Beren_
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Tem tempo que eu não crio um topico mais complexo, até porque existem alguns que repetem até o fim que "educação é importante", mas não fazem muita questão de se educar além do que já fizeram por "obrigação". E claro não são todos. Mas geralmente esse tipo de tópico passa batido.
Quando eu estava preparando o material, pesquisando cruzei com um texto muito bom sobre o que eu queria falar, portanto vou encurtar meu texto pro basico e usar o deles.
A armadilha de Kafka é uma falácia comumente usada por "grupos", coletivistas em geral, que tem como objetivo ganhar um discurso/debate usando a própria empatia do ouvinte.
O próprio fato de desejarmos no geral ser bons, virtuosos, é usado para o mal, para a deturpação de bons objetivos. Pois geralmente, ela é usada quando se quer beneficiar um grupo, em detrimento de outro.
O problema da Armadilha de Kafka, é que se voce cair nela, se voce entrar na de se sentir "culpado" por algo que você não fez, não participou, não apoiou nem tem culpa. É muito difícil sair dela sem assumir-se culpado e aceitar a punição.
Exemplos comuns são "Homens são todos estupradores, e voce não pode dizer que não pois apenas mulheres sabem o que é ser estupradas".
Sabemos que é uma falacia, bastaria UM homem não ser estuprador para quebrar a logica da primeira proposição. Além disso, sim existem homens estuprados e sIm, nosso intelecto permite imaginar, pela empatia, o drama de um estupro e ser solidário. E homens geralmente impedem estupros muito mais do que os cometem.
Mas vejam, você tem ali uma armadilha, se você não é mulher, supostamente voce "não pode saber como é". Isso parte da falsa premissa de que somente a experiencia pessoal gera conhecimento, permite novas verdades serem descobertas. O que em si é uma mentira.
Outro comum é "homens brancos são responsáveis pela escravidão de negros, se voce é branco voce é responsável ou descendente dos responsáveis por isso".
Como em grande maioria das pessoas, é contra escravidão, de qualquer um, voce tem esse elo emocional de a pessoa não querer parecer um "demônio escravagista". E usa isso como armadilha.
Bem, claramente é outra falacia, pessoas não são responsáveis pelas ações de outros. Se essa logica fosse real, e um "branco" fosse assaltado por um negro, o "branco" poderia solicitar que todos os negros fossem investigados e presos. É completamente absurdo. Quem promove a ação que é o responsável pela mesma. No quesito "ah mas seus ancestrais fizeram", muitos dos "ancestrais" nem sequer estavam nas americas.
Bem eu não vou enrolar mais. Deixarei textos sobre o assunto. Cuidado com a armadilha de Kafka, voce pode pensar estar promovendo o bem, e na verdade não está.
Link pro original no titulo do artigo.
Cuidado com as Armadilhas Kafkianas
By Wendy McElroy
O termo kafkatrapping¹ (“armadilha kafkiana”) descreve uma falácia lógica que é popular no feminismo, nas políticas raciais e outras ideologias de vitimização. Ela ocorre quando você é acusado de um “crime de pensamento2”, tais como o machismo, o racismo ou a homofobia. Você reage com uma discordância honesta que é logo utilizada para reforçar sua culpa. Agora você está preso em um círculo vicioso e irrefutável; nenhum acusado pode ser inocente pois a estrutura da armadilha kafkiana exclui essa possibilidade.
O termo deriva do romance “O Processo”, de Franz Kafka, onde um inexpressivo funcionário de banco chamado Josef K. é preso; nenhuma acusação é revelada ao personagem ou ao leitor. Josef é processado por um tribunal bizarro e tirânico de autoridade desconhecida e condenado por uma burocracia impenetrável. No final, Josef é sequestrado por dois homens estranhos e inexplicavelmente executado com uma facada no coração. “O Processo” é uma visão de Kafka sobre os governos totalitários, como a União Soviética, cuja justiça é transformada em uma paródia amarga e horripilante que serve apenas aos que estão no poder.
A armadilha kafkiana transforma a razão e a verdade em imitações que servem aos ideólogos da vitimização que desejam evitar as provas e argumentos baseados na verdade. O termo parece ter sua origem em um artigo de 2010 pelo autor Eric S. Raymond, que também é um defensor de “Softwares open-source”. Ele começa reconhecendo o valor da igualdade perante a lei e de tratar os outros com respeito. Porém, ele nota que “boas causas às vezes podem ter consequências negativas”. Uma dessas consequências é que as táticas utilizadas na conscientização podem se tornar “assustadoras e patológicas, tomando emprestadas as características menos sensatas da evangelização religiosa”.
Raymond oferece vários modelos de como a armadilha kafkiana opera. Ele chama os dois mais comuns de A e C.
Modelo A: O acusador diz: “Sua recusa em reconhecer que você é culpado de (pecado, racismo, machismo, homofobia, opressão…) confirma que você é culpado de (pecado, racismo, machismo, homofobia, opressão…)”. Voltando seu olhar ao livro “O Processo”, Raymond explica como o enredo do romance faz um paralelo entre os fundamentos e propósitos da falácia do acusador. Nenhum motivo específico é mencionado na acusação, o que torna o argumento irrefutável. A acusação imprecisa constitui um crime de pensamento, o que também a torna irrefutável. Assim como no romance, esse processo parece ter sido projetado para criar acusações e destruir a defesa de modo que você se torne maleável. De fato, “a única saída … é … aceitar a própria destruição”. Mesmo que você seja inocente, o único caminho para a redenção é que você se declare culpado e aceite ser punido. O ideal, para o acusador, é que você mesmo acredite na sua própria culpa.
O Modelo C é uma variante comum do mesmo tema. Você pode não ter feito, sentido ou pensado nada de errado, mas você ainda é culpado por se beneficiar de uma posição privilegiada criada por outros. Em outras palavras, você é culpado por pertencer a certos grupos, tais como “homem”, “branco” ou “heterossexual”. A acusação faz de você um responsável pelas ações de estranhos cujos comportamentos você não pode controlar e que talvez tenham morrido há muito tempo. Raymond escreve: “O objetivo … é produzir uma espécie de culpa indefinida … uma convicção do pecado que possa ser manipulado pelo operador [acusador] para fazer com que o sujeito diga e faça certas coisas que são convenientes aos objetivos pessoais, políticos ou religiosos do acusador”. Para obter a salvação, você deve deixar de discordar do seu acusador e condenar todo o grupo a que você pertence.
O que acontece quando um acusador confronta alguém do mesmo grupo de identidade a que ele ou ela pertence? Por exemplo, uma mulher pode questionar aspectos do feminismo politicamente correto apresentados por outra mulher. Aí ocorre um fenômeno totalmente diferente. Obviamente, aquela que fez a pergunta não será incentivada a se penalizar por ser uma mulher ou a condenar todas as mulheres. Em vez disso, ela será definida como alguém de fora do grupo.
Essa é chamada de falácia do “Escocês de Verdade3”. Ela ocorre quando alguém é confrontado com um exemplo que refuta uma acusação universal. O filósofo britânico Antony Flew descreveu a falácia, a qual também nomeou. Um dia, Hamish McDonald lê um artigo no jornal Glasgow Morning Herald que informa sobre um ataque de um maníaco sexual na Inglaterra. Hamish exclama em voz alta: “Nenhum escocês faria uma coisa dessas!” No dia seguinte, o jornal relata um ataque ainda pior na Escócia. Em vez de rejeitar sua declaração inicial, Hamish declarou: “Nenhum escocês de verdade faria uma coisa dessas.” Deste modo, as mulheres conservadoras como Sarah Palin não são mulheres de verdade; negros que questionam a autenticidade das teorias do privilégio dos brancos deixam de ser vistos como negros de verdade.
Existem outras técnicas geralmente associadas à armadilha kafkiana. (Nota: para que uma tática possa ser uma armadilha kafkiana de verdade, ela tem de envolver uma acusação irrefutável.)
Dentre as técnicas que podem ser usadas para torná-lo culpado, incluem-se:
Um movimento se torna bastante comum quando sua premissa é verdadeira – ao menos em boa parte – e sua exigência por justiça é válida. Por exemplo, os homossexuais foram abusados brutalmente ao longo de grande parte da história. Quando um movimento deixa de lado a honestidade e a justiça que possibilitaram seu crescimento e, em vez disso, comete ataques abusivos, começa a entrar em decadência. O abuso também anula qualquer discussão produtiva sobre problemas reais. Raymond observa: “as formas manipuladoras para controlar as pessoas são propensas a esvaziar suas causas empregadas, sufocando qualquer objetivo digno que possa ter sido utilizado de início e reduzindo-os a meros veículos na obtenção de poder e privilégios sobre os demais”.
Um problema diferente surge se o acusador acredita honestamente na armadilha kafkiana. Uma mulher, cuja crença de que todos os homens são opressores, é provável que não possa cooperar de boa-fé com eles para resolver os problemas sociais. Ela é mais propensa a buscar uma posição de domínio sobre os homens, a que ela justifica em nome de uma legítima defesa ou como uma compensação que lhe é devida. Isso aumenta a tensão entre os sexos e impede as tentativas sinceras de resolver os problemas. Um verdadeiro e fanático kafkatrapper4 (“aquele que elabora ou utiliza uma armadilha kafkiana” em tradução livre) torna-se cada vez mais isolado das pessoas que ele enxerga como “o inimigo” apenas por discordarem; o verdadeiro fanático fica cada vez mais incapaz de se comunicar ou até mesmo de ter empatia por um amplo espectro de pessoas. O seguidor da armadilha kafkiana “vence” a discussão, mas perde em sua natureza humana.
Notas:
¹ Segundo o site Dicio*, o termo “Kafkiano” é um adjetivo derivado do nome Franz Kafka (1883-1924), um famoso escritor austríaco nascido na cidade de Praga, na Áustria-Húngara. A obra de Kafka é imensamente conhecida por sua tendência em explorar um ambiente totalmente confuso, irreal, ilógico e surreal, ou seja, tão absurdo que revela-se um pesadelo aos leitores. *http://www.dicio.com.br/kafkiano/
² Termo inventado por George Orwell em seu livro, 1984, crimepensar (‘crimethink’) ou crime de pensamento (‘thoughtcrime’) é o termo que define o pensamento desaprovado pelo governo. Veja mais em:
https://en.wikipedia.org/wiki/Thoughtcrime
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_de_pensamento
³ Para mais explicações sobre a falácia e sua origem, ver em: www.suafalacia.com.br/escoces-de-verdade/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Expulsão_do_Grupo
Como a palavra “Trapper” significa caçador em inglês, pode-se deduzir que “kafkatrapper” seja ‘alguém que elabore ou utilize’ “armadilhas kafkianas”, termo que foi mencionado anteriormente, já na primeira nota de tradução.
Link original: http://www.thedailybell.com/editorials/35550/Wendy-McElroy-Beware-of-Kafkatrapping/
Tradução: Catarina Valadares
Revisão e Notas: Hélio Duarte/Jonatas
Quando eu estava preparando o material, pesquisando cruzei com um texto muito bom sobre o que eu queria falar, portanto vou encurtar meu texto pro basico e usar o deles.
A armadilha de Kafka é uma falácia comumente usada por "grupos", coletivistas em geral, que tem como objetivo ganhar um discurso/debate usando a própria empatia do ouvinte.
O próprio fato de desejarmos no geral ser bons, virtuosos, é usado para o mal, para a deturpação de bons objetivos. Pois geralmente, ela é usada quando se quer beneficiar um grupo, em detrimento de outro.
O problema da Armadilha de Kafka, é que se voce cair nela, se voce entrar na de se sentir "culpado" por algo que você não fez, não participou, não apoiou nem tem culpa. É muito difícil sair dela sem assumir-se culpado e aceitar a punição.
Exemplos comuns são "Homens são todos estupradores, e voce não pode dizer que não pois apenas mulheres sabem o que é ser estupradas".
Sabemos que é uma falacia, bastaria UM homem não ser estuprador para quebrar a logica da primeira proposição. Além disso, sim existem homens estuprados e sIm, nosso intelecto permite imaginar, pela empatia, o drama de um estupro e ser solidário. E homens geralmente impedem estupros muito mais do que os cometem.
Mas vejam, você tem ali uma armadilha, se você não é mulher, supostamente voce "não pode saber como é". Isso parte da falsa premissa de que somente a experiencia pessoal gera conhecimento, permite novas verdades serem descobertas. O que em si é uma mentira.
Outro comum é "homens brancos são responsáveis pela escravidão de negros, se voce é branco voce é responsável ou descendente dos responsáveis por isso".
Como em grande maioria das pessoas, é contra escravidão, de qualquer um, voce tem esse elo emocional de a pessoa não querer parecer um "demônio escravagista". E usa isso como armadilha.
Bem, claramente é outra falacia, pessoas não são responsáveis pelas ações de outros. Se essa logica fosse real, e um "branco" fosse assaltado por um negro, o "branco" poderia solicitar que todos os negros fossem investigados e presos. É completamente absurdo. Quem promove a ação que é o responsável pela mesma. No quesito "ah mas seus ancestrais fizeram", muitos dos "ancestrais" nem sequer estavam nas americas.
Bem eu não vou enrolar mais. Deixarei textos sobre o assunto. Cuidado com a armadilha de Kafka, voce pode pensar estar promovendo o bem, e na verdade não está.
Link pro original no titulo do artigo.
Cuidado com as Armadilhas Kafkianas
By Wendy McElroy
O termo kafkatrapping¹ (“armadilha kafkiana”) descreve uma falácia lógica que é popular no feminismo, nas políticas raciais e outras ideologias de vitimização. Ela ocorre quando você é acusado de um “crime de pensamento2”, tais como o machismo, o racismo ou a homofobia. Você reage com uma discordância honesta que é logo utilizada para reforçar sua culpa. Agora você está preso em um círculo vicioso e irrefutável; nenhum acusado pode ser inocente pois a estrutura da armadilha kafkiana exclui essa possibilidade.
O termo deriva do romance “O Processo”, de Franz Kafka, onde um inexpressivo funcionário de banco chamado Josef K. é preso; nenhuma acusação é revelada ao personagem ou ao leitor. Josef é processado por um tribunal bizarro e tirânico de autoridade desconhecida e condenado por uma burocracia impenetrável. No final, Josef é sequestrado por dois homens estranhos e inexplicavelmente executado com uma facada no coração. “O Processo” é uma visão de Kafka sobre os governos totalitários, como a União Soviética, cuja justiça é transformada em uma paródia amarga e horripilante que serve apenas aos que estão no poder.
A armadilha kafkiana transforma a razão e a verdade em imitações que servem aos ideólogos da vitimização que desejam evitar as provas e argumentos baseados na verdade. O termo parece ter sua origem em um artigo de 2010 pelo autor Eric S. Raymond, que também é um defensor de “Softwares open-source”. Ele começa reconhecendo o valor da igualdade perante a lei e de tratar os outros com respeito. Porém, ele nota que “boas causas às vezes podem ter consequências negativas”. Uma dessas consequências é que as táticas utilizadas na conscientização podem se tornar “assustadoras e patológicas, tomando emprestadas as características menos sensatas da evangelização religiosa”.
Raymond oferece vários modelos de como a armadilha kafkiana opera. Ele chama os dois mais comuns de A e C.
Modelo A: O acusador diz: “Sua recusa em reconhecer que você é culpado de (pecado, racismo, machismo, homofobia, opressão…) confirma que você é culpado de (pecado, racismo, machismo, homofobia, opressão…)”. Voltando seu olhar ao livro “O Processo”, Raymond explica como o enredo do romance faz um paralelo entre os fundamentos e propósitos da falácia do acusador. Nenhum motivo específico é mencionado na acusação, o que torna o argumento irrefutável. A acusação imprecisa constitui um crime de pensamento, o que também a torna irrefutável. Assim como no romance, esse processo parece ter sido projetado para criar acusações e destruir a defesa de modo que você se torne maleável. De fato, “a única saída … é … aceitar a própria destruição”. Mesmo que você seja inocente, o único caminho para a redenção é que você se declare culpado e aceite ser punido. O ideal, para o acusador, é que você mesmo acredite na sua própria culpa.
O Modelo C é uma variante comum do mesmo tema. Você pode não ter feito, sentido ou pensado nada de errado, mas você ainda é culpado por se beneficiar de uma posição privilegiada criada por outros. Em outras palavras, você é culpado por pertencer a certos grupos, tais como “homem”, “branco” ou “heterossexual”. A acusação faz de você um responsável pelas ações de estranhos cujos comportamentos você não pode controlar e que talvez tenham morrido há muito tempo. Raymond escreve: “O objetivo … é produzir uma espécie de culpa indefinida … uma convicção do pecado que possa ser manipulado pelo operador [acusador] para fazer com que o sujeito diga e faça certas coisas que são convenientes aos objetivos pessoais, políticos ou religiosos do acusador”. Para obter a salvação, você deve deixar de discordar do seu acusador e condenar todo o grupo a que você pertence.
O que acontece quando um acusador confronta alguém do mesmo grupo de identidade a que ele ou ela pertence? Por exemplo, uma mulher pode questionar aspectos do feminismo politicamente correto apresentados por outra mulher. Aí ocorre um fenômeno totalmente diferente. Obviamente, aquela que fez a pergunta não será incentivada a se penalizar por ser uma mulher ou a condenar todas as mulheres. Em vez disso, ela será definida como alguém de fora do grupo.
Essa é chamada de falácia do “Escocês de Verdade3”. Ela ocorre quando alguém é confrontado com um exemplo que refuta uma acusação universal. O filósofo britânico Antony Flew descreveu a falácia, a qual também nomeou. Um dia, Hamish McDonald lê um artigo no jornal Glasgow Morning Herald que informa sobre um ataque de um maníaco sexual na Inglaterra. Hamish exclama em voz alta: “Nenhum escocês faria uma coisa dessas!” No dia seguinte, o jornal relata um ataque ainda pior na Escócia. Em vez de rejeitar sua declaração inicial, Hamish declarou: “Nenhum escocês de verdade faria uma coisa dessas.” Deste modo, as mulheres conservadoras como Sarah Palin não são mulheres de verdade; negros que questionam a autenticidade das teorias do privilégio dos brancos deixam de ser vistos como negros de verdade.
Existem outras técnicas geralmente associadas à armadilha kafkiana. (Nota: para que uma tática possa ser uma armadilha kafkiana de verdade, ela tem de envolver uma acusação irrefutável.)
Dentre as técnicas que podem ser usadas para torná-lo culpado, incluem-se:
- Solicitar uma definição clara daquilo a que você está sendo acusado — por exemplo, homofobia;
- Apontar uma injustiça cometida pelo grupo do acusador;
- Aplicar um padrão único a todos, por exemplo, recusando-se a aceitar que os negros não podem ser racistas;
- Demonstrar ceticismo sobre qualquer aspecto do vitimismo ideológico, incluindo a não aceitação de evidências pitorescas;
- Ser ignorante ou desinteressado no assunto;
- Argumentar contra a ideologia;
- Dizer “alguns de meus melhores amigos são X.”
Um movimento se torna bastante comum quando sua premissa é verdadeira – ao menos em boa parte – e sua exigência por justiça é válida. Por exemplo, os homossexuais foram abusados brutalmente ao longo de grande parte da história. Quando um movimento deixa de lado a honestidade e a justiça que possibilitaram seu crescimento e, em vez disso, comete ataques abusivos, começa a entrar em decadência. O abuso também anula qualquer discussão produtiva sobre problemas reais. Raymond observa: “as formas manipuladoras para controlar as pessoas são propensas a esvaziar suas causas empregadas, sufocando qualquer objetivo digno que possa ter sido utilizado de início e reduzindo-os a meros veículos na obtenção de poder e privilégios sobre os demais”.
Um problema diferente surge se o acusador acredita honestamente na armadilha kafkiana. Uma mulher, cuja crença de que todos os homens são opressores, é provável que não possa cooperar de boa-fé com eles para resolver os problemas sociais. Ela é mais propensa a buscar uma posição de domínio sobre os homens, a que ela justifica em nome de uma legítima defesa ou como uma compensação que lhe é devida. Isso aumenta a tensão entre os sexos e impede as tentativas sinceras de resolver os problemas. Um verdadeiro e fanático kafkatrapper4 (“aquele que elabora ou utiliza uma armadilha kafkiana” em tradução livre) torna-se cada vez mais isolado das pessoas que ele enxerga como “o inimigo” apenas por discordarem; o verdadeiro fanático fica cada vez mais incapaz de se comunicar ou até mesmo de ter empatia por um amplo espectro de pessoas. O seguidor da armadilha kafkiana “vence” a discussão, mas perde em sua natureza humana.
Notas:
¹ Segundo o site Dicio*, o termo “Kafkiano” é um adjetivo derivado do nome Franz Kafka (1883-1924), um famoso escritor austríaco nascido na cidade de Praga, na Áustria-Húngara. A obra de Kafka é imensamente conhecida por sua tendência em explorar um ambiente totalmente confuso, irreal, ilógico e surreal, ou seja, tão absurdo que revela-se um pesadelo aos leitores. *http://www.dicio.com.br/kafkiano/
² Termo inventado por George Orwell em seu livro, 1984, crimepensar (‘crimethink’) ou crime de pensamento (‘thoughtcrime’) é o termo que define o pensamento desaprovado pelo governo. Veja mais em:
https://en.wikipedia.org/wiki/Thoughtcrime
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_de_pensamento
³ Para mais explicações sobre a falácia e sua origem, ver em: www.suafalacia.com.br/escoces-de-verdade/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Expulsão_do_Grupo
Como a palavra “Trapper” significa caçador em inglês, pode-se deduzir que “kafkatrapper” seja ‘alguém que elabore ou utilize’ “armadilhas kafkianas”, termo que foi mencionado anteriormente, já na primeira nota de tradução.
Link original: http://www.thedailybell.com/editorials/35550/Wendy-McElroy-Beware-of-Kafkatrapping/
Tradução: Catarina Valadares
Revisão e Notas: Hélio Duarte/Jonatas
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