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[Economia] Porque os dados do PIB do 2º trimestre são melhores do que aparentam

Cafetão Chinês

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Os dados do PIB de 2019 (segundo trimestre) que foram divulgados essa semana, são melhores do que o esperado.
As análises de grande parte da mídia, ignoraram 3 informações muito importantes: os gastos do governo diminuíram, as importações aumentaram e as exportações diminuíram.

Porque isso é relevante? Porque esses 3 fatores reduzem o valor do PIB.

A exemplo, se o governo gastasse mais construindo pontes para lugar nenhum, se parássemos de trazer máquinas e insumos baratos de fora do país (que aumentam a produtividade das indústrias) e se enviássemos mais produtos para fora do país (desabastecendo completamente o mercado interno), o valor do PIB teria sido bem maior.
Qualquer leigo sensato, sabe que essas ações seriam um descalabro para a economia.

Em contrapartida, os investimentos produtivos aumentaram em 3,2%. Um salto considerável.

Esse é um dos motivos pelo qual o PIB (que foi inserido como medida para avançar a agenda keynesiana), jamais deveria ser analisado de maneira isolada.

Um gráfico que resume esses dados:
87003
https://g1.globo.com/economia/notic...esce-04percent-no-2o-trimestre-diz-ibge.ghtml
 
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JmB!

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Deixa eu ver se eu entendi a lógica.

Você está dizendo que conseguimos crescer mesmo:

1-) Com a renda familiar estando "estagnada"
2-) Com o governo reduzindo gastos ( o que gera uma demanda menor por insumos)
3-) Exportando menos ( o que em tese faria com que crescemos menos)
4-) Importação maior ( ou seja, "demos mais dinheiro" o que em tese era pioraria o PIB)

Ou seja, estamos tendo um crescimento REAL?

T+
 
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Cafetão Chinês

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Deixa eu ver se eu entendi a lógica.

Você está dizendo que conseguimos crescer mesmo:

1-) Com a renda familiar estando "estagnada"
2-) Com o governo reduzindo gastos ( o que gera uma demanda menor por insumos)
3-) Exportando menor ( o que em tese faria com que crescemos menos)
4-) Importação maior ( ou seja, era pra "darmos mais dinheiro" o que em tese seria pra abaixar o PIB pior)

Ou seja, estamos tendo um crescimento REAL?

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Exato. O crescimento que o pais teve é real, e baseado em investimento e produção. Ao contrário de um crescimento baseado em gastos do governo (que podem inclusive serem feitos por aumento de impostos, inflacionismo ou endividamento).

Infelizmente você não verá esse tipo de conclusão em análises econômicas do mainstream keynesiano, que é paranoica com balança comercial e exportações. E ignoram que o verdadeiro crescimento se dá pelo aumento da poupança e da produção.
 

berethor_walker

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Deixa eu ver se eu entendi a lógica.

Você está dizendo que conseguimos crescer mesmo:

1-) Com a renda familiar estando "estagnada"
2-) Com o governo reduzindo gastos ( o que gera uma demanda menor por insumos)
3-) Exportando menor ( o que em tese faria com que crescemos menos)
4-) Importação maior ( ou seja, era pra "darmos mais dinheiro" o que em tese seria pra abaixar o PIB pior)

Ou seja, estamos tendo um crescimento REAL?

T+
Exatamente isso, e está bem explicado, tara por balança comercial é coisa de mercantilista do século XVII, oque importa é a produtividade a longo prazo.
A respeito do governo diminuir os gastos ser ruim na sua visão, me explique como o governo fomenta uma demanda mais eficiente e importante que mais comida, produtos e serviços para você; você não consome nada também? ou acha que o Bolsonaro, seus ministros e os burocratas sabem gastar dinheiro melhor que você?
 

igraum

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Um hora tinha de acontecer. É motivo para comemorar, pero no mucho.

 


Land Stalker

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Acho que entendi. Deve ser algo como "maquiar o PIB" com elevação artificial, se fossem outras as vantagens.
 

Chimpanú

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Os dados do PIB de 2019 (segundo trimestre) que foram divulgados essa semana, são melhores do que o esperado.
As análises de grande parte da mídia, ignoraram 3 informações muito importantes: os gastos do governo diminuíram, as importações aumentaram e as exportações diminuíram.

Porque isso é relevante? Porque esses 3 fatores reduzem o valor do PIB.

A exemplo, se o governo gastasse mais construindo pontes para lugar nenhum, se parássemos de trazer máquinas e insumos baratos de fora do país (que aumentam a produtividade das indústrias) e se enviássemos mais produtos para fora do país (desabastecendo completamente o mercado interno), o valor do PIB teria sido bem maior.
Qualquer leigo sensato, sabe que essas ações seriam um descalabro para a economia.

Esse é um dos motivos pelo qual o PIB (que foi inserido como medida para avançar a agenda keynesiana), jamais deveria ser analisado de maneira isolada.

Um gráfico que resume esses dados:
Visualizar anexo 87003

Eu acho que o problema do seu raciocínio está em considerar que importações reduzem o PIB. Em contabilidade nacional o PIB é estimado pela equação (C + I + G + X - M), não porque o acréscimo de importações reduz o PIB, mas para evitar dupla contagem pois os bens e serviços estrangeiros consumidos já estão considerados nas rubricas de Consumo (C) e Investimento (I). Eu não entendi também porque considerar exportações como algo ruim; porque exportar mais causaria desabastecimento?
 

JmB!

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Eu acho que o problema do seu raciocínio está em considerar que importações reduzem o PIB. Em contabilidade nacional o PIB é estimado pela equação (C + I + G + X - M), não porque o acréscimo de importações reduz o PIB, mas para evitar dupla contagem pois os bens e serviços estrangeiros consumidos já estão considerados nas rubricas de Consumo (C) e Investimento (I). Eu não entendi também porque considerar exportações como algo ruim; porque exportar mais causaria desabastecimento?

Quando li a primeira vez também pensei assim, mas ao ler novamente com calma, é possível perceber que:

Ele não está dizendo que exportações são ruins, mas sim que pela lógica Keynesiana era para isso colaborar (visto a crise que vivemos) para a queda do PIB e não termos um aumento de 100% da previsão...

O que o @Cafetão Chinês está mostrando é que as medições atuais para evidenciar um crescimento não são muito eficientes.

T+
 
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JmB!

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Exatamente isso, e está bem explicado, tara por balança comercial é coisa de mercantilista do século XVII, oque importa é a produtividade a longo prazo.
A respeito do governo diminuir os gastos ser ruim na sua visão, me explique como o governo fomenta uma demanda mais eficiente e importante que mais comida, produtos e serviços para você; você não consome nada também? ou acha que o Bolsonaro, seus ministros e os burocratas sabem gastar dinheiro melhor que você?

Calma, calma... Eu não disse que o governo gastar menos é algo ruim...

Muito pelo contrário, no meu post eu tento mostrar que reduzir os gastos da máquina pública é BOM PARA A ECONOMIA.

Eu só fiz uma alusão para acompanhar o raciocínio do Cafetão.... Nada mais que isso...

Relex ai! rsss!

T+
 
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Beren_

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Deixa eu ver se eu entendi a lógica.

Você está dizendo que conseguimos crescer mesmo:

1-) Com a renda familiar estando "estagnada"
2-) Com o governo reduzindo gastos ( o que gera uma demanda menor por insumos)
3-) Exportando menos ( o que em tese faria com que crescemos menos)
4-) Importação maior ( ou seja, "demos mais dinheiro" o que em tese era pra o PIB)

Ou seja, estamos tendo um crescimento REAL?

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Sim. Já fiz topico falando sobre isso a tempos. O calculo do PIB em si, analisado por si só, é ridiculo.

Por exemplo. Importar mais não significa empobrecer. Pode significar acesso a produtos melhores para as pessoas, maquinas mais produtivas para produtores, que com elas, vão estar se especializando mais e produzindo mais por custo menor. Então podendo competir com exportações de outros países.
Se construir 500 estadios de futebol inuteis com dinheiro do pagador de impostos, deixassem um país rico, seriamos top 1 do mundo huhaa.
A visao keynesiana so pensa no "hoje agora".
 

Chimpanú

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Quando li a primeira vez também pensei assim, mas ao ler novamente com calma, é possível perceber que:

Ele não está dizendo que exportações são ruins, mas sim que pela lógica Keynesiana, era para isso colaborar (visto a crise que vivemos) para a queda do PIB e não um aumento de 100% da previsão...

O que o @Cafetão Chinês está mostrando é que as medições atuais para evidenciar um crescimento não são muito eficientes.

T+

O que ele quis dizer - eu acho - é que:

  • Redução no Consumo do Governo reduz o PIB (verdadeiro)
  • Redução nas exportações reduz o PIB (verdadeiro)
  • Aumento nas importações reduz o PIB (falso)

Mas que estes movimentos por si só não significam muito - o que é verdadeiro no longo prazo - se estes gastos forem mal alocados. As razões do porque seriam mal alocados não faz sentido no caso das exportações. E o mesmo é discutível para qualquer componente do gasto, inclusive Investimentos (que é o componente mais volátil).

O PIB é útil para medir o nível de emprego, mas os dados são muito mais específicos do que só os índices gerais apresentados aqui. Se você quiser discutir a questão da alocação há uma enormidade de tipos de gastos, produção, setores, tabelas de insumo-produto considerados na pesquisa. Quem está analisando o PIB de maneira isolada? Certamente não o IBGE.
 

JmB!

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O que ele quis dizer - eu acho - é que:

  • Redução no Consumo do Governo reduz o PIB (verdadeiro)
  • Redução nas exportações reduz o PIB (verdadeiro)
  • Aumento nas importações reduz o PIB (falso)
Mas que estes movimentos por si só não significam muito - o que é verdadeiro no longo prazo - se estes gastos forem mal alocados. As razões do porque seriam mal alocados não faz sentido no caso das exportações. E o mesmo é discutível para qualquer componente do gasto, inclusive Investimentos (que é o componente mais volátil).

O PIB é útil para medir o nível de emprego, mas os dados são muito mais específicos do que só os índices gerais apresentados aqui. Se você quiser discutir a questão da alocação há uma enormidade de tipos de gastos, produção, setores, tabelas de insumo-produto considerados na pesquisa. Quem está analisando o PIB de maneira isolada? Certamente não o IBGE.

Bem, na minha visão você reforça a tese dele... Já que os dados apresentados não querem dizer necessariamente alguma coisa concreta.

Agora, todos os economistas dizem que o Brasil esta de pé por causa das commodities (impulsionada pela agropecuária), onde o negócio central são as exportações., Se este negócio "teve prejuízo" e é ele que "nos salva", como houve crescimento?

É isso que me intriga.

T+
 

Cafetão Chinês

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Eu acho que o problema do seu raciocínio está em considerar que importações reduzem o PIB
Eu não disse que "importações reduzem o PIB". Eu disse que, segundo o PIB, se as exportações reduzem e as importações aumentam, aí o PIB diminui. Que é exatamente a situação econômica em que estamos agora (importações maiores que exportações).
Vamos aos fatos. Segue a equação da fórmula: PIB = C + I + G + X - M

C representa os gastos do setor privado, I representa o total de investimentos realizados na economia, G representa os gastos do governo, X é o total de exportações e M, o de importações.

Logo de cara, já notamos problemas muito graves com o PIB:
  • gastos governamentais são considerados atividades econômicas positivas (se o governo começar a gastar construindo estádios de futebol, independente da viabilidade econômica desses estádios, o cálculo do PIB aumentará).
  • importações são consideradas "negativas" e subtraídas das exportações (que são consideradas positivas).
  • dá importância exagerada ao consumo, e não da produção.
  • O PIB não separa atividades que efetivamente geram crescimento das que destroem capital.
A efeito de exemplo da distorção que tais medidas criam: a economia soviética em 1990 (pouco antes do fim) tinha o número que correspondia a metade do PIB americano. Mas qualquer pessoa que visitasse os dois países, veria a diferença brutal em termos de bens de capital e consumo disponíveis para a população (muito maior do que o "dobro".
Em contabilidade nacional o PIB é estimado pela equação (C + I + G + X - M), não porque o acréscimo de importações reduz o PIB, mas para evitar dupla contagem pois os bens e serviços estrangeiros consumidos já estão considerados nas rubricas de Consumo (C) e Investimento (I).
Errado, a dupla contagem não tem a ver com as importações. Os arquitetos keynesianos do cálculo do PIB tentam evitar essa "dupla contagem" incluindo na equação apenas bens e serviços finais.
Exemplo: se um país produz R$100 de trigo, R$200 de farinha de trigo e R$300 de pão, seu PIB será de R$300, pois o valor da farinha e do trigo estão embutidos no valor do pão.

A importações são decrescidas das exportações, porque o PIB segue a mentalidade mercantilista de tratar as exportações como algo positivo e as importações como algo negativo.
Para saber, uma economia que exporta $1 e importa $1 terá a mesma contribuição ao PIB (zero) que uma economia que exporta $100 bilhões e que importa $100 bilhões.
Eu não entendi também porque considerar exportações como algo ruim; porque exportar mais causaria desabastecimento?
Também não disse que exportação é algo ruim. Você tem uma forma estranha de interpretar o que não é dito...

O que eu disse, é que pela metodologia do PIB, uma economia voltada para exportação, é o que irá gerar crescimento econômico.
Ora, por que as exportações adicionam ao PIB mas as importações deduzem do PIB? Se o objetivo do PIB é mensurar os bens e serviços fornecidos às pessoas que vivem numa determinada região, então as importações, e não as exportações, é que são benéficas.

Um aumento de importações demonstra que o poder aquisitivo da população aumentou, também demonstra que o bem-estar da população aumentou.
Já um aumento das exportações indica que a população agora possui menos bens disponíveis, pois estes foram enviados para fora.
Pode também indicar que o poder de compra da população está em queda, o que significa que a exportação foi a maneira das empresas se livrarem de seus excedentes não consumidos internamente.

Em ambos os casos, o padrão de vida da população diminuiu.
 
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Ares1521

Bam-bam-bam
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Na minha opinião a formula do PIB tem um erro, deveria ser assim C + I - G + X - M. Uma vez que todo gasto do governo é dinheiro retirado da economia através de imposto/inflação/crédito, sendo assim quanto maior ele é, pior para a economia.
O fato de utilizarem esse sinal positivo leva a conclusões erradas, se a formula correta do PIB é realmente C + I + G + X - M, o Ciro Gomes está certo, é só mandar o governo imprimir uma montanha de papel e aumentar o gasto 10 vezes que o PIB iria crescer uns 1000% e todo mundo ficaria rico. O que sabemos muito bem que não funciona, apenas geraria uma inflação desgraçada e "venezuelaria" a porra toda.

Por isso o PIB não é um medidor muito bom, seria melhor analisar se C e I estão crescendo, daria algo bem mais válido. Mas mesmo assim eu não "ignoro completamente" dados do PIB, porém você tem que vê-los sabendo que existe esse erro, sempre ver se o percentual do gasto do governo no PIB variou ou não, se o PIB crescer, mas devido a uma maior participação de gasto do governo no PIB, isso significa apenas que estão te roubando mais. Se o PIB crescer com o percentual do gasto do governo ficando igual ou de preferência diminuindo, ai significa que de fato as pessoas estão produzindo mais.

Tipo, no BR, teve um pouco de crescimento de PIB nas últimas décadas, porém foi só de gasto público crescendo, o investimento das indústrias CAIU, devido a isso estamos no buraco:
PEC-TETO_VA5_src.jpg

(esse gráfico é só dos gastos federais, se somar aos gastos das outras esferas estamos chegando a 50%, mas não achei gráfico disso, só uns artigos como esse https://www.jornalopcao.com.br/colu...sil-correspondem-40-do-pib-no-chile-23-86414/ )
Resultado que mesmo que o PIB cresceu um pouco, só cresceu em forma de estado torrando dinheiro atoa, dinheiro esse que veio dos cidadãos que agora tem menos poder de consumo e produzem menos, então na prática o Brasil empobreceu pra c***lho, mesmo com PIB subindo!
 
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Lost Brother

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Nao tem como defender o indefensavel o Brasil esta numa put* recessao economica atualmente, tem que ver se as reformas vao sutir efeito em 2020. Depois da desburocratizacao, pec dos gastos publicos, reforma trabalhista (+ 2017-2019), reforma previdenciaria, reforma previdenciaria o setor produtivo n vai ter mais desculpa.
 

Cafetão Chinês

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Nao tem como defender o indefensavel o Brasil esta numa put* recessao economica atualmente, tem que ver se as reformas vao sutir efeito em 2020. Depois da desburocratizacao, pec dos gastos publicos, reforma trabalhista (+ 2017-2019), reforma previdenciaria o setor produtivo n vai ter mais desculpa.


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O Brasil não está mais em recessão econômica, mas está num crescimento baixo. Só que diferentemente de números de PIB inflados por gastos governamentais em épocas passadas (eopt.gif), agora temos um número que corresponde a realidade (pois o gasto público não aumentou).
 
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igraum

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Acredito que essa discussão sobre importação/exportação e os impactos no PIB são muito mais complexas e é preciso avaliar mais afundo algumas variáveis e fundamentações. Acredito que variações positivas ou negativas na balança comercial não necessariamente impactam diretamente. Até porque, assumindo que fiquem em patamares bem próximos, acabam sendo bem variáveis inevitavelmente. O que é preciso observar é a qualidade das importações e das exportações.

Dois extremos que servem como exemplo: EUA importam mais do que exportam. A Alemanha, por sua vez, exporta mais do que importa:
6iQFNUG.jpg

O que diferencia é a complexidade de bens e serviços que estão nessa conta. Os bens complexos são as manufaturas, os bens não complexos são as commodities. São ricos os países que se especializam em produzir e exportar manufaturas, são pobres os países que se dedicam apenas a produzir e exportar bens agrícolas e commodities (Brasil). Aqui que considero o ponto mais sensível. Exportar soja e importar tofu (exemplo) não torna esse processo interessante. Ou seja, enquanto a produtividade das exportações não melhorar em termos de tecnologia, complexidade, etc., tanto faz se exporta mais ou menos. E consequentemente, não será isso que impactará o crescimento do PIB.

A despeito disso, é correto afirmar que os gastos do governo devem ser reduzidos (poupança interna e ajuste fiscal) e a FBCF deve continuar avançando (gargalo estrutural do Brasil). Exportação e importação passam por aumento de produtividade, que não é e não será nos próximos 100 anos o forte do Brasil.
 
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Goris

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Acredito que essa discussão sobre importação/exportação e os impactos no PIB são muito mais complexas e é preciso avaliar mais afundo algumas variáveis e fundamentações. Acredito que variações positivas ou negativas na balança comercial não necessariamente impactam diretamente. Até porque, assumindo que fiquem em patamares bem próximos, acabam sendo bem variáveis inevitavelmente. O que é preciso observar é a qualidade das importações e das exportações.

Dois extremos que servem como exemplo: EUA importam mais do que exportam. A Alemanha, por sua vez, exporta mais do que importa:
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O que diferencia é a complexidade de bens e serviços que estão nessa conta. Os bens complexos são as manufaturas, os bens não complexos são as commodities. São ricos os países que se especializam em produzir e exportar manufaturas, são pobres os países que se dedicam apenas a produzir e exportar bens agrícolas e commodities (Brasil). Aqui que considero o ponto mais sensível. Exportar soja e importar tofu (exemplo) não torna esse processo interessante. Ou seja, enquanto a produtividade das exportações não melhorar em termos de tecnologia, complexidade, etc., tanto faz se exporta mais ou menos. E consequentemente, não será isso que impactará o crescimento do PIB.

A despeito disso, é correto afirmar que os gastos do governo devem ser reduzidos (poupança interna e ajuste fiscal) e a FBCF deve continuar avançando (gargalo estrutural do Brasil). Exportação e importação passam por aumento de produtividade, que não é e não será nos próximos 100 anos o forte do Brasil.
Eu sempre considerei correta a ideia que bens secundários eram mais importantes que bens primários na efetivação de riqueza.

Mas acabei percebendo que não é bem assim. Nova Zelândia, Austrália, até mesmo Chile ficaram ricos vendendo bens primários.

A Argentina do começo do século XX era rica vendendo produtos primários com algum valor agregado.

Acho que acabei concordando com a ideia anarco-capitalista de que a liberdade torna as pessoas e países ricos.

Se você toma 40% da riqueza de quem produz, você não está gerando riqueza, mas a tomando.

Se você dá esses 40% tomados pra outra pessoa (que nada produz), você não gera riqueza, mas gera uma cultura em que é melhor ganhar de graça que produzir (sei que não é de graça, mas exemplo é o funcionário público, em um século, se as pessoas que passaram anos estudando pra ser funcionários públicos gastassem 10% desse tempo produzindo ideias para produzir mais, melhor ou mais barato, será que mais riqueza não seria produzida que eles estudando pra memorizar e passar em provas?) você tbm não gera riqueza.

Se além de você tomar 40% da riqueza de quem produz, dar esses 40% a quem não produz e criar na mente deles que eles estão aiudando a sociedade se ficarem criando leis pra atrapalhar quem produz, você gerará riqueza?

Porque é mais ou menos por aí que acontece no Brasil IMHO.
 

Chimpanú

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Eu não disse que "importações reduzem o PIB". Eu disse que, segundo o PIB, se as exportações reduzem e as importações aumentam, aí o PIB diminui. Que é exatamente a situação econômica em que estamos agora (importações maiores que exportações).
Vamos aos fatos. Segue a equação da fórmula: PIB = C + I + G + X - M

C representa os gastos do setor privado, I representa o total de investimentos realizados na economia, G representa os gastos do governo, X é o total de exportações e M, o de importações.

Logo de cara, já notamos problemas muito graves com o PIB:
  • gastos governamentais são considerados atividades econômicas viáveis (se o governo começar a gastar construindo estádios de futebol, independente da eficiência desses estádios, o cálculo do PIB aumentará).
  • importações são consideradas "negativas" e subtraídas das exportações (que são consideradas positivas).
  • dá importância exagerada ao consumo, e não da produção.
  • O PIB não separa atividades que efetivamente geram crescimento das que destroem capital.
A efeito de exemplo da distorção que tais medidas criam: a economia soviética em 1990 (pouco antes do fim) tinha o número que correspondia a metade do PIB americano. Mas qualquer pessoa que visitasse os dois países, veria a diferença brutal em termos de bens de capital e consumo disponíveis para a população.

Á fórmula supracitada é o PIB pela ótica da demanda. A contabilidade se atém às definições e não faz consideração se algo é "economicamente viável" ou não. No caso, a fórmula discrimina as despesas nas quais a renda é dispendida. O que é mostrado é que gastos governamentais são despesas e que proporção do produto representam. Se pretende dar ênfase em como é produzido o PIB pode ser visto também pela ótica da produção.

Também há de se diferenciar que variação do produto não é qualitativamente igual à variação do capital. Isso pois o PIB é medida de fluxo e Capital de estoque. A variação do estoque de capital por definição não é apreendida pelo PIB porque é Produto Interno Bruto (já o PI Líquido estima a variação por deduzir a depreciação do estoque de capital sobre a FBCF).

Errado, a dupla contagem não tem a ver com as importações. Os arquitetos keynesianos do cálculo do PIB tentam evitar essa "dupla contagem" incluindo na equação apenas bens e serviços finais.
Exemplo: se um país produz R$100 de trigo, R$200 de farinha de trigo e R$300 de pão, seu PIB será de R$300, pois o valor da farinha e do trigo estão embutidos no valor do pão.

A importações são decrescidas das exportações, porque o PIB segue a mentalidade mercantilista de tratar as exportações como algo positivo e as importações como algo negativo.
Para saber, uma economia que exporta $1 e importa $1 terá a mesma contribuição ao PIB (zero) que uma economia que exporta $100 bilhões e que importa $100 bilhões.

É verdade que o cálculo do PIB evita dupla contagem ao estimar o somatório dos valores agregados ou do valor final de bens e serviços. Contudo isto também é verdadeiro para este caso das exportações. Isto se dá pela definição de Produto Interno Bruto - pois se trata do valor final de bens e serviços a preços de mercado produzidos em território nacional.

Há um material bastante didático neste link:
https://research.stlouisfed.org/publications/page1-econ/2018/09/04/how-do-imports-affect-gdp

Mas para ilustrar o absurdo do raciocínio: suponha-se uma economia que somente exporta (sem consumir bens ou serviços produzidos domesticamente) e importa igual valor ao que é exportado; o PIB seria portanto 0, ou seja, não seria economia alguma. Similarmente, se nesta economia, é importado mais do que é exportado como é possível que o PIB seja negativo?

Também não disse que exportação é algo ruim. Você tem uma forma estranha de interpretar o que não é dito...

O que eu disse, é que pela metodologia do PIB, uma economia voltada para exportação, é o que irá gerar crescimento econômico.
Ora, por que as exportações adicionam ao PIB mas as importações deduzem do PIB? Se o objetivo do PIB é mensurar os bens e serviços fornecidos às pessoas que vivem numa determinada região, então as importações, e não as exportações, é que são benéficas.

Um aumento de importações demonstra que o poder aquisitivo da população aumentou, também demonstra que o bem-estar da população aumentou.
Já um aumento das exportações indica que a população agora possui menos bens disponíveis, pois estes foram enviados para fora.
Pode também indicar que o poder de compra da população está em queda, o que significa que a exportação foi a maneira das empresas se livrarem de seus excedentes não consumidos internamente.

Em ambos os casos, o padrão de vida da população diminuiu.

Veja que essa sua confusão segue do equívoco cometido no tópico acima. Eu insisto que leia o link. A fórmula descreve importações deduzindo o PIB porque necessariamente o valor das importações estará embutido na absorção interna (C+ I + G) - simplesmente porque é impossível, na prática, estimar e separar despesas domésticas de estrangeiras, mas é possível deduzir o valor total da despesa em bens e serviços estrangeiros. É mais fácil ilustrar discriminando a fórmula da seguinte maneira:

PIB = (Cd + Ci) + (Id + Ii) + (Gd + Gi) + X - M

Na qual lê-se que o subscrito d é de bens e serviços domésticos e i de importados

E que;

(Ci + Ii + Gi) = M

Portanto, substituindo:

PIB = Cd + Id + Gd + X; ou seja, por definição, Produto Interno Bruto.
 

PicaPauBiruta

Bam-bam-bam
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Só é difícil de acreditar nesse ""governo reduzindo gastos"", já que isso afinal veio da onde ?? Aonde o governo mexeu para haver essa redução ??

É meio difícil de engolir isso com o fundão sendo aprovado ( na calada da noite ), vemos que se houve REALMENTE uma diminuição dos gastos do estado, ela foi bem pouca, pois o Brasil está naquela de ""um passo pra frente e dois passos pra trás"".

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Ares1521

Bam-bam-bam
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Só é difícil de acreditar nesse ""governo reduzindo gastos"", já que isso afinal veio da onde ?? Aonde o governo mexeu para haver essa redução ??

É meio difícil de engolir isso com o fundão sendo aprovado ( na calada da noite ), vemos que se houve REALMENTE uma diminuição dos gastos do estado, ela foi bem pouca, pois o Brasil está naquela de ""um passo pra frente e dois passos pra trás"".

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Fundo e essas palhaçadas do congresso vai foder ano que vem só. O que aconteceu é executivo cortando desperdício, pode ver que foi 1% só, foi estado e municipio quebrado que não consegue aprovar licitação nova, menos ministérios que tinha no ano passado com gastos sendo contingenciados, etc...
 

Baralho

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Esse é o Brasil de verdade, endividado, de baixa produtividade e que enfrenta muitos entraves pra deslanchar, muitas vezes refém de políticas de Estado, enquanto a máquina estatal não deixar de ser 'tão importante'.

O de antes era um país artificialmente 'enriquecido' por emissão de crédito subsidiado (ou seja, com desoneração pra meia dúzia de amigos do rei, que ainda está sendo paga pelos subempregados, micro-empresários e até camelôs e comerciantes informais), e intervencionismo no setor de energia, via estatais (como Eletrobras e Petroubras Petrobras).

Como o ''primeiro Brasil'' ainda paga pelo passivo do ''Brasil'' do segundo parágrafo, não dá pra esperar nada diferente, mas pelo menos, está em uma direção honesta, sobretudo, com a base da pirâmide.
 

Cafetão Chinês

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Á fórmula supracitada é o PIB pela ótica da demanda. A contabilidade se atém às definições e não faz consideração se algo é "economicamente viável" ou não. No caso, a fórmula discrimina as despesas nas quais a renda é dispendida. O que é mostrado é que gastos governamentais são despesas e que proporção do produto representam. Se pretende dar ênfase em como é produzido o PIB pode ser visto também pela ótica da produção.

Também há de se diferenciar que variação do produto não é qualitativamente igual à variação do capital. Isso pois o PIB é medida de fluxo e Capital de estoque. A variação do estoque de capital por definição não é apreendida pelo PIB porque é Produto Interno Bruto (já o PI Líquido estima a variação por deduzir a depreciação do estoque de capital sobre a FBCF).
Esse é o problema de você ficar copiando definições de apostilas, sem se atentar para o conteúdo.

A começar, você está corroborando o meu argumento de que o PIB, por si só, é uma métrica inútil. O PIB é um indicador que tem a finalidade de medir a atividade econômica (os bens e serviços produzidos). Só que ele não mensura nada da qualidade, da rentabilidade, da produtividade do que foi produzido (que é o que realmente importa para verificar o crescimento da economia).

Quando acontece alguma catástrofe ou uma enchente devastadora, os esforços de reconstrução e os gastos do governo fazem o PIB aumentar, não obstante toda a destruição e todas as perdas trágicas enfrentadas pela população. Brumadinho aumentou o PIB do Brasil.
Aliás, mais aberrante ainda. Se a população resolvesse gastar tudo o que tem, o PIB do país aumentaria consideravelmente.

Ou seja, a fórmula do PIB não faz nenhum sentido lógico em termos econômicos para medir atividade econômica. Ela inclui gastos do governo como acrescentador para a produção da riqueza, quando, na verdade os gastos do governo consomem capital disponível.

O PIB é apenas mais uma fraude keynesiana que só se sustenta porque ninguém questiona.

A respeito do FBCF, ele somente entra na variável "investimentos" do PIBpm (depois de ser aumentado ou diminuído da variação dos estoques).
Ou seja, o FCBF também não atende ao problema.
É verdade que o cálculo do PIB evita dupla contagem ao estimar o somatório dos valores agregados ou do valor final de bens e serviços. Contudo isto também é verdadeiro para este caso das exportações. Isto se dá pela definição de Produto Interno Bruto - pois se trata do valor final de bens e serviços a preços de mercado produzidos em território nacional.

Há um material bastante didático neste link:
https://research.stlouisfed.org/publications/page1-econ/2018/09/04/how-do-imports-affect-gdp
Essa sua lógica confirma exatamente o que eu disse. Afinal, por que deveríamos subtrair o que foi produzido lá fora e é vendido para nós? Quando você faz um compra qualquer, você "subtrai" seu ganho, sua produção? Isso é totalmente anti-econômico.
O valor das coisas é subjetivo, dizer que uma compra (externa ou interna) subtrai o valor das riquezas de uma pessoa (ou de um país) é um critério certamente subjetivo. E pior, dizer que uma compra deve subtrair a riqueza de alguém é algo incoerente. Afinal, não faria sentido alguém incorrer em uma transação, sabendo que sairia pior ou mais pobre dela (lei de utilidade marginal decrescente).

E há ainda há outro erro com seu raciocínio. Mesmo olhando puramente pela ótica contábil, as importações subtraídas não levam em conta a nacionalidade do produtor. Dessa forma, uma BMW fabricada em Minas Gerais cria um aumento no PIB. Entretanto, se uma empresa brasileira que atua no exterior, vender para o Brasil um produto que fabricou lá fora, mesmo que fosse um bem de capital que aumentasse a produtividade da economia brasileira, tal transação diminuiria o PIB.

Ora, se a economia estiver importando novas máquinas e novos bens de capital, ela ficará mais produtiva, e não menos (que é o que a fórmula do PIB indica).
Mas para ilustrar o absurdo do raciocínio: suponha-se uma economia que somente exporta (sem consumir bens ou serviços produzidos domesticamente) e importa igual valor ao que é exportado; o PIB seria portanto 0, ou seja, não seria economia alguma. Similarmente, se nesta economia, é importado mais do que é exportado como é possível que o PIB seja negativo?
Aqui eu até tentei, mas não consegui ter a menor ideia de onde você quer chegar com isso, ou mesmo do que quer dizer. Não consegui nem mesmo entender se você estava sendo contra ou a favor de alguma coisa, ou se estava tentando apresentar uma ideia nova.
Você nem mesmo deixou claro se entende que aumento das importações em detrimento das exportações, são melhores ou piores para a atividade econômica.

Se você fosse minimamente claro, e menos prolixo, seu esforço seria mais bem aproveitado.
Veja que essa sua confusão segue do equívoco cometido no tópico acima. Eu insisto que leia o link. A fórmula descreve importações deduzindo o PIB porque necessariamente o valor das importações estará embutido na absorção interna (C+ I + G) - simplesmente porque é impossível, na prática, estimar e separar despesas domésticas de estrangeiras, mas é possível deduzir o valor total da despesa em bens e serviços estrangeiros. É mais fácil ilustrar discriminando a fórmula da seguinte maneira:

PIB = (Cd + Ci) + (Id + Ii) + (Gd + Gi) + X - M

Na qual lê-se que o subscrito d é de bens e serviços domésticos e i de importados

E que;

(Ci + Ii + Gi) = M

Portanto, substituindo:

PIB = Cd + Id + Gd + X; ou seja, por definição, Produto Interno Bruto.
De novo, tergiversou para algo que não tem absolutamente nada a ver com a crítica exposta.
Eu estou afirmando que tratar importações como medida que retira produtividade é anti-econômico. Estou criticando a essência da fórmula do PIB. que é uma maneira mercantilista de medida econômica. E não tem nada de "dupla contagem", que é uma outra questão problemática tratada.

Aliás, é bem cômico e cínico um keynesiano ignorar toda histeria com "balança comercial" positiva (como se isso fosse mensuração de riqueza e saúde da economia).
 
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abcdario

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Sempre achei a métrica do pib muito superficial e fútil, a final de contas tu está subtraindo da natureza e do solo, tornando o país mais pobre no final do processo, e mesmo assim o país enriqueceu, tu gasta em armas e em financiamento estatal para coisas inúteis, e a economia girou, etc etc.
 

Chimpanú

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Essa sua lógica confirma exatamente o que eu disse. Afinal, por que deveríamos subtrair o que foi produzido lá fora e é vendido para nós? Quando você faz um compra qualquer, você "subtrai" seu ganho, sua produção? Isso é totalmente anti-econômico.
O valor das coisas é subjetivo, dizer que uma compra (externa ou interna) subtrai o valor das riquezas de uma pessoa (ou de um país) é um critério certamente subjetivo. E pior, dizer que uma compra deve subtrair a riqueza de alguém é algo incoerente. Afinal, não faria sentido alguém incorrer em uma transação, sabendo que sairia pior ou mais pobre dela (lei de utilidade marginal decrescente).

E há ainda há outro erro com seu raciocínio. Mesmo olhando puramente pela ótica contábil, as importações subtraídas não levam em conta a nacionalidade do produtor. Dessa forma, uma BMW fabricada em Minas Gerais cria um aumento no PIB. Entretanto, se uma empresa brasileira que atua no exterior, vender para o Brasil um produto que fabricou lá fora, mesmo que fosse um bem de capital que aumentasse a produtividade da economia brasileira, tal transação diminuiria o PIB.

Ora, se a economia estiver importando novas máquinas e novos bens de capital, ela ficará mais produtiva, e não menos (que é o que a fórmula do PIB indica).

Eu vou tentar ser bastante claro:

Eu disse que você interpreta erradamente a fórmula que estima o PIB. Daí as suas críticas a esta fórmula:

A importações são decrescidas das exportações, porque o PIB segue a mentalidade mercantilista de tratar as exportações como algo positivo e as importações como algo negativo.

Ora, por que as exportações adicionam ao PIB mas as importações deduzem do PIB? Se o objetivo do PIB é mensurar os bens e serviços fornecidos às pessoas que vivem numa determinada região, então as importações, e não as exportações, é que são benéficas.

Eu estou afirmando que tratar importações como medida que retira produtividade é anti-econômico. Estou criticando a essência da fórmula do PIB. que é uma maneira mercantilista de medida econômica. E não tem nada de "dupla contagem", que é uma outra questão problemática tratada.

O objetivo do PIB é mensurar o valor de bens e serviços produzidos dentro de uma região em um determinado período de tempo. Essa diferença é importante.

Importações não diminuem o PIB estimado por sistemas de contas nacionais.

Bens importados consumidos ou investidos já estão estimados em "C" e "I". Isto é, quando se estima o Consumo entram aí as BMWs, o Champagne e todo tipo de produto estrangeiro além dos nacionais.

Mas como não são produzidos dentro de território nacional então são deduzidos pelo elemento "M" a fim de evitar que estes produtos sejam contabilizados como se houvessem sido feitos aqui. É uma formalidade - não é juízo de valor sobre os efeitos de importações ou exportações.

A sua intuição é quase correta, mas sua crítica neste ponto é falsa.

Diga-me se pelo menos entendeu isto.
 

Ares1521

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Eu vou tentar ser bastante claro:

Eu disse que você interpreta erradamente a fórmula que estima o PIB. Daí as suas críticas a esta fórmula:







O objetivo do PIB é mensurar o valor de bens e serviços produzidos dentro de uma região em um determinado período de tempo. Essa diferença é importante.

Importações não diminuem o PIB estimado por sistemas de contas nacionais.

Bens importados consumidos ou investidos já estão estimados em "C" e "I". Isto é, quando se estima o Consumo entram aí as BMWs, o Champagne e todo tipo de produto estrangeiro além dos nacionais.

Mas como não são produzidos dentro de território nacional então são deduzidos pelo elemento "M" a fim de evitar que estes produtos sejam contabilizados como se houvessem sido feitos aqui. É uma formalidade - não é juízo de valor sobre os efeitos de importações ou exportações.

A sua intuição é quase correta, mas sua crítica neste ponto é falsa.

Diga-me se pelo menos entendeu isto.
Você entendeu o nosso ponto que PIB não deve ser analisado cruamente pois é uma metodologia falha? Por exemplo, tive um professor de macro que mesmo sendo full-Keynes, gostava de fazer também análise do PIB ignorando importação e exportação devido a subjetividade do que estava acontecendo, talvez um país "importou muito", mas foi de outro que teve uma variação de moeda forte e estava muito barato importar ou algo assim.
Isso que ele era um cara que defendia "pagar um cara para cavar e outro para tapar buraco para injetar dinheiro na economia e sair da crise", o que é uma aberração econômica absurda.

Eu sou da opinião que o Keynes de fato era um cara inteligente que contribuiu bastante para o estudo da economia, porém ele cometeu alguns erros grandes que foram ainda mais aumentados pelos keynesianos e políticos que gostaram muito bem da parte errada por justificar umas maluquices. O Keynes nos últimos anos de vida falou algo do tipo "eu ouvi falar que o Mises tinha idéias ótimas, infelizmente eu não sei alemão (na época ainda não tinham traduzido o cara), não tive uma oportunidade de analisar as ideias dele antes de fazer minhas teorias".

Eu conhecendo por cima a teoria dos dois penso que se você invertesse o sinal dos gastos do governo (ou talvez colocasse negativo o fator "multiplicador dos gastos do governo", as conclusões finais de Keynes seriam bem diferentes e muito mais próximas a realidade.

Um exemplo prático de porque o PIB está fundamentalmente errado: https://g1.globo.com/rj/rio-de-jane...cao-da-gavea-da-linha-4-do-metro-do-rio.ghtml
  • Estado gastou para fazer um buraco (o que entrou positivo no PIB)
  • Estado viu que não tinha grana para terminar o buraco e resolveu tapar (o que entrou positivo no PIB também)
NADA foi produzido, até ai deveria ser computado 0 no PIB pois nada foi feito, porém fica pior:
  • Pessoas que poderiam estar produzindo algo ficaram ocupadas perdendo tempo nessa birosca
  • Outras pessoas que poderiam estar consumindo ou investindo tiveram seu dinheiro roubado para pagar por isso
Minha conclusão: A fórmula do PIB está completamente errada, a que eu propus acima de inverter o sinal do G também não está certa (nenhuma nunca estará), mas leva a conclusões mais perto da realidade. Quem está tentando entender ou ensinar os detalhes de uma fórmula errada a fundo está perdendo tempo trabalhando em algo que não dá em nada, vá fazer algo mais produtivo.

E a parte mais importante agora: O investimento da indústria foi alto! Acredito que principal motivo do Cafetão ter criado esse tópico e o Raphael logo após ter feito o vídeo dele. Ninguém investe em lugar que acha que vai pegar fogo e todo mundo morrer de fome, temos otimismo e investimentos que gerarão empregos e produtividade, a bagaça foi BOA! (talvez fosse melhor se os lixos do congresso ouvissem minha waifu Guedes, mas mesmo com o congresso tentando sabotar, o Bolsonaro está sendo o melhor presidente que essa pocilga já teve, por mais que isso não seja dizer muito)
 

Cafetão Chinês

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Eu vou tentar ser bastante claro:

Eu disse que você interpreta erradamente a fórmula que estima o PIB. Daí as suas críticas a esta fórmula:
Fiz mais de uma crítica a fórmula.
A principal é contabilizar os gastos gerais (incluindo os do governo), como medidas que agregam valor econômico.
Explodir a bomba atômica em um pais, faria o PIB aumentar enormemente na reconstrução do pais.

A exemplo, o crescimento do PIB durante o governo Sarney foi maior do que o do governo Dilma e FHC. Em contrapartida, não apenas ninguém sentiu esse "crescimento", como, na verdade, sentiu foi uma enorme recessão.
O PIB não explica isso, pois ele não passa de mais uma fraude keynesiana.
O objetivo do PIB é mensurar o valor de bens e serviços produzidos dentro de uma região em um determinado período de tempo. Essa diferença é importante.

Importações não diminuem o PIB estimado por sistemas de contas nacionais.

Bens importados consumidos ou investidos já estão estimados em "C" e "I". Isto é, quando se estima o Consumo entram aí as BMWs, o Champagne e todo tipo de produto estrangeiro além dos nacionais.

Mas como não são produzidos dentro de território nacional então são deduzidos pelo elemento "M" a fim de evitar que estes produtos sejam contabilizados como se houvessem sido feitos aqui. É uma formalidade - não é juízo de valor sobre os efeitos de importações ou exportações.

A sua intuição é quase correta, mas sua crítica neste ponto é falsa.

Diga-me se pelo menos entendeu isto.
Pelo visto você não entendeu até agora que é exatamente essa a crítica. Se as importações já estão incluídas no consumo, então o item "importação" simplesmente não tem que entrar na equação, nem subtraindo e nem adicionando.

Se eu compro uma máquina, não interessa se ela foi fabricada em Pindamonhangaba ou no Japão. Meu consumo do produto foi o mesmo. Logo, se eu consumi algo e esse algo em seguida entra subtraindo, então é claro que ele diminui o PIB. A variável consumo não tem absolutamente nada a ver com a origem da produção do bem consumido.

Exemplo: se eu comprei um bem de capital fabricado em Pindamonhangaba, o PIB aumenta pois o C aumenta. Já se eu comprar esse mesmo bem de capital fabricado no Japão, o C aumenta mas o I fica negativo, e o PIB fica na mesma.

Essa é a crítica. Se algo é importado, afeta o PIB para baixo, ainda que o bem importado seja um bem de capital que irá aumentar a produtividade da economia. Ilógico.

E a coisa fica ainda mais bisonha quando se olha para a variável X (exportações): quando se adiciona, ela gera uma contabilidade dupla, pois para algo ser exportado, precisou antes ser produzido. E para ser produzido, teve de ter um investimento.
Ou seja, somar investimentos com exportações irá gerar contabilidade dupla.
 
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Chimpanú

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Você entendeu o nosso ponto que PIB não deve ser analisado cruamente pois é uma metodologia falha? Por exemplo, tive um professor de macro que mesmo sendo full-Keynes, gostava de fazer também análise do PIB ignorando importação e exportação devido a subjetividade do que estava acontecendo, talvez um país "importou muito", mas foi de outro que teve uma variação de moeda forte e estava muito barato importar ou algo assim.
Isso que ele era um cara que defendia "pagar um cara para cavar e outro para tapar buraco para injetar dinheiro na economia e sair da crise", o que é uma aberração econômica absurda.

Eu sou da opinião que o Keynes de fato era um cara inteligente que contribuiu bastante para o estudo da economia, porém ele cometeu alguns erros grandes que foram ainda mais aumentados pelos keynesianos e políticos que gostaram muito bem da parte errada por justificar umas maluquices. O Keynes nos últimos anos de vida falou algo do tipo "eu ouvi falar que o Mises tinha idéias ótimas, infelizmente eu não sei alemão (na época ainda não tinham traduzido o cara), não tive uma oportunidade de analisar as ideias dele antes de fazer minhas teorias".

Eu conhecendo por cima a teoria dos dois penso que se você invertesse o sinal dos gastos do governo (ou talvez colocasse negativo o fator "multiplicador dos gastos do governo", as conclusões finais de Keynes seriam bem diferentes e muito mais próximas a realidade.

Um exemplo prático de porque o PIB está fundamentalmente errado: https://g1.globo.com/rj/rio-de-jane...cao-da-gavea-da-linha-4-do-metro-do-rio.ghtml
  • Estado gastou para fazer um buraco (o que entrou positivo no PIB)
  • Estado viu que não tinha grana para terminar o buraco e resolveu tapar (o que entrou positivo no PIB também)
NADA foi produzido, até ai deveria ser computado 0 no PIB pois nada foi feito, porém fica pior:
  • Pessoas que poderiam estar produzindo algo ficaram ocupadas perdendo tempo nessa birosca
  • Outras pessoas que poderiam estar consumindo ou investindo tiveram seu dinheiro roubado para pagar por isso
Minha conclusão: A fórmula do PIB está completamente errada, a que eu propus acima de inverter o sinal do G também não está certa (nenhuma nunca estará), mas leva a conclusões mais perto da realidade. Quem está tentando entender ou ensinar os detalhes de uma fórmula errada a fundo está perdendo tempo trabalhando em algo que não dá em nada, vá fazer algo mais produtivo.

E a parte mais importante agora: O investimento da indústria foi alto! Acredito que principal motivo do Cafetão ter criado esse tópico e o Raphael logo após ter feito o vídeo dele. Ninguém investe em lugar que acha que vai pegar fogo e todo mundo morrer de fome, temos otimismo e investimentos que gerarão empregos e produtividade, a bagaça foi BOA! (talvez fosse melhor se os lixos do congresso ouvissem minha waifu Guedes, mas mesmo com o congresso tentando sabotar, o Bolsonaro está sendo o melhor presidente que essa pocilga já teve, por mais que isso não seja dizer muito)

Eu acho que é um equívoco equacionar Keynes inteiramente com os métodos de Contabilidade Nacional por uma razão importante: as contas são simplesmente sistemas formais que formam identidades por razão de definição. Na resposta acima eu só usei a definição para tentar desfazer um erro de interpretação. Seguindo esta toada, é evidente que não deve ser interpretado cruamente. PIB é medida baseada em truísmos contáveis. No fim o que você fizer com ela vai depender em como você é informado por uma teoria, ou no mínimo por uma série de métodos ou hipóteses.

Quanto da história, o desenvolvimento de métodos para estimar o Produto deve-se bastante à teoria dele, mas eu penso que também satisfez a crescente cientificação das teorias econômicas como consequência dos movimentos gerais nos campos de conhecimento, com o Lógico-positivismo etc. Uma definição boa e crua de ciência é que ciência é medir, e se não fosse um, certamente seria um outro a inventar o Diabo.

Quanto à inverter sinal, como eu tentei explicar, quando o PIB discrimina gastos do Governo ele faz somente isso: discrimina. É um erro confundir a medida de algo com o fenômeno que é medido. Os Governos gastam mal porque eles têm incentivos a aumentar o nível de atividade para no curto prazo gerar um aumento do bem-estar para fins diversos, principalmente eleitorais. O objetivo do Governo não é aumentar a medida do PIB, é se manter Governo. Assim eles aumentam o gasto público, para aumentar o nível de emprego e isso é refletido no PIB - que é, convenhamos, um bom proxy disto, de nível de emprego (de fatores).

Ficando com seu exemplo do buraco do metrô, é como entornar uma garrafa de vodca: você engole tudo, depois vomita tudo - não há nada no seu estômago - mas continua bêbado por um bom tempo. O PIB capta o barato da vodca, mas só o dos anos seguintes que captam a ressaca. Eu entendo perfeitamente.

Veja o problema não é PIB, é só uma ferramenta, o problema são os Incentivos - e eles existem quer os meçamos ou não.

*
Eu esperaria mais informações antes de se animar com dados de investimento. É um componente muito volátil e outros dados que estão saindo não são tão animadores. Eu não estou muito otimista.
 

Beren_

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Acredito que essa discussão sobre importação/exportação e os impactos no PIB são muito mais complexas e é preciso avaliar mais afundo algumas variáveis e fundamentações. Acredito que variações positivas ou negativas na balança comercial não necessariamente impactam diretamente. Até porque, assumindo que fiquem em patamares bem próximos, acabam sendo bem variáveis inevitavelmente. O que é preciso observar é a qualidade das importações e das exportações.

Dois extremos que servem como exemplo: EUA importam mais do que exportam. A Alemanha, por sua vez, exporta mais do que importa:
6iQFNUG.jpg

O que diferencia é a complexidade de bens e serviços que estão nessa conta. Os bens complexos são as manufaturas, os bens não complexos são as commodities. São ricos os países que se especializam em produzir e exportar manufaturas, são pobres os países que se dedicam apenas a produzir e exportar bens agrícolas e commodities (Brasil). Aqui que considero o ponto mais sensível. Exportar soja e importar tofu (exemplo) não torna esse processo interessante. Ou seja, enquanto a produtividade das exportações não melhorar em termos de tecnologia, complexidade, etc., tanto faz se exporta mais ou menos. E consequentemente, não será isso que impactará o crescimento do PIB.

A despeito disso, é correto afirmar que os gastos do governo devem ser reduzidos (poupança interna e ajuste fiscal) e a FBCF deve continuar avançando (gargalo estrutural do Brasil). Exportação e importação passam por aumento de produtividade, que não é e não será nos próximos 100 anos o forte do Brasil.

Se entendi bem. Voce está querendo dizer que necessariamente, exportar produtos mais complexos, como eletrônicos e carros, seria "melhor", aliais, melhor não, essencial para o enriquecimento de um país e das pessoas nele.

Eu discordo. Primeiro porque nem todos devem ou podem se especializar na mesma coisa. Se todo mundo se especializa na mesma coisa, voce gera um problema porque quem ficar melhor vai vender, o resto vai ficar pobre do mesmo jeito, mesmo que estejam produzindo TVs fodonas, processadores top, carros voadores etc.
Voce iria seguindo essa linha, criar oferta superior a demanda, distorcendo a economia. Como qualquer governo faz..

Que tal olharmos de perto alguns exemplos com O QUE eles importam e exportam ao invez de pegar um "bolo geral"?
O que ocorre é que quem consegue se especializar em alguma área, seja qual for, e esta area tem mercado, ou seja, tem pessoas desejando comprar, Vai ganhar. Seja qual for o tipo de produto.
Tudo bem, é legal vender coisas com maior valor agregado. Mas não faz sentido achar que todo mundo vai produzir as mesma coisas.
O ideal eh se especializar e ser realmente competitivo em qualquer coisa. E isso vai te dar dinheiro.

Como voce postou um gráfico bonitinho. Vou linkar e postar outro.

Aqui temos o perfil de exportação/importação da Nova Zelandia
https://oec.world/en/profile/country/nzl/

Bem a nova zelandia é um dos paises mais ricos do mundo e dos melhores lugares para se viver atualmente. O nono IDH do mundo todo. Para um país que veio de uma pobreza bem grande (nivel Brasil) na decada de 70.

Pode-se reparar que a grande parte da exportação deles, é leite e derivados de leite, junto produtos de animais (carne etc), peixe, moluscos em menor quantidade, vinho, madeira, frutas e por ai vai.

87099


E ainda totalizam ai 37 Bilhões de dólares de exportações.

Agora vamos ver o que importam:

Carros, caminhões de entrega, tratores, computadores, peças de veículos, e petróleo figuram como as maiores importações.

87100

Lembrando uma lei econômica básica. A lei de Saw. Produção vem antes do consumo. É preciso produzir, para poder trocar pelo que voce quer consumir e não produz.
E simples assim, a NZ se especializou, se tornou excepcionalmente boa em algumas áreas, e troca vacas e peixes por carros e computadores.

E ainda assim, a qualidade de vida, a riqueza no país é tremenda.

Qual seria o problema do Brasil exportar o que faz bem (seja trigo, feijão, arroz, leite, etc) e importar o que hoje não faz bem?

Pelo seu principio, tirado do seu texto:

" São ricos os países que se especializam em produzir e exportar manufaturas, são pobres os países que se dedicam apenas a produzir e exportar bens agrícolas e commodities (Brasil). "

Seria então a NZ um país paupérrimo?
Me parece que essa lógica não segue.

Que tal compararmos um país se cultura semelhante ao nosso? Próximo ao nosso. Um país latino.

O Chile é sem sombra de dúvidas o país que mais se desenvolveu e enriqueceu na america latina nas ultimas décadas.
Que tal vermos o perfil de exportação dele?


87101

Como podemos ver nas exportações, a maior participação é de metais como ferro e cobre. Seguido por frutas como uvas, maças e peras (quem nunca comeu maça chilena?), vinho, peixe, madeira.

E as importações? Vamos dar uma olhada tambem?

87102

Em resumo. Eles importam computadores, oleo, carros, remédios.

E ainda assim, exportaram 70B contra uma importação de 62B, e com a qualidade de vida da população crescendo constantemente.

Então , onde está o problema mesmo?
 
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igraum

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Se entendi bem. Voce está querendo dizer que necessariamente, exportar produtos mais complexos, como eletrônicos e carros, seria "melhor", aliais, melhor não, essencial para o enriquecimento de um país e das pessoas nele.

Eu discordo. Primeiro porque nem todos devem ou podem se especializar na mesma coisa. Se todo mundo se especializa na mesma coisa, voce gera um problema porque quem ficar melhor vai vender, o resto vai ficar pobre do mesmo jeito, mesmo que estejam produzindo TVs fodonas, processadores top, carros voadores etc.
Voce iria seguindo essa linha, criar oferta superior a demanda, distorcendo a economia. Como qualquer governo faz..

Que tal olharmos de perto alguns exemplos com O QUE eles importam e exportam ao invez de pegar um "bolo geral"?
O que ocorre é que quem consegue se especializar em alguma área, seja qual for, e esta area tem mercado, ou seja, tem pessoas desejando comprar, Vai ganhar. Seja qual for o tipo de produto.
Tudo bem, é legal vender coisas com maior valor agregado. Mas não faz sentido achar que todo mundo vai produzir as mesma coisas.
O ideal eh se especializar e ser realmente competitivo em qualquer coisa. E isso vai te dar dinheiro.

Como voce postou um gráfico bonitinho. Vou linkar e postar outro.

Aqui temos o perfil de exportação/importação da Nova Zelandia
https://oec.world/en/profile/country/nzl/

Bem a nova zelandia é um dos paises mais ricos do mundo e dos melhores lugares para se viver atualmente. O nono IDH do mundo todo. Para um país que veio de uma pobreza bem grande (nivel Brasil) na decada de 70.

Pode-se reparar que a grande parte da exportação deles, é leite e derivados de leite, junto produtos de animais (carne etc), peixe, moluscos em menor quantidade, vinho, madeira, frutas e por ai vai.

Visualizar anexo 87099


E ainda totalizam ai 37 Bilhões de dólares de exportações.

Agora vamos ver o que importam:

Carros, caminhões de entrega, tratores, computadores, peças de veículos, e petróleo figuram como as maiores importações.

Visualizar anexo 87100

Lembrando uma lei econômica básica. A lei de Saw. Produção vem antes do consumo. É preciso produzir, para poder trocar pelo que voce quer consumir e não produz.
E simples assim, a NZ se especializou, se tornou excepcionalmente boa em algumas áreas, e troca vacas e peixes por carros e computadores.

E ainda assim, a qualidade de vida, a riqueza no país é tremenda.

Qual seria o problema do Brasil exportar o que faz bem (seja trigo, feijão, arroz, leite, etc) e importar o que hoje não faz bem?

Pelo seu principio, tirado do seu texto:

" São ricos os países que se especializam em produzir e exportar manufaturas, são pobres os países que se dedicam apenas a produzir e exportar bens agrícolas e commodities (Brasil). "

Seria então a NZ um país paupérrimo?
Me parece que essa lógica não segue.

Que tal compararmos um país se cultura semelhante ao nosso? Próximo ao nosso. Um país latino.

O Chile é sem sombra de dúvidas o país que mais se desenvolveu e enriqueceu na america latina nas ultimas décadas.
Que tal vermos o perfil de exportação dele?


Visualizar anexo 87101

Como podemos ver nas exportações, a maior participação é de metais como ferro e cobre. Seguido por frutas como uvas, maças e peras (quem nunca comeu maça chilena?), vinho, peixe, madeira.

E as importações? Vamos dar uma olhada tambem?

Visualizar anexo 87102

Em resumo. Eles importam computadores, oleo, carros, remédios.

E ainda assim, exportaram 70B contra uma importação de 62B, e com a qualidade de vida da população crescendo constantemente.

Então , onde está o problema mesmo?

Meu ponto na verdade foi o nível de produtividade como indutor do PIB, não exatamente a cesta de produtos e serviços que são exportados. Reforço que a balança comercial em si não afeta o desenvolvimento da economia (seu post prova isso). Porém, exportações de produtos mais complexos passam por maior nível de produtividade de setores como a indústria - e nesse aspecto o Brasil vem sofrendo muito.

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"A grande maioria dos empregos gerados foi em setores com baixa produtividade intrínseca: construção civil, serviços não sofisticados em geral (lojas, restaurantes, cabeleireiros, serviços médicos, call centers, telecom, etc…), serviços de transporte (motoristas de ônibus, caminhões, pilotos de avião), entre outros. As comparações internacionais mostram que o grande diferencial de produtividade entre países está justamente no setor de bens transacionáveis, especialmente nos empregos industriais, longe dos chamados serviços não sofisticados."


https://www.researchgate.net/profil...tica-do-Emprego.pdf?origin=publication_detail

Comparação com a Nova Zelândia do ponto de vista da produtividade:
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Brasil x Chile:
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