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Bam-bam-bam
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The Outer Worlds é um action RPG em primeira pessoa de 2019. O jogo foi desenvolvido pela Obsidian e publicado pela Private Division, que nessa época, era um selo de publishing debaixo da Take-Two. The Outer Worlds é uma "tentativa" de Fallout, na falta de uma palavra melhor. Tem similaridades demais pra não fazer comparações aqui, e isso não é à toa. Tim Cain e Leonard Boyarsky foram os diretores, os dois criadores da série Fallout. Quando Cain foi contratado pela Obsidian, eles prometeram uma IP nova pra ele trabalhar. Ele resolveu fazer um jogo como Fallout, mas na condição que Boyarsky também fosse contratado pelo estúdio pra eles criarem o jogo juntos. Assim, The Outer Worlds começou a tomar forma, com o DNA de Fallout. The Outer Worlds foi desenvolvido com a Unreal Engine 4. Quando eu digo que The Outer Worlds é uma tentativa de fazer um novo Fallout, eu não quiz dizer que ele não tem personalidade. Acho que se Fallout tivesse um filho com Mass Effect, seria The Outer Worlds. Ele pega muita coisa dos dois jogos. Eu não chegaria a dizer que é o melhor dos dois mundos, porque não é mesmo. Mas o que a Obsidian conseguiu fazer aqui foi um denominador comum misturando elementos desses jogos, e ficou legal. Não parece (e não é) uma cópia de nenhum dos dois - The Outer Worlds tem identidade. Outra coisa que vale a pena salientar, e aqui eu vou resumir a comparação com Fallout apenas, é que eu nunca escondi que eu detesto Fallout 4. Também não é segredo pra ninguém que o meu favorito da série é o New Vegas. E numa escala, onde isso deixaria The Outer Worlds? No meio do caminho, mas mais pra perto do New Vegas eu acho. Eu gostei bastante. O desenvolvimento de The Outer Worlds começou algum tempo antes da compra da Obsidian pela Microsoft, mas a Private Division já tinha assinado o contrato de publicação, garantindo os direitos mesmo o jogo tendo saído depois da aquisição.
Mas vamos parar de enrolação... A história é a seguinte: o jogo se passa em 2355. Tem um sistema planetário já sendo colonizado há algum tempo chamado Halcyon. Várias naves com colonos já foram despachadas pra lá. Em 2285, mais duas naves cheias de colonos chamadas Hope e Groundbreaker foram enviadas pra Halcyon. A viagem é longa, então os colonos tão dormindo em criogenia. A parada é que a Groundbreaker chegou de boa no planeta que ela era pra chegar, que se chamava Terra 1 e depois foi renomeado pra Monarch. Já a Hope nunca chegou - ela ficou perdida no espaço. E de certa forma, menos pior porque lá no planeta que ela deveria pousar, Terra 2, os decendentes de outros colonos declararam a própria independência, o que automaticamente transformou Terra 2 numa espécie de pária. Voltando agora a 2355, o tempo do jogo, o cientista Phineas Vernon Welles descobre a Hope boiando pelo espaço, e consegue acordar você. Tu só é referenciado como Stranger, tu não tem exatamente um nome em The Outer Worlds. Welles precisa de uma substância específica pra conseguir acordar todos os outros milhares de colonos da nave, e esse material pode ser encontrado em Terra 2. Lá em Terra 2 era pra tu se encontrar com um contrabandista que é o contato de Welles no planeta. Só que a sua pod cai exatamente em cima dele e ele morre, o que foi engraçado, e tu fica com a nave dele, a Unreliable. O jogo é cheio dessas tiradas mais levadas pro humor. A Unreliable é equipada com uma inteligência artificial chamada ADA, que vai te ajudar pelas missões. O grande dilema que o jogo apresenta é o seguinte: tu acaba descobrindo que o Welles é um criminoso procurado pelo The Board, que atua como governo de Halcyon, então tu precisa decidir de que lado você fica: do lado de Welles ou do The Board. Só que o próprio The Board não é exatamente um governo legítimo, e sim uma representação de um conjunto de mega corporações que são quem mandam de verdade.