Yasawas
Habitué da casa
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O dono dos quadrinhos infantis do Brasil tem fome.
Responsável pela criação, controle, posse e dominação inconteste dos personagens nacionais preferidos das crianças há gerações, Maurício de Souza, empresário, cartunista, escritor, senhor feudal e o que mais lhe der na mente (e que sua fortuna e fama lhe permitem comprar), não passou incólume pelo desabar das vendas dos gibis brasileiros.
Foram tempos bicudos.
Suas publicações, outrora com tiragens batendo na casa das centenas de milhares de exemplares em dezenas de títulos mensais, desabaram para alguns poucos milhares de exemplares e cerca de meia-dúzia de títulos.
O deus supremo do gibi brasileiro teve que demitir funcionários (que precisaram abrir micro-empresas para voltarem a servir seu amo e senhor, money talks), reestruturar suas empresas, diversificar suas áreas de atuação (seus personagens foram vistos em maçãs, bolachas e mesmo anunciando condomínios de luxo) e, principalmente, Maurício de Souza precisava recuperar o imenso rombo que sua antiga produtora, a Black&White, causou em seus cofres ao produzir as fracassadas e tortas animações da Turma da Mônica.
Maurício de Souza não ia bem. Gastou o que tinha e o que não tinha.
E hoje também não vai bem. Suas vendas caira tanto que do grande sucesso nas bancas, só restou a pose, a saudade, suspiros... E tentativas desesperadas de emplacar qualquer coisa.
Sempre sem sucesso.
Mas porque?
Simples: seu público não lhe quer.
Seus leitores se cansaram de suas histórias.
Não há mais graça nas coelhadas, na lingua presa, na comilança e na falta de higiene. Seu humor tornou-se antagônico, repetitivo, chato. Afinal, ele vem contando a mesma piada há mais de 30 anos e as crianças... Envelhecem.
Na "mudança" da editora Globo para a Panini, Maurício de Souza passou por um período confuso, perdido, sem saber o que fazer. Digo, sem saber ainda mais o que fazer.
Sem idéias, sem direcionamento, sem seus poucos funcionários dedicados e inteligentes, Maurício de Souza apelo para o desespero, indo para a fórmula fácil. A mesma fórmula que consagrara os Trapalhões na Abril dos anos 80.
A sátira.
A Turma da Mônica passeou por super-heróis, filmes famosos (e outros nem tanto), reproduções de quadros de pinturas clássicas, séries de sucesso na TV (Lost, Heroes, etc), política, etc.
Mas nada de chegar aos pés da sombra do sucesso do passado. Tudo em vão.
Esse bate-cabeça de Maurício de Souza resultou em fracasso atrás de fracasso. Ele não produziu nada que fosse inovador, revigorante, inusitado que lhe trouxesse de volta o público que tanto lhe adorava. Ele veio, sim, com mais do mesmo.
Não que isso fosse-lhe possível. Pelo contrário, é absolutamente impossível que Maurício de Souza seja original. Não é de sua natureza, não é de sua capacidade e nem de seu interesse.
Pois ousar significaria mudar e não existe ninguém com mais medo da mudança que Maurício de Souza. Para ele, tudo tem que ficar exatamente como está.
Ou, se mudar, ele tem que ter controle absoluto de tudo.
Porque Maurício de Souza tem medo de ser livre. Ele na verdade é prisioneiro de sua criação, de seus interesses, de seus negócios. O autor que ele ambicionava ser, e que chegou a se realizar nos anos 50, hoje está morto.
No lugar do cartunista encapotado, brincalhão e alegre, o caipira simpático, surgiu no lugar a máquina de fazer grana, o promoter, o manequim sorriso.
O empresário.
O problema é que os sorrisos, a pose, os comerciais e entrevistas na TV, os amigos influentes, o marketing, e o lindo quadro da Mônica como Mona Lisa atrás de sua cadeira presidencial, não aumentam as vendas de gibis que o público rejeita.
Pois o leitor não quer sua pose.
Quer diversão.
E Maurício de Souza não sabe mais divertir.
O que fazer?
Contratar gente nova? Revitalizar o tema? Investir em talentos desconhecidos?
De jeito nenhum! Tá louco?
Por isso, por medo, Maurício de Souza volta a canibalizar temas alheios.
Por indicação dos gráficos de vendas da concorrência (que todos alegam ser secretos mas que os editores amigos do Rei tem acesso livre), e pelo seu planejamento profundamente egóico misturado com interesses nebulosos...
Surge diante de seus olhos gulosos e famintos um mercado ao qual ele poderia avançar, esmagar, matar, destruir!
O mercado dos mangás.
É a cartada final. É o golpe de misericórdia, é a alternativa que lhe resta, the Final Countdown.
Pois, diferente de Papai Walt Disney, Maurício de Souza jamais terceirizaria a criação de suas histórias.
Maurício de Souza nunca permitiria que estranhos mexessem em seus personagens. Não se trata de preciosismo, é Ego.
Ele mantém uma poderosa mão-de-ferro ciumentíssima sob suas criações e, apesar de não desenhar uma linha do que publica, é um dono profunda e extremamente zeloso da "qualidade" de "suas" obras.
Dessa forma, o gibi "Turma da Mônica versão Mangá", como a maioria das atuais obras de Maurício de Souza, tem tudo o que Maurício de Souza considera como sendo... Maurício de Souza.
O desenho está lindinho e fofinho, as meninas estão sensuais e monstrando a bundinha e o peitinho, os rapazes estão fortes e ágeis, dinâmicos e modernos...
Tudo cheia a plástico, isopor, é falso, absurdo e burguês...
O fundo de cena, as linhas, as pedras, as núvens, tudo é Maurício de Souza.
Mas não é mangá.
É Maurício de Souza.
É Tina, é Os Souza bem alinhavado (bendito Aluir Amâncio, verdadeiro reformulador da Mônica), bem trabalhado, muito mais do que o costume, mais esteticamente cuidado, mais colorido...
Mas não é mangá.
Maurício de Souza deu um "upgrade" em seus personagesn principais. Não que isso lhe fosse novidade pois "ele" já havia feito isso com a Tina, Pipa, Rolo, etc. Ele já havia criado um "genérico" da Turma da Mônica.
Agora, ele deu o passo máximo na "ousadia" e virou "mangá".
Maurício de Souza é isso: ousa sem ousar.
Cria sem criar.
Desenha sem desenhar e vende sem realmente vender.
Esse gibi não é mangá. É Maurício de Souza tentando vender seus personagens como sendo mangá.
Afinal de contas, Zé Roberto, o que diabos é mangá?
Mangá não é só enquadramento, linhas de fundo, olhos grandes, sensualidade.
Mangá é ousadia.
Mangá é violência, é fúria, é sangue, morte e sexo selvagem. Mangá é berreiro, exageros, liberdade.
Ou seja, mangá é tudo o que Maurício de Souza não pode ser. E nunca será.
Maurício de Souza, como Kardecista que é (a ponto de ter funcionários de sua casa andando de roupas brancas e falando sempre baixinho), abomina tudo isso, essas coisas ousadas, modernas, agrssivas.
Magina mininu!
Seu trabalho, compromissos e interesses comerciais urgem apenas pelas coisas boazinhas, fofas, agradáveis e extremamente caretas. Ele agrada papai e mamãe, faz o meio-de-campo com todo mundo e não pode chutar nada.
Passou desse limite, ele mesmo trata de barrar. Ele mesmo se castra, como bom e comportado prisioneiro que é.
Por isso, a Turma da Mônica no mangá não é mangá. É faz de conta.
É a Turma da Mônica fazendo de conta que é mangá.
É Maurício de Souza fazendo de conta que está desenhando mangá (sendo que ele não desenha há milênios, quem desenha é sua equipe).
E são os leitores fazendo de conta que estão lendo um mangá de faz de conta desenhado por faz de conta por Maurício de Souza, que faz de conta que...
Prosseguindo no faz-de-conta anacrônico, Maurício de Souza vendeu seu gibi na Bienal do Livro. Vendeu bem. O que não vendeu na banca, vendeu na Bienal. Ele e a Panini estão felizes, rindo a toa pois não é sempre que se vendem mais de 50.000 exemplares de quadrinhos.
Porém, Maurício de Souza não contará com a Bienal do Livro para lhe sustentar as vendas.
Ele teve sorte.
Mas a sorte não bate duas vezes e, agora, a briga é na banca.
Aonde seu produto de faz-de-conta já dá mostras de ser rejeitado pelos fãs e não-fãs de mangá.
Afinal, o fã tem o mangá original. E quem tem Naruto ou Bleach não se contenta com um genérico transgênico de faz de conta.
E os poucos que gostam da Mônica no original, não se interessam por mangá.
As opções de Maurício de Souza estão escasseando...
Será que ele fará a Turma da Mônica adulta?
A Magali com problemas de obesidade mórbida e Wicca, o Cascão indigente e com Aids, o Cebolinha pelego do PT e eleito Presidente (planos mirabolantes e fracassados não lhe faltam)...
O Louco como marketeiro...
O Bidu com raiva em luta contra pitubulls...
E a Mônica trabalhando no telemarketing de dia e garota-de-programa a noite?
Se for lucrativo, sim, ele fará.
Hah! Sonho meu!
http://elementais1.blogspot.com/2008/09/maurcio-de-souza-tem-fome.html
Responsável pela criação, controle, posse e dominação inconteste dos personagens nacionais preferidos das crianças há gerações, Maurício de Souza, empresário, cartunista, escritor, senhor feudal e o que mais lhe der na mente (e que sua fortuna e fama lhe permitem comprar), não passou incólume pelo desabar das vendas dos gibis brasileiros.
Foram tempos bicudos.
Suas publicações, outrora com tiragens batendo na casa das centenas de milhares de exemplares em dezenas de títulos mensais, desabaram para alguns poucos milhares de exemplares e cerca de meia-dúzia de títulos.
O deus supremo do gibi brasileiro teve que demitir funcionários (que precisaram abrir micro-empresas para voltarem a servir seu amo e senhor, money talks), reestruturar suas empresas, diversificar suas áreas de atuação (seus personagens foram vistos em maçãs, bolachas e mesmo anunciando condomínios de luxo) e, principalmente, Maurício de Souza precisava recuperar o imenso rombo que sua antiga produtora, a Black&White, causou em seus cofres ao produzir as fracassadas e tortas animações da Turma da Mônica.
Maurício de Souza não ia bem. Gastou o que tinha e o que não tinha.
E hoje também não vai bem. Suas vendas caira tanto que do grande sucesso nas bancas, só restou a pose, a saudade, suspiros... E tentativas desesperadas de emplacar qualquer coisa.
Sempre sem sucesso.
Mas porque?
Simples: seu público não lhe quer.
Seus leitores se cansaram de suas histórias.
Não há mais graça nas coelhadas, na lingua presa, na comilança e na falta de higiene. Seu humor tornou-se antagônico, repetitivo, chato. Afinal, ele vem contando a mesma piada há mais de 30 anos e as crianças... Envelhecem.
Na "mudança" da editora Globo para a Panini, Maurício de Souza passou por um período confuso, perdido, sem saber o que fazer. Digo, sem saber ainda mais o que fazer.
Sem idéias, sem direcionamento, sem seus poucos funcionários dedicados e inteligentes, Maurício de Souza apelo para o desespero, indo para a fórmula fácil. A mesma fórmula que consagrara os Trapalhões na Abril dos anos 80.
A sátira.
A Turma da Mônica passeou por super-heróis, filmes famosos (e outros nem tanto), reproduções de quadros de pinturas clássicas, séries de sucesso na TV (Lost, Heroes, etc), política, etc.
Mas nada de chegar aos pés da sombra do sucesso do passado. Tudo em vão.
Esse bate-cabeça de Maurício de Souza resultou em fracasso atrás de fracasso. Ele não produziu nada que fosse inovador, revigorante, inusitado que lhe trouxesse de volta o público que tanto lhe adorava. Ele veio, sim, com mais do mesmo.
Não que isso fosse-lhe possível. Pelo contrário, é absolutamente impossível que Maurício de Souza seja original. Não é de sua natureza, não é de sua capacidade e nem de seu interesse.
Pois ousar significaria mudar e não existe ninguém com mais medo da mudança que Maurício de Souza. Para ele, tudo tem que ficar exatamente como está.
Ou, se mudar, ele tem que ter controle absoluto de tudo.
Porque Maurício de Souza tem medo de ser livre. Ele na verdade é prisioneiro de sua criação, de seus interesses, de seus negócios. O autor que ele ambicionava ser, e que chegou a se realizar nos anos 50, hoje está morto.
No lugar do cartunista encapotado, brincalhão e alegre, o caipira simpático, surgiu no lugar a máquina de fazer grana, o promoter, o manequim sorriso.
O empresário.
O problema é que os sorrisos, a pose, os comerciais e entrevistas na TV, os amigos influentes, o marketing, e o lindo quadro da Mônica como Mona Lisa atrás de sua cadeira presidencial, não aumentam as vendas de gibis que o público rejeita.
Pois o leitor não quer sua pose.
Quer diversão.
E Maurício de Souza não sabe mais divertir.
O que fazer?
Contratar gente nova? Revitalizar o tema? Investir em talentos desconhecidos?
De jeito nenhum! Tá louco?
Por isso, por medo, Maurício de Souza volta a canibalizar temas alheios.
Por indicação dos gráficos de vendas da concorrência (que todos alegam ser secretos mas que os editores amigos do Rei tem acesso livre), e pelo seu planejamento profundamente egóico misturado com interesses nebulosos...
Surge diante de seus olhos gulosos e famintos um mercado ao qual ele poderia avançar, esmagar, matar, destruir!
O mercado dos mangás.
É a cartada final. É o golpe de misericórdia, é a alternativa que lhe resta, the Final Countdown.
Pois, diferente de Papai Walt Disney, Maurício de Souza jamais terceirizaria a criação de suas histórias.
Maurício de Souza nunca permitiria que estranhos mexessem em seus personagens. Não se trata de preciosismo, é Ego.
Ele mantém uma poderosa mão-de-ferro ciumentíssima sob suas criações e, apesar de não desenhar uma linha do que publica, é um dono profunda e extremamente zeloso da "qualidade" de "suas" obras.
Dessa forma, o gibi "Turma da Mônica versão Mangá", como a maioria das atuais obras de Maurício de Souza, tem tudo o que Maurício de Souza considera como sendo... Maurício de Souza.
O desenho está lindinho e fofinho, as meninas estão sensuais e monstrando a bundinha e o peitinho, os rapazes estão fortes e ágeis, dinâmicos e modernos...
Tudo cheia a plástico, isopor, é falso, absurdo e burguês...
O fundo de cena, as linhas, as pedras, as núvens, tudo é Maurício de Souza.
Mas não é mangá.
É Maurício de Souza.
É Tina, é Os Souza bem alinhavado (bendito Aluir Amâncio, verdadeiro reformulador da Mônica), bem trabalhado, muito mais do que o costume, mais esteticamente cuidado, mais colorido...
Mas não é mangá.
Maurício de Souza deu um "upgrade" em seus personagesn principais. Não que isso lhe fosse novidade pois "ele" já havia feito isso com a Tina, Pipa, Rolo, etc. Ele já havia criado um "genérico" da Turma da Mônica.
Agora, ele deu o passo máximo na "ousadia" e virou "mangá".
Maurício de Souza é isso: ousa sem ousar.
Cria sem criar.
Desenha sem desenhar e vende sem realmente vender.
Esse gibi não é mangá. É Maurício de Souza tentando vender seus personagens como sendo mangá.
Afinal de contas, Zé Roberto, o que diabos é mangá?
Mangá não é só enquadramento, linhas de fundo, olhos grandes, sensualidade.
Mangá é ousadia.
Mangá é violência, é fúria, é sangue, morte e sexo selvagem. Mangá é berreiro, exageros, liberdade.
Ou seja, mangá é tudo o que Maurício de Souza não pode ser. E nunca será.
Maurício de Souza, como Kardecista que é (a ponto de ter funcionários de sua casa andando de roupas brancas e falando sempre baixinho), abomina tudo isso, essas coisas ousadas, modernas, agrssivas.
Magina mininu!
Seu trabalho, compromissos e interesses comerciais urgem apenas pelas coisas boazinhas, fofas, agradáveis e extremamente caretas. Ele agrada papai e mamãe, faz o meio-de-campo com todo mundo e não pode chutar nada.
Passou desse limite, ele mesmo trata de barrar. Ele mesmo se castra, como bom e comportado prisioneiro que é.
Por isso, a Turma da Mônica no mangá não é mangá. É faz de conta.
É a Turma da Mônica fazendo de conta que é mangá.
É Maurício de Souza fazendo de conta que está desenhando mangá (sendo que ele não desenha há milênios, quem desenha é sua equipe).
E são os leitores fazendo de conta que estão lendo um mangá de faz de conta desenhado por faz de conta por Maurício de Souza, que faz de conta que...
Prosseguindo no faz-de-conta anacrônico, Maurício de Souza vendeu seu gibi na Bienal do Livro. Vendeu bem. O que não vendeu na banca, vendeu na Bienal. Ele e a Panini estão felizes, rindo a toa pois não é sempre que se vendem mais de 50.000 exemplares de quadrinhos.
Porém, Maurício de Souza não contará com a Bienal do Livro para lhe sustentar as vendas.
Ele teve sorte.
Mas a sorte não bate duas vezes e, agora, a briga é na banca.
Aonde seu produto de faz-de-conta já dá mostras de ser rejeitado pelos fãs e não-fãs de mangá.
Afinal, o fã tem o mangá original. E quem tem Naruto ou Bleach não se contenta com um genérico transgênico de faz de conta.
E os poucos que gostam da Mônica no original, não se interessam por mangá.
As opções de Maurício de Souza estão escasseando...
Será que ele fará a Turma da Mônica adulta?
A Magali com problemas de obesidade mórbida e Wicca, o Cascão indigente e com Aids, o Cebolinha pelego do PT e eleito Presidente (planos mirabolantes e fracassados não lhe faltam)...
O Louco como marketeiro...
O Bidu com raiva em luta contra pitubulls...
E a Mônica trabalhando no telemarketing de dia e garota-de-programa a noite?
Se for lucrativo, sim, ele fará.
Hah! Sonho meu!
http://elementais1.blogspot.com/2008/09/maurcio-de-souza-tem-fome.html