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Descubra quanto ganha um titular de cartório
Será que é um bom negócio ser titular de cartório no Brasil? Confira agora mesmo quanto ganha esse profissional!
Já vamos adiantar que sim, ao que tudo indica, ser titular de cartório é um ótimo negócio no Brasil.
A atividade é bem remunerada, e o faturamento de um cartório pode superar os R$ 2 milhões. Mensais!
Quer saber mais sobre quanto ganha um titular de cartório e como fazer para se tornar um? Descubra agora mesmo!
Quanto ganha um titular de cartório
Titular de cartório é uma atividade muito bem remunerada.
De acordo com a pesquisa salarial da Catho, um titular de cartório no Brasil ganha em média R$ 17.028,58.
Mas aqui vale um esclarecimento. A remuneração do titular do cartório varia de acordo com o faturamento da unidade. O titular administra o cartório e precisa pagar infraestrutura, funcionários, insumos, impostos, etc.
Mesmo assim, os valores são de encher os olhos.
Os pouco mais de 13 mil cartórios espalhados pelo país arrecadam, juntos, em média R$ 12 bilhões por ano. Em 2019, tiveram arrecadação recorde de R$ 15,9 bilhões, de acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Recentemente, os cartórios campeões de faturamento registrado ficaram nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraíba e Minas Gerais, nessa ordem.
Por que um titular de cartório ganha tão bem?
Já falamos aqui que o valor recebido mensalmente pelo titular de cartório depende do faturamento daquela unidade que ele administra.
Mas você sabe por que o cartório movimenta tanto dinheiro?
Na verdade, se formos reparar, nossa vida passa todinha por um cartório.
É no cartório que são registradas as certidões de nascimento, casamento, divórcio, união civil e óbito. Só de casamentos, acontecem cerca de um milhão ao ano. Divórcios são em média 250 mil anuais.
Também precisamos do cartório para cópias autenticadas de documentos, procurações, reconhecimento de firma… e isso se a gente ficar só no âmbito da pessoa física.
No caso de pessoas jurídicas, os cartórios fazem atos constitutivos de sociedades, fundações, partidos políticos e associações. Jornais, radiodifusoras, agências de notícias e outras entidades ligadas à imprensa também fazem matrículas em cartórios.
E tem ainda o registro de imóveis, registro de títulos e documentos, protesto de títulos e documentos de dívida, de notas e até marítimos.
Cada uma dessas atividades cobra uma taxa, ou as chamadas “custas e emolumentos”. O valor é tabelado em nível estadual. Um casamento fica em torno de R$ 400, enquanto a escritura de um imóvel, por exemplo, pode custar entre pouco menos de R$ 300 a mais de R$ 46 mil.
Como se tornar um titular de cartório?
Embora ainda existam no país titulares de cartório não concursados, quem quiser exercer essa atividade hoje em dia precisa passar em concurso público.
Os concursos públicos para titular de cartório acontecem em nível estadual. Para tentar uma concorrida vaga é preciso cumprir requisitos como: ser bacharel em Direito, ter nacionalidade brasileira, não ter antecedentes criminais e cíveis, ter aptidão física e mental para o exercício da função.
O concurso para titular tem cinco etapas:
- Prova objetiva
- Prova escrita e prática
- Prova oral
- Comprovação de requisitos para outorga de delegações
- Exame de títulos
Além disso, é preciso passar em avaliações de conduta, exames de personalidade, psicotécnico e neuropsiquiátrico.
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4 mitos sobre cartórios que você precisa conhecer
O serviço cartorário no Brasil é utilizado, na maioria das vezes, apenas quando o cidadão se vê obrigado a registrar alguma ação de sua vida de forma legal. Venda de imóveis, obtenção de documentos, nascimentos, protesto, procurações. O brasileiro ainda desconhece todas as possibilidades de serviços que os cartórios oferecem e que poderiam, e muito, facilitar o seu cotidiano, oferecendo segurança jurídica e paz social.
Com base nessa falta de familiaridade com os procedimentos, crescem alguns mitos em volta da instituição que estão longe de corresponder ao que acontece no dia a dia. Separamos neste texto quatro crenças que a população tem em relação aos cartórios e explicamos como acontece na realidade. Veja abaixo:
1. Cartório é burocrático:
Assim como qualquer outra instituição pública no Brasil, os cartórios precisam se submeter a procedimentos e regulamentos para desenvolver suas atividades. Além da constante fiscalização do Poder Judiciário, o cartório atua como fiscal de tributos para os diversos entes públicos: Município, Estado e União e, portanto precisam cumprir com uma série de determinações e exigências legais para exercerem suas funções.
Para poder realizar as operações solicitadas pelos cidadãos, o cartório tem que lançar mão de um passo a passo padrão. Abrir um cartão para colher a assinatura do requerente, colher impressão digital, conferir se ele porta documento com foto ou pedir cópia do mesmo, procedimentos que contribuem com a segurança jurídica dos atos praticados e que garantem às pessoas envolvidas a certeza da realização efetiva de um negócio jurídico, uma vez que o cartório está emprestando a fé pública do Estado àquele determinado trâmite.
2. Cartórios passam de pai para filho:
Desde a promulgação da Constituição de 1988, para se tornar Tabelião de um cartório é preciso ser aprovado em um concurso público. Muitos destes cartórios, no entanto, no ato da promulgação desta Lei, já eram titulares de cartórios e se considerava que possuíam um direito adquirido para continuar à frente dos mesmos.
Outro caso é quando o cartório, por alguma razão, perde o titular e alguém passa a gerir o local de forma provisória até a posse do novo cartorário que virá de um dificílimo concurso público. O Estado de São Paulo já conclui 10 concursos públicos para cartórios e se encaminha para a abertura do próximo edital. Chance para quem quer entrar na carreira!
3. Cartórios são caros:
Os serviços oferecidos pelos cartórios, de qualquer natureza, são tabelados. A Lei Federal nº 10.169/00 fixa as regras sobre os preços cobrados da população. Além disso, os valores também são fixados por Lei Estadual, sofrendo reajuste anual conforme variação de um índice, a Ufesp (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo).
As tabelas dos cartórios contêm divisões em faixas segundo o valor do negócio jurídico base ou valores fixados para cada serviço isoladamente.
As pessoas que se sentirem lesadas quanto ao valor pago por algum serviço cartorário podem também informar o caso ao Poder Judiciário. No Estado de São Paulo, por exemplo, a Lei 11.331/02 (art. 32, § 2º) garante que o requerente ainda seja ressarcido com dez vezes o valor que lhe foi irregularmente cobrado, caso seja comprovada a cobrança indevida.
4. Dono de cartório é rico
Se você está pensando em se preparar para um concurso com o intuito de administrar um cartório é melhor conhecer alguns fatos envolvendo a rotina de gastos desse tipo de negócio. Para ter uma noção do quanto se fatura em um cartório, é preciso considerar como funciona a divisão dos gastos desse segmento.
Tomando por base a Lei Paulista de Emolumentos (cada Estado tem a sua), a receita gerada pelo estabelecimento é dividida desta forma: 62,5% vai para o cartório, 17,6% vai para o Estado em forma de impostos, 9% para a Carteira de Previdência das Serventias não Oficializadas da Justiça do Estado de São Paulo, 3% para a compensação dos atos gratuitos do registro civil das pessoas naturais e à complementação da receita mínima das serventias deficitárias, 4% para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e outros 3% para o Ministério Público do Estado de São Paulo.
Da verba destinada ao cartório, o responsável deve recolher 27,5% de Imposto de Renda e arcar com todas as demais despesas: funcionários - férias, INSS, auxílios desemprego, 13º salário -, outros profissionais que assessoram as atividades do local, aluguel do imóvel, água, luz, telefone, internet, IPTU, equipamentos, etc., despesas administrativas (papelaria, móveis, etc.).
É preciso ainda considerar que a grande maioria dos estabelecimentos cartorários do País está longe de ter uma receita como essa e a remuneração final do servidos costuma ficar bem abaixo do valor inicial desta simulação.