

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Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.



So que o cara foi entubado. Morreu depois de estar entubado, mais um para as estatisticas. O cara teve condicao de sair correndo mas tinha que ser entubado. Ele tava mal desse jeito conseguindo correr? Nao deu nem duas semanas que entubaram o cara e ele morreu.


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Chris Redfield jr

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So que o cara foi entubado. Morreu depois de estar entubado, mais um para as estatisticas. O cara teve condicao de sair correndo mas tinha que ser entubado. Ele tava mal desse jeito conseguindo correr? Nao deu nem duas semanas que entubaram o cara e ele morreu.


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A manchete mais correta seria: "Morre intubado paciente que fugiu para não ser intubado."
 

jackjone

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A manchete mais correta seria: "Morre intubado paciente que fugiu para não ser intubado."

Mas a intencao nunca foi de fazer uma manchete correta. Canalhamente quiseram colocar a culpa da morte no cara, querendo dizer que ele morreu pq correu da entubacao. Ai como muita gente so le manchete, nao vem na reportagem que o cara morreu justamente depois de ocorrer o que ele fugiu, ser entubado.


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Chris Redfield jr

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Vinícius precisou ser intubado para controlar a respiração e o mesmo aconteceu dias depois com a mãe, que foi para a UTI-covid e intubada no dia 25 de março. Horas após a mulher ter entrado na Unidade de Terapia Intensiva, o filho morreu.

Ela não teve tempo de ser informada da morte. Dois dias depois de ter intubada, Vanda não resistiu às complicações do coronavírus e acabou morrendo. Nos dois casos, por conta dos protocolos sanitários, houve apenas sepultamento, sem velório.

Além de Vanda e Vinícius, o marido dela também foi diagnosticado com a covid-19 e segue internado em um leito de UTI-covid no Hospital Municipal de Paulínia. O estado de saúde dele é considerado grave
 

antonioli

O Exterminador de confusões
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Pelo que minha mãe falou, meu tio que foi recém intubado levou horas para conseguir realizar o procedimento. Tiveram alguma dificuldade lá. O negócio está feio.
Qual a chance de sobrevivência sem entubar? Negócio virou abate.
É difícil de saber. Mas ontem também saiu a notícia

Em 2021, 38% dos mortos por Covid em hospitais não chegaram à UTI
Levantamento em base de dados usada pelo Ministério da Saúde indica que 28 mil pacientes morreram neste ano sem conseguir tratamento intensivo


Nego está com o estado agravando não está tendo nem a chance de chegar a UTI. Sinistro.

Vi aqui um sertanejo que foi entubado pq tava com 30% do pulmao comprometido por “precaucao”. Meu pai chegou a ficar com 50% do pulmao comprometido sem sentir nada, so perda de paladar e olfato e dor de cabeca. Nao quiseram nem internar ele. Hj ta bonzinho e sem sequelas. Se fosse hoje, mt provavelmente iriam querer no mínimo manda-lo pra uti por “precaucao”.
Aconteceu algo semelhante com meu pai. Ele foi ao hospital e tinha em torno de 25% do pulmão comprometido. Quando voltou estava entre 40 e 50%. Ele não teve tanta perda de paladar, mas ficou tossindo como um louco. Demorou umas três semanas até ficar mais estável e diminuir bastante a tosse. O pulmão continuou com as sequelas, mas não lembro o percentual.

Só que o curioso é que em uma médica que foi depois, disse que se dependesse dela, com os 25% já teria feito a internação. Não duvido que ao subir para os 40-50% já teriam entubado ele e vai saber o resultado disso. É uma questão delicadíssima.
 

Akita

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Nego está com o estado agravando não está tendo nem a chance de chegar a UTI. Sinistro.


Aconteceu algo semelhante com meu pai. Ele foi ao hospital e tinha em torno de 25% do pulmão comprometido. Quando voltou estava entre 40 e 50%. Ele não teve tanta perda de paladar, mas ficou tossindo como um louco. Demorou umas três semanas até ficar mais estável e diminuir bastante a tosse. O pulmão continuou com as sequelas, mas não lembro o percentual.


Só que o curioso é que em uma médica que foi depois, disse que se dependesse dela, com os 25% já teria feito a internação. Não duvido que ao subir para os 40-50% já teriam entubado ele e vai saber o resultado disso. É uma questão delicadíssima.

Ia dizer que com 25% devia ter ficado no hospital até ler o restante.

Meu tio teve essa escolha e morreu poucos dias depois da entubar. Sem dados fica totalmente aleatório tomar essa decisão.

Um conhecido meu que ficou internado me disse que queriam o intubar e ele não aceitou de jeito nenhum, e foi aconselhado até por enfermeiras a não aceitar.



Ele ficou 20 dias no hospital e saiu vivo, se for verdade ele pode muito bem ter salvo a própria vida ao não aceitar.



Não olhei os dados a fundo, mas vou supor como na notícia, que 88% não sai vivo da entubação. Por esses dados posso presumir que os outros 12% saíram ferrados do hospital, pq pra ter uma taxa tão alta de letalidade a coisa tem que ser tensa. A outra possibilidade é que esses 12% sejam dos hospitais mais tops como o Albert, Sirio, etc.


Vou apostar que meu corpo consegue lidar melhor apenas com suporte médico ou irei cair em um abatedouro com uma probabilidade acima de 90%.
 
Ultima Edição:

Albertty

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Bom atualmente eu estou com essa m****, não tenho tosse, só perdi o paladar e o olfato e tenho uma febre que vem e vai, mas estou controlando com dipirona. Já avisei a minha esposa que hospital nem f**end0 e se for nada de intubação, pois por mais que meu plano de saúde seja bom e eu tenha direito a bons hospitais, eu realmente não consigo confiar num procedimento com uma taxa de óbito tão alta assim.
 

Figulo

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Bom atualmente eu estou com essa m****, não tenho tosse, só perdi o paladar e o olfato e tenho uma febre que vem e vai, mas estou controlando com dipirona. Já avisei a minha esposa que hospital nem f**end0 e se for nada de intubação, pois por mais que meu plano de saúde seja bom e eu tenha direito a bons hospitais, eu realmente não consigo confiar num procedimento com uma taxa de óbito tão alta assim.

Cara, entenda que ser intubado é acima de tudo um marcador de gravidade. Não é como se a esmagadora maioria dessas pessoas que morreram intubadas tivessem a opção de não ter sido intubadas.

É como se eu falasse que muitas pessoas que são levadas de helicóptero de resgate pro hospital depois de um acidente morrem, enquanto só uma pequena parte das pessoas que chegam no hospital andando depois de um acidente morrem... e aí você dissesse que avisou sua esposa que não é pra te resgatarem de helicóptero se tiver um acidente grave, só aceita ir andando pro hospital.

As pessoas intubadas morrem mais em primeiro lugar porque todas as que ficam graves e têm oportunidade de ser intubadas são intubadas. A primeira coisa que a intubação é do ponto de vista estatístico é um marcador de gravidade.


(Não confunda com a discussão que existe no meio médico sobre a intubação precoce que era recomendada no início da pandemia e já foi largada pela maioria dos lugares porque provavelmente era pior mesmo. Só que isso é discussão pro serviço de saúde que talvez vai esperar mais ou menos tempo pra intubar casos selecionados... serviço nenhum vai deixar de intubar quem precisa ser intubado.)

A idéia é intubar quem não vai resistir de outra maneira. Se você realmente precisar ser intubado e não for por qualquer motivo, vai morrer.

Claro que você pode dizer que tem medo de cair na mão de quem não sabe o que está fazendo e acabar sendo intubado sem necessidade e daí pra frente cagarem tudo... é até possível, mas você imagina sua esposa tendo que adivinhar se você vai ser intubado porque precisa mesmo ou não? É impossível.

De qualquer jeito, esquece essa história e não fica pensando nisso. A chance maior é você nunca precisar nem ir pro hospital.
 
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