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Olavo explica treta com Reinaldo Azevedo
Tudo indica que a birra do Reinaldo Azevedo contra a minha pessoa começou no dia em que ele disse que uma intervenção militar convocada pelo presidente da Câmara seria inconstitucional, porque, na Constituição, o comando das Forças Armadas compete exclusivamente ao presidente da República, e eu respondi que essa interpretação era absurda, porque colocava a autoridade do presidente acima do princípio -- muito mais fundamental -- da autonomia dos poderes, tirando do Legislativo e do Judiciário os meios de defender-se contra uma eventual intrusão -- até mesmo armada -- do poder presidencial nos domínios que lhes eram próprios segundo a mesma Constituição. Isso equivalia, disse eu, a instaurar, "a priori", uma ditadura da presidência em nome da democracia.
Não tendo o que responder, ele se encrespou, chamando-me de vaidoso, senil, etc. etc. Daí por diante, suas explosões histéricas de raiva impotente foram se tornando cada vez mais freqüentes e despropositadas, denotando um monstruoso e ressentido complexo de inferioridade intelectual necessitado de periódicas compensações rituais, até chegar ao paroxismo de imbecilidade agressiva dos seus dois últimos artigos.
Foi daquele episódio que ele concluiu -- se é que se pode chamar de conclusão uma mera associação de idéias -- que eu era um adepto feroz da teoria da intervenção militar, contra a qual, no entanto, eu já havia me pronunciado várias vezes, desde dois anos antes.
Com toda a evidência, ele não percebia a diferença entre apoiar uma determinada política e rejeitar, em nome de lógica, um argumento em particular brandido contra ela. O espírito de partido havia se apossado da sua mente ao ponto de fazê-lo presumir, às tontas e com um automatismo quase inconsciente, que uma vez adotada uma posição política deve se tomá-la como premissa autofundante universalmente válida e usar em favor dela quaisquer argumentos de ocasião que se apresentem, pouco importando se lógicos ou ilógicos, justos ou injustos.
Pelo menos desde o tempo de Aristóteles sabe-se que as opiniões políticas são relativas a situações muito particulares, estando por isso condicionadas a princípios mais gerais, de ordem ontológica, epistemológica, moral etc., jamais devendo sobrepor-se a eles. Essa sobreposição é que define propriamente o fanatismo, quando sincera, e o oportunismo, quando adotada por malícia e espírito ardiloso. Diante disso, só restava saber se o Reinaldo Azevedo era um fanático ou um vigarista, questão que escapava por completo da minha esfera de interesses e na qual não pretendo me meter de maneira alguma.
Com idêntica mecanicidade cega, ele proclama que procurei boicotar o MBL desde o início, quando na verdade dei todo o apoio possível ao Kim Kataguiri e ao Fernando Holliday, elogiando-os até DEPOIS de desencadeada a "Marcha para Brasília" e só passando a criticá-los tardiamente, quando se tornou claro que essa tática tirava a iniciativa das massas populares e a transferia à classe política. Aqui, novamente, o Reinaldo não distinguia entre criticar uma tática em especial, depois de adotada, e combater desde o início o movimento que viria a adotá-la. Fanatismo ou vigarice, o homenzinho patético invertia não somente a hierarquia lógica dos princípios e conseqüências, mas até a ordem temporal do antes e do depois.
Similarmente, mesmo considerando a hipótese do impeachment uma tática secundária e um mero prêmio de consolação caso o povo nada conseguisse fazer contra as eleições fraudulentas de 2014, o fato é que jamais a combati, mas sempre a apoiei na medida das minhas forças (perguntem à Beatriz Kicis II e à Joice Hasselmann), opondo-me somente ao exagero desesperado e humilhante de, por tão modesto objetivo, submeter o movimento popular à liderança de adesistas de última hora, vindos da esquerda com o propósito enganoso de inseri-lo, como disse o sr. Miguel Reale Jr., na "tradição das nossas lutas democráticas" e fazer dele uma glorificação retroativa da hegemonia esquerdista, culpada de todos os males do petismo. Aqui também o Reinaldo, afetado de metonimismo histérico, confunde a parte e o todo, fazendo da crítica a uma tática em especial uma oposição geral e de conjunto ao movimento que a adotou.
Fonte: https://www.facebook.com/olavo.decarvalho
Tudo indica que a birra do Reinaldo Azevedo contra a minha pessoa começou no dia em que ele disse que uma intervenção militar convocada pelo presidente da Câmara seria inconstitucional, porque, na Constituição, o comando das Forças Armadas compete exclusivamente ao presidente da República, e eu respondi que essa interpretação era absurda, porque colocava a autoridade do presidente acima do princípio -- muito mais fundamental -- da autonomia dos poderes, tirando do Legislativo e do Judiciário os meios de defender-se contra uma eventual intrusão -- até mesmo armada -- do poder presidencial nos domínios que lhes eram próprios segundo a mesma Constituição. Isso equivalia, disse eu, a instaurar, "a priori", uma ditadura da presidência em nome da democracia.
Não tendo o que responder, ele se encrespou, chamando-me de vaidoso, senil, etc. etc. Daí por diante, suas explosões histéricas de raiva impotente foram se tornando cada vez mais freqüentes e despropositadas, denotando um monstruoso e ressentido complexo de inferioridade intelectual necessitado de periódicas compensações rituais, até chegar ao paroxismo de imbecilidade agressiva dos seus dois últimos artigos.
Foi daquele episódio que ele concluiu -- se é que se pode chamar de conclusão uma mera associação de idéias -- que eu era um adepto feroz da teoria da intervenção militar, contra a qual, no entanto, eu já havia me pronunciado várias vezes, desde dois anos antes.
Com toda a evidência, ele não percebia a diferença entre apoiar uma determinada política e rejeitar, em nome de lógica, um argumento em particular brandido contra ela. O espírito de partido havia se apossado da sua mente ao ponto de fazê-lo presumir, às tontas e com um automatismo quase inconsciente, que uma vez adotada uma posição política deve se tomá-la como premissa autofundante universalmente válida e usar em favor dela quaisquer argumentos de ocasião que se apresentem, pouco importando se lógicos ou ilógicos, justos ou injustos.
Pelo menos desde o tempo de Aristóteles sabe-se que as opiniões políticas são relativas a situações muito particulares, estando por isso condicionadas a princípios mais gerais, de ordem ontológica, epistemológica, moral etc., jamais devendo sobrepor-se a eles. Essa sobreposição é que define propriamente o fanatismo, quando sincera, e o oportunismo, quando adotada por malícia e espírito ardiloso. Diante disso, só restava saber se o Reinaldo Azevedo era um fanático ou um vigarista, questão que escapava por completo da minha esfera de interesses e na qual não pretendo me meter de maneira alguma.
Com idêntica mecanicidade cega, ele proclama que procurei boicotar o MBL desde o início, quando na verdade dei todo o apoio possível ao Kim Kataguiri e ao Fernando Holliday, elogiando-os até DEPOIS de desencadeada a "Marcha para Brasília" e só passando a criticá-los tardiamente, quando se tornou claro que essa tática tirava a iniciativa das massas populares e a transferia à classe política. Aqui, novamente, o Reinaldo não distinguia entre criticar uma tática em especial, depois de adotada, e combater desde o início o movimento que viria a adotá-la. Fanatismo ou vigarice, o homenzinho patético invertia não somente a hierarquia lógica dos princípios e conseqüências, mas até a ordem temporal do antes e do depois.
Similarmente, mesmo considerando a hipótese do impeachment uma tática secundária e um mero prêmio de consolação caso o povo nada conseguisse fazer contra as eleições fraudulentas de 2014, o fato é que jamais a combati, mas sempre a apoiei na medida das minhas forças (perguntem à Beatriz Kicis II e à Joice Hasselmann), opondo-me somente ao exagero desesperado e humilhante de, por tão modesto objetivo, submeter o movimento popular à liderança de adesistas de última hora, vindos da esquerda com o propósito enganoso de inseri-lo, como disse o sr. Miguel Reale Jr., na "tradição das nossas lutas democráticas" e fazer dele uma glorificação retroativa da hegemonia esquerdista, culpada de todos os males do petismo. Aqui também o Reinaldo, afetado de metonimismo histérico, confunde a parte e o todo, fazendo da crítica a uma tática em especial uma oposição geral e de conjunto ao movimento que a adotou.
Fonte: https://www.facebook.com/olavo.decarvalho