Goris
Ei mãe, 500 pontos!
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Não é uma dúvida, é uma crítica baseada em mil casos. Mas dois recentes me fizeram ficar meio irritado.
=> Caso 1: Numa discussão sobre História do Brasil, comentei que os índios brasileiros, que viviam na Idade da Pedra, tiveram vantagens comerciais na forma de milhares de anos de evolução tecnológica ao ter acesso a itens de ferro e aço que obtiveram do comércio com portugueses.
Não vamos discutir aqui esse comércio, tem tópico pra isso.
Mas eis que um cara vem e diz que os índios não viviam na Idade da Pedra. Afirmação ousada, peguei uma definição de idade da pedra e uma definição da tecnologia indígena. Os índios viviam na idade da pedra pela definição.
Aí o cara me cita um texto de um intelectual, em que ele diz que classificar os índios como na idade da pedra é um ato de racismo. Não satisfeito, cita outro texto ainda mais elaborado em que outro intelectual mostra como a classificação de Idade da Pedra só é usada para poder justificar a opressão contra os índios e defender sua exploração como desenvolvimento.
Tipo, em momento algum os intelectuais efetivamente provam por A+ B que os índios não viviam na Idade da Pedra, só usam de subterfúgios para dizer que não são.
=> Caso 2: Noutra discussão, no mesmo tópico, desta vez sobre a escravidão africana antes da chegada dos Europeus (a escravidão africana durou mais de mil anos). A discussão então passou a ser acerca de qual grupo exerceu a pior escravidão. É, escravidão é uma b*sta de qualquer forma mas efetivamente tinha umas piores que outras.
Citei a escravidão oriental explicando que além dela durar mais tempo, escravizar mais pessoas, matar mais pessoas no caminho e ser mais cruel, vieram me dizer que, apesar desses fatos a escravidão ocidental era pior porque era racista! E dá-lhe intelectual usando argumentos emocionais pra dizer isso. Mostrei por fatos e dados, novamente, que o argumento do intelectual era ou ignorante (tbm a escravidão pro Oriente Médio era racista) ou desonesta (toda escravidão, exceto por dívidas e guerra, era racista).
Ou seja, mostrei nós dois casos que os intelectuais estavam mentindo ou distorcendo fatos.
É como se essas pessoas não conseguissem pensar sem depender de um intelectual pra lhes dizer o que pensar.
Aí, finalmente, surge outro user pra discutir outro assunto. No caso eu já tinha explicado por a + b o meu ponto. A ideia do digníssimo user? "Só vou discutir com fontes". Obviamente, se eu não achar um intelectual que balize meu 1+1=2 meus argumentos lógicos e racionais não valem nada.
Por quê?
Gente, vocês não conseguem pensar por si mesmos sem depender de alguém que lhes diga o que pensar e como pensar? Pior, vocês não cansam de ver esses intelectuais serem desmascarados e, assim mesmo, voltam a recorrer a eles pra saber como pensar?
De um grupo ideológico que defende que a escola deveria ensinar a pensar de forma crítica, não parece nem um pouco crítica essa atitude.
=> Caso 1: Numa discussão sobre História do Brasil, comentei que os índios brasileiros, que viviam na Idade da Pedra, tiveram vantagens comerciais na forma de milhares de anos de evolução tecnológica ao ter acesso a itens de ferro e aço que obtiveram do comércio com portugueses.
Não vamos discutir aqui esse comércio, tem tópico pra isso.
Mas eis que um cara vem e diz que os índios não viviam na Idade da Pedra. Afirmação ousada, peguei uma definição de idade da pedra e uma definição da tecnologia indígena. Os índios viviam na idade da pedra pela definição.
Aí o cara me cita um texto de um intelectual, em que ele diz que classificar os índios como na idade da pedra é um ato de racismo. Não satisfeito, cita outro texto ainda mais elaborado em que outro intelectual mostra como a classificação de Idade da Pedra só é usada para poder justificar a opressão contra os índios e defender sua exploração como desenvolvimento.
Tipo, em momento algum os intelectuais efetivamente provam por A+ B que os índios não viviam na Idade da Pedra, só usam de subterfúgios para dizer que não são.
=> Caso 2: Noutra discussão, no mesmo tópico, desta vez sobre a escravidão africana antes da chegada dos Europeus (a escravidão africana durou mais de mil anos). A discussão então passou a ser acerca de qual grupo exerceu a pior escravidão. É, escravidão é uma b*sta de qualquer forma mas efetivamente tinha umas piores que outras.
Citei a escravidão oriental explicando que além dela durar mais tempo, escravizar mais pessoas, matar mais pessoas no caminho e ser mais cruel, vieram me dizer que, apesar desses fatos a escravidão ocidental era pior porque era racista! E dá-lhe intelectual usando argumentos emocionais pra dizer isso. Mostrei por fatos e dados, novamente, que o argumento do intelectual era ou ignorante (tbm a escravidão pro Oriente Médio era racista) ou desonesta (toda escravidão, exceto por dívidas e guerra, era racista).
Ou seja, mostrei nós dois casos que os intelectuais estavam mentindo ou distorcendo fatos.
É como se essas pessoas não conseguissem pensar sem depender de um intelectual pra lhes dizer o que pensar.
Aí, finalmente, surge outro user pra discutir outro assunto. No caso eu já tinha explicado por a + b o meu ponto. A ideia do digníssimo user? "Só vou discutir com fontes". Obviamente, se eu não achar um intelectual que balize meu 1+1=2 meus argumentos lógicos e racionais não valem nada.
Por quê?
Gente, vocês não conseguem pensar por si mesmos sem depender de alguém que lhes diga o que pensar e como pensar? Pior, vocês não cansam de ver esses intelectuais serem desmascarados e, assim mesmo, voltam a recorrer a eles pra saber como pensar?
De um grupo ideológico que defende que a escola deveria ensinar a pensar de forma crítica, não parece nem um pouco crítica essa atitude.