Por comentar da minha época trabalhando em pronto socorro lembrei de duas histórias que eu não tinha comentado ainda, as duas não aconteceram comigo e uma não é nada demais é só engraçada mesmo...
Obs: Isso é oq eu lembro delas, posso me confundir em algum detalhe já que faz vários anos que escutei elas...
1)
Meu ex-sogro trabalhou por alguns anos como se fosse tipo um Auxiliar Administrativo na Santa Casa de SP (essa é a parte que não tenho certeza 100%), e lá tem um papo que como era um casarão antigo a muito anos tinham escravos e tal, e o necrotério de lá fica ou ficava na época pelo menos na parte onde seria a antiga senzala, então as pessoas diziam que noite dava para ouvir choros, lamentos e até barulho de correntes... então era um saco arrumar gente para ficar lá principalmente a noite... e tinha que ficar alguém lá direto controlando as entradas e saídas e coisas do tipo, incluindo o turno da noite... ae quando o segurança de lá já entrou em férias meu ex-sogro se ofereceu para ficar no lugar, já que era um trampo super de boa e ele não tinha medo... ai vem a parte engraçada, muitas vezes tinha noites que quase não tinham movimento, ai ele dormia, só que para ficar confortável ele as vezes deitava em uma das macas livres ou em alguma pedra mesmo e se cobria com o lençol pq era bem frio... por ai já da para imaginar o que aconteceu né?
Teve uma noite que ele tava lá coberto e chegou um enfermeiro chamando ele, ele acordou no susto e levantou com o lençol ainda cobrindo ele... o enfermeiro gritou e saiu correndo... acharam ele a quase uma quadra de lá depois...
2)
Trabalhei um tempo com uma senhorinha que trabalhou no turno da noite no Hospital Saboya, aquele que fica perto do metrô Jabaquara... então, teve um começo de noite que teve um óbito normal e deixaram o corpo no necrotério, o cara era doador de olhos e perto da 1:00 AM chegou o pessoal para fazer a coleta, o cara iria ir lá no necrotério mesmo fazer a extração, só que por procedimento (ou por lei até talvez) precisa ter testemunhas do processo, ai como ela não tava fazendo nada e era curiosa pra c***lh0 se ofereceu para ir junto... então desceram para lá, essa senhora, o cara da extração, um enfermeiro e o segurança que estava responsável por lá e com a chave...
Eu apesar de já ter ido no Saboya algumas vezes nunca cheguei a ver o necrotério de lá, mas pelo que ela falou é uma sala que fica em uma descida, como se fosse um subsolo... lá tem alguns gaveteiros, umas pedras e umas macas... só tem uma entrada que é a que o segurança estava com a chave, e lá tem tb tem uma segunda sala, que ficava fechada por uma daquelas portas de correr de metal, estilo portão de escola que vai até o chão e o teto, essa outra sala é onde a muito tempo atrás faziam (pelo que ela sabia) autopsias antes de padronizarem mandar todos para o IML para fazerem lá... e esse portão ficava trancado também, então essa sub-sala era completamente fechada...
Blz, ai estava todo mundo lá, o corpo já estava na maca e o cara estava se preparando para começar, qdo todo mundo ouviu um barulho, tipo uma batidinha fraca, vinda e algum lugar da sala... todo mundo se entreolhou mas como não deu para saber da onde saiu o barulho meio que ignoraram mas com o cu já na mão... só que qdo o cara começou e encostou no olho, alguma coisa começou a bater, nos termos dela, esmurrar a porta de metal... e com tanta força que chegava a sacudir nessa hora ela disse que teve a impressão de ouvir tipo um berro ou urro fraco junto... em resumo saiu todo mundo correndo, o cara desistiu de fazer a extração e foi embora mesmo...
No dia seguinte desceram com os outros seguranças para abrir essa sub-sala e ver se tinha alguma coisa dentro, a porta estava até ruim para abrir e quando conseguiram não acharam nada demais lá dentro, só umas coisas abandonas de lá mesmo...