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Existe diferença entre aprender rápido e ser inteligente?

lagom

Ei mãe, 500 pontos!
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Tenho a impressão que é impossível ser inteligente e aprender devagar.
 

Hellskah

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Não existe fórmula para o aprendizado.
Eu posso ficar horas por dia, semanas estudando que não consigo me preparar para concurso.
Nunca passei em um, logo, tornou-se algo que não me interesso - uma pena.
Estudar porque TEM que estudar é algo ultrapassado para mim.
Na minha opinião deve haver o "prazer" em fazer algo. É nisso que os educadores deveriam se basear.
Mas, como está tudo sucateado, isso é um assunto para outra vida, já em Marte colonizada.
 

Bat Esponja

Lenda da internet
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Não diria impossível, porque há pessoas com déficit de atenção que aprendem bem, só que em intervalos de 10 minutos.

O problema é mais quando a pessoa não quer aprender nada.
 


vintag69

Novato
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Eu diria que nada tem a ver uma coisa com a outra. Mas sim com dedicação e atenção.
 

João Ninguém

Bam-bam-bam
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n

acho q a definição de inteligência é essa msm: aprender rapidamente

mas é aquele negócio, inteligência é um assunto bem delicado de se descutir. quase um tabu
 

baggunn3r

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Fiz um curso EAD de Mindshift no Coursera e tem uma parte que fala dos slow learners. Recomendo porque traz novas abordagens sobre aprendizado, inteligência e assuntos correlatos.
 

Askeladd

Bam-bam-bam
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Einstein começou a falar com 4 anos, não conseguia se expressar e formar frases até os 9, era o pior aluno da classe.

Respondendo a pergunta quem aprende rápido normalmente é papagaio de pirata só repete o que ensinaram. Já Einstein desbancou a teoria de Newton.


REVOLTADO OU CRIATIVO?!!!

Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física, que recebera nota 'zero'. O aluno contestava tal conceito, alegando que merecia nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma 'conspiração do sistema' contra ele. Professor e aluno concordaram em submeter o problema a um juiz imparcial, e eu fui o escolhido.

Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova, que dizia: 'Mostrar como pode-se determinar a altura de um edifício bem alto com o auxilio de um barômetro.' A resposta do estudante foi a seguinte:

'Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe o barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento da corda; este comprimento será igual à altura do edifício.'

Sem dúvida era uma resposta interessante, e de alguma forma correta, pois satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredito. Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte razão para ter nota máxima, já que havia respondido a questão completa e corretamente. Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizada uma aprovação em um curso de Física, mas a resposta não confirmava isso. Sugeri então que fizesse uma outra tentativa para responder a questão. Não me surpreendi quando meu colega concordou, mas sim quando o estudante resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe seria um bom desafio. Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder a questão, isto após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar, necessariamente, algum conhecimento de Física.

Passados cinco minutos ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente para o forro da sala. Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha um compromisso logo em seguida, e não tinha tempo a perder.Mais surpreso ainda fiquei quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade tinha muitas respostas, e estava justamente escolhendo a melhor. Desculpei-me pela interrupção e solicitei que continuasse.

No momento seguinte ele escreveu esta resposta:

'Vá ao alto do edifico, incline-se numa ponta do telhado e solte o barômetro, medindo o tempo t de queda desde a largada até o toque com o solo. Depois, empregando a fórmula
h = (1/2)gt^2
calcule a altura do edifício.'

Perguntei então ao meu colega se ele estava satisfeito com a nova resposta, e se concordava com a minha disposição em conferir praticamente a nota máxima à prova. Concordou, embora sentisse nele uma expressão de descontentamento, talvez inconformismo.

Ao sair da sala lembrei-me que o estudante havia dito ter outras respostas para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à curiosidade e perguntei-lhe quais eram essas respostas.

"Ah!, sim," - disse ele - "há muitas maneiras de se achar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro."

Perante a minha curiosidade e a já perplexidade de meu colega, o estudante desfilou as seguintes explicações.

"Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do barômetro e o comprimento de sua sombra projetada no solo. bem como a do edifício. Depois, usando uma simples regra de três, determina-se a altura do edifício."

"Um outro método básico de medida, aliás bastante simples e direto, é subir as escadas do edifício fazendo marcas na parede, espaçadas da altura do barômetro. Contando o número de marcas ter-se a altura do edifício em unidades barométricas."

"Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda e balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração da gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do edifício, tem-se dois g's, e a altura do edifício pode, a princípio, ser calculada com base nessa diferença."

"Finalmente", concluiu, "se não for cobrada uma solução física para o problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o edifício e bater à porta do síndico. Quando ele aparecer; diz-se:

'Caro Sr. síndico, trago aqui um ótimo barômetro; se o Sr. me disser a altura deste edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.'"

A esta altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a resposta 'esperada' para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tão farto com as tentativas dos professores de controlar o seu raciocínio e cobrar respostas prontas com base em informações mecanicamente arroladas, que ele resolveu contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa
 

Bat Esponja

Lenda da internet
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Op, defina inteligência pra nós, por favor.



Bem delicado de se...? :ksafado

8YJk8eu.gif
 

vr-struper

Bam-bam-bam
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Inteligência é a capacidade de usar o conhecimento para resolver problemas, o caso que deram sobre Einstein é um exemplo claro nessa linha.

Já sobre aprender rápido ou devagar, pra mim é irrelevante.
 

lagom

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são coisas totalmente diferentes.

vc pode aprender rápido e não ter a inteligência para aplicar o que aprendeu.

tipo aprender a dirigir em pouco tempo mas ser irresponsável no volante.

É possível dizer que aprendeu se não consegue aplicar?

n

acho q a definição de inteligência é essa msm: aprender rapidamente

mas é aquele negócio, inteligência é um assunto bem delicado de se descutir. quase um tabu
Não estou totalmente sozinho, obrigado. Inteligência por si só não é tabu, ninguém se escandaliza com o fato de que vários genes associados a inteligência foram identificados. Mas se trazê-lo a qualquer discussão social, aí sim, boa sorte abigo.

Einstein começou a falar com 4 anos, não conseguia se expressar e formar frases até os 9, era o pior aluno da classe.

Respondendo a pergunta quem aprende rápido normalmente é papagaio de pirata só repete o que ensinaram. Já Einstein desbancou a teoria de Newton.

Eu posso te garantir com absoluta certeza que essa afirmação sobre Einstein não é verdadeira. Está no mesmo nível das falas que atribuem a ele sobre juros compostos, ou o famoso "o nome desse menino? Albert Einstein".

Essa pergunta foi rápida, mas não foi inteligente. Aprendeste?

:ksorriso
Foi rápida principalmente porque estou enrolado esses dias, e aproveitando o horário de almoço pra responder. Se tiver tempo e disposição hoje a noite ou amanhã explico melhor a motivação pro tópico.
 
Ultima Edição:

Sir Bovino Gadoso

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Inteligência no meu conceito é aprender rápido sobre qualquer assunto, saber muito é sabedoria e isso não quer dizer que o cara é o mais inteligente e sim que ele consumiu muitos conteúdos e criou repertório.

Por isso tem tá gente em altas posições acadêmicas que domina sua doutrina, mas é um burrão que não entende que comunismo não funciona.
 

EgonRunner

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É possível dizer que aprendeu se não consegue aplicar?

não é porque uma pessoa aprendeu algo que ela automaticamente passa a aplicar no dia-a-dia.

a inteligência está justamente em saber quando aplicar o que aprendemos e quando agir por instinto.

e mesmo assim, aplicar algo que aprendemos depende de questões éticas, morais, ou mesmo da idade e situação atual da pessoa.
 

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
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Einstein começou a falar com 4 anos, não conseguia se expressar e formar frases até os 9, era o pior aluno da classe.

Respondendo a pergunta quem aprende rápido normalmente é papagaio de pirata só repete o que ensinaram. Já Einstein desbancou a teoria de Newton.


REVOLTADO OU CRIATIVO?!!!

Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física, que recebera nota 'zero'. O aluno contestava tal conceito, alegando que merecia nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma 'conspiração do sistema' contra ele. Professor e aluno concordaram em submeter o problema a um juiz imparcial, e eu fui o escolhido.

Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova, que dizia: 'Mostrar como pode-se determinar a altura de um edifício bem alto com o auxilio de um barômetro.' A resposta do estudante foi a seguinte:

'Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe o barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento da corda; este comprimento será igual à altura do edifício.'

Sem dúvida era uma resposta interessante, e de alguma forma correta, pois satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredito. Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte razão para ter nota máxima, já que havia respondido a questão completa e corretamente. Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizada uma aprovação em um curso de Física, mas a resposta não confirmava isso. Sugeri então que fizesse uma outra tentativa para responder a questão. Não me surpreendi quando meu colega concordou, mas sim quando o estudante resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe seria um bom desafio. Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder a questão, isto após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar, necessariamente, algum conhecimento de Física.

Passados cinco minutos ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente para o forro da sala. Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha um compromisso logo em seguida, e não tinha tempo a perder.Mais surpreso ainda fiquei quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade tinha muitas respostas, e estava justamente escolhendo a melhor. Desculpei-me pela interrupção e solicitei que continuasse.

No momento seguinte ele escreveu esta resposta:

'Vá ao alto do edifico, incline-se numa ponta do telhado e solte o barômetro, medindo o tempo t de queda desde a largada até o toque com o solo. Depois, empregando a fórmula
h = (1/2)gt^2
calcule a altura do edifício.'

Perguntei então ao meu colega se ele estava satisfeito com a nova resposta, e se concordava com a minha disposição em conferir praticamente a nota máxima à prova. Concordou, embora sentisse nele uma expressão de descontentamento, talvez inconformismo.

Ao sair da sala lembrei-me que o estudante havia dito ter outras respostas para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à curiosidade e perguntei-lhe quais eram essas respostas.

"Ah!, sim," - disse ele - "há muitas maneiras de se achar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro."

Perante a minha curiosidade e a já perplexidade de meu colega, o estudante desfilou as seguintes explicações.

"Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do barômetro e o comprimento de sua sombra projetada no solo. bem como a do edifício. Depois, usando uma simples regra de três, determina-se a altura do edifício."

"Um outro método básico de medida, aliás bastante simples e direto, é subir as escadas do edifício fazendo marcas na parede, espaçadas da altura do barômetro. Contando o número de marcas ter-se a altura do edifício em unidades barométricas."

"Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda e balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração da gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do edifício, tem-se dois g's, e a altura do edifício pode, a princípio, ser calculada com base nessa diferença."

"Finalmente", concluiu, "se não for cobrada uma solução física para o problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o edifício e bater à porta do síndico. Quando ele aparecer; diz-se:

'Caro Sr. síndico, trago aqui um ótimo barômetro; se o Sr. me disser a altura deste edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.'"

A esta altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a resposta 'esperada' para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tão farto com as tentativas dos professores de controlar o seu raciocínio e cobrar respostas prontas com base em informações mecanicamente arroladas, que ele resolveu contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa

Se não me engano é mito essa do Einstein.
Se me lembro bem, faz tempo que li.
Ele se fodeu bonito quando mudou de escola e o sistema de pontuação era diferente. As notas altas dele da primeira eram notas baixas na outra, e a escola por má vontade não "transferiu de sistemas".
 

Sir Bovino Gadoso

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Se não me engano é mito essa do Einstein.
Se me lembro bem, faz tempo que li.
Ele se fodeu bonito quando mudou de escola e o sistema de pontuação era diferente. As notas altas dele da primeira eram notas baixas na outra, e a escola por má vontade não "transferiu de sistemas".

Uns dos piores mitos da historia, tem gente que acredita nesse papo furado ainda, Einstein era campeão de matemática.

https://universoracionalista.org/e-verdade-que-einstein-era-um-pessimo-aluno-na-escola/
 

Bat Esponja

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não é porque uma pessoa aprendeu algo que ela automaticamente passa a aplicar no dia-a-dia.

a inteligência está justamente em saber quando aplicar o que aprendemos e quando agir por instinto.

e mesmo assim, aplicar algo que aprendemos depende de questões éticas, morais, ou mesmo da idade e situação atual da pessoa.

E não é garantido, afinal pessoas inteligentes também erram
 

Sr. Israel

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Inteligencia não tem nada a ver com velocidade de aprendizado e sim com qualidade de aprendizado.

Existe um problema pra resolver, tem o indivíduo A faz uma gambiarra que resolve em 5 minutos e o indivíduo B que demora 1 dia mas resolve definitivamente. O individuo B é considerado mais inteligente, mesmo demorando mais tempo pra resolver.

Eu posso decorar uma matéria inteira 1 dia antes da prova e tirar 10 e esquecer de absolutamente tudo depois, isso não me faz mais inteligente, muito pelo contrário.
 

marknight

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Parece mais coerente aquela teoria das múltiplas inteligências, onde são divididas em classes tipo "sonora, motora, linguística, emocional e etc..."

Eu mesmo tenho meus destaques em alguns tipos que me parecem mais naturais e fáceis de compreender e em outros sou completamente horrível e preciso de esforço maior pra aprender
 

Abdullah Al-Papai

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Não há diferença.

Inteligência, por definição, é literalmente isso - quão rápido você é para aprender. Pegue qualquer pessoa extremamente inteligente (casos raros) e veja a velocidade de aprendizagem delas. Agora note que há uma relação muito evidente entre quão rápido a pessoa aprende um conceito e a profundidade do trabalho que ela consegue desempenhar. Olhe aí os casos do Terence Tao e do Artur Ávila, por exemplo.








É por isso também que a vida acadêmica é um negócio complicado. Uma pessoa normal pode passar a vida inteira (sem brincadeira) se dedicando de maneira séria a estudar alguma área, mas os avanços significativos sempre serão feitos por um grupo muito restrito de gênios. O próprio Ávila (que terminou o doutorado no IMPA aos 19 anos) cita numa entrevista que um ex-professor dele da UFRJ trabalhava há mais de dez anos em uma questão de pesquisa, sem sucesso. Depois que o Ávila foi para a Europa, teve oportunidade de trabalhar no mesmo problema e chegou na solução.

Se o cérebro fosse um computador, seria como se cada um tivesse uma velocidade de processamento diferente. Se você pegar um problema verdadeiramente difícil, pode estudar e se dedicar o quanto for. Em alguns casos, apenas o "trabalho duro" não significa nada.

A parte boa é que praticamente todo mundo está na média, então na vida real isso meio que não importa para a quase totalidade da população. Esses casos são raros e essas pessoas normalmente estão em locais extremamente restritos.
 
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Notwen

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Pense em dois computadores.
Um processa dados rapidamente mas só consegue armazenar 50 giga de memória.
No outro, o processamento é mais lento porém consegue armazenar 500 giga de memória.
Tá aí sua resposta (no meu ponto de vista)... A pessoa pode pegar fácil as coisas mas tem um conhecimento limitado. Famoso malandro. Esperto. Mas nem por isso inteligente. Se desenvolve rápido e resolve as coisas da sua maneira (q podem não ser a mais inteligente).
Como também a pessoa pode ser "lerda", demorar para entender as coisas, para processar informação, mas.com o tempo ela acumula um conhecimento imenso.
 

lagom

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Surpreendentemente a discordância da maioria não vem duma definição de inteligência diferente da minha, mas sim do entendimento sobre o que significa aprender.

Não há diferença.

Inteligência, por definição, é literalmente isso - quão rápido você é para aprender. Pegue qualquer pessoa extremamente inteligente (casos raros) e veja a velocidade de aprendizagem delas. Agora note que há uma relação muito evidente entre quão rápido a pessoa aprende um conceito e a profundidade do trabalho que ela consegue desempenhar. Olhe aí os casos do Terence Tao e do Artur Ávila, por exemplo.








É por isso também que a vida acadêmica é um negócio complicado. Uma pessoa normal pode passar a vida inteira (sem brincadeira) se dedicando de maneira séria a estudar alguma área, mas os avanços significativos sempre serão feitos por um grupo muito restrito de gênios. O próprio Ávila (que terminou o doutorado no IMPA aos 19 anos) cita numa entrevista que um ex-professor dele da UFRJ trabalhava há mais de dez anos em uma questão de pesquisa, sem sucesso. Depois que o Ávila foi para a Europa, teve oportunidade de trabalhar no mesmo problema e chegou na solução.

Se o cérebro fosse um computador, seria como se cada um tivesse uma velocidade de processamento diferente. Se você pegar um problema verdadeiramente difícil, pode estudar e se dedicar o quanto for. Em alguns casos, apenas o "trabalho duro" não significa nada.

A parte boa é que praticamente todo mundo está na média, então na vida real isso meio que não importa para a quase totalidade da população. Esses casos são raros e essas pessoas normalmente estão em locais extremamente restritos.


Curioso você citar matemáticos.

A frustração que me levou a criar esse tópico vem também do meu interesse em matemática. No final da graduação considerei trocar de curso para matemática pura, mas um dos fatores que me fez pausar foi justamente saber que, mesmo que conseguisse terminar os cursos, mestrado e não sei mais o que, eu dificilmente poderia realmente contribuir. Seria mais um tentando enganar, e sofrendo com a própria incompetência.

Já li alguns livros elementares nessa área(teoria dos conjuntos, álgebra linear, começinho de análise real), mas é uma batalha. Por mais que eu goste do assunto, se não me dedico integralmente o avanço é muito lento. Talvez tente retomar como hobby totalmente descompromissado, veremos

Lembro também dos relatos de um professor de educação especial, de que você consegue ensinar a portadores de síndrome de Down a ler e escrever. É lento, difícil, mas eventualmente, depois de anos, eles vão conseguir fazê-lo.
 

Ex-peão louco

Mad Spy
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Quando não tratava o déficit de atenção era um parto ler qualquer coisa, prestar atenção à aula etc. Mas matemática sempre foi fácil pra mim. E eu saia razoavelmente bem na escola. Passava com certa folga, mas sem notas altas. Tirando matemática, que vivia fechando prova.

Apesar de na época gostar de matemática de ensino médio, me dei muito mal com cálculo na faculdade. Larguei engenharia e pulei pro direito e só depois descobri e comecei a tratar o TDAH.

Hoje em dia tudo é mais fácil pra mim. Mas ainda acho que não daria conta de cálculo haha
 
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