O Inferno Me Aguarda
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Há muito tempo venho pensando em escrever esse relato, e hoje eu criei coragem, claro que não vou me identificar, porem vocês já me conhecem aqui no fórum. Contarei coisas que eu nunca poderei falar pra alguém cara a cara, coisas que eu deveria levar comigo para o túmulo, mas aqui estou, digitando o que será considerado sinistro, maligno, doentio, no entanto é só mais uma possibilidades de existência e vivência.
Mas, antes de chegarmos nos poréns, quero mostrar que tipo de infância tive, não vou me alongar muito pra não tornar a leitura aborrecida.
Meus pais nunca tiveram uma boa relação e minha mãe nunca foi feliz no seu casamento, no seu dia de nupcias descobriu que meu pai tinha uma amante e que ela estava na sua festa de casamento, e em todas as fotos da festa se via seu olhos inchados de tanto chorar, e essas lagrimas a acompanharam durante todo o tempo que durou o relacionamento.
De meu pai nunca soube o que era carinho ou incentivo, quando ele chegava em casa o clima pesava no mesmo instante, dele só se esperava reprimendas, tanto para a minha mãe quanto pra mim, ou o que era mais provável, uma bela de uma surra para ambos, perdi as contas de quantas vezes desejei que ele sofresse um acidente e nunca mais voltasse pra casa, e essa situação se arrastou durante toda a minha infância.
Fora isso tive uma vida que poucos tem a oportunidade de ter, boa educação, boa alimentação, boas roupas, enfim, tudo o que o dinheiro pode proporcionar, mas isso de nada valia, sempre fui uma criança triste e um jovem melancólico. E tudo se tornou pior quando meus pais se separaram.
No começo fiquei com minha mãe, pensei que agora eu conseguiria ser feliz longe da presença nefasta de meu pai, mas minha mãe começou a adoecer, a ficar mais no hospital do que em casa, até o dia que ela me entregou para meu pai dizendo que não tinha mais condições de cuidar de mim. Isso não me gerou revolta, sempre entendi as dificuldades de minha mãe, então fui viver com meu pai, nessa época eu tinha meus quinze anos, fui preparado para o pior, nessa época pai vivia com outra mulher, ela tinha dezoito anos e era tão bonita quanto qualquer homem poderia achar, pensei que ela com meu pai transformaria minha vida no inferno na terra, mas tudo aconteceu de modo tão diverso que até hoje eu me surpreendo.
A tal madrasta se mostrou uma pessoa muito legal e tínhamos interesses em comum, gostávamos de video game, gostávamos de rock, e começamos a gostar um do outro, mas um gostar fraterno, não havia malícia, bom, era isso que se passava na minha cabeça pelo menos. Meu pai quase nunca aparecia em casa, vivia nas suas viagens sem fins e só aparecia por poucos dias e voltava a viajar, isso era um alivio para mim, essa ausência me dava uma paz que quase nunca sentia na vida. tempo vai, tempo vem, eu e minha madrasta fomos ficando cada vez mais próximos, ela reclamava que sentia falta do meu pai e eu nunca tentei desfazer a visão que ela tinha dele.
Em uma certa tarde estávamos jogando video game, me lembro do jogo até hoje, era príncipe da Persia, e ela sempre morria em certa parte, e eu do lado incentivando ela, então ela ficou muito brava porque não conseguia passar de uma parte do jogo, e em vez de pedir pra mim passar ela desligou o video game e me disse que deveríamos brincar de outra coisa, e eu, cabaço que era entrei na dela, começamos a brincar de lutinha, rolando no tapete e um agarrando o outro por breves momentos, e então aconteceu o que eu nunca esperava, numa dessas roladas ela ficou por cima de mim, me segurou os dois braços e ficou olhando nos meus olhos, então ela me diz:
-Duvida que eu te beijo?.
Por um momento me senti suspenso, sem saber o que fazer até que me vi dizendo que não duvidava de nada, e então meus caros, o que rolou foi um verdadeiro beijo, daqueles que duas pessoas sentem fome uma da outra, e o que ainda me causa uma certa culpa é que poucas vezes senti algo arder tão intensamente em meu peito como daquela vez, aquele beijo foi único, enfim, tudo acabou tão rápido quanto começou e durante uns dois dias mal conseguíamos nos olhar, porém eramos jovens e não tínhamos noção exata do que era prudência ou sensatez, então logo recomeçamos nosso jogos.
No começo tudo se resumiu a beijos e brincadeiras, depois começaram as massagens, que ela me pedia e eu claro que fazia. A cada dia que eu alisava seu corpo mais meu desejo de possui-lá me consumia, até porque eu era virgem, e como vocês podem imaginar, isso não demorou a acontecer, me lembro que estava tão nervoso que não conseguia tirar prazer do momento.
Mas como essa situação se arrastou por meses eu aprendi a aproveitar o momento e então fazíamos tudo como um homem e mulher podem fazer. Meu pai nunca desconfiou do que acontecia, ele vinha em casa, passava no máximo uma semana na cidade e voltava a viajar, então ela já não reclamava da falta dele.
Acontece que a desgraça foi que eu comecei a gostar dela, e toda vez que meu pai vinha para casa eu me ardia em ciúmes, quando meu pai a possuía eu tinha que sair de casa porque eu sentia uma coisa tão atroz que doia e me envergonhava, agora em vez de desejar que ele morresse e não voltasse eu queria era mata-lo com minhas próprias mãos. Mas ainda existia um pingo de bom senso em mim e nunca cheguei a isso, só que o que eu sofri nesse tempo foi horrível, mas aprendi a conviver com isso.
E esse triangulo amoroso se manteve durante um bom tempo, pai, filho e uma mulher, e como se a situação por si só já não fosse descabida e desconfortável pra não falar outra coisa, acontece que ela engravidou. No começo não desconfiei de nada, mas depois de um tempo percebi que a barriga dela começava a arredondar, e então ela e meu pai chegaram em mim pra dizer que eu iria ganhar uma irmã, isso não me pegou de surpresa de forma alguma, porém eu tive que fazer um esforço digno de Oscar para felicitar a ambos, só que foi rápido e me retirei rapidamente com medo de me trair de algum modo.
A barriga foi crescendo, mas a nossa rotina não mudava, meu pai viajando e nós continuando nosso caso, e assim foi até a criança nascer. Durante todo esse tempo sufoquei o pensamento que era inevitável, será que essa criança era minha ou de meu pai? Uma vez perguntei isso pra ela, e a reação dela não me deixou muitas opções, ela me disse que a filha era de meu pai e ponto e que nunca mais eu deveria perguntar isso a ela, e eu não perguntei mais, só que a duvida nunca me deixou.
Hoje eles não estão mais juntos, minha irmã, ou filha, coisa que eu nunca saberei já tem dez anos, é uma moça linda. O que me mata porém é que a garota não tem quase nada de meu pai, mas tem uma semelhança incrível comigo, mas isso não quer dizer muita coisa, ou é assim que eu prefiro pensar, e Deus sabe que sensação estranha tenho quando ela vem me visitar, o conflito que existe em minha alma. Acho que nenhum ser humano deveria sentir isso.
Acreditem se quiser macacada, mas tudo o que escrevi aqui é verdadeiro, eu mesmo não acreditaria se alguém me contasse, mas foi o que vivi, e não posso dizer que sinto remorso de ter feito isso, afinal nunca morri de amores pelo meu pai. Minha mãe, coitada, um dia ensaiei dizer pra ela mas logo no começo da conversa ela condenou aos infernos a simples menção de triangulo amoroso, então preferi poupa-lá, já meu pai nem sonha, e tenho medo do que possa acontecer se um dia essa historia for descoberta.
E é isso, o que foi feito não pode ser desfeito.
Mas, antes de chegarmos nos poréns, quero mostrar que tipo de infância tive, não vou me alongar muito pra não tornar a leitura aborrecida.
Meus pais nunca tiveram uma boa relação e minha mãe nunca foi feliz no seu casamento, no seu dia de nupcias descobriu que meu pai tinha uma amante e que ela estava na sua festa de casamento, e em todas as fotos da festa se via seu olhos inchados de tanto chorar, e essas lagrimas a acompanharam durante todo o tempo que durou o relacionamento.
De meu pai nunca soube o que era carinho ou incentivo, quando ele chegava em casa o clima pesava no mesmo instante, dele só se esperava reprimendas, tanto para a minha mãe quanto pra mim, ou o que era mais provável, uma bela de uma surra para ambos, perdi as contas de quantas vezes desejei que ele sofresse um acidente e nunca mais voltasse pra casa, e essa situação se arrastou durante toda a minha infância.
Fora isso tive uma vida que poucos tem a oportunidade de ter, boa educação, boa alimentação, boas roupas, enfim, tudo o que o dinheiro pode proporcionar, mas isso de nada valia, sempre fui uma criança triste e um jovem melancólico. E tudo se tornou pior quando meus pais se separaram.
No começo fiquei com minha mãe, pensei que agora eu conseguiria ser feliz longe da presença nefasta de meu pai, mas minha mãe começou a adoecer, a ficar mais no hospital do que em casa, até o dia que ela me entregou para meu pai dizendo que não tinha mais condições de cuidar de mim. Isso não me gerou revolta, sempre entendi as dificuldades de minha mãe, então fui viver com meu pai, nessa época eu tinha meus quinze anos, fui preparado para o pior, nessa época pai vivia com outra mulher, ela tinha dezoito anos e era tão bonita quanto qualquer homem poderia achar, pensei que ela com meu pai transformaria minha vida no inferno na terra, mas tudo aconteceu de modo tão diverso que até hoje eu me surpreendo.
A tal madrasta se mostrou uma pessoa muito legal e tínhamos interesses em comum, gostávamos de video game, gostávamos de rock, e começamos a gostar um do outro, mas um gostar fraterno, não havia malícia, bom, era isso que se passava na minha cabeça pelo menos. Meu pai quase nunca aparecia em casa, vivia nas suas viagens sem fins e só aparecia por poucos dias e voltava a viajar, isso era um alivio para mim, essa ausência me dava uma paz que quase nunca sentia na vida. tempo vai, tempo vem, eu e minha madrasta fomos ficando cada vez mais próximos, ela reclamava que sentia falta do meu pai e eu nunca tentei desfazer a visão que ela tinha dele.
Em uma certa tarde estávamos jogando video game, me lembro do jogo até hoje, era príncipe da Persia, e ela sempre morria em certa parte, e eu do lado incentivando ela, então ela ficou muito brava porque não conseguia passar de uma parte do jogo, e em vez de pedir pra mim passar ela desligou o video game e me disse que deveríamos brincar de outra coisa, e eu, cabaço que era entrei na dela, começamos a brincar de lutinha, rolando no tapete e um agarrando o outro por breves momentos, e então aconteceu o que eu nunca esperava, numa dessas roladas ela ficou por cima de mim, me segurou os dois braços e ficou olhando nos meus olhos, então ela me diz:
-Duvida que eu te beijo?.
Por um momento me senti suspenso, sem saber o que fazer até que me vi dizendo que não duvidava de nada, e então meus caros, o que rolou foi um verdadeiro beijo, daqueles que duas pessoas sentem fome uma da outra, e o que ainda me causa uma certa culpa é que poucas vezes senti algo arder tão intensamente em meu peito como daquela vez, aquele beijo foi único, enfim, tudo acabou tão rápido quanto começou e durante uns dois dias mal conseguíamos nos olhar, porém eramos jovens e não tínhamos noção exata do que era prudência ou sensatez, então logo recomeçamos nosso jogos.
No começo tudo se resumiu a beijos e brincadeiras, depois começaram as massagens, que ela me pedia e eu claro que fazia. A cada dia que eu alisava seu corpo mais meu desejo de possui-lá me consumia, até porque eu era virgem, e como vocês podem imaginar, isso não demorou a acontecer, me lembro que estava tão nervoso que não conseguia tirar prazer do momento.
Mas como essa situação se arrastou por meses eu aprendi a aproveitar o momento e então fazíamos tudo como um homem e mulher podem fazer. Meu pai nunca desconfiou do que acontecia, ele vinha em casa, passava no máximo uma semana na cidade e voltava a viajar, então ela já não reclamava da falta dele.
Acontece que a desgraça foi que eu comecei a gostar dela, e toda vez que meu pai vinha para casa eu me ardia em ciúmes, quando meu pai a possuía eu tinha que sair de casa porque eu sentia uma coisa tão atroz que doia e me envergonhava, agora em vez de desejar que ele morresse e não voltasse eu queria era mata-lo com minhas próprias mãos. Mas ainda existia um pingo de bom senso em mim e nunca cheguei a isso, só que o que eu sofri nesse tempo foi horrível, mas aprendi a conviver com isso.
E esse triangulo amoroso se manteve durante um bom tempo, pai, filho e uma mulher, e como se a situação por si só já não fosse descabida e desconfortável pra não falar outra coisa, acontece que ela engravidou. No começo não desconfiei de nada, mas depois de um tempo percebi que a barriga dela começava a arredondar, e então ela e meu pai chegaram em mim pra dizer que eu iria ganhar uma irmã, isso não me pegou de surpresa de forma alguma, porém eu tive que fazer um esforço digno de Oscar para felicitar a ambos, só que foi rápido e me retirei rapidamente com medo de me trair de algum modo.
A barriga foi crescendo, mas a nossa rotina não mudava, meu pai viajando e nós continuando nosso caso, e assim foi até a criança nascer. Durante todo esse tempo sufoquei o pensamento que era inevitável, será que essa criança era minha ou de meu pai? Uma vez perguntei isso pra ela, e a reação dela não me deixou muitas opções, ela me disse que a filha era de meu pai e ponto e que nunca mais eu deveria perguntar isso a ela, e eu não perguntei mais, só que a duvida nunca me deixou.
Hoje eles não estão mais juntos, minha irmã, ou filha, coisa que eu nunca saberei já tem dez anos, é uma moça linda. O que me mata porém é que a garota não tem quase nada de meu pai, mas tem uma semelhança incrível comigo, mas isso não quer dizer muita coisa, ou é assim que eu prefiro pensar, e Deus sabe que sensação estranha tenho quando ela vem me visitar, o conflito que existe em minha alma. Acho que nenhum ser humano deveria sentir isso.
Acreditem se quiser macacada, mas tudo o que escrevi aqui é verdadeiro, eu mesmo não acreditaria se alguém me contasse, mas foi o que vivi, e não posso dizer que sinto remorso de ter feito isso, afinal nunca morri de amores pelo meu pai. Minha mãe, coitada, um dia ensaiei dizer pra ela mas logo no começo da conversa ela condenou aos infernos a simples menção de triangulo amoroso, então preferi poupa-lá, já meu pai nem sonha, e tenho medo do que possa acontecer se um dia essa historia for descoberta.
E é isso, o que foi feito não pode ser desfeito.