Globo anda num momento bem... estranho mesmo. E a razão não é de se estranhar, já que ela está sendo pressionada em suas duas frentes mais importantes: TV aberta e produção de conteúdo.
Por um lado a TV aberta não para de minguar e o seu futuro é cada vez mais sombrio já que o publico mais novo tem assistido cada vez menos TV e isso tem se tornado um caminho sem volta. Internet vai se tornando o novo canal principal de consumo de conteúdo, tal como a TV ultrapassou o rádio no passado.
Por outro lado, a Globo tem sofrido o que nunca sofreu em boa parte de sua história, forte concorrência na produção de conteúdo. Netflix, Prime Vídeo e outros tem pressionado a Globo como ela nunca tinha sido pressionada antes. A debandada dos artistas para as vitrines globais, trocadilho a parte, dos serviços de streaming também parece algo sem volta, ainda mais com a Globo enxugando contratos milionários como ela tem feito, o que era a única coisa que mantinha nomes fortes fieis a casa.
O que mais é estranho nisso tudo é a postura soberba que a Globo passa nesse momento tão delicado, agindo com descaso com nomes que, de fato, ajudaram a fazer a Globo... ser a Globo. O que deveria ser o momento dela se juntar aos melhores nomes e lutar pela própria sobrevivência, tem sido justamente o contrário.