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chegar o livro eu vou tentar, não conseguir deixo pegando poeira.leia ST de Aquino, Calvino e Sto Agostinho. Aí dá para entender as piadas que o niti conta sobre o cristianismo, pois só adolescente chorão pode levar aquilo a sério
ja comprei, vou terminar um do robert greene e começar ele (zaratusthustra)..Zarathustra é o pior livro para começar. Pegue algo mais leve, como "além do bem e do mal".
Por que? Tu é religioso??Esse livro é uma m****, nem começe.
Por que? Tu é religioso??
Não sou não. Li até a página 50 e não consegui extrair muita coisa, e não confio nas pessoas que dizem que conseguem. A impressão que tenho é que a mensagem é tão obscura que você extrai o que quizer.
Do livrinho de aforismos gostei, entretanto.
Primeiro leia os livros mais aforísticos de Nietzsche, que são menos obscuros e enigmáticos. Livros como Humano, Demasiado Humano, Aurora ou A Gaia Ciência. São todos deliciosos e de leitura muito proveitosa. Também recomendo O Anticristo e a sua excelente auto-biografia Ecce Homo.Comprei ASSIM FALOU ZARATUSTRA e estou com medo de me sentir um animal por não conseguir digerir o livro, li muito review de gente abandonando por não conseguir entender nada, alguém ja leu?
O problema desse livro é que ele tem alguns jogos estilísticos difíceis de serem percebidos sem algum conhecimento de cultura alemã e judaica. A literatura judaica, da bíblia, tende a ter um estilo mais oral (Deus diz, os personagens escutam e falam) e menos visual. Além disso, o estilo é mais consiso e a narração é feita de forma obscura (leia Abrãao ibdo ao sacrifício de Isaque, pouco se diz sobre a viagem- o importante é a fé de Abrãao). Nietzsche ironiza esse estilo durante todo o livro.
Fora que, por exemplo, no primeiro capítulo o personagrm diz o famoso "Deus está morto" enquanto desce da montanha. É uma metafóra do mundo da razão e do mundo abstrato (seja do m7ndo bíblico ou do platônico) que ele está matando. Não há isso e essa é a profecia que o Zaratustra está levando. O livro dele é cheio desses detalhes, então não acho que para um iniciante é fácil perceber a profundidade do livro. Mas, experiência é algo que só se ganha... lendo. Você pode ir lendo varias vezes com o passar dos anos e percebendo os jogos que o Nietzsche faz.
Primeiro leia os livros mais aforísticos de Nietzsche, que são menos obscuros e enigmáticos. Livros como Humano, Demasiado Humano, Aurora ou A Gaia Ciência. São todos deliciosos e de leitura muito proveitosa. Também recomendo O Anticristo e a sua excelente auto-biografia Ecce Homo.
Todos estes livros provém valiosos insights de compreensão para se mergulhar no Zaratustra um pouco mais adiante. Mas o problema deste último é que ele é uma espécie de ponto culminante de anúncio filosófico do erudito filólogo. Como já disseram por aqui, há muitas "pegadinhas" no livro, detalhes importantes que só percebemos após um certo background cultural, que abrange principalmente religiões e filosofia.
Há uma longa discussão sobre como devemos abordar a filosofia nietzschiana. Mas é verdade que tanto leituras à direita quanto à esquerda são igualmente possíveis. Ou seja, Nietzsche não é simplesmente "o filósofo do nazismo", do ariano mítico superior, etc. O buraco é muito mais embaixo e nuançado. Há uma razão para o autor ter despertado o interesse de tantos filósofos proeminentes (como Heidegger e Deleuze).
ou seja, é literatura. Daí veio os pós modernos e ficaram perdidos nesses jogos de linguagem, estão lá até hoje.
HAHAHAHA
se for para fazer crítica da razão, prefiro os neokantianos, especialemente Weber, que pelo menos fornece ferramentas para a teoria social. Ou mesmo FA Hayek e sua cruzada analítica contra o comunismo e a dialética
Marx é bom também, desde que seja lido junto com um manual de microeconomia, coisa que ninguém faz. Fica tudo nas punhet4 filosófica
É filosofia, só que é uma espécie de crítica subjetiva da razão. Eu gosto muito do Kierkegaard, que também utiliza a subjetividade para criticar o idealismo, então não creio que esse seja o problema do Nietzsche.
O que me incomoda no Nietzsche é primeiro a loucura, que o René Girard escreve longamente sobre como o Noetzsche entra em longos jogos enganosos de demência, como quando ele diz que o Wagner é um lixo e que ele é muito superior (no Ecce Homo) na época em que o imperador prussiano irá se mover em direção ao Wagner.
A filosofia do Nietzsche é por si própria uma autoprofetização, pois toda morte da moral e todo niilismo europeu que ele irá encontrar na cultura, como nos livros do Dostoiévski, tem pouco a ver com sua época e mais com sua própria experiência. Ele querendo encerar o niilismo europeu, o cria. Como o Oswald Spencer que crendo que a Alemanha estava em decadência por causa do liberalismo, dá a fonte intelectual para o nazismo.
Mais ou menos um ano atrás eu li esse livro do Camus e eu concordo com a leitura dele também.
a diferença é que Kierkegaard leu a bíblia, Niti leu só o resumo for dummies (ou uma versão que comprou na banca de revista). Tanto que um vai desembocar na fenomenologia e outro em porra nenhuma além dos geradores de lero lero pós modernos (fucô et al)
Nietzsche desemboca na fenomenologia também. O dasein do Heidegger é a angústia do Kierkegaard niilista. "Nascemos para a morte" em vez da superação da fase estética rumo a Deus.
mas isso já está no cristianismo, não pertence a nenhum dos dois, certo? O desespero perante a morte/destino (os 40 dias de JC no deserto, etc)
A diferença é que Niti não estabelece base nenhuma para pensamento posterior, ele é negativo como Marx. Aí vira tudo um grande puxar de tapete, não existe nada depois e não pode existir.
Kierkegaard oferece alternativa. Não seria essa a diferença?
aí a fenomenologia é fundada e dá base para a teoria social positiva, enquanto os marxistas viram revolucionários ou teóricos negativos (escola de frankfurt) e o trabalho de niti continua sendo feito por fucô et al (lero lero pós moderno).
Calma. Sim, Hegel foi o pai da modernidade, ou a sua filosofia por excelência, para citar Habermas. Já sobre Heidegger, é preciso ter cautela. Dasein, em Heidegger, é o ser-aí, a "pré-sença", isto é, a existência do ente humano, o fato de sempre-já estarmos lançados e aprisionados nas coordenadas transcendentais de um Mundo.Nietzsche desemboca na fenomenologia também. O dasein do Heidegger é a angústia do Kierkegaard niilista. "Nascemos para a morte" em vez da superação da fase estética rumo a Deus.
Calma. Sim, Hegel foi o pai da modernidade, ou a sua filosofia por excelência, para citar Habermas. Já sobre Heidegger, é preciso ter cautela. Dasein, em Heidegger, é o ser-aí, a "pré-sença", isto é, a existência do ente humano, o fato de sempre-já estarmos lançados e aprisionados nas coordenadas transcendentais de um Mundo.
Mas Heidegger não foi um simples niilista. Ele era um filósofo da finitude, e esta finitude, este ser-para-a-morte do ser-humano também paradoxalmente abre e sustém a dimensão da infinidade, da transcendência, do Evento (Ereignis) do chamamento existencial; do impossível e, ao mesmo tempo, também estritamente necessário.
É o fato da ciência jamais poder apreender o Todo da realidade que consigo gera e sustenta a dimensão do Absoluto da sua infindável paixão pelo conhecimento. Ao perseguir o impossível do conhecimento, o próprio horizonte do que se persegue emerge de forma abstrata. Ou seja, o Absoluto coincide com a sua própria impossibilidade.
O ser-para-a-morte característico da finitude humana não pode ser reduzido apenas ao niilismo da angústia kierkegaardiana - a não ser que se adicione a ele a dimensão do Evento, de um absoluto engajamento da existência humana que une finitude com infinidade, impossibilidade com possibilidade.
Eu diria que é precisamente "abrindo a porta" que se gera a presença puramente fenomenológica do que está por trás. Um Evento sempre retroativamente cria as suas próprias condições, que são sustentadas pelo nosso ativo engajamento com as suas consequências existenciais.Mas eu não disse que é o niilismo da angústia do Kierkegaard, eu disse que o Heidegger transforma a angústia do Kierkegaard em algo niilista. O dinamarquês acreditava em passagem de fases até o absoluto, o Heidegger a nega. A angústia do Kierkegaard tinha base mística: um perder para ganhar. Ja no Heidegger, a essência do Ser é sempre alienada por um Outro, ou não ser, que impede o absoluto e faz parte desse. É como um abrir de portas: abrindo a porta, não há nada atrás.
Esse parágrafo final, tirando uma outra coisa, serve para explicar o misticismo muito bem. Mas um certo misticismo grego, ja que o ser-para-morte é o Ser que entra em um rio e as águas do não-ser o levam. É a negação das boas novas de Cristo e Paulo.