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Foi com o 147 que a Fiat começou suas atividades no Brasil em 1976, quando inaugurou a fábrica em Betim (MG). O carrinho chegava ao mercado nacional com a difícil missão de incomodar o já consagrado Volkswagen Fusca e para isso apostava em alguns trunfos, como o melhor espaço interno conseguido com ajuda do motor montado na transversal. Mas os primeiros anos do 147 não foram nada fáceis, já que na comparação com o forte concorrente da marca alemã o pequeno Fiat tinha custo de manutenção mais alto, o que era um item que pesava bastante na hora da compra em tempos de inflação alta e desconfiança.
Os constantes problemas de engate do câmbio de quatro marchas também atrapalharam a vida do 147. Mesmo assim, o compacto da Fiat conseguiu conquistar uma boa leva de clientes que procuravam uma alternativa mais moderna que o Fusca para se locomover na cidade.
Até que durou bastante no mercado brasileiro. Ficou 10 anos e passou o bastão para o Uno, em 1984. Nesse período, formou uma família formada pela perua Panorama, o sedã Oggi e o furgão Fiorino e a primeira picape leve do Brasil.
Em homenagem a esse modelo que foi o primeiro a ter a marca Fiat no país, o designer Eduardo Oliveira fez as projeções de como seria o 147 hoje em dia. O trabalho beira a perfeição e mostra um carro que poderia entrar no mercado no lugar do Mille. “Este 147 foi feito com base no Novo Uno, com lanternas cortadas ao meio para melhor aproveitamento da abertura do porta-malas, conservando assim o formato retangular”, explica Oliveira. “Resolvi ressuscitar o 147 Rallye, clássica versão esportiva do carrinho”, completa.
Como também foram incluídas projeções do Oggi e da Panorama, Oliveira conta alguns detalhes sobre como chegou ao resultado que pode ser conferido nas imagens. “Escolhi modificar a frente do sedã, que ganhou quatro portas e, na perua, adotei uma versão Adventure, mas a mantive com duas portas, o fez lembrar bem o modelo original” , conta o designer.
De qualquer forma, com qualidades e defeitos, o 147 marcou época e nessa versão do século XXI, equipado com componentes atuais, seria capaz de fazer muito mais sucesso do que no passado.
Auto Esporte
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Apresentável. E melhor que o Mille.