Isso é foda mesmo, e pra melhorar a cereja do bolo estabeleceram que o doutor/doutora é um ser único e especial (nivel god) no universo e tudo gira em torno dele. Ta pior que dragon ball z que a cada episodio o goku vai enfrentando inimigos superpoderosos>deuses>deuses do multiverso.
Saudades do doutor humildão com tempo de vida contado e finito tentando ajudar os outros do melhor jeito possível, resolvendo mistérios com seus companheiros e lidando com os traumas do passado..
Se o 11 tivesse morrido neste filme, com certeza Doctor Who fecharia seu ciclo com classe - talvez enfrentando um reboot depois. Mas eu entendo a vontade de continuar e Capaldão chegou. Na regeneração do 11 eu relevei porque queria mais daquele maravilhoso show. Talvez a regeneração em si deva realmente ser um presente de Gallifrey (imagino Rassillon revoltado com a atitude, mas tendo que acatar). Porém, aí destoa a minha opinião: Capaldi deveria ser o ÚLTIMO doctor.
Era para ele ser "O presente de gallifrey", "A última vida do doutor". Com um rosto especialmente escolhido pela junção de todos os antigos doutores. Um rosto que passava uma mensagem: Sempre dá para salvar alguém, nem que seja só um (imagine que rima poética esse rosto ser exatamente o único que salva o doutor da morte depois). E sim: eu entendo que o Capaldi seja ranzinza e até mal - O ciclo do doutor se fechou quando salvou Gallifrey: não há mais nada que o doutor deva ao universo e sua mágoa individual se foi. Talvez passando por uma reconstrução ele se vê sendo alguém diferente do que sempre foi e ISSO É ÓTIMO e eu não reclamaria de ver o Capaldi sendo um pouco mais Malvado do que foi. Mas sim: O fim definitivo de doctor who deveria ter sido quando ele morre atacado por um Cyberman. Sozinho, com a batalha perdida e sem esperanças. Morto nem mesmo pelo vilão principal da obra (os daleks já fizeram o trabalho em gallifrey).
Perfeito porque é imperfeito: assim como doctor who. O doutor reclamaria que em seu fim não há mais estrelas (como todos que se vão). A Bill deixa seu corpo e sai - a Tardis fecha suas portas e uns 5 segundos de silêncio: TUUUMM - A tardis começa a viajar para algum lugar. Uma música emotiva começa a tocar de fundo (
) e Várias figuras brancas começam a aparecer em volta do console (entenderiamos que seriam suas reencarnações). Uma aparece ao lado do corpo e caminha lentamente para fazer parte do círculo. As reencarnações começam a mexer lentamente nos consoles da Tardis: Cenas de suas mãos gentilmente movendo os controles e vozes de antigas versões em fundo: Flashbacks de cenas de cada doutor - começando do primeiro até o último. Intercaladas por um discurso do último doutor: "Viajei demais e no fim, achei que estava sozinho - mas não, não estava sozinho... Nunca estive... Sempre carreguei comigo o peso, o orgulho, a alegria e a compaixão de ser o doutor - de sermos, o doutor... Todas essas pessoas, todos esses lugares, todas essas memórias - tudo! Tudo é tão lindo". Vemos cenas de antigos companions "percebendo" algo. O corpo do doutor vai se desfazendo em energia de regeneração. "Fiz meu trabalho - vivi demais - amei e chorei demais. Sei que sentirão minha falta, também sentirei. Mas agora é o fim do logo caminho que tenho que percorrer (que todos nós temos que percorrer). Porque o que sou é onde estou, e onde estou, é onde caio.". A TARDIS se desmaterializa em trenzalore. As figuras brancas se transformam em cada doutor (fotos ou atores fingindo serem). O Capaldi sorri: "Senhores, eu vos saúdo e os parabenizo pelo excelente trabalho! Fomos fantásticos! Eu não esquecerei nenhum momento disso... eu juro". Os doutores vão desaparecendo - um a um. Entendemos que é o fim. O capaldi fica sozinho com sua tardis. Alisa o console enquanto vai em direção à porta - a música intensifica. Ele beija a mão e coloca lentamente sobre o vidro do console (o sino do claustro toca por todos os cantos do universo) "Obrigado pela diversão, minha garota". Ele se vira e caminha em direção à porta com luz branca. Vemos ele na frente da porta, de costas para a Tardis que começa a se desligar. "Doutor - sei que está aí, você sempre estará. Eu fiz você quando adotei o seu nome. Mas você é mais do que eu fui e sempre serei. Você é uma memória, uma música, um ato de compaixão, bondade e esperança. Você não deve morrer comigo, um velho senhor do tempo, não. Viaje por esse velho e tonto universos, como sempre fez, influencie pessoas, ajude outras, faça o que sempre fez. Doutor, "i let you go"!.
Ele dá o primeiro passo para fora da Tardis e a câmera se despede indo para longe. Vemos ele começar a desaparecer em energia se misturando com a Tardis e fazendo ela "crescer" assim como vimos em trenzalore. Mas algo viaja 'no vento'. Vemos esse vento despertar pessoas a ajudarem as outras, a terem coragem e a lutarem e, no fim. Em gallifrey, vemos um jovem garoto saindo da aula de pilotagem de TARDIS. O vento passa pelo seus cabelos. Ele se vira e vê uma Tardis tipo 40 "abandonada" em meio a ferragens. Vemos ele ir em direção a ela e FIM.
Depois de 5 anos na pele do doctor de doctor who, Joddie Withtaker irá sair do papel como primeira doutora feminina a fazer parte do programa, dando lugar a Ncuti Gatwa, que será a primeira encarnação negra do doutor em mais de 50 anos de Série. E não só isto, um dia feliz para os movimentos inclusivistas ao dizer que teremos um homem homossexual atuando como uma personalidade tão significativa dentro do mundo da ficção científica. Será que teremos a honra de ver a série transmitir essas características ao personagem?
