É menor. Só pondero não haver bem uma política de preços da Nintendo, e sim desequilíbrio das forças de oferta/demanda, são poucos os jogos com potencial comercial que não são de sua lastra. No passado, com plataformas mais ricas, aconteciam, mesmo numa era em que promoções nesse mercado eram incomuns, por causa do acesso, e em que preços de cartuchos chegavam a 150 dólares, barganhas mais amiúde.
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Dezoito dólares em FZERO e XMen, jogos com boa tecnologia. Complemento com o valor de banca dos third parties no
Switch, mais altos que em PS e Xbox, a política de preços da Nintendo não incidiria com o mesmo acoro sobre Doom. O jogo é da Zenimax. Ele custa 400 reais na Nintendo, e 17 na Sony
Concordo, ter mais hardcores influencia. Sobre PCs, o ecossistema livre, aberto e rico é que pesa mais nas etiquetas mais baixas, não tanto volume de hardcores, a Steam é um oceano infinito de games concorrendo entre si. O dia que a Nintendo lançar seus jogos no Gordão, veremos preços mais em conta, a etiqueta de seus games maiores se comportará aproximadamente como a de GTA V ou RDR2
De fato, mas meu ponto não está maculado: mesmo com concorrência de portáteis, carência de TVs em cada quarto, problemas com espaço e logística, hábitos de consumo e questões de ordem cultural:
- Consoles de Mesa da Sony vendem 10 milhões
- Consoles de Mesa da Nintendo vendem 5 milhões
sendo reflexos de suas respectivas line ups. O WiiU é um caso igual
A biblioteca que há no PS é mais adequada e potente para esse form factor, que é mais hardcore, a Nintendo é que é deficiente, ela vai pior.
Sim, mas vide meu post ao Pavomba, acima
Troque "Smash" por qualquer jogo da Nintendo para WiiU. É o que tem pra comprar. No caminho inverso, um PS4 só com Spiderman,
GoW, Uncharted, MLB The Show, GT, TLOUS e Gotsu também veria attach-rates insanos, provavelmente comparáveis aos do WiiU, porque seria só isso que daria pra comprar, não teria mais nada. Correto?
Vamos pôr a mão na consciência, analisar as probabilidades, e enxergar que sim, a despeito da ausência de prova prática.
Adendo: WiiU foi extremo demais, videogame sem jogo nenhum, facilmente o console de mesa mainstream com mais carência de grandes títulos da história, só teve lá os 15 first parties da Nintendo que têm potencial comercial e mais nada, o resto foram Old Gen and Late Ports + ZombieU. O que mais poderia ter attach-rate pelo menos ok?
Claro: 1) as pessoas adquirem esses consoles só por causa de seus jogos; 2) há cross ownership para o caso do
Switch
Enfim, vide acima, já tratado.
Não. O VITA não teve apoio nem first nem third party. Ele teve um spin off de Uncharted e Killzone, muito pouco.
Não recebeu games da Sony, de thirds, não teve jogo de frente, de costas, de lado e de quatro.
Mesmo assim vendeu mais que o WiiU
Inclusive no Japão
É o que eu disse aqui, em outras palavras
Complementando que não é só porque a Sony pode se dar ao luxo de queimar investimento para construir reputação, mas também porque ela é uma Weird Girl.
Seus pontos sobre público entretanto são um pouco contraditórios: há jogos atípicos e arriscados no Playstation justamente porque o alcance da plataforma é muito maior que o da Nintendo, são consumidores mais diversos, estando contempladas pessoas com gostos mais alternativos no seu universo de milhões.
Público Nintendo é Domingão do Faustão, gosta de coisas mais tradicionais
A Nintendo só ousa em Hardware e quitrecagem (contudo somente após o Gamecube, até ele, ela lançou consoles de mesa e portáteis bastante caretas, o investimento da Sony no EyeToy estava acima de qualquer coisa em hard que a Nintendo tentara em toda sua história até aqui), mas em software ela é completamente incapaz de correr o menor risco. Comete-se loucuras em interface física, sempre buscando aumentar acessibilidade, para rodar softwares ainda mais safe que antes. Seus jogos são muito tradicionais, com Game Design que joga seguro, respeitam a linhagem do próprio Miyamoto, para quem videogames "devem ser encarados como produtos para se divertir e mais nada".
Outrossim, na comparação entre ambas, não possuem também corpo em estética ou produção, são games simples em todos os sentidos.
Hoje em dia, ela enfrenta dificuldade para retratar um personagem fumando um cigarro, a coisa está bastante cabeluda.
Deixo esse tuíte do Christopher Ding, da GamesIndustry, talvez a maior revista mundial sobre negócios nesse mercado, com quem concordo:
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... Sendo uma "Kid's Company", é preciso evitar-se todo tipo de polêmica, valendo para elementos audiovisuais e também de Game Design, é necessário aumentar a acessibilidade ao extremo, crianças muito pequenas, sem coordenação motora completamente formada, idosos e indivíduos não aclimatados a videogames precisam conseguir jogar e se divertir. É a empresa que mais joga seguro, com o reforço de que opera como uma gravadora dessas divas de música pop: ela deliberadamente "prepara" o produto para que todos possam consumi-lo, e não exclui milhões de consumidores de propósito, como a Sony faz com TLG, Returnal, Demon's Souls, Bloodborne e Death Stranding,
É o surrogate que temos, né? Claro que um The Last Guardian é MUITO menos acessível e tem game design muito menos adequado à família que um Naruto, embora ambos tenham ESRB "Teen", mas seria impossível classificar isso sem olhar game a game.
Na impossibilidade de fazê-lo, os pesquisadores utilizaram a classificação CERO como indicativo de diversidade de biblioteca, ali há uma informação mais confiável que o "eu acho".
Ainda que não fosse, o problema da line up dos consoles de mesa da Nintendo em Home é a ausência completa de games 15+, esse público não tem vez em suas plataformas, ao passo que o Playstation tem 1/3 de jogos For Everyone. É um videogame com lineup mais diversificada