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AnarcoIndividualismo ou Anarquista Individualista – Vertentes do Anarquismo

Wolf.

Canis lupus
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O Anarquismo individualista(AnarcoIndividualismo) foi a corrente anarquista fundada por Max Stirner. Em sua obra O único e sua propriedade (1844), este autor procura demonstrar como, através da história, a humanidade foi levada a se sacrificar por ideais abstratos (fantasmas).

Estes ideais, ao invés de trazerem felicidade, apenas serviram de fachada para que uma minoria de indivíduos egoístas se beneficiassem do trabalho da maioria da população. Contra isto, Max Stirner propôs que todos os indivíduos se tornassem egoístas também, se associando voluntariamente conforme necessário, mas zelando pelos seus próprios interesses pessoais.

Segundo ele, só assim a exploração de poucos por muitos poderia ser abolida.

Benjamin Tucker e Lysander Spooner também insistem na liberdade individual e ausência de coerção do estado.

Como os socialistas libertários, eles detestam governos sustentados pelo capitalismo e rejeitam vários princípios essenciais do capitalismo em geral.

Como os anarco-capitalistas, eles poêm mais ênfase nos direitos individuais e na liberdade do que no coletivismo.

Dentro do desenvolvimento histórico do movimento anarquista, esse se confunde com a própria gênese do socialismo.

Dessa forma o mutualismo surge na França, através do desenvolvimento das teorias de Pierre-Joseph Proudhon.

Proudhon foi um importante revolucionário francês, de origem proletária, que participou da Comuna de 1833, buscando derrubar a monarquia e instaurar a República.

Com a derrota dessa, é preso e condenado – só sendo libertado pelo levante popular, na Comuna de 1848, como um herói popular. Já nessa época tinha consolidado sua teoria e ganhado inúmeros adéptos dentro do movimento social francês, em especial das Associações de Trabalhadores e sindicatos.

Nos anos de prisão, Proudhon aproveitou para estudar a questão social e para escrever suas conclusões. Dessa forma lança , em 1842, o livro O que é a propriedade? onde conclui que a propriedade é um roubo.

Com esse livro, se torna o revolucionário mais conhecido e respeitado de seu tempo, a ponto de Marx ter lhe proposto montar um bureau de correspondência socialista – proposta rejeitada por Proudhon que lhe reconheceu rasgos autoritários e se negou a formalizar um nova igreja ou um novo partido.

A partir daí passou a ser difamado por Marx.


As bases do mutualismo de Proudhon estão sedimentadas em sua postura anarquista: a base de sua metodologia é o indivíduo que se associa livremente a uma sociedade de homens livres – a garantia da autonomia baseada na prática federalista – e não centralista – da organização.

Essa organização, para manter o respeito às normas federativas, tem que ser autônoma frente as instituições do Estado, do Capital e da Igreja.

O sustentáculo da organização é a solidariedade, definida pela prática do apoio mútuo, de onde decorria o nome mutualismo.

O objetivo de tal organização seria promover a emancipação do trabalhador pelo seus próprios meios, dentro do axioma que se tornou a base da própria AIT: “A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”.

Para tanto, além da independência política, que seria essencial – e para respaldá-la – a organização deveria promover também a independência econômica dos trabalhadores, através de um sistema, em rede com os sindicatos, de associações de apoio mútuo, que foram a base do sistema previdenciário em quase todo o mundo, depois que os Estados nacionais se apossaram delas – baseado em cooperativas e num Banco do Povo.

A base dessa organização é a crença na capacidade política da classe operária.

Foram os mutualistas franceses que levantaram originalmente a proposta de criação de uma grande Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) desde o início dos anos 1860 – a fundação se daria em 1864/1865.

O mutualismo, como uma proposta histórica dentro do movimento anarquista internacional, ao aparentar afirmar a existência de ‘correntes’, ou ‘tendências’ no seio do anarquismo, na verdade comprova como a Anarquia é única, e único é o movimento que a sustenta. As discussões entre individualistas, mutualistas e coletivistas nunca forma uma disputa de posições. Foi uma discussão constitutiva que determinou os limites do que é o anarquismo, são suas idéias-forças.

As teses mutualistas mostraram a sua força e a sua fraqueza dentro de seu próprio desenvolvimento: inicialmente débeis, as organizações mutualistas passaram desapercebida das autoridade e tiveram espaço e tempo para se desenvolver, mas num período de 10 anos já eram referência econômica na França e o governo reacionário de Luis Bonaparte passa a persegui-las e enquadrá-las, estabelecendo uma legislação impeditiva de uma organização federalista e fortalecendo sua burocracia e controles.

O Banco do Povo, já como o 3º maior banco em depósitos, foi simplesmente estatizado. A partir daí o anarquismo desenvolve o coletivismo, que vê a Revolução como um imperativo – mostrando serem falsas as teses reformistas dos pequenos avanços.

Na Comuna de 1871 os mutualistas e os coletivistas, ligados, respectivamente, a Federação de Sindicatos e a AIT, foram as principais forças impulsionadoras do processo e da reconstrução revolucionária da sociedade na forma, já definida, de socialismo libertário.

http://www.anarquista.net/anarcoindividualismo-ou-anarquista-individualista-vertentes-do-anarquismo/


Eu considero uma utopia, li em algum lugar que o anarquismo só funcionaria se a população estivesse plenamente consciente dos seus direitos e deveres e se cada indivíduo respeitasse a sua liberdade e a do próximo.

Alguem aqui se interessa pelo tema? Alguma sugestão de livro?
 
Ultima Edição:

Wolf.

Canis lupus
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Não sou contra a propriedade privada e nem contra o capitalismo.

Vou passar a trazer mais conteúdos assim para desmistificar o pensamento que reina aqui de que a direita tem o monopólio da defesa da liberdade.
 

sparcx86_GHOST

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Kkkk
Quero apenas saber mais a respeito
pega qualquer coisa do Bakunin se voce ler e nao se identificar nao é tua praia.
O negocio é contestar e questionar, no meu caso, eu aplico o sistema anarquista através da imigração. Se o país é uma m**** pra mim eu caio fora dele e o governo que se lasque. SE tiver de pagar imposto que seja pelo menos por um Estado menos FDP!
 


SneakBR

Ei mãe, 500 pontos!
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Não sou contra a propriedade privada e nem contra o capitalismo.

Vou passar a trazer mais conteúdos assim para desmistificar o pensamento que reina aqui de que a direita tem o monopólio da defesa da liberdade.
Questão de denominação.
Você considera anarquismo de esquerda e tem gente que afirma ser o extremo da direita.
Não tenho profundo conhecimento sobre o tema, mas também considero uma utopia.
 

Beren_

Mil pontos, LOL!
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O Anarquismo individualista(AnarcoIndividualismo) foi a corrente anarquista fundada por Max Stirner. Em sua obra O único e sua propriedade (1844), este autor procura demonstrar como, através da história, a humanidade foi levada a se sacrificar por ideais abstratos (fantasmas).

Estes ideais, ao invés de trazerem felicidade, apenas serviram de fachada para que uma minoria de indivíduos egoístas se beneficiassem do trabalho da maioria da população. Contra isto, Max Stirner propôs que todos os indivíduos se tornassem egoístas também, se associando voluntariamente conforme necessário, mas zelando pelos seus próprios interesses pessoais.

Segundo ele, só assim a exploração de poucos por muitos poderia ser abolida.

Benjamin Tucker e Lysander Spooner também insistem na liberdade individual e ausência de coerção do estado.

Como os socialistas libertários, eles detestam governos sustentados pelo capitalismo e rejeitam vários princípios essenciais do capitalismo em geral.

Como os anarco-capitalistas, eles poêm mais ênfase nos direitos individuais e na liberdade do que no coletivismo.

Dentro do desenvolvimento histórico do movimento anarquista, esse se confunde com a própria gênese do socialismo.

Dessa forma o mutualismo surge na França, através do desenvolvimento das teorias de Pierre-Joseph Proudhon.

Proudhon foi um importante revolucionário francês, de origem proletária, que participou da Comuna de 1833, buscando derrubar a monarquia e instaurar a República.

Com a derrota dessa, é preso e condenado – só sendo libertado pelo levante popular, na Comuna de 1848, como um herói popular. Já nessa época tinha consolidado sua teoria e ganhado inúmeros adéptos dentro do movimento social francês, em especial das Associações de Trabalhadores e sindicatos.

Nos anos de prisão, Proudhon aproveitou para estudar a questão social e para escrever suas conclusões. Dessa forma lança , em 1842, o livro O que é a propriedade? onde conclui que a propriedade é um roubo.

Com esse livro, se torna o revolucionário mais conhecido e respeitado de seu tempo, a ponto de Marx ter lhe proposto montar um bureau de correspondência socialista – proposta rejeitada por Proudhon que lhe reconheceu rasgos autoritários e se negou a formalizar um nova igreja ou um novo partido.

A partir daí passou a ser difamado por Marx.


As bases do mutualismo de Proudhon estão sedimentadas em sua postura anarquista: a base de sua metodologia é o indivíduo que se associa livremente a uma sociedade de homens livres – a garantia da autonomia baseada na prática federalista – e não centralista – da organização.

Essa organização, para manter o respeito às normas federativas, tem que ser autônoma frente as instituições do Estado, do Capital e da Igreja.

O sustentáculo da organização é a solidariedade, definida pela prática do apoio mútuo, de onde decorria o nome mutualismo.

O objetivo de tal organização seria promover a emancipação do trabalhador pelo seus próprios meios, dentro do axioma que se tornou a base da própria AIT: “A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”.

Para tanto, além da independência política, que seria essencial – e para respaldá-la – a organização deveria promover também a independência econômica dos trabalhadores, através de um sistema, em rede com os sindicatos, de associações de apoio mútuo, que foram a base do sistema previdenciário em quase todo o mundo, depois que os Estados nacionais se apossaram delas – baseado em cooperativas e num Banco do Povo.

A base dessa organização é a crença na capacidade política da classe operária.

Foram os mutualistas franceses que levantaram originalmente a proposta de criação de uma grande Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) desde o início dos anos 1860 – a fundação se daria em 1864/1865.

O mutualismo, como uma proposta histórica dentro do movimento anarquista internacional, ao aparentar afirmar a existência de ‘correntes’, ou ‘tendências’ no seio do anarquismo, na verdade comprova como a Anarquia é única, e único é o movimento que a sustenta. As discussões entre individualistas, mutualistas e coletivistas nunca forma uma disputa de posições. Foi uma discussão constitutiva que determinou os limites do que é o anarquismo, são suas idéias-forças.

As teses mutualistas mostraram a sua força e a sua fraqueza dentro de seu próprio desenvolvimento: inicialmente débeis, as organizações mutualistas passaram desapercebida das autoridade e tiveram espaço e tempo para se desenvolver, mas num período de 10 anos já eram referência econômica na França e o governo reacionário de Luis Bonaparte passa a persegui-las e enquadrá-las, estabelecendo uma legislação impeditiva de uma organização federalista e fortalecendo sua burocracia e controles.

O Banco do Povo, já como o 3º maior banco em depósitos, foi simplesmente estatizado. A partir daí o anarquismo desenvolve o coletivismo, que vê a Revolução como um imperativo – mostrando serem falsas as teses reformistas dos pequenos avanços.

Na Comuna de 1871 os mutualistas e os coletivistas, ligados, respectivamente, a Federação de Sindicatos e a AIT, foram as principais forças impulsionadoras do processo e da reconstrução revolucionária da sociedade na forma, já definida, de socialismo libertário.

http://www.anarquista.net/anarcoindividualismo-ou-anarquista-individualista-vertentes-do-anarquismo/


Eu considero uma utopia, li em algum lugar que o anarquismo só funcionaria se a população estivesse plenamente consciente dos seus direitos e deveres e se cada indivíduo respeitasse a sua liberdade e a do próximo.

Alguem aqui se interessa pelo tema? Alguma sugestão de livro?

Eu já li muito brevemente sobre o assunto mutualismo. Mas não tenho nenhuma base especifica para citar.

Aqui só me vejo capaz de falar sobre algumas ideias. Então vou apenas destacar ideias dentro do texto e falar sobre elas.

Por exemplo, é considerado pelo que vi, que toda propriedade seria "roubo". Não permitindo a ideia de "justa propriedade".
O conceito de justa propriedade parte do pressuposto que toda propriedade fruto de seu trabalho, é justa e sua.
"ah Beren, então os trabalhadores tem direito a 100% de seu trabalho e a Mais Valia está certa".

Não, se uma pessoa, digamos, compra uma maquina que permite fazer sapados 10x mais rapido do que 5 pessoas fariam sem a maquina. Esta pessoa entrou com o capital (a maquina), o conhecimento (de uso da maquina, treinamento) e terá portanto seu direito a retirar uma parte do lucro. Conforme contrato.
Se o contrato vai ser em forma de cooperativa (por exemplo, 5 pessoas faziam sapatos, uma delas juntou dinheiro, as outras não, o que juntou conseguiu comprar a maquina. Antes da maquina, produziam digamos, 50 sapatos e dividiam lucro igualmente. 10 sapatos cada. Digamos que o custo de material (prima) era dividido entre eles.
Depois da maquina, passaram a produzir 150 sapatos. Voce ainda pode dar o equivalente ao lucro de 20 sapatos para cada um (mais do que os 10 anteriores) e outros 50 sapatos extras pro dono na maquina. E ainda assim, todos saem ganhando. Pois quem ganhava 10 dobrou seu ganho, e quem investiu na maquina, que teve o "merito" de pesquisar, economizar, aprender, comprar, etc, tem o extra para pagar a maquina e ainda sobrar para ele por sua parte "a mais". Logico. isso seria definido em contrato, mesmo que verbal. E qualquer um dos outros poderia economizar e ele mesmo comprar uma maquina, e oferecer melhores condições, etc.
No conceito do mutualismo, pelo que entendi, obrigatoriamente, as 5 pessoas precisariam desejar comprar a maquina, e dividir igualmente os lucros tambem. O que não é problema nenhum, é o conceito de cooperativas. Mas, as vezes, é necessario existir UMA pessoa, o empreendedor, que faria isso, pq os 5 nunca concordariam em fazer, e 2 ou 3 discordando já impediriam o avanço. Ou 2 ou 3 que foram contra se aproveitariam de 1 ou 2 que economizaram para comprar a maquina. O que não é justo, pois para economizar, voce deixou de gastar, deixou de melhorar sua qualidade de vida, etc. E as vezes, simplesmente pela falta de incentivo, nenhum deles vai desejar comprar a maquina por si só para depois dividir.
Enfim, o conceito de "justa propriedade" é a propriedade que voce conquistou.

“A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”.

Bem eu preciso concordar com isso. O que são em essência empreendedores (não estou falando empresários, mas empreendedores), senão pessoas que, como trabalhadores, resolveram ir além..
Empreendedores, eu sempre disse, não são somente os "big bosses" de multinacionais. Até empresas como a Sony nasceram de pequenos empreendimentos. O mundo é cheio de historias de "trabalhadores" que empreenderam com sucesso.
É mais uma questão de preferencia pessoal ao meu ver.
Embora ele se baseie na questão mais da cooperativa, que como eu disse, não é o único modelo e talvez também não o mais viável. Não existe problema nisso. É uma pena ao ser individualista não pensar na questão individual do empreendedor.

De resto, eu nem vou falar muito. Pois basicamente ainda é anarco-socialismo e economicamente parece ignorar muita coisa.
Principalmente o fator humano. O anarco-capitalismo difere-se do mutualismo na questão de que não se supõe que as pessoas respeitassem umas as outras naturalmente, e sim que, agir de forma negativa, te causaria problemas, sua reputação seria ruim, o que te prejudicaria em negociar com outros, o que lhe prejudicaria muito. E ninguem quer agir contra os proprios interesses. Para ajudar isso a se manter, empresas de seguros, segurança etc teriam registros.
 

Beren_

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Questão de denominação.
Você considera anarquismo de esquerda e tem gente que afirma ser o extremo da direita.
Não tenho profundo conhecimento sobre o tema, mas também considero uma utopia.

Isso depende de qual anarquismo e tambem de como voce interpreta esquerda e direita.

Se levar em consideração por exemplo a definição da revolução francesa. Anarquistas eram contra o Estado, o status quo. Então qualquer anarquismo se encaixa como "esquerda".
Se levar em consideração a existência de hierarquia, o anarquismo eh de esquerda por não reconhecer hierarquia, porem anarco-capitalista reconhecem hierarquia de mercado e hierarquia justificada.
Se levar em conta direito a propriedade, , anarquismo é de esquerda por ser contra propriedade privada. E ancaps são o mais extremo a direita.
Se levar em conta "ideias" atuais, vai complicando mais. Por exemplo anarquistas são a favor de liberdade individual, inclusive o direito de usar drogas, se matar se quiser, não tem nada contra homossexualidade e tambem não tem nada contra religiões. O que não significa que APOIEM isso ou desejem. Apenas não percebem que alguem tenha o direito de mandar na vida alheia sem que este tenha cometido uma forma de agressão, ou seja, voce está se defendendo.

Essa questão de direita- esquerda hoje em dia confunde bastante.
 

John_Constantine

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Os mutualista tem algumas ideias bem legais que serviriam até hoje para o trabalhador não se alienar, mas aqui no Brasil a palavra emancipar mais parece fictícia.
 

LHand

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Questão de denominação.
Você considera anarquismo de esquerda e tem gente que afirma ser o extremo da direita.
Não tenho profundo conhecimento sobre o tema, mas também considero uma utopia.

O anarquismo raiz faz parte do movimento socialista - e inclusive havia anarquistas famosos na Primeira Internacional junto com o Marx e sua trupe.

São anticapitalistas, críticos do trabalho assalariado, de todas as formas de hierarquia, da estratificação social e em geral simpáticos ao conceito de Luta de Classes. São de esquerda sem a menor sombra de dúvidas.

Aí depois surgiu o anarquismo nutella, que acredita que seja possível existir capitalismo sem um Estado. Vulgo anarco-capitalismo. Estes são de direita.


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Beren_

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O anarquismo raiz faz parte do movimento socialista - e inclusive havia anarquistas famosos na Primeira Internacional junto com o Marx e sua trupe.

São anticapitalistas, críticos do trabalho assalariado, de todas as formas de hierarquia, da estratificação social e em geral simpáticos ao conceito de Luta de Classes. São de esquerda sem a menor sombra de dúvidas.

Aí depois surgiu o anarquismo nutella, que acredita que seja possível existir capitalismo sem um Estado. Vulgo anarco-capitalismo. Estes são de direita.


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O que voce tem contra Nuttela? =P
 

LHand

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O que voce tem contra Nuttela? =P

Eu gosto, mas prefiro isso aqui:

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SneakBR

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Nicola e Bart morreram sendo acusados de anarquistas de esquerda.
 

SneakBR

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Eu prefiro os anarquistas "Nutella".
Os que você considera "raiz", parecem mais com a visão do Shin Megami Tensei...
 

Reefer Madness

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Muito bom esse tópico... Explica a origem da confusão entre o anarquismo e o comunismo.

Mas não tenho certeza se classificaria o anarquismo como de esquerda, porque embora muitos ideais sejam semelhantes entre o anarquismo e o comunismo, no anarquismo existe uma espécie de senso de iniciativa e responsabilidade individual maiores do que na esquerda, que acredita que certas responsabilidades sejam do estado e não do indivíduo, ...e levando em conta que a esquerda se tornou algo completamente diferente do ideal de liberdade do anarquismo, com a centralização do poder na mão do estado, e os estados totalitários.

No meu entendimento, a anarquia tem haver com a liberdade completa do indivíduo para com o sistema, e seu rompimento total, das amarras do estado. Talvéz por isso seja chamado de utópico...

Se o anarquismo em origem era uma utopia, os governos socialistas se tornaram na prática verdadeiras distopias...

Porém acredito que dentro de um sistema anárquico, deveria existir algum tipo de hierarquia, ou meritocracia naturais...
Anarquia não é desordem. É a iniciativa dos indivíduos em torno de algo em comum, de espontânea vontade, e nunca por imposição do estado.
É a associação livre de pessoas em um sistema mutualista de desenvolvimento social, e nunca um sistema de limitação social, ou de "igualdade" forçada pelo estado.

Acredito que continua sendo utópico assim como o socialismo, por que a maioria dos indivíduos parece não ter uma idéia sobre a sua influência na sociedade e não tem idéia do impacto que suas decisões causam as outras pessoas. A maioria das pessoas não dá a mínima para o direito dos outros, a não ser que o direito dos outros lhe traga algum benefício ou vantagem diretas.

E eu não sei que tipo de sistema de ensino deveria ser criado, para formar cidadãos tão responsáveis e auto-conscientes, levando em conta que as instituições de ensino atuais estão aí para fazerem vocês se conformarem e obedecerem, ao invéz de lhes fazerem pensarem por sí próprios...
 

SneakBR

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"Anarquia não é desordem."
Por isso é uma utopia. Anarquia (de esquerda) seria a "lei do mais forte", no sentido mais literal.
 
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