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Guerra da Ucrânia - Tópico oficial

Metal God

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A guerra tá em stand by, tá todo mundo vendo a copa, aí surgem esses notícias sem pé nem cabeça, pra preencher o vácuo.
 

Setzer1

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A guerra tá em stand by, tá todo mundo vendo a copa, aí surgem esses notícias sem pé nem cabeça, pra preencher o vácuo.

Ta em stand by porque em boa parte do país você só tem neve fofa misturada com lama. Os 2 lados estão brigando mais com pé de trincheira e gripe do que um com o outro fora casos isolados como Bahkmut.

Ambos os lados tb nã oconseguem fazer trincheiras sem maquinario pesado. PRecisam tomar o que já existe e isso meio que impede movimentações mirabolantes sem um risco consideravel.

Falta umas 1-3 semanas ainda pra neve congelar essa lama e tornar o solo duro de novo pra permitir a passagem de veiculos e tornar o dia a dia do soldado +facil tb.

Meio de dezembro até fim de janeiro de janeiro tende a ter uns combates bem intensos. Nenhum dos lados ta planejando ficar quieto .
 

Setzer1

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Russos agora estão bem menos pró guerra.
Foi só a água bater na bunda :)


E totalmente previsivel. Ucrania tem negociado pra atacar alvos militares dentro da russia com armas OTAN. Isso é devido a estar ridiculo o fato da russia poder preparar seus ataques com misseis dentro do alcance das armas ucranianas e a mesma poder apenas ficar olhando. Boa parte da OTAN, devido aos estragos feitos pelo russia está inclinada a aceitar a proposta.

Enquanto isso Ucrania começou a atacar com drones sistemas de energia russos. Partes da Russia sofreram blackout hoje e algumas usinas russas estão danificadas e levarão meses pra serem consertadas. (Danificaram a caldeira por sabotagem).

E a mobilização atual + recrutamento padrão não são suficientes.
+carne pro triturador começando em janeiro.



Pq negociar paz tem sido impossivel.
Não da pra negociar com quem quer na verdade apenas um leve cessar fogo pra recomeçar o conflito.
Tem que bater na russia até ela entrar com verdadeira boa fé em negociação.
 

Zefiris Metherlence

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O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, informou que em 2023 as encomendas de armas terão um aumento de 1,5 vezes, e permitirão que as unidades militares tenham 97% de disponibilidade.

Bem, teoria e prática diferem, ainda mais na Rússia. Então resta aguardar para ver o quanto vai ser diferente dessa vez. Não que esse ano de 2022 eles tenham feito muita questão de dar números exatos.

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Nos últimos 3 meses a empresa russa Kurganmashzavod, fabricante de blindados das séries BMP e BMD, contratou mais de 500 pessoas. E espera recrutar mais funcionários antes do Natal.

Há alguns anos, esta empresa estava à beira da falência e foi nacionalizada.
 

Shifty♤

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9 pessoas morreram em incêndios nas últimas 24 horas. Isso por causa que estão tentando se aquecer de qualquer forma, com velas, botijões de gás... e os acidentes acontecem.

 


Zefiris Metherlence

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O Wall Street Journal publicou que, segundo suas fontes, representantes da Comissão Européia confirmaram que não poderão confiscar os fundos congelados do Banco Central da Rússia e alocá-los para a reconstrução da Ucrânia. A impossibilidade se deve ao princípio da imunidade internacional dos países.

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O presidente Zelensky anunciou que as atividades de todas as organizações religiosas relacionadas à Rússia serão proibidas. O argumento é evitar que entidades próximas à Rússia manipulem os ucranianos.

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Abaixo um interessante artigo sobre a construção de uma usina nuclear na Turquia. É o maior projeto entre a Turquia e a Rússia, que financia a construção. O primeiro dos 4 reatores entrará em serviço em maio de 2023, e a OTAN teme que a Rússia tenha acesso a um porto comercial na Turquia:
- Turkey’s Russian-built nuclear plant could amplify Moscow’s regional influence

A usina não tem nada de especial e vai utilizar reatores VVER-1200, derivados do popular VVER-1000. O curioso é que a Rússia está encarregada da construção e operação da usina, treinando técnicos turcos.
 

Setzer1

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Ukraine war: Zelensky aide reveals up to 13,000 war dead​


ISso seria uma proporção de 1 morto pra 8 feridos levando em conta os 100mil mortos E feridos. Mesma taxa dos EUA no iraque e Afeganistão.
dobrando, o que é um numero +facil de acreditar.

vai 1 pra 4.
 
Ultima Edição:

Sgt. Kowalski

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Putin responde a Biden que aceita negociar, mas recusa deixar a Ucrânia​




O presidente da Rússia, Vladimir Putin, piscou para a oferta feita nesta quinta-feira (1º) pelo seu colega americano, Joe Biden, que sugeriu negociar um fim para a Guerra da Ucrânia.
Segundo disse nesta sexta (2) o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, "o presidente da Federação Russa sempre esteve e continua aberto a negociações para garantir nossos interesses". Mantendo o tom apaziguador, afirmou que a negativa dos Estados Unidos em reconhecer a anexação russa de territórios ucranianos é um fator que deveria ser discutido para desimpedir as conversas.
A troca de sinais entre as principais potências no conflito iniciado há nove meses vem na esteira de outros movimentos nas últimas semanas, com Washington insistindo cada vez mais numa saída para a crise.
Ao mesmo tempo, claro, Biden e outros líderes ocidentais reafirmam seu apoio militar a Kiev, sob risco de alienar o presidente Volodimir Zelenski —cujo governo já disse temer "uma facada nas costas". É uma equação delicada, até porque os EUA estão pagando o grosso da conta bélica da guerra, tendo empenhado US$ 20 bilhões até aqui em transferências de armamentos para os ucranianos.
Além disso, está cada vez mais claro que a Rússia conseguiu contornar o iceberg da catástrofe econômica colocado em seu caminho pelo regime duro de sanções ocidentais devido à guerra. O país sofre e terá contração de seu PIB, mas não entrou em insolvência.
Concorre também para a ideia de uma acomodação a percepção crescente no Ocidente de que o regime de embargo ao petróleo russo na Europa, que passa a valer na segunda-feira (5) e ainda embute uma negociação para liberar compras abaixo de um teto de preços estipulado pela Comissão Europeia, não deverá ter muito efeito sobre os lucros de Moscou na área.
Na quinta, ao lado do francês Emmanuel Macron, Biden disse estar "aberto para conversar" com Putin, desde que ele deseje o fim do conflito. Peskov devolveu a condicionante, dizendo que não haverá retirada de forças do Kremlin das quatro regiões declaradas parte do território russo em 30 de setembro.
Somadas à Crimeia, anexada em 2014, as áreas equivalem a 22% da Ucrânia. Mas Moscou não as controla totalmente, tendo retraído sua linha defensiva em Kherson (sul) para o sudeste do rio Dnieper, enquanto avança lentamente em Donetsk (leste) e não ocupa uma faixa ao norte de Zaporíjia (sul). Só Lugansk (leste) está praticamente toda dominada.
Peskov foi claro: "Na essência, isso foi o que Biden disse: as negociações são possíveis apenas após Putin deixar a Ucrânia", afirmou, dizendo que isso não iria ocorrer. "Ao mesmo tempo, e é importante dizer isso, o presidente Putin sempre esteve, e permanece, aberto para contatos, para negociações."
Nesta sexta, o líder russo conversou com o premiê alemão, Olaf Scholz. Segundo o Kremlin, Putin disse que a abordagem ocidental, de fornecer armas em grande quantidade para Kiev, é "destrutiva". Instado a parar os ataques à infraestrutura civil da Ucrânia, em especial a rede de energia, disse que eles seguiriam porque eram uma resposta a ações como a explosão da ponte que liga a Rússia continental à Crimeia.
Numa outra frente que sugere um certo relaxamento diplomático, a estatal russa de energia atômica Rosatom afirmou que "a bola não está no campo russo" para estabelecer uma zona de segurança em torno da usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, que está sob controle de tropas de Putin.
Os frequentes ataques na região, que ambos os lados dizem ser feitos pelo inimigo, colocam o local sob risco de um desastre nuclear de grandes proporções. Até aqui, Moscou não aceitava a ideia de uma zona de segurança por achar que favoreceria militarmente Kiev. O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, o argentino Rafael Grossi, disse esperar que a zona seja estabelecida até o fim do ano.
 

Aulendil

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Só vai acabar qnd o Putin morrer.

Essa é uma ideia popular, mas simplista. Putin pode ser o principal responsável pelo comportamento belicoso da Rússia, mas não é o único, e está longe de ser o mais radical. E existe precedente: anos atrás, muitos pensaram de forma um tanto ingênua que a Venezuela fosse realizar uma reviravolta após a morte do Chávez - afinal, ele era o timoneiro, de onde emanava todo o poder -, mas seu núcleo de suporte só aprofundou ainda mais o que já era ruim.

Mudanças repentinas de condução política só ocorrem quando a oposição consegue realizar um expurgo generalizado das figuras no poder, usualmente acompanhadas de insurreição popular de enormes proporções. Hoje, essas condições não existem na Rússia.

Por improvável (e indesejável) que pareça hoje, a melhor solução ainda passa por uma saída negociada com o Putin mantendo o poder, já que há um mínimo de previsibilidade ali. Quanto ao resto da nomenklatura, não podemos dizer o mesmo.
 

Metal God

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Peskov foi claro: "Na essência, isso foi o que Biden disse: as negociações são possíveis apenas após Putin deixar a Ucrânia", afirmou, dizendo que isso não iria ocorrer. "Ao mesmo tempo, e é importante dizer isso, o presidente Putin sempre esteve, e permanece, aberto para contatos, para negociações."
O cara diz que o nosso malvado favorito está aberto a negociações, mas não aceita nenhum termo de acordo senão os próprios. Essa declaração deixa claro que a Rússia não vai negociar coisa alguma.

E o dinheiro dos USA, pelo jeito, não é infinito...
 

Setzer1

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E o dinheiro dos USA, pelo jeito, não é infinito...

Não é o dinheiro.
È o capital politico.

Eleições acabaram mas isso apenas significa que tem apenas 2 anos pras eleições presidenciais e todos querem acabar com isso agora em 2023.

ele tb não falou isso isolado.
Ele estava do lado do Macron que sempre foi defensor do conflito acabar desde que respeitando as fronteiras ucranianas.

Ae voltamos ao problema da Russia não querer nada além de tudo.
 

Setzer1

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Embargo ao petroleo russo começa segunda feira.
G7 não pagará mais do que $60 por barril e não transportará ou colocará em seguro de transporte qualquer envio acima dessa quantia.

Orçamento russo de 2023 é baseado no preço de $80 o barril.
https://www.dw.com/en/g7-joins-eu-price-cap-on-russian-oil/a-63970997

mês que vem entra em efeito o embargo a derivados de petroleo. (gasolina, etc). Que é de onde a russia tira o grosso da renda.
 

Shifty♤

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Fi-4JsbXkAA0nhc.jpegEstão dizendo que começou a 9° onda de mobilização ucraniana.

Outras infos dão conta que ano que vem os Estados Unidos e a Inglaterra querem treinar 60 mil ucranianos.
 

Setzer1

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Aos 102, sobrevivente de grande fome quer ver Ucrânia vencer​

Iryna Ukhina
30/11/202230 de novembro de 2022
Lyubov Yarosh sobreviveu à fome do Holodomor na década de 1930, à expropriação comunista e à Segunda Guerra. Agora ela ajuda soldados ucranianos na luta contra a Rússia e espera ainda testemunhar o triunfo de seu país.



Sentada em um sofá em sua casa, Lyubov Yarosh desenrola um fio após o outro. Ela tem dificuldade para ver e ouvir, mas está cheia de energia e tece incansavelmente redes de camuflagem para os soldados ucranianos que lutam por seu país na guerra de agressão da Rússia. A senhora de 102 anos vive no vilarejo ucraniano de Khodorkiv, a 120 km de Kiev. Ela nasceu no longínquo ano de 1920, na vizinha Pustelnyky, na região de Zhytomyr.
Naquela época, a família de Lyubov era considerada próspera porque tinha galinhas, porcos, vacas e cavalos. Mas então, os animais e todos os bens domésticos foram confiscados pelo regime comunista da União Soviética e levados para uma fazenda coletiva, como eram chamados os grandes empreendimentos agrícolas da União Soviética, que deveriam ser administrados pelos membros do "coletivo socialista".
Quando o Holodomor começou, Lyubov tinha apenas 13 anos de idade. A grande fome foi provocada intencionalmente na Ucrânia em 1932 e 33 pela liderança soviética, com o objetivo de forçar os camponeses ucranianos a aderirem às fazendas coletivas e, ao mesmo tempo, quebrar o movimento de resistência nacional.
Em 1931, dezenas de milhares de intelectuais ucranianos já haviam sido deportados para a Sibéria, incluindo os mais importantes poetas, escritores e artistas do país. Um debate público sobre essa perseguição e o Holodomor só pôde começar na Ucrânia após o colapso da União Soviética, no início dos anos 90.
Em 2006, o Parlamento ucraniano classificou o Holodomor como genocídio contra o povo ucraniano. De acordo com historiadores ucranianos, quase quatro milhões de pessoas morreram na Ucrânia na década de 1930 como resultado do Holodomor.
Nesta quarta-feira (30/11), o Bundestag (casa baixa do Parlamento alemão) deverá reconhecer o Holodomor como genocídio, a pedido de quatro partidos alemães.

"Não havia nada para comer"​

"O pão velho não era suficiente, e faltava pão novo. Aqueles que tinham batatas descascavam-nas para que brotos continuassem nas cascas. Essas cascas eram então plantadas para que houvesse batatas. Foi assim que tentamos cultivar batatas", lembra Lyubov Yarosh, com tristeza. "Não havia nada para comer."
Para sobreviver, as pessoas colhiam flores de limoeiros e urtigas, moíam-nas e assavam biscoitos feitos delas. E chá era feito a partir de nabos. "Moíamos um pouco de trigo e fazíamos uma sopa fina, só para comer alguma coisa, e voltávamos a dormir", diz.
Foto de Lyubov Yarosh falando, com um pano estampado amarrado à cabeça
Foto de Lyubov Yarosh falando, com um pano estampado amarrado à cabeça

Lyubov conta que todas as vacas morreram porque ninguém podia levá-las para os pastos. Mas as pessoas não tinham permissão para comer a carne do gado morto, que foi deliberadamente envenenadaFoto: DW
A constante desnutrição fez com que as mãos e os pés de Lyubov inchassem. "Eu tinha feridas ruins e dolorosas e não conseguia andar. Meu pai me levou para fora", diz. À noite, ela tinha delírios, e seus pais temiam que ela não sobrevivesse.

"Muitas crianças morreram de fome"​

Lyubov relata que muitas crianças morreram de fome na época. "As crianças morreram nas casas. Homens que ainda tinham alguma força foram de casa em casa e viram que algumas delas estavam deitadas sobre o fogão, outras em outros lugares. Eles as recolheram, as colocaram em um carrinho e depois cavaram um grande buraco. Havia dez ou até mais crianças. Elas foram todas enterradas dessa maneira."
Lyubov cresceu com cinco irmãos. O mais velho, Mychaylo, foi pego por uma patrulha e espancado até a morte por ter ido a outro vilarejo à procura de nabos para a família. E a irmã mais nova, Olya, morreu de fome. O pai de Lyubov teve que enterrar os filhos sozinho.
"Tínhamos um cemitério muito próximo. Meu pai levou o filho mais velho para lá e o enterrou", diz Lyubov, enquanto lembra, com lágrimas nos olhos, que o irmão e a irmã de quatro anos foram enterrados nus e sem um caixão. "Minha mãe então encontrou um pano para envolver Olya", diz.
Segundo ela, todas as vacas das fazendas coletivas morreram, porque ninguém podia levá-las para os pastos e alimentá-las. Mas as pessoas não tinham permissão para comer a carne do gado morto, que foi até deliberadamente envenenada pelos comunistas, diz Lyubov: "[O veneno] estava em garrafas e se chamava creolina. Eles abriram as vacas e as encharcaram com ele."
Durante décadas, ucranianos não ousaram falar sobre todos esses horrores, por medo de acabar atrás das grades.

Holodomor, Segunda Guerra e invasão russa​

Lyubov sobreviveu ao Holodomor e também à Segunda Guerra Mundial. Por duas vezes os nazistas tentaram deportá-la para a Alemanha para realizar trabalhos forçados. Mas ela conseguiu escapar.
"Eles me levaram para a Alemanha, mas eu fugi. Quando eles quiseram me levar de casa novamente, peguei uma faca, feri minhas mãos e meu peito e coloquei sal. Eu causei tais feridas em mim mesma", relata Lyubov. Com os ferimentos, ela não foi levada pelos nazistas.
Foto de Lyubov Yarosh olhando pensativa, com um pano estampado amarrado à cabeça
Foto de Lyubov Yarosh olhando pensativa, com um pano estampado amarrado à cabeça

"Já passamos por tanta coisa – fome e frio. E ainda temos que sofrer. Ainda estamos esperando por uma vitória, mas essa vitória eu ainda quero testemunhar", diz LyubovFoto: DW
Quando a Segunda Guerra começou, Lyubov era uma jovem mulher. Ela trabalhava em uma fazenda coletiva, em uma serraria e até aprendeu a arar um campo com um trator, porque os homens da União Soviética haviam sido convocados para a guerra contra a Alemanha nazista.
Agora, com uma idade muito avançada, Lyubov tem que vivenciar novamente a guerra – a guerra da Rússia contra a Ucrânia. "Esta é a pior guerra. Deus nos livre, uma guerra dessas não deveria ser desejada a ninguém", diz Lyubov.

"Três de meus netos estão no front"​

Atualmente, três dos netos de Lyubov Yarosh estão no front de batalha. Todos eles se voluntariaram. E a avó, enquanto isso, está tecendo redes de camuflagem. Junto com a filha, ela já entregou nove redes para os militares ucranianos. "Os meninos devem se esconder debaixo delas para que ninguém possa atingi-los", diz.
Todos os dias, a senhora de 102 anos ouve as notícias e espera que todos os soldados voltem para casa vivos. Ela também espera viver o suficiente para ver uma vitória ucraniana.
"Já passamos por tanta coisa – fome e frio. E ainda temos que sofrer. Ainda estamos esperando por uma vitória, mas essa vitória eu ainda quero testemunhar", diz Lyubov.
 

Setzer1

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Tchéquia começará a treinar +4mil ucranianos constantemente pra padrão NATO.
foi aprovado pelo legislativo do país.

UE 15mil
UK 6mil
frança 2mil

Enquanto EUA. 3 dias atrás mas nao lembro de ter visto no topico.


https://www.washingtonpost.com/national-security/2022/12/01/ukraine-us-military-training/


Pentágono visa grande expansão do treinamento militar da Ucrânia​

O plano se basearia nas transferências de armas ocidentais, mostrando grandes formações ucranianas como realizar uma campanha mais sofisticada, aprofundando o envolvimento dos EUA na guerra.​


O secretário de Defesa Lloyd Austin e outros altos funcionários do Pentágono estão avaliando uma grande expansão no treinamento para as forças armadas ucranianas, uma medida que pode aumentar significativamente sua capacidade de expulsar forças russas de áreas ocupadas, ao mesmo tempo em que aprofunda o envolvimento dos EUA na guerra.

O plano, em discussão há semanas, de acordo com altos funcionários da defesa dos EUA, se basearia nos bilhões de dólares em armamento e outras ajudas que Washington forneceu à Ucrânia, mostrando a seus militares como travar uma campanha mais sofisticada contra o exército russo em dificuldades.

Veria unidades de combate ucranianas com centenas, ou possivelmente até milhares de soldados, treinando juntas em Grafenwoehr, na Alemanha, onde os militares dos EUA instruiram as forças ucranianas em números menores por anos. Austin está empenhado em aumentar a capacidade da Ucrânia de manobrar no campo de batalha com um estilo de guerra mais moderno, que depende menos do lançamento de milhares de tiros de artilharia por dia contra as tropas russas, no que se tornou uma guerra sangrenta de atrito.

Austin é conhecido por favorecer o programa de treinamento significativamente expandido dos EUA, juntamente com programas semelhantes para dezenas de milhares de soldados ucranianos a serem realizados pela Grã-Bretanha, países da União Européia e outros, como a Noruega. Somente a Alemanha planeja treinar 5.000 soldados até junho sob a iniciativa da UE, em centros de simulação de combate militar alemães e postos de comando de batalhão.


Desde o início da guerra, o presidente Biden disse que os Estados Unidos e a OTAN não estão em guerra com a Rússia, mas têm a responsabilidade de ajudar uma outra democracia a se defender contra uma agressão não provocada. Moscou rejeitou essas declarações, acusando os Estados Unidos e seus aliados de usar a Ucrânia como um substituto descartável para seus próprios objetivos contra a Rússia.
A Rússia já intensificou sua retórica em resposta aos anúncios de treinamento europeus. “Não diga que os EUA e a OTAN não participam desta guerra”, disse o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, a repórteres na quinta-feira. “Você está participando diretamente, inclusive não apenas com o fornecimento de armas, mas também com o treinamento de pessoal. … Você está treinando seus militares em seu território, nos territórios da Grã-Bretanha, Alemanha, Itália e outros países.

O novo treinamento, que a Ucrânia solicitou, ocorre quando o ritmo da guerra deve diminuir, embora não pare, durante os meses gelados de inverno da Ucrânia e os aliados consideram a melhor forma de aproveitar o tempo. Espera-se que as contra-ofensivas ao sul de Kherson, uma cidade estratégica no Mar Negro que as tropas russas abandonaram no mês passado, e em redutos separatistas no leste sejam difíceis, já que os russos usam o tempo para fortalecer suas linhas defensivas.


A Ucrânia foi capaz de entregar as perdas das forças russas no campo de batalha em vários locais, mas com baixas significativas em ambos os lados. O general Mark A. Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto, avaliou no mês passado que mais de 100.000 soldados russos foram mortos ou feridos desde a invasão da Rússia em 24 de fevereiro, e “provavelmente” um número equivalente de tropas ucranianas.
Espera-se que os russos continuem a superar os militares ucranianos, lançando dezenas de milhares de tiros de artilharia todos os dias, além de salvas de mísseis e outras munições, de acordo com avaliações da inteligência ocidental. Ao mesmo tempo, as forças russas foram aumentadas com a “mobilização” de milhares de soldados adicionais cuja eficácia até agora foi limitada devido ao treinamento mínimo, baixo moral e dificuldades logísticas.

Mesmo que o treinamento para as forças ucranianas em sistemas de armas específicos continue, o suprimento ocidental não é infinito. O objetivo do novo treinamento é ensinar aos ucranianos táticas que aumentarão a eficácia dos armamentos que possuem e usar em maior escala a agilidade e adaptabilidade que demonstraram com pequenas unidades.


Espera-se que muitos dos estagiários ucranianos sejam recrutas, de acordo com autoridades americanas e europeias, já que o governo de Kyiv continua a mobilizar praticamente todos os recursos disponíveis.
Não ficou claro se a expansão do treinamento dos EUA aumentaria significativamente o custo crescente da ajuda à Ucrânia, já contestada por alguns legisladores, principalmente republicanos. Embora a assistência à Ucrânia ainda tenha amplo apoio bipartidário, os legisladores do Partido Republicano, que assumirão a Câmara no mês que vem, prometeram maior supervisão.

A visão de Austin se assemelharia, de certa forma, ao treinamento que as unidades militares dos EUA recebem em seus principais centros de treinamento, como o Centro de Treinamento Nacional do Exército em Fort Irwin, na Califórnia, e o Centro de Combate Terrestre do Corpo de Fuzileiros Navais, em Twentynine Palms, Califórnia. passam semanas certificando-se de que estão preparados para lutar na guerra de armas combinadas, onde soldados de infantaria, forças mecanizadas, unidades de artilharia e outras tropas se coordenam para encontrar, envolver e destruir unidades inimigas. A discussão sobre o treinamento expandido dos EUA para as forças ucranianas foi relatada anteriormente pela CNN.


O treinamento das forças ucranianas pelos militares dos EUA começou em grande escala após a invasão e apreensão da Crimeia pela Rússia em 2014. Mas grande parte dessa instrução concentrou-se em operações especiais e resistência, em vez de ofensivas em grande escala contra um inimigo entrincheirado e poderoso. Desde a invasão do inverno passado, os treinadores têm se concentrado em ensinar a um pequeno número de soldados de cada vez como realizar tarefas específicas, como lançar e manter a artilharia de obus que lhes foi fornecida.
Um porta-voz do Pentágono, Brig. da Força Aérea. O general Patrick Ryder disse na quinta-feira que o Departamento de Defesa, ao lado de aliados ocidentais e nações parceiras, “está constantemente explorando maneiras de apoiar a Ucrânia por meio de uma variedade de esforços de assistência à segurança, incluindo treinamento”. O departamento, acrescentou, não tinha novos anúncios a fazer.
 

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Ucrania desenvolveu um novo drone com 1000km de alcance capaz de levar 75kg de explosivos.
Não fosse a quantidade limitada poderia ser um game changer.


 

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Aos 102, sobrevivente de grande fome quer ver Ucrânia vencer​

Iryna Ukhina
30/11/202230 de novembro de 2022
Lyubov Yarosh sobreviveu à fome do Holodomor na década de 1930, à expropriação comunista e à Segunda Guerra. Agora ela ajuda soldados ucranianos na luta contra a Rússia e espera ainda testemunhar o triunfo de seu país.



Sentada em um sofá em sua casa, Lyubov Yarosh desenrola um fio após o outro. Ela tem dificuldade para ver e ouvir, mas está cheia de energia e tece incansavelmente redes de camuflagem para os soldados ucranianos que lutam por seu país na guerra de agressão da Rússia. A senhora de 102 anos vive no vilarejo ucraniano de Khodorkiv, a 120 km de Kiev. Ela nasceu no longínquo ano de 1920, na vizinha Pustelnyky, na região de Zhytomyr.
Naquela época, a família de Lyubov era considerada próspera porque tinha galinhas, porcos, vacas e cavalos. Mas então, os animais e todos os bens domésticos foram confiscados pelo regime comunista da União Soviética e levados para uma fazenda coletiva, como eram chamados os grandes empreendimentos agrícolas da União Soviética, que deveriam ser administrados pelos membros do "coletivo socialista".
Quando o Holodomor começou, Lyubov tinha apenas 13 anos de idade. A grande fome foi provocada intencionalmente na Ucrânia em 1932 e 33 pela liderança soviética, com o objetivo de forçar os camponeses ucranianos a aderirem às fazendas coletivas e, ao mesmo tempo, quebrar o movimento de resistência nacional.
Em 1931, dezenas de milhares de intelectuais ucranianos já haviam sido deportados para a Sibéria, incluindo os mais importantes poetas, escritores e artistas do país. Um debate público sobre essa perseguição e o Holodomor só pôde começar na Ucrânia após o colapso da União Soviética, no início dos anos 90.
Em 2006, o Parlamento ucraniano classificou o Holodomor como genocídio contra o povo ucraniano. De acordo com historiadores ucranianos, quase quatro milhões de pessoas morreram na Ucrânia na década de 1930 como resultado do Holodomor.
Nesta quarta-feira (30/11), o Bundestag (casa baixa do Parlamento alemão) deverá reconhecer o Holodomor como genocídio, a pedido de quatro partidos alemães.

"Não havia nada para comer"​

"O pão velho não era suficiente, e faltava pão novo. Aqueles que tinham batatas descascavam-nas para que brotos continuassem nas cascas. Essas cascas eram então plantadas para que houvesse batatas. Foi assim que tentamos cultivar batatas", lembra Lyubov Yarosh, com tristeza. "Não havia nada para comer."
Para sobreviver, as pessoas colhiam flores de limoeiros e urtigas, moíam-nas e assavam biscoitos feitos delas. E chá era feito a partir de nabos. "Moíamos um pouco de trigo e fazíamos uma sopa fina, só para comer alguma coisa, e voltávamos a dormir", diz.
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Lyubov conta que todas as vacas morreram porque ninguém podia levá-las para os pastos. Mas as pessoas não tinham permissão para comer a carne do gado morto, que foi deliberadamente envenenadaFoto: DW
A constante desnutrição fez com que as mãos e os pés de Lyubov inchassem. "Eu tinha feridas ruins e dolorosas e não conseguia andar. Meu pai me levou para fora", diz. À noite, ela tinha delírios, e seus pais temiam que ela não sobrevivesse.

"Muitas crianças morreram de fome"​

Lyubov relata que muitas crianças morreram de fome na época. "As crianças morreram nas casas. Homens que ainda tinham alguma força foram de casa em casa e viram que algumas delas estavam deitadas sobre o fogão, outras em outros lugares. Eles as recolheram, as colocaram em um carrinho e depois cavaram um grande buraco. Havia dez ou até mais crianças. Elas foram todas enterradas dessa maneira."
Lyubov cresceu com cinco irmãos. O mais velho, Mychaylo, foi pego por uma patrulha e espancado até a morte por ter ido a outro vilarejo à procura de nabos para a família. E a irmã mais nova, Olya, morreu de fome. O pai de Lyubov teve que enterrar os filhos sozinho.
"Tínhamos um cemitério muito próximo. Meu pai levou o filho mais velho para lá e o enterrou", diz Lyubov, enquanto lembra, com lágrimas nos olhos, que o irmão e a irmã de quatro anos foram enterrados nus e sem um caixão. "Minha mãe então encontrou um pano para envolver Olya", diz.
Segundo ela, todas as vacas das fazendas coletivas morreram, porque ninguém podia levá-las para os pastos e alimentá-las. Mas as pessoas não tinham permissão para comer a carne do gado morto, que foi até deliberadamente envenenada pelos comunistas, diz Lyubov: "[O veneno] estava em garrafas e se chamava creolina. Eles abriram as vacas e as encharcaram com ele."
Durante décadas, ucranianos não ousaram falar sobre todos esses horrores, por medo de acabar atrás das grades.

Holodomor, Segunda Guerra e invasão russa​

Lyubov sobreviveu ao Holodomor e também à Segunda Guerra Mundial. Por duas vezes os nazistas tentaram deportá-la para a Alemanha para realizar trabalhos forçados. Mas ela conseguiu escapar.
"Eles me levaram para a Alemanha, mas eu fugi. Quando eles quiseram me levar de casa novamente, peguei uma faca, feri minhas mãos e meu peito e coloquei sal. Eu causei tais feridas em mim mesma", relata Lyubov. Com os ferimentos, ela não foi levada pelos nazistas.
Foto de Lyubov Yarosh olhando pensativa, com um pano estampado amarrado à cabeça
Foto de Lyubov Yarosh olhando pensativa, com um pano estampado amarrado à cabeça

"Já passamos por tanta coisa – fome e frio. E ainda temos que sofrer. Ainda estamos esperando por uma vitória, mas essa vitória eu ainda quero testemunhar", diz LyubovFoto: DW
Quando a Segunda Guerra começou, Lyubov era uma jovem mulher. Ela trabalhava em uma fazenda coletiva, em uma serraria e até aprendeu a arar um campo com um trator, porque os homens da União Soviética haviam sido convocados para a guerra contra a Alemanha nazista.
Agora, com uma idade muito avançada, Lyubov tem que vivenciar novamente a guerra – a guerra da Rússia contra a Ucrânia. "Esta é a pior guerra. Deus nos livre, uma guerra dessas não deveria ser desejada a ninguém", diz Lyubov.

"Três de meus netos estão no front"​

Atualmente, três dos netos de Lyubov Yarosh estão no front de batalha. Todos eles se voluntariaram. E a avó, enquanto isso, está tecendo redes de camuflagem. Junto com a filha, ela já entregou nove redes para os militares ucranianos. "Os meninos devem se esconder debaixo delas para que ninguém possa atingi-los", diz.
Todos os dias, a senhora de 102 anos ouve as notícias e espera que todos os soldados voltem para casa vivos. Ela também espera viver o suficiente para ver uma vitória ucraniana.
"Já passamos por tanta coisa – fome e frio. E ainda temos que sofrer. Ainda estamos esperando por uma vitória, mas essa vitória eu ainda quero testemunhar", diz Lyubov.
Não tem muito a ver com o tópico. Mas eu amo esses relatos de quem presenciou os fatos e tal, e preciso recomendar esse video que vi esses tempos atrás:

 

Setzer1

Mil pontos, LOL!
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Ucrania parece ter destruido 4 aviões pesados russos diminuindo um pouco a chuva de misseis que tomou hoje.










 

Zefiris Metherlence

Bam-bam-bam
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Para economizar energia durante o inverno, parece que a Suíça está pensando em proibir videogames, dentre outras coisas.

[...]Use of video players and game computers and consoles, online streaming, ice rings, crypto mining and high frequency trading are banned[...]
 
D

Deleted member 219486

Guerras são eventos dinâmicos. E quando sua duração é prolongada, aqueles que melhor se adaptam são mais propensos a vitória.

É tudo uma questão de ganhar exp e alocar os pontos nas melhores skill :obrigue

Guerra tem o fator vidas, a Rússia começou a atacar a população da Ucrânia tirando a possibilidade de se esquentar no inverno. Agora a matemática financeira depende dos EUA e aliados que já começaram a mostrar as preocupações de financiar por um tempo maior do que esperam.
 

Pinguim 55

Ei mãe, 500 pontos!
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Guerra tem o fator vidas, a Rússia começou a atacar a população da Ucrânia tirando a possibilidade de se esquentar no inverno. Agora a matemática financeira depende dos EUA e aliados que já começaram a mostrar as preocupações de financiar por um tempo maior do que esperam.

Povo ucraniano não é estranho ao frio, viveram séculos sem energia.

Tem várias formas de se aquecer e se proteger do frio que não envolve energia elétrica, único porém é que viveram como no início do século XX, mas até onde eu saiba o povo ucraniano prefere continuar a guerra a render.
 
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